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20 outubro 2018

Lorvão e Alcobaça no Registo da Memória do Mundo


Passados três anos após a inscrição no Registo da Memória do Mundo dos manuscritos “Apocalipse do Lorvão” e “Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébana”, do Mosteiro de Alcobaça, realizou-se hoje em Lorvão o colóquio “Lorvão e Alcobaça no Registo da Memória do Mundo”.
Na sessão de abertura usaram da palavra Humberto Oliveira, Presidente da Câmara, Ana Fátima Pagará, diretora do Mosteiro de Alcobaça, Silvestre Lacerda, diretor-geral da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas e Nelson Correia Borges, Presidente da Associação Pró-Defesa do Mosteiro de Lorvão.
Depois de uma intervenção de Silvestre Lacerda, Severiano Hernández Vicente, Subdiretor Geral dos Arquivos Estatais de Espanha, apresentou o tema “El Registro de la Memoria del Mundo de UNESCO como herramienta de difusión del patrimonio cultural ibérico y modelo de cooperación internacional: Comentarios al Libro del Apocalipsis (Beato de Liébana) de la tradición ibérica; las copias medievales del Liber Sancti Iacobi: los orígenes ibéricos de la tradición Jacobea en Europa y el Tratado de Tordesillas”.

“Cien años cuidando del Beato de Tábara del Archivo Histórico Nacional”, foi apresentado por Juan Ramón Romero Fernandez-Pacheco, Director do Arquivo Histórico Nacional de Espanha.
Ainda na parte da manhã, Alfonso Sanchez Mairena, chefe das Relações Institucionais da Subdirecção Geral dos Arquivos Estatais, dissertou sobre o tema “Cartularios y tumbos como ventanas hacia los Archivos medievales: el caso de la Iglesia de Astorga (León, España)”.
Por sua vez, e já na parte da tarde, Maria Alegria Marques, da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, apresentou “O mosteiro de Lorvão na sua inserção regional. O caso das terras de Santa Comba ao tempo do abade Eusébio (1086-1117)”.
Por último, “O livro das Aves de Lorvão: uma leitura de monges” foi o tema desenvolvido por Aires A. Nascimento, da Academia das Ciências de Lisboa. Encerrou o colóquio o Vereador da Cultura e Vice-Presidente da Câmara, João Azadinho.

Conheça os documentos da Torre do Tombo já registados pela UNESCO como “Memória do Mundo” e a candidatura de 2014.
https://www.youtube.com/watch?v=GkdcWI0BGsk&feature=youtu.be


29 outubro 2016

Apocalipse de Lorvão na Memória do Mundo: um ano depois do reconhecimento da UNESCO


O colóquio comemorativo decorreu no Coro da Igreja
do Mosteiro de Lorvão
Assinalando o  1º aniversário da inscrição, pela UNESCO, dos manuscritos “Apocalipse do Lorvão” e “Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébana”, do Mosteiro de Alcobaça, no Registo de Memória do Mundo, no âmbito da candidatura ibérica “Os manuscritos do Comentário ao Apocalipse (Beato de Liébana) na tradição ibérica” realizou-se hoje em Lorvão a segunda parte do colóquio sobre aquela temática, iniciado ontem em Alcobaça.
“O Mosteiro de Lorvão ao tempo da produção do Apocalipse de Lorvão” foi o primeiro tema a ser abordado, com a intervenção de Maria Alegria Marques, professora da Universidade de Coimbra. Seguiu-se “Sancho I e o Mosteiro de Lorvão: contornos de um alegado conflito”, assunto explanado por Maria João Branco, professora da Universidade Nova de Lisboa.
Fac-simile do Apocalipse
de Lorvão exposto em Lorvão
“O Apocalipse de Lorvão na Memória do Mundo. A motivação partilhada no desafio de uma candidatura” foi o tema desenvolvido por Inês Correia, Conservadora-Restauradora do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Por sua vez, Maria Adelaide Miranda e Maria João Melo, também professoras da Universidade Nova de Lisboa, abordaram “Celebrar a Luz, revelando as cores nos Beatus do Lorvão e Alcobaça. Sereno nutilat. Nubilo euanescit”. A terminar o conjunto de intervenções, Aires Augusto Nascimento,  da Academia das Ciências de Lisboa e Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, desenvolveu  o tema  “No Silêncio do Claustro: a escutar a voz que preenche a Alma”.
A concluir esta jornada cultural, Maria Alegria Marques apresentou o livro, editado pelo município,  “Os Antigos Códices de Lorvão: balanço de pesquisa e recuperação de tradições”, tendo como autor Aires Nascimento. Teve ainda lugar  um concerto de Órgão pelo organista João Henriques.
De referir que os participantes tiveram a oportunidade de admirar um Fac-simile do Códice Apocalipse do Lorvão (ficando a promessa de em breve poder ser visto aqui o verdadeiro exemplar que se encontra na Torre do Tombo)  e um espaço representativo de um  Scriptorium Medieval.

Aires Nascimento usando da palavra
Na sessão de encerramento esteve presente a Directora Regional de Cultura do Centro, em representação do Ministro da Cultura, que se mostrou preocupada com a sustentabilidade financeira do conjunto monumental que é o Mosteiro de Lorvão, pois os recursos estatais são insuficientes. Quanto ao destino a dar ao espaço que fora ocupado pelo Hospital Psiquiátrico, apesar de reconhecer que existem já algumas ideias, acrescentou mais uma: a criação de um Museu da Língua Portuguesa, que não existe em Portugal. Terminou apelando à participação de todos na resolução desta preocupante questão.