30 setembro 2010

Penacova Actual recordou hoje o Cortejo de Oferendas para o Hospital realizado no início dos anos Cinquenta

Mais alguns contributos:
NOTÍCIAS DE PENACOVA DE 19 DE JANEIRO DE 1952,
noticiando o Cortejo de 30 de Setembro de 1951, domingo.(1)

O Penacova Actual  trouxe, hoje,  à memória dos penacovenses algumas imagens do Cortejo de Oferendas para angariação de fundos para o Hospital da Misericórdia, já lá vão cerca de sessenta anos.  Cortejo que envolveu todas as freguesias do nosso concelho duma forma entusiástica .
O Penacova Online, numa linha de complemento e de partilha desinteressada, não quer deixar de contribuir com mais alguns elementos, extraídos do jornal que se publicava na época: o Notícias de Penacova, que tinha como director Joaquim de Oliveira Marques.
Assim, o nº 923 de 19 de Janeiro de 1952, dedica uma página a este acontecimento, apresentando inclusivamente o relatório de contas da Comissão Central do Cortejo ,  que tinha como presidente o Dr. Augusto Leitão. Verificou-se um saldo líquido de 153 875$00. É enaltecido o esforço de todos e  dum modo especial  do benemérito Abel Rodrigues da Costa que no Brasil, por meio de uma subscrição,  conseguiu obter cerca de metade da receita total.
Pelo Notícias de Penacova, ficamos a saber que na tarde do dia trinta, no Largo D. Amélia, afluíram filarmónicas, orquestras, ranchos, dezenas de carros de bois, camionetas, ornamentadas com pormenores típicos e alegóricos. Depois de  organizado, o cortejo parte em direcção à vila, onde é visível o contentamento de todos. Este terá sido o segundo cortejo organizado para este fim.
(1) Em 1952 o dia 30 de Setembro foi a uma terça - feira.
Foto do NP

Em 2010, o estado de degradação em que se encontra o edifício... junto ao Hotel ... num local privilegiado de Penacova...



29 setembro 2010

Mosteiro DO Lorvão ou Mosteiro DE Lorvão? : a propósito da notícia do Dia Mundial da Música nesta vila

No próximo dia 1 de Outubro vai comemorar-se o Dia Mundial da Música. Para celebrar a data a
Direção Regional de Cultura do Centro vai levar a cabo um colóquio em Lorvão, subordinado ao tema genérico MOSTEIRO DE LORVÃO, PATRIMÓNIO CRIATIVO. Do programa consta um leque de palestras e apontamentos musicais, plenos de interesse. O subtítulo “Ecos de Órgão”: Repertórios, iconografia, contemporaneidade é bem elucidativo da atual conjugação de esforços em torno da recuperação do órgão monumental do Mosteiro. (...)
Excerto do texto de Nelson Correia Borges, in Penacova Actual
A propósito deste evento, circularam informações em diversos suportes ( Diário de Coimbra e outros )onde se referia Mosteiro do Lorvão.
Ora, o Prof. Nelson Correia Borges, vem esclarecer:

"Não é correcto dizer ou escrever o Lorvão, ou Mosteiro do Lorvão. Durante muitos séculos sempre se disse e escreveu Lorvão, sem artigo. Nas centenas de milhar de documentos que o cartório e as monjas de Lorvão produziram não aparece uma única vez a designação Mosteiro do Lorvão. O uso do artigo começou a ser moda depois que em Lorvão se instalou o Hospital Psiquiátrico e, infelizmente, vê-se por aí em muito lado, desde as informações das estradas às entidades oficiais. Quanto às entidades oficiais, como o Ministério da Cultura, é lamentável que se repita este erro. Os nomes das terras, em geral, nunca levam artigo, a não ser que sejam simultaneamente substantivos comuns, e mesmo assim nem todos. É o caso do Porto, da Guarda ou da Figueira da Foz. Mas já ninguém diz o Faro ou o Castelo Branco. Embora quando se fale de Lorvão se utilize o género masculino, ou de Coimbra o feminino, a verdade é que não é correcto usar o artigo o.
Nelson Correia Borges

28 setembro 2010

" As Mulheres na Implantação da República " - obra foi apresentada hoje em Penacova

Conforme anunciado, realizou-se esta noite em Penacova uma Tertúlia, tendo como oradora principal a Drª Fina d'Armada.

A  comunicação centrou-se no conteúdo da obra "As Mulheres na Implantação da República", que vai ser lançada oficialmente no dia 30 em Lisboa. No entanto podemos afirmar  que Penacova teve o privilégio de assistir a um pré-lançamento do livro, tendo sido possível a aquisição do mesmo no final do colóquio.

A obra,  como se refere na contra-capa " trata das mulheres de Norte a Sul do País que tiveram algum papel no processo de implantação da República. Realça as lutas femininas colectivas ou isoladas para a instauração de um novo regime, depositando nessa mudança o desejo de melhoria da sua condição".

Um trabalho de investigação histórica que, neste Centenário da República,  vem dar maior visibilidade ao papel das mulheres no movimento republicano no nosso país.

Mauro Carpinteiro dirige Carta Aberta ao Presidente da Mesa da Assembleia Municipal

A sessão da Assembleia Municipal de Penacova de sábado passado assumiu contornos que, há onze meses atrás , quando Penacova deu a maioria absoluta ao Partido Socialista, ninguém imaginaria  que tal viesse a acontecer tão cedo.
Primeiro: o facto de se ter registado a presença de um número significativo de Pais e Encarregados de Educação na Assembleia Municipal, criticando fortemente o Executivo por falhas no  arranque do ano lectivo  no pré-escolar e no primeiro ciclo, no que se refere aos transportes escolares, falta de funcionários e à abertura da nova escola em Penacova (que terá aberto as suas portas sem estarem cabalmente concluídas as obras e instalado todo o equipamento).
Segundo: o abandono temporário  da sala por parte dos deputados da bancada social-democrata, em solidariedade e protesto pela negação do uso da palavra, para defesa da honra, ao membro da Assembleia Municipal e Presidente da Junta de Lorvão, Mauro Carpinteiro.
O Penacova Online, tem como um dos seus objectivos, a divulgação das dinâmicas locais, incluindo a política, quando ela atinge determinadas proporções.  Acabamos de receber uma Carta Aberta assinada pelo Dr. Mauro Carpinteiro, que a seu pedido e por acharmos pertinente passamos a publicar:

Carta aberta ao senhor Presidente da Assembleia Municipal de Penacova
Ao Presidente da Assembleia Municipal de Penacova:
Venho deste modo, uma vez que me impediu, de modo arbitrário, de o fazer na sessão da Assembleia Municipal de Penacova do passado dia 25 de Setembro de 2010, apresentar defesa da honra e responder a interpelações consequentes de intervenções de membros do Partido Socialista na Assembleia.
Lembro-o de que fui severamente ofendido na honra pelo Deputado Municipal do Partido Socialista Paulo Coelho que achou por bem dizer que eu tinha, e passo a citar, mestrado e doutoramento em “chicoespertice”, chegando a essa conclusão por eu, no seu entender, andar a mobilizar os pais da Freguesia contra a Câmara por esta nada decidir quanto à construção dos Centros Escolares previstos para a Freguesia de Lorvão e que me interpelou a apresentar a minha posição sobre a construção desses mesmos Centros Escolares.
Lembro-o, ainda, do pedido feito pelo Presidente da Junta de Freguesia de Figueira de Lorvão para que me retratasse por, alegadamente, ter colocado uma placa de localização de localidade num local já pertencente à Freguesia de Figueira de Lorvão.
Senhor Presidente, compreendo que tenha alguma dificuldade em compreender a realidade fora do mundo da pura e simples luta politico - partidária. Ainda assim, não me sentiria bem comigo próprio, até porque, como diz o povo, “quem não se sente não é filho de boa gente”, se não lhe desse conta da minha indignação contra o triste modo como fui atacado.
Relativamente à intervenção do senhor Deputado Municipal Paulo Coelho, queria dizer-lhe que ele está profundamente equivocado, certamente por má informação! É que eu nunca me propus mobilizar os pais da freguesia contra a Câmara (é um disparate que os próprios um dia destes poderão desmistificar!), simplesmente os pais das crianças da Freguesia têm manifestado à sua junta de Freguesia preocupação por, volvido um ano desde que o novo executivo municipal tomou posse, nada ter avançado quanto à criação das previstas novas instalações escolares na Freguesia. Pior do que isso, a Câmara, através dos seus representantes, tem-se desdobrado em declarações muito contraditórias:ora dizendo que constroi um Centro Escolar em Lorvão; ora que o constroi só na Aveleira; dizendo ainda que, afinal, até é melhor fazer os dois. Este dizer e desdizer traz as pessoas da Freguesia, com os principais interessados no processo educativo à cabeça, numa inquietante e preocupada incerteza. Quanto à posição do meu executivo da Freguesia sobre o assunto, este membro do seu partido manifesta andar profundamente arredado da realidade do Concelho, ou então muito mal informado pelo Sr. Vereador do Pelouro da Educação, pois a Junta de Freguesia de Lorvão tornou pública, em diversas ocasiões, perante os pais e perante a câmara, que a sua opinião é no sentido de ser cumprida a  Carta Educativa, ou seja, serem construídos os Centros Escolares de Lorvão e da Aveleira. Toda a gente na Freguesia sabe disto!!!
No que respeita à suposta indignação manifestada pelo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Figueira de Lorvão, acerca da alegada colocação de uma placa de indicação de localidade em território da Freguesia de Figueira de Lorvão, queria dizer ao estimado colega que admito ter havido algum erro ou equívoco e que, obviamente promoverei uma reunião conjunta com vista a, nos locais próprios e em espírito de diálogo e respeito mútuo, resolvermos a questão. Queria dizer também a este colega que estranho muito que um assunto deste tipo seja trazido à Assembleia Municipal, uma vez que o relacionamento entre as duas Freguesias e nós próprios, enquanto seus responsáveis, sempre foi o melhor, pelo menos assim o considerávamos. Aliás, aquele colega bem sabe o quanto a Freguesia de Lorvão esteve disponível para colaborar com ele em situações de necessidade surgidas no início do mandato.  Situações essas em que sempre prestámos apoio, prontos a ajudar uma Freguesia vizinha e com laços históricos tão profundos. Sinceramente pareceram-me excessivas e despropositadas as considerações tecidas por aquele autarca do Partido Socialista, que manifestou não ser grato por quem o ajudou e, sobretudo, não saber tratar dos assuntos da sua Freguesia com elevação, respeito e do modo e nos locais próprios.
Mas, Sr. Presidente, lamento ter que lhe escrever esta carta! É triste que um membro da Assembleia Municipal se veja forçado a fazer deste modo aquilo  que, por direito, poderia fazer no local próprio, no órgão de discussão e debate por excelência.  Entristece-me, sobretudo, porque não gosto de comunicar assim com quem tem o dever de me ouvir cara a cara!
Ficou à vista de todos que fui ofendido e interpelado, pelo que era seu dever cumprir o Regimento da Assembleia e dar-me a palavra.  Não o fez, e não o fez exibindo uma atitude de arrogância desprezível e imprópria de quem ocupa o ilustre cargo de Presidente da Assembleia Municipal de Penacova. Negou deixar defender-me simplesmente porque a minha razão certa destruiria o argumentário básico e primário dos seus correligionários. Negou deixar defender-me porque não queria juntar incómodo ao incómodo que lhe causou ver tantos cidadãos penacovenses na Assembleia, denunciando sem peias a incompetência que vai grassando na gestão Municipal, sobretudo num sector chave como é a educação. Negou deixar defender-me porque nutre por mim um indisfarçável ódio (um dia vou explicar aos nossos cidadãos o porquê !). Negou deixar defender-me, enfim, porque não compreende o sentido do órgão a que preside. Não compreende que a voz do povo e dos membros da Assembleia, que o representam, não são um incómodo, são a manifestação livre do pensamento e da razão diversa. Sei que a ideia que o senhor perfila é a da razão e inteligência únicas do Partido Socialista. Lamento desiludi-lo. O Partido Socialista não é o reduto exclusivo da inteligência e da razão.
Sr. Presidente, sei bem que lhe falta caminho longe da rota da política. Sei bem que nos seus horizontes pouco mais há do que a luta mesquinha do partido (dos partidos!) e da política. O Senhor é o fruto desta nova casta de decisores que não tem o privilégio de saborear o quanto é bom estar no terreno e construir comunidade, de contribuir para o bem comum sem a pressa de chegar ao topo. Não é daqueles que teve que dar de si aos outros, ter a noção de prejuízo pessoal para dar proveito aos outros. Eu tive, continuo a ter, e não me arrependo!
A Democracia só é compreendida, na sua essência, e a política só é vivida no seu esplendor, por quem teve o privilégio de dar o seu esforço pessoal - porque não o seu sacrifício?! - em prol da sua terra, da população e com a população! É por isto que não fico ressentido consigo! O Senhor não tem como compreender a Democracia e viver a política como ela deve ser vivida!!!
Penacova, 26 de Setembro de 2010
                                                                                                                              Mauro Carpinteiro
_____________________________________
(Texto publicado também na página de Mauro Carpinteiro no Facebook , a 28 de Setembro de 2010 às 0:03.)

26 setembro 2010

1810 - 2010 : duzentos anos depois, Batalha do Bussaco é assinalada com um programa especial

UM POUCO DE HISTÓRIA

A batalha de Buçaco teve uma importância capital para o resultado da campanha pela acção moral que exerceu nos dois exércitos contrários.
O exército anglo-luso perdeu o medo às águias napoleónicas, que ameaçavam dilacerar a Península. Os ingleses reconheceram que os soldados portugueses eram dignos émulos no valor e brio militar, com os quais podiam e deviam contar. O moral do exército dos aliados foi exaltado.

Os franceses reconheceram que não eram invencíveis ao medirem-se com as tropas inimigas, que até então tinham em pouca conta. As desinteligências que lavravam entre os generais franceses mais se acentuaram; e a incapacidade de Massena, já apontada por Ney antes da batalha do Buçaco, tornou-se frisante. Massena sentiu-se golpeado no seu amor próprio: a Vitória abandonava o seu filho querido. E, quando este julgava fazer calar os descontentes e insofridos por um estrondoso triunfo, viu que, ao contrário, a sua derrota mais ia insuflar a
indisciplina dos generais seus subordinados. Não estava de todo perdido o exército, podia haver ainda
probabilidades de uma vitória; mas era preciso proceder com ponderação.

No Buçaco vira ele quanto Wellington. se soubera aproveitar das propriedades defensivas do terreno. Atacar novamente em terreno análogo seria uma temeridade, porque uma nova derrota poderia trazer consigo uma capitulação, mancha vergonhosa que viria empalidecer e murchar os verdejantes louros do herói de Rivoli, de Zurique, de Génova, de Caldiero e de Essling. Era necessário ser-se prudente,  ponderado.

A derrota do Buçaco cortou as asas a Massena e impediu que voasse até aos cerros de Alhandra, do Sobral de Monte Agraço, de Torres Vedras...

Continue a ler AQUI
Veja também site oficial das comemorações

24 setembro 2010

Centenário da República: fotobiografia de António José de Almeida, quem a conhece?

António José de Almeida, quer se queira, quer não, é (talvez pudesse ser mais ) um ex - libris de Penacova, se assim podemos falar , em termos da história e da cultura política do concelho. O Grande Comício de 1 de Agosto de 1909 em S. Pedro de Alva, a Inauguração dos Centros Republicanos, quer de S. Pedro de Alva, quer de Penacova, o florescimento de jornais republicanos no concelho, as suas passagens por casa de seu cunhado, no Silveirinho ( além de Vale da Vinha ) atestam, entre outros factos, a sua influência e familiaridade com as  gentes que o viram nascer. Os finais do século XIX e as primeiras décadas do Séc. XX são, deste modo,  também no nosso concelho, marcados directa e indirectamente por  esta   importante voz  da ideologia republicana e por este grande actor da Primeira República. Nascido na freguesia de S. Pedro de Alva, estudante em Coimbra foi, desde muito cedo, quer enquanto activista universitário, quer enquanto titular de cargos políticos ( deputado, ministro, “primeiro-ministro e Presidente da República”) ,  uma “ figura tutelar” do republicanismo no nosso concelho.
Penacova honrou-o com a instituição do feriado municipal, evocando o dia do seu nascimento – 17 de Julho de 1866 – e erigiu em sua memória alguma estatuária. Todos sabem que nasceu em Vale da Vinha ( poucos saberão ou sequer se confrangerão com o estado ruinoso em que se encontra a casa que lhe serviu de berço e onde viveu a sua infância). Podemos estar a ser injustos mas a nossa percepção vai no sentido de que existe por parte dos penacovenses um grande desconhecimento da vida e obra desta figura da História de Portugal. Este desconhecimento é visível, por exemplo, quando o turista que chegue a Vale da Vinha se depare com duas lápides, uma indicando o dia 17 de Julho e outra o dia 19 de Julho, como dia do seu nascimento. (1) Os próprios dados biográficos - políticos nem sempre são referidos correctamente. Por vezes se diz que foi Ministro das Colónias (o que está correcto) e esquece-se que nesse período (1916 / 17 ) mais do que ministro, foi, de facto, no chamado Governo da União Sagrada, Presidente do Ministério ( isto é, Chefe do Governo ). Que foi Presidente  da República toda a gente saberá, mas não se vai muito além disso.
Em 2004, foi publicada uma fotobiografia de António José de Almeida, resultante dum protocolo entre a Câmara Municipal de Penacova, o CEIS 20 (Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX), Familiares e o Círculo de Leitores.(2) A obra António José de Almeida e a República: discurso de uma vida ou vida de um discurso foi assinada pelo Prof. Doutor Luís Reis e  distinguida com o prémio de História Contemporânea da Academia Portuguesa de História.
No centenário da República, a obra António José de Almeida e a República: discurso de uma vida ou vida de um discurso assume uma importância ainda maior. Este livro é, pois, um óptimo meio de conhecer melhor a vida e a obra deste nosso ilustre conterrâneo.
Goste-se ou não se goste de História, valorize-se ou não a Memória Colectiva, continuamos a defender que para compreender o Presente é preciso saber alguma coisa do Passado. É assim para as nossa história e identidade pessoal, é assim também para a nossa história e identidade concelhia.
Comemorar os Cem Anos da República poderá passar também pela promoção desta obra, à venda  no Posto de Turismo ou nas grandes livrarias do nosso país.
Um livro para “ver”, uma obra para ler, um texto para reflectir.
David Almeida
___________________
(1) O dia do nascimento de António José de Almeida é apontado como tendo sido o 17 de Julho ( segundo consta da Certidão de Baptismo). No entanto, no site da Presidência da República, aparece o dia 27 de Julho. Esta data também foi divulgada aquando do concurso da RTP “ Os Grandes Portugueses”; o site actual do Centenário  da República regista o dia 18 de Julho, bem como o site da Fundação Mário Soares. Também alguns jornais penacovenses da época falam nesta data. A lápide de Vale da Vinha ( 1975) refere o dia 19 de Julho…Quase que é de colocar a questão: afinal o dia do nosso Feriado Municipal está correcto?
(2) A 2ª edição é da editora Temas e Debates

17 setembro 2010

Fina d'Armada vem a Penacova falar do papel das Mulheres na Implantação da República

Depois de já ter estado em diversos locais (Auditório do Museu de Arte e Arqueologia em Viana do Castelo, Casa da Beira Alta no Porto, a título de exemplo) onde apresentou   o tema  «As mulheres na Implantação da República», a Dr.ª Fina D'Armada vem no final do mês a Penacova. 
 
Mestre em Estudos sobre as Mulheres pela Universidade Aberta, tem  dedicado a sua investigação à História das Mulheres e, concretamente, à Mulher Portuguesa na 1ª. República. Para além dos seis  livros sobre o fenómeno de Fátima, é autora dos romances A Chave dos Encobertos (2007), sob o pseudónimo de Iria Oceano, o romance O Segredo da Rainha Velha (Ésquilo, 2008) e o ensaio Mulheres Navegantes no tempo de Vasco da Gama (Ésquilo, 2006). Foi também mandatária do Movimento Cidadania e Responsabilidade pelo Sim, aquando do referendo sobre o Aborto.

Na sua intervenção em Penacova irá, provavelmente, falar do papel que um significativo número de mulheres portuguesas, em fins do séc. XIX e inícios do séc. XX, desempenhou na luta por direitos como o exercício de uma profissão e salário digno, o direito a voto, falar/intervir em público, protecção às mulheres grávidas e crianças, à educação, à saúde e à igualdade na família e no casamento.
 No contexto da sua intervenção na Casa da Beira Alta, o blogue desta associação regionalista publicou o seguinte texto:
“ Assim , foi nomeando algumas mulheres que se destacaram na luta pelos direitos das mulheres e intervenção cívica. Entre elas: Maria Pinto Leite Ferreira, Beatriz Correia e Maria Antónia Azevedo, as três maiores republicanas do Porto que angariaram, através de peditórios e jantares, uma significativa soma para apoiar os presos na sequência do 31 de Janeiro de 1891; Angelina Vidal que aparecia frequentemente vestida de verde e vermelho e se evidenciava pelo seu anti-clericalismo; Elvira Afonso professora na Escola «O Vintém das Escolas», uma das criadas pela Maçonaria; o «Grupo das Treze» criado em 1911 para combater a superstição e a credulidade pública explorada pelo clero; Carolina Beatriz Ângelo, a primeira mulher cirurgiã e a primeira a votar sozinha em 28 de Maio de 1911, depois de aturada controvérsia; Ana Castro Osório que, de parceria com Adelaide Cabete fundou a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas; Maria Veleda, mãe solteira, natural de Faro; Aurora de Castro Gouveia a primeira notária portuguesa e talvez mesmo mundial; Amélia Santos que se evidenciou na Rotunda; Elzira Dantas Machado (casada com Bernardino Machado) e tantas outras que lutaram pela emancipação da Mulher.
Refere o texto do blogue que Fina d’Armada terminou a sua intervenção “ referindo mulheres das Beiras que se destacaram neste período. As já citadas Carolina Beatriz Ângelo, da Guarda, Ana Castro Osório de Mangualde, Beatriz Pinheiro, que fundou a União das Senhoras Liberais de Viseu, Raquel Perdigão de Viseu, Maria Martins de Seia, Amélia Socker Machado, 2ª. esposa de Pedro Boto Machado de Gouveia, preso e degradado na sequência da Revolta de 31 de Janeiro, Luz Pais e Berta Peres, entre outras.”
Uma personalidade e uma temática que merece ser ouvida, estamos convencidos, em Penacova no próximo dia 28, na Pérgola Raul Lino.

15 setembro 2010

O novo ano lectivo...um texto do Notícias de Penacova ( 1932 )

Neste arranque do ano lectivo, trazemos aqui um texto publicado no jornal NP de 17 de Setembro de 1932, na rubrica Tribuna do Professorado. Nesse tempo as aulas só começavam em Outubro, como muitos de nós sabemos. Comentários? Deixamo-los para os leitores ...
______________________________________________

14 setembro 2010

Dinâmicas Locais... afinal a DREC pressionou ou não?

A comunicação social de hoje, com base numa notícia da LUSA, noticiou um diferendo entre a Direcção Regional de Educação e o Agrupamento de Escolas de Penacova sobre a abertura do ano lectivo. Agora a DREC já veio negar...
E, assim, Penacova é notícia por esse país, por esse mundo fora...

12 setembro 2010

Nova Escola do 1º Ciclo vai abrir sob o signo da polémica e do insólito…


Em tempos, assistimos em Coimbra a uma conferência de Siza Vieira e uma ideia que retivémos foi a do “ diálogo” entre o existente e o novo, como pressuposto para qualquer projecto arquitectónico. Falava a propósito da sua obra em Marco de Canaveses, a Igreja de Santa Maria. Sem entrar em mais pormenores , serve esta introdução para chegar à polémica que corre por Penacova pelo facto de a nova escola estar paredes meias com o cemitério da Eirinha, sujeitando os alunos, não só à vista permanente e diária dos socalcos daquele, mas também à movimentação inevitável em dias de funeral, conforme o Penacova Actual denunciou recentemente. Também o blogue O Homem das Tabernas já havia há dias “ brincado”, não com a questão do cemitério, mas sim com o facto do edifício ter falta de espaços de recreio abertos, ser um edifício muito fechado e com pouca penetração de luz natural. Assim, parecendo “ mais talhado para a clausura e reclusão” os autores do blogue adiantam que a autarquia já estaria a tratar de reconverter tudo aquilo em Estabelecimento Prisional.

Mas voltemos à questão do diálogo entre as pré-existências e as novas estruturas. À luz desta ideia, fácil é verificar que a concepção e implantação do projecto, a ter que ser naquele local – e esse é outro motivo de polémica - não terá conseguido uma boa solução, minimizando a exposição da escola e dos alunos ao “ silêncio da morte“ , inevitavelmente quebrado quando o sino da igreja tocar os “ sinais” e um funeral daí a pouco irromper pelo cemitério adentro.

Vários psicólogos se têm debruçado sobre a reacção das crianças perante a morte, nas diferentes fase do desenvolvimento. Com a internet é fácil, hoje, ler algumas coisas sobre esta questão. Ver, por exemplo aqui e também uma outra posição possivelmente mais questionável. Seja como for, é legítima a preocupação, não só dos pais, mas também dos professores que ali irão trabalhar.

Curiosamente o Governo através do Decreto-Lei n.º 80/2010 de 25 de Junho veio revogar o Decreto-Lei n.º 37 575,de 8 de Outubro de 1949, que estabelecia uma distância mínima de afastamento dos edifícios escolares em relação a cemitérios, nitreiras ou fábricas cujas emanações fossem incómodas ou doentias e também a novos estabelecimentos cuja edificação e funcionamento fossem susceptíveis de constituir vizinhanças incómodas, perigosas ou insalubres para os edifícios escolares. Segundo o texto do diploma, este “ tem como principal objectivo actualizar a legislação que, em face da evolução na área do urbanismo e do ambiente, se tornou anacrónica. Como vemos esta legislação ainda é recente. Não se compreende que, quando ainda estava em vigor o tal decreto de 1949, tenha sido licenciada a construção duma escola mesmo em frente dum cemitério. Não acreditamos que tenha sido por desconsideração pela educação, pelas crianças, pelos professores, que se tenha feito esta opção.

A polémica está pois, lançada, apesar de na entrevista que o Vereador da Educação concedeu ao jornal Nova Esperança, nada ser referido, tendo sido salientada, isso sim, “ a qualidade das instalações do Centro”.

Sobre polémica e sobre o insólito número um ficamos por aqui.

O insólito número dois, é o facto de, segundo parece, a nova escola ir abrir sem as obras estarem cabalmente concluídas e sem que o equipamento esteja todo instalado. Pelo que refere o Penacova Actual, “ o mobiliário destinado às salas de aulas transitou das escolas desactivadas para a nova EB1 “. Atrasos há sempre nestas coisas de obras. Quantas vezes, por esse país fora, se anunciou a abertura de novos centros educativos em Setembro e só alturas da Páscoa tal foi possível? Estas obras não estão assim tão atrasadas e sendo assim, não seria de adiar por algum tempo a abertura? São questões que o cidadão comum legitimamente coloca. Sem pôr em causa a ponderação consciente dos responsáveis, não deixa de ser um aspecto insólito a manchar a abertura deste novo equipamento educativo, cheio de aspectos positivos também. Cremos que disso ninguém duvida.

09 setembro 2010

Imprensa local: Nova Esperança e Frontal

Embora com algum atraso, mas como vinha sendo hábito, o penacovaonline divulga hoje  as capas dos últimos números publicados dos jornais Nova Esperança e Frontal.

Missal Antigo e Apocalipse de Lorvão (por falar em Lorvão, o Órgão já regressou... isto é, as peças...mas o restauro continua na estaca zero...)

Escreveu o Diário de Coimbra:
18 ANOS DEPOIS : Órgão de tubos regressou ao Mosteiro de Lorvão

As peças do órgão de tubos do Mosteiro de Lorvão chegaram, finalmente, na terça-feira, ao seu local de origem. 18 anos depois de terem sido retiradas para trabalhos de restauro que estariam a cargo de um organeiro de Condeixa-a-Nova, que nunca chegaram a concretizar-se, as peças voltaram a “casa”, sem restauro, é certo, mas marcando o início de uma nova etapa na “vida” daquela importante peça. Estão, pois, «reunidas as condições para que avance o restauro, agora é necessário que avance», diz o presidente da Junta de Freguesia de Lorvão, satisfeito com a situação, que afirma, significa um novo fôlego num processo que se arrasta e pelo qual populações e autarquias (Câmara e Junta) têm lutado.

Leia mais
_________________________________________________



Uma das páginas do Missal Antigo de Lorvão


 A ILUMINURA
A iluminura, considerada em Diplomática como sinal e um dos meios de validação e autenticidade dos códices e documentos, é também um dos mais interessantes capítulos da história da Arte, confundindo-se na sua origem com a escrita para vir, finalmente, a identificar-se com a Pintura.


O costume de fazer executar nos códices e manuscritos uma parte decorativa e ilu­minada, partindo, principalmente, das letras iniciais, tal como se praticou na Idade Média, vem já da mais remota antiguidade, admitindo muitos autores que esta prática era já conhecida e usada no Egipto faraónico, onde esta arte teve como principal centro de maior impor­tância e perfeito desenvolvimento a cidade de Alexan­dria.
( excerto )
Fonte: Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa, Editorial Enciclopédia, Limitada, volume XIII, pp. 522-525,
citada no blogue

08 setembro 2010

A propósito do Dia Internacional da Alfabetização

Penacova tem um Centro Novas Oportunidades promovido pelo Agrupamento de Escolas António José de Almeida. Trata-se de uma estrutura, que a par de muitas outras espalhadas pelo nosso País, procura responder, no actual contexto, às necessidades de formação e qualificação da população adulta. Penacova não deixou de acompanhar e promover as políticas de educação de adultos que desde o 25 de Abril foram sendo lançadas ao nível do País. Recordemos as Coordenações Concelhias de Educação de Adultos e recordemos os seus coordenadores: Gracinda Barreirinhas, Víctor Silva, Saul Rico, Dulcínia Dias e Clara Raposo, professores destacados que, em articulação com o Ministério da Educação, Autarquias e Associações desenvolveram um meritório trabalho, desde os Cursos de Alfabetização aos Cursos de Ensino Recorrente do 1º e 2º Ciclos, passando também pelos Cursos Sócio - Profissionais de curta e longa duração, não esquecendo a dinamização de eventos culturais de âmbito concelhio.
Algumas vezes, na qualidade de membro da equipa distrital, acompanhámos o entusiasmo de tantas pessoas e testemunhámos o fervilhar de pequenas (grandes) iniciativas: S. Paio, S. Mamede, Lorvão, Gondelim, Penacova, Seixo, Casal de Santo Amaro, Travanca, Ribela, Figueira de Lorvão, Paredes… Pessoas que aprenderam a ler e a escrever, pessoas que descobriram as artes decorativas, que fizeram o “ciclo”, que valorizaram o seu património cultural, numa palavra, que se valorizaram e com isso, valorizaram também a sua terra.

David Almeida

(excerto de artigo publicado no NE )
_____________________________

Sim um dia pensei!/Tenho de olhar para mim /Preciso de algo mais/Uma nova aprendizagem/Abrir novos horizontes/Ter a força e coragem/Tomar uma decisão/E foi quando pensei então/E no CNO me inscrevi.
Foi difícil a minha luta/Pois o meu tempo mal chegava/Para a minha luta diária/ Tive dias difíceis/Sei que me entendem bem/Mas a vontade que tinha/Por algo mais aprender/E o prazer que sentia/Quando pensava em vencer/ Fizeram-me caminhar/E em frente seguir.
Trabalhei com coragem, vontade/E com muita, muita emoção/Escrevi a minha história/Relembrei belos momentos/Sofri com muita dor/Ao relembrar os momentos mais difíceis/Inesquecíveis na minha memória/Que guardarei na minha história/De grata recordação.
Mas guardarei muito mais/Como as pessoas especiais/Que nesta escola encontrei/E que o destino/Colocou no meu caminho.
O meu sonho realizei/O décimo segundo ano acabei/Encontrei novos amigos/Conheci pessoas diferentes/No meu contacto diário.
Guardarei no coração/Junto com a minha história/Os momentos de emoção/Que juntos todos vivemos/E jamais me esquecerei/Dos amigos do meu grupo/E dos que me acompanharam/Neste dia especial.
E lembrarei com certeza/Com carinho e emoção/Dos profissionais que encontrei/ Da força que me deram/Do carinho e atenção/Desta minha etapa nova/E do grupo atencioso/Do CNO de Penacova.

( texto de Lina Ferreira, formanda / Blogue do Centro Novas Oportunidades, 1 de Setembro de 2009)

Hoje é o Dia Internacional da Alfabetização ( International Literacy Day)

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) celebra, hoje o Dia Internacional da Alfabetização. O Dia, criado em 1967, tem o objectivo de "despertar a consciência da comunidade internacional e chegar a um compromisso em matéria de educação e desenvolvimento".

Para este ano, a ideia é destacar o papel e a importância da alfabetização para a participação, a cidadania e o desenvolvimento. É importante ressaltar que, atualmente, estar alfabetizado significa não só soletrar palavras ou rabiscar o nome. Uma pessoa alfabetizada deve saber ler, escrever, compreender e transmitir suas ideias por escrito.

Segundo a Unicef, no mundo, 776 milhões de adultos são analfabetos e 75 milhões de crianças estão descolarizadas. O analfabetismo está relacionado com a pobreza e as desigualdades sociais.
SAIBA +:
http://www.reading.org/General/Conferences/InternationalLiteracyDay.aspx
http://www.unesco.org.uk/international_literacy_day

06 setembro 2010

Confrarias Gastronómicas e Báquicas

À semelhança do florescimento das Confrarias, ocorrido na Idade Média, assistimos também hoje, neste dealbar do século XXI, a uma proliferação surpreendente dum novo tipo de associativismo que recupera aquela designação. Agora, as suas finalidades já não têm o cariz profissional, religioso ou assistencial, que marcaram os tempos de outrora. Nos nossos dias, o que está em causa é a valorização dos nossos pratos tradicionais e dos nossos vinhos de qualidade.
Recuperando todo um conjunto de rituais das antigas confrarias, carregados de simbolismo, como os trajes, as fórmulas de juramento, a realização de capítulos, as confrarias assumem, hoje, um papel importante na dinamização das comunidades locais, atraindo pessoas de outros pontos do país e de além fronteiras, organizando encontros com componentes festivas, através de coloridos desfiles ao longo das ruas das nossas vilas e cidades, onde não faltam as varandas engalanadas com as tradicionais colchas e numeroso público a assistir, não poucas vezes, à passagem de figuras importantes da vida artística, política e até económica.

Às finalidades de preservação do património gastronómico, as confrarias juntam, assim, fins lúdicos e de convívio entre as pessoas e as comunidades. 

Progressivamente, vão assumindo também um importante papel de sensibilização e de alguma pedagogia, com o envolvimento das comunidades, na investigação do passado, no sentido de  melhor compreender o presente e preparar o futuro dos nossos  meios rurbanos, onde o rural e o urbano já se tocam muitas vezes e cada vez mais se diluem algumas barreiras. Futuro que poderá e deverá passar pelo desenvolvimento do turismo gastronómico e báquico, valorizando os pratos tradicionais, os nossos vinhos...e também as nossas águas.

Penacova, com a sua Confraria da Lampreia, tem vindo a concretizar muitos destes objectivos, divulgando um prato, que não sendo exclusivo do nosso concelho, é confeccionado dum modo sempre especial, fruto de longos e longos anos de contacto com o Mondego e com os recursos alimentares que este, durante séculos vem oferecendo às gentes que com ele convivem.

Confrarias Gastronómicas e Báquicas: uma curiosa forma de associativismo que acima de tudo, entende que a qualidade e a riqueza das nossas receitas tradicionais, dos nossos vinhos, merecem ser preservadas e divulgadas.

David Almeida

Confraria da Lampreia de Penacova marcou presença no Festival de Confrarias Gastronómicas

Da Confraria da Lampreia de Penacova recebemos notícia e fotografias da participação no Festival das Confrarias Gastronómicas, que decorreu este fim de semana no Mercado da Ribeira, em Lisboa , organizado pela da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa.


O festival iniciou-se com um desfile das quatro dezenas confrarias participantes , desde a Praça do Município até ao Mercado da Ribeira.

A Confraria da Lampreia de Penacova dispôs de um Stand de Divulgação e de um Ponto de Venda no espaço de restauração, onde estiveram presentes as enguias, os peixinhos do rio, as nevadas e os pastéis de Lorvão .

A Confraria da Lampreia de Penacova é presidida pelo Engº Valdemar Rosas.
Para saber mais sobre a Confraria, visite o site oficial: 
Fontes:
Imagem1: composição de Penacova Online, com base nas fotografias enviadas pela Confraria
Imagem2:Órgãos Sociais : site oficial da Confraria

05 setembro 2010

Doutor Carlos Fonseca prestou provas de Agregação na Universidade de Aveiro

Carlos Fonseca é natural de S. Pedro de Alva, filho de Alfredo Fonseca e de Maria da Conceição Martins. Doutorado em Biologia, sempre manteve uma ligação ao nosso concelho.

Recordamo-nos dos seus artigos no Jornal de Penacova, bem como de diversas intervenções, das quais salientamos:

2002 - Pequena publicação : Fonseca, C., Duarte, J.A., Fonte,J.(2002) Penacova: um quadro natural. Penacova. Câmara Municipal de Penacova.
2003 – “Rio Mondego: Algumas Observações Naturais”, comunicação apresentada no encontro intitulado “Rio Mondego, uma riqueza natural a preservar”, promovido pela Coordenação Concelhia da Extensão Educativa de Penacova.
2005 - “Aspectos da Biologia da Lampreia (Petromyzon marinus L.) no Rio Mondego”, comunicação apresentada no VIII Fim de Semana da Lampreia, organizado pela Câmara Municipal de Penacova.
2008 – “Genetic characterization of Salmo trutta populations in the Centre region of Portugal” comunicação apresentada, em co-autoria, no XVII Campeonato do Mundo de Pesca à Pluma / Juniores, organizado pela Federação Portugusesa de Pesca Desportiva. Penacova, Portugal.
2010- Publicação do Livro : Correia, F. e Fonseca, C. (2010). Penacova, o Mondego e a Lampreia. Câmara Municipal de Penacova. Penacova.

O Doutor Carlos Fonseca acaba de prestar provas de Agregação na Universidade de Aveiro, onde é Professor desde 2001. Nos dias 15 e 16 de Julho defendeu o Relatório da Unidade Curricular “ Mamíferos de Portugal” e proferiu uma Lição sobre” Gestão e Conservação das Populações de Ungulados em Portugal”

Enquanto penacovenses, congratulamo-nos por este facto, desejando os maiores êxitos académicos que, indiscutivelmente, dignificarão e enriquecerão o conhecimento científico e honrarão o nosso concelho.
Ver +

04 setembro 2010

Notas para a história local: as Festas de Nossa Senhora da Guia nos inícios do Séc. XX

Na imagem: santuário de N. Sra da Guia  
no local onde hoje se encontra o Hotel e o antigo Centro de Saúde

A propósito do evento recentemente ocorrido e designado por Salgueirada, recordamos que, segundo relatos escritos de há cerca de cem anos, as Festas de Nossa Senhora da Guia incluiam no seu programa algo semelhante a que chamavam Serenata.
Vejamos um resumo do programa das festas de 1908:

Festejos em Honra de Nossa Senhora da Guia

Tiveram lugar nos dias 18, 19 e 20 de Julho, em Penacova, as festas de N. S. da Guia.

No dia18, pelas 10 da noite, realizou-se uma Serenata: barcos ornamentados e iluminados saíram de Entre Penedos e deslocaram-se até ao Reconquinho. Houve fogo de bengala e à moda do Minho e actuou a Filarmónica e o Rancho.

No dia seguinte, pelas seis da tarde, realizou-se a habitual procissão, onde pontificou a imagem de N. S. da Guia, oferta do Sr. Joaquim Augusto de Carvalho, no seu rico andor de talha dourada oferecido pelo saudoso Bazílio A. Xavier d' Andrade.

No dia 20, houve missa e pelas 5 da tarde, corridas pedestres, corridas de bicicletes e outras, no Largo Alberto Leitão. A seguir, as marchas " aux-flambeaux" terminaram os festejos.

Fontes:
Programa e notícia das Festas de 1908
Fotografia existente no Café Turismo

03 setembro 2010

RECORTES DA IMPRENSA LOCAL

“…O Emsemble de Saxofones de Coimbra ( que integra elementos oriundos do nosso concelho) presenteou-nos com um magnífico concerto na Casa do Povo e, para surpresa minha, verifiquei a presença de pouco mais de uma dúzia de penacovenses, o mesmo acontecendo com o Grupo de Cordas “Allegro” ( cujo maestro já formou muitos músicos penacovenses) e de um grupo homólogo proveniente de Espanha…E que dizer então das actividades promovidas pela Banda Filarmónica ( e a sua Escola de Música) ou pelo Coral Divo Canto?

Será que Penacova consegue viver assim tão ausente dos seus marcos culturais? Como é possível ignorar-se estes ícones da Cultura Popular Penacovense?

Será menos importante ouvir um concerto da Banda Filarmónica do que as intervenções do Fernando Rocha? O que moverá as massas para um concerto do Ruizinho de Penacova que não leva as mesmas centenas de pessoas a ouvir um recital do Coral Divo Canto?...”

Gonçalo Sousa

Excerto do artigo “ Filarmónica está de plena saúde…e recomenda-se”


In NOVA ESPERANÇA de 31 de Julho de 2010

Concurso Escolar sobre António José de Almeida e a República: visite a exposição dos trabalhos


Promovido pela Câmara Municipal, decorreu, ao longo dos 2º e 3º períodos do ano lectivo de 2009-2010, o Concurso "António José de Almeida, Penacova e o Centenário da República" dirigido a toda a população escolar do Concelho.
Os trabalhos encontram-se expostos no Átrio do Edifício dos Paços do Concelho, na Biblioteca Municipal e no Edifício das Piscinas Municipais (Recepção e Piso -1).

Premiados o Jardim de Infância de São Mamede, pelo seu trabalho subordinado à temática "A Bandeira"; o trabalho do 4ºB da Escola do 1º CEB de Penacova; o  6º A da Escola Básica Integrada de São Pedro de Alva, pelos seus trabalhos subordinados à temática "A República" e, ex aequo, as Turmas A e B do 7º Ano da Escola Básica Integrada de São Pedro de Alva, pelos seus trabalhos subordinados à temática "António José de Almeida, Penacova e os 100 Anos da República". (Fonte: website da Câmara)

Penacova Online foi visitar a exposição, recolhendo imagens da mesma. Pedimos desculpa aos visitantes do nosso blogue, por algum lapso que possa existir na identificação dos trabalhos e na sua cobertura.

Na coluna lateral pode ver (em slideshow) as fotografias dos trabalhos expostos. Pretendemos, com isso,  dar uma imagem global,  mas não há como ver e apreciar in loco. Vale a pena e será, certamente,  um estímulo para as nossas crianças e jovens que, sem dúvida, enriqueceram os seus conhecimentos e as suas competências em termos de cidadania.
Fotos: Penacova Online (recolhidas em 27 e 29 de Julho)

01 setembro 2010

Obras do novo Centro Escolar de Penacova estão quase concluídas

As obras da  nova escola do primeiro ciclo de Penacova avançam a bom ritmo, conforme podemos observar. Conforme notícia avançada pelo Correio da Manhã a inauguração terá lugar no dia 13 de Setembro.






Fotos: Penacova Online, em 27 de Agosto



Encerramento de Escolas em Penacova

Travanca do Mondego: arranque do ano escolar aviva preocupações dos pais e encarregados de educação

" POVOAÇÕES TRANSFORMADAS EM DESERTOS
A confirmação do encerramento da escola primária de Travanca do Mondego não apanhou os habitantes de surpresa, mas deixou-os revoltados. João Azadinho, presidente da Junta, entende a reacção de alguns: "fechar uma escola é um momento muito difícil". Para Adelaide Matos "é um coração que deixa de bater no centro de uma povoação". As crianças "faziam gritaria, representavam vida". A partir de Setembro, as aldeias que ficaram sem escolas transformam-se em "desertos", acredita Luísa Duarte, mãe de uma aluna."
in Correio da Manhã, 1 de Setembro 2010

A versão impressa do CORREIO DA MANHÃ de hoje apresenta uma reportagem sobre o encerramento de escolas do primeiro ciclo no nosso concelho. Artigo que também pode ser lido na versão online do referido jornal.


_________________________________________________________

Fechar ou não fechar escolas em Portugal?
                              Os argumentos:

TEXTO A

O primeiro ministro, José Sócrates, assegurou hoje que o Governo vai continuar com o encerramento de escolas para combater o insucesso escolar e considerou "criminoso" não ter avançado com o processo. "Era criminoso para o nosso sistema público de ensino não ter feito nada para encerrar as escolas com menos de 20 alunos [e] é por isso que vamos continuar com esse esforço", declarou José Sócrates em Trancoso, onde hoje recebeu a medalha de honra do município e inaugurou uma nova escola básica integrada.No seu discurso, José Sócrates, que esteve acompanhado pela ministra da Educação, Isabel Alçada, apontou que o Ministério da Educação já encerrou cerca de 2500 escolas. E acrescentou: "Agora encerramos as outras, em negociação com as autarquias".Disse que o Governo não podia deixar "tudo como está", mas reconheceu que "há sempre críticas às reformas".Contudo, frisou que "o pior que há na Educação é não fazer nada".Segundo o primeiro ministro, irão encerrar mais escolas com menos de 20 alunos porque, com esta medida, o Governo pretende "combater o insucesso escolar"."Ao longo destes últimos anos o insucesso escolar nas escolas com menos de 20 alunos sempre foi muito superior ao insucesso escolar verificado nas outras escolas com mais alunos", apontou.Tendo em conta este cenário, admitiu que manter escolas com 20 alunos significaria "condenar essas crianças à exclusão, ao abandono e ao insucesso escolar".

TEXTO B

A medida, que o Governo justifica com a instalação de «centros escolares ou escolas dotadas de melhores condições de ensino e de aprendizagem», não me parece mais do que um incentivo ao abandono escolar e um aumento da desertificação cada vez mais acelerada do interior do País. Que família quererá “interiorizar-se” se pensar que os seus filhos ficarão mais longe da escola, obrigados a perder no caminho um precioso tempo que poderia ser aproveitado para estudar?E como se podem motivar alunos que não gostam da escola – mas lá têm de permanecer o dia inteiro – se o “passeio” os obriga a levantar quase de madrugada e a chegar a casa à hora de jantar?Posso até concordar que a distância não é impeditiva nem contrária ao sucesso escolar, mas não me venham dizer que os alunos que vivem longe dos chamados centros escolares “partem” com a mesma vantagem que os que moram perto em direcção aos ciclos de ensino seguintes. E nem sequer acredito que a reorganização escolar seja apenas feita com intuitos meramente pedagógicos e qualitativos (…)http://mobilizacaoeunidadedosprofessores.blogspot.com/search?q=encerramento+de+escolas

TEXTO C

Nas últimas duas décadas, o país vindo a assistir ao encerramento de um número crescente de escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico. Dizer que este processo está exclusivamente ligado com a progressiva baixa de natalidade, é ficar pela espuma dos acontecimentos.As causas do encerramento (suspensão, na linguagem da lei) de centenas de escolas, tem raízes profundas nas opções políticas de sucessivos governos que contribuíram, ou mesmo promoveram, a desertificação de largas regiões do país.O abandono e o esquecimento a que sucessivos governos votaram o interior do país, fizeram deslocar para o litoral urbano milhares de portugueses. A evolução demográfica fez o resto. É assim que as escolas das zonas urbanas e suburbanas foram confrontadas com o crescimento do número de alunos por turma.. (…)