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terça-feira, março 11, 2025

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (V)

INAUGURAÇÃO DO NOVO QUARTEL EM 1997

Notícia do jornal NE de 30 junho 1997:

"Dezasseis anos depois de iniciada a sua construção foi inaugurado o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Penacova.

Em Março de 1982 noticiava o nosso jornal o arranque da 2.° fase das obras; seis anos depois é ainda o N.E. que regista "QUARTEL DOS BOMBEIROS NÃO FOI APROVADO PELO S.N.B.". A "bomba" rebentou e só havia uma solução: procurar um novo terreno e aproveitar as instalações para serviços da Câmara

No entanto, as coisas tiveram outro rumo. A "página teimosa", no dizer do Comandante foi, por fim, virada. O dia 21 de Junho vestiu-se de festa para os Bombeiros, para a Vila, para o Concelho.

Apesar de não serem as instalações sonhadas e exigidas pelo crescente aumento de responsabilidades, a mudança de casa vem, sem dúvida, melhorar a qualidade dos serviços prestados pelos "soldados da paz", por esses "apóstolos de coração magnânimo", como os designou o Rev. P.e Joaquim Ribeiro Jorge ao proceder à benção do edifício.

A inauguração contou com a presença do Secretário de Estado, Dr. Armando Vara e do Governador Civil do Distrito, Dr. Victor Baptista.

Presentes também outras individualidades ligadas aos Bombeiros Portugueses e aos órgãos do poder local a nível concelhio. Muitos foram também os penacovenses que se associaram ao programa oficial da inauguração. A sessão solene, presidida pelo Secretário de Estado, decorreu no salão do novo edifício depois da recepção aos convidados, atribuição de condecorações e benção duma ambulância e do edifício.

Começou por usar da palavra o Comandante dos Bombeiros, Prof. António Simões, dirigindo palavras de agradecimento à actual e às anteriores Direcções, ao executivo Camarário e a todos aqueles que se empenharam na concretização desta obra, não esquecendo o Eng. Leitão, já falecido, que doou o terreno. Em sua memória e à de todos os bombeiros que já não se contam no número dos vivos, propôs que se respeitasse um minuto de silêncio. Não deixou de elencar algumas carências corno sejam a renovação de viaturas e equipamentos, a aquisição de um auto-tanque de maior capacidade e de uma viatura de desencarceramento.

António de Miranda. Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Penacova, ao discursar de seguida, dirigiu também palavras de gratidão e de reconhecimento pelo esforço financeiro da Câmara Municipal. No entanto, "as aspirações nunca se dão por concluídas. O novo quartel "de raiz", é, pois, uma "aspiração da Direcção a que preside" - acentuou. Coube ao Presidente da Assembleia Geral, Arsénio Costa, tornar pública uma missiva do Dr. Jorge Pimentel, Comandante do Quadro Honorário, justificando a sua ausência na cerimónia e endereçando um "louvor ao executivo camarário" em especial "na pessoa do Eng. Estácio".

Jaime Soares, Presidente da Federação Distrital de Coimbra, sublinhou o facto de os Bombeiros constituírem "a emanação directa do carácter bom do povo português, dos seus valores: solidariedade, humanismo, bem-fazer". Frisou ainda que estes não são património de ninguém, muito menos de qualquer ideologia. Acentuando o facto de ter sido exclusivamente financiada pela Câmara a presente obra, não deixou contudo de "se curvar respeitosamente perante o Dr. Armando Vara, reconhecendo que este membro do Governo tem de facto, dado o seu melhor ao serviço da causa dos Bombeiros Portugueses."

"Um autêntico milagre" — caracterizou o Vice-Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses ao usar da palavra - a circunstância de ter sido possível durante tantos anos trabalhar no antigo quartel. As condições materiais são importantes, mas não menos fulcral é a qualidade do factor humano sendo pois necessária uma aposta na formação. tónica aliás presente na maior parte das intervenções.

O Governador Civil de Coimbra, depois de enaltecer o empenhamento da Câmara Municipal, não deixou, contudo, de fazer alusão à comparticipação quer da administração central quer do próprio Governo Civil para equipamentos diversos que ascende a cerca de 17 mil contos, considerando ser a "comparticipação possível" para quem "não cometeu pecado". Recorde-se que a dado passo da sua intervenção havia citado o evangelista S. Lucas, dizendo que "só o pecado redime". 
E "o pecado não será do actual governo" — acrescentou. Em resposta a uma interpelação de Jaime Soares, reafirmou a disponibilização de dez mil contos para formação no âmbito do plano apresentado pela Federação Distrital de Coimbra.

Seguiu-se no uso da palavra o Presidente da Câmara, confessando que as antigas instalações eram motivo de vergonha para o concelho e mesmo pessoalmente e enquanto responsável autárquico. O investimento de cerca de 80 mil contos foi de facto considerável para uma Câmara que recebe do Fundo de Equilíbrio Financeiro, isto é, da administração central, verbas reduzidas —referiu a dado momento da sua alocução. Depois de sublinhar as boas relações mantidas entre a autarquia e as direcções dos bombeiros — tornando possível todo o trabalho desenvolvido — apelou às entidades presentes, designadamente ao Secretário de Estado, que procurasse desbloquear o projecto do novo quartel que vai já um ano se encontra na Comissão de Coordenação da Região Centro.
 
Em resposta a este pedido, o Dr. Fernando Vara referiu, ao usar da palavra, que tudo dependia da conclusão do processo legislativo em curso relativo às Finanças Locais. Projecto de Lei que, a ser aprovado, atribui às autarquias a responsabilidade pela construção de edifícios para os bombeiros. Depois de fazer alusão a outras medidas de carácter legislativo e de política de prevenção e combate a incêndios, reconheceu a imprescindibilidade do voluntariado na sociedade portuguesa. "Portugal precisa deste voluntariado"— afirmou. Há valores que importa manter. Numa sociedade em que a ideologia do sucesso incute a competição, é necessário fazer compreender que "vale a pena ser solidário"

O programa das "festas" prosseguiu com lanche, noite popular com actuação de Jorge Rocha e baile "abrilhantado" pela Banda FM. Há noite teve ainda lugar um concerto "rock" pelos "Santos e Pecadores".

Notícia do jornal NE de 30 junho 1997:

quarta-feira, março 05, 2025

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (IV)

"OFERTA DE UMA CASA PARA A SUA SEDE E QUARTEL" (1967)


O jornal Notícias de Penacova, na sua edição de 2 de Dezembro de 1967, noticiava o seguinte:

Parece que o problema da Sede e Quartel da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Penacova está em vias de resolução.

Em hora afortunada foi escolhida a nova Direcção dos Bombeiros Voluntários de Penacova e seu presidente o sr. João António Gomes. Desde que assumiu as funções do seu cargo, o sr. Gomes, mesmo com prejuízo da sua saúde, não tem poupado esforços para desempenhar do mesmo modo a missão que lhe foi confiada, o fim de bem servir a causa dos Bombeiros. e o engrandecimento da linda vila de Penacova. 

Tem como seus colaboradores os srs. Júlio de Carvalho, António Martins Coimbra, Manuel Lopes Ferreira (comandante da Corporacão) e Joaquim da Costa, que igualmente se têm esforçado para bem servirem a mesma causa. 

Desde que a referida Direcção tomou posse dos seus cargos, iniciou uma actividade a favor do prestígio daquela benemérita Corporação, digna de elogio. 

Tornava-se urgente fazer obras de reparação na Sede e Quartel, adquirir móveis, utensílios e material. Mas não havia dinheiro para tal empreendimento. 

Começou a Direcção por dirigir uma carta circular às famílias do concelho, incluindo as emigradas, a solicitar-lhes uma contribuição para auxiliar os Bombeiros. O apelo teve, e continua a ter, o melhor acolhimento. Sobe já a alguns milhares de escudos o dinheiro recebido, como este semanário tem publicado.Os Bombeiros são uma necessidade premente dentro do concelho, como todos compreendem. 

Com o produto da subscrição está a ser reparado o edifício da Sede dos Bombeiros, o mobiliário e o material. Bem necessária era tal reparação. Também a Direcção dos Bombeiros está empenhada em comprar um jipão para que a acção dos abnegados soldados da paz seja mais eficiente, e possa atingir todos os povos do concelho, mesmo aqueles que ainda, infelizmente, não têm estradas por onde possa seguir o automóvel. 

Um jipão custa muito dinheiro. Os Bombeiros confiam, porém, na generosidade dos povos que virão a beneficiar da sua acção. Se outras terras de menor categoria do que Penacova puderam adquirir para os seus bombeiros um jipão. porque o não há-de ter Penacova? 

Neste trabalho porfiado pelos Bombeiros, tem a Direcção despendido trabalhos exaustivos que consomem energias e algumas vezes, trazem contratempos e acarretam desgostos e aborrecimentos. 

Também surgem, sem o esperar, compensações. No assunto que ora nos ocupa uma grande alegria e uma grande noticia tem a Direcção dos Bombeiros para dar. Ei-la: ao sr. Fernando Miguel Rodrigues, grande industrial da fábrica de malhas «Mondex» do Rio Tinto, foi dirigida uma circular, acompanhada de uma carta particular do seu parente sr. João António Gomes. 

O sr. Miguel Rodrigues é filho de Penacova. Daqui saiu, ainda pequeno, e chegou ao Porto, levando na sua bagagem uma grande vontade de vencer, de ser alguém na vida. Conseguiu o intento. Hoje é grande industrial. Na sua fábrica que começou com vinte operários, trabalham mil e duzentos. Apesar da situação, que mercê da sua inteligência e qualidades morais, alcançou, o sr. Miguel Rodrigues jamais olvidou a sua terra. Aqui vem com frequência. Nesta vila conservou a casa que herdou de seus pais e onde nasceu. E um prédio de três pisos e cave, sito na Rua Comendador Abel Rodrigues da Costa. No rés do chão está instalada uma tipografia. 

Pois, esse prédio que ocupa uma situação magnífica para o serviço dos Bombeiros, deseja o sr. Fernando Miguei Rodrigues, com o aplauso de sua Ex.ma esposa, Sr.a D. Júlia Miguel Rodrigues, oferecê-lo, doá-lo à Corporação dos Bombeiros de Penacova para a sua Sede. 

Grande notícia para Penacova, grande notícia para os Bombeiros. Para que a escritura de doação se possa fazer, deseja o sr. Fernando Miguel Rodrigues que os inquilinos que habitam o prédio procurem outro domicilio, para poder fazer a escritura de doação isenta de dificuldades para os Bombeiros.

Estamos certos - quem poderá duvidar? - que os inquilinos do prédio em referência vão colaborar com o ilustre e grande benfeitor dos Bombeiros de Penacova, de modo que o assunto se resolva rapidamente. 

O nosso jornal que sempre tem lutado pelo progresso do concelho de Penacova que desejaria ver próspero e na vanguarda do progresso, felicita os Bombeiros de Penacova por poderem dispor, dentro em breve, de Sede que seja sua propriedade, e saúda o benfeitor que dá com o seu gesto de acendrado altruísmo um nobre exemplo de amor à sua terra e aos seus semelhantes. 

Penacova, se os seus filhos se derem irmãmente as mãos, pode muito bem vir a ser uma vila próspera e feliz. 

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (III)

"CÂMARA HOMENAGEIA 95 ANOS DOS BVP COM MONUMENTO JUNTO AO QUARTEL

O Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro  presidiu às cerimónias do 95° Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova (AHBVP).

A Câmara Municipal de Penacova associou-se à efeméride com um presente muito especial. Um monumento de autoria do escultor Pedro Figueiredo foi inaugurado na rotunda em frente ao quartel.

"É uma homenagem da mais elementar justiça. Todos sabemos os sacrifícios pessoais que os bombeiros fazem para socorrer o próximo colocando em risco, tantas vezes, a própria vida. Em linguagem simples, diria que não há monumento que pague o que estas mulheres e homens fazem pela nossa comunidade, mas é um gesto de reconhecimento que a Câmara de Penacova não podia protelar mais!", justificou o presidente da autarquia, Álvaro Coimbra.

Para além do Secretário de Estado, Paulo Ribeiro, marcaram presença Albertino Ventura, Diretor Nacional de Bombeiros, António Nunes, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Carlos Luís Tavares, Comandante Sub-Regional, Fernando Carvalho, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, o escultor Pedro Figueiredo, o deputado do PSD, Maurício Marques, que foram acompanhados durante as cerimónias pelo presidente da AHBVP, Ricardo Simões e pelo comandante Vasco Viseu.

O dia ficou ainda assinalado por várias condecorações  e promoções aos soldados da paz, um desfile de meios e uma sessão solene."

Fonte: Página do Município no Facebook 

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O escultor Pedro Figueiredo, autor da escultura hoje inaugurada  em Penacova, no âmbito das comemorações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Penacova, tem no seu currículo obras como a Princesa Cindazunda ou o busto de António Arnaut, sendo uma referência no mundo da arte contemporânea. 


sábado, março 01, 2025

Notas para a história dos Bombeiros de Penacova (II)


[Muito há a fazer e que é ainda quase tudo]

Como noticiámos no nosso último número, foi no passado dia 21 posta à prova, mais uma vez, a coragem e denodo dos rapazes desta vila, que constituem a recente Corporação dos Bombeiros Voluntários. 

Por informações que colhemos após a noticia que saiu sabemos de que a eles se deve a casa incendiada não ser hoje um montão de ruínas.

Urge aproveitar a coragem e denodo já por eles exibidos em vários lances e que são duas grandes qualidades! 

Alguma coisa se fez já de importante em Penacova no assunto Bombeiros Voluntários. Foi fundar a corporação e dotá-la com um pequeno material absolutamente indispensável, corno sejam escadas, baldes e cântaros. 

Muito há, porém, a fazer e que é ainda quase tudo. 

É indispensável que se olhe a sério pela sua educação e se ajudem a arranjar meios de dotá-la com material indispensável à consecução dos fins a que a corporação se destina.  

Para isto nada mais é preciso que boa vontade. 

Torna-se urgente que os dirigentes da Corporação tratem, em primeiro lugar, de contratar alguém competente para lhes ministrar a indispensável cultura como bombeiros, visto que sem isso nada há feito. 

A seguir é indispensável que se angariem meios para adquirir uma bomba que não é preciso ser de grande potência visto que as necessidades presentes seriam preenchidas com uma bomba manual, mais barata e portanto mais própria para quem não dispõe de grandes meios. 

Sabemos que tudo isto custa dinheiro, de que a sociedade não dispõe, mas estamos convencidos de que não seria muito difícil arranjar, por subscrição, o indispensável, pelo menos para os dois fins que deixamos apontados. 

Abalançamo-nos mesmo a lembrar que seria este o momento oportuno de aproveitar os ânimos para conseguir este fim. 

À digna direcção oferecemos para tal fim as colunas do nosso pequeno semanário, que não tem outra razão de existência que não seja o pugnar pela felicidade e bem estar dos seus patrícios e assinantes, e onde cabe muito bem o assunto de que falamos. 

Artigo de Agosto de 1933
Jornal de Penacova

Notas para a história dos Bombeiros de Penacova (I)

por José Alberto Rodrigues Costa 

Artigo publicado no jornal “Nova Esperança” aquando do  cinquentenário da Corporação (1980)


Depois de haver diversos incêndios na vila de Penacova e na altura em que ardeu a casa onde morava o Sr. Padre António Pinto é que um grupo de componentes da Filarmónica aliados a outros indivíduos e às forças vivas da Vila, levaram por diante a formação da Corporação de Bombeiros Voluntários de Penacova. 

Foi grande entusiasta desta iniciativa o mestre da filarmónica, à data Sr. António Casimiro Guedes Pessoa, e os músicos que se alistaram logo como Bombeiros. Na data da fundação da Corporação, 1930, já a filarmónica tinha cerca de 80 anos e foi ela a alma da Corporacão. 

Sem material, sem fardamentos, sem dinheiro e sem recursos, mas com uma forte vontade de levar para a frente uma iniciativa que serve o bem comum, os Bombeiros fundadores trabalhavam com as suas roupas usando apenas um cinturão e o capacete. Apenas havia uma bomba manual, que ainda hoje existe, que era tocada a braços por quatro bombeiros sendo o seu abastecimento feito com a água que as mulheres e o povo carregavam das fontes e poços, em cântaros ou baldes de cobre também pertença da Corporação. O alarme era dado por uma sineta que existia no improvisado Quartel, no andar da casa onde mora actualmente o Sr. Figueiredo (Guarda Fios) e ainda pelo repique dos sinos da Igreja.

Posteriormente o Quartel foi transferido para a casa do alpendre e capela de S. Francisco que ficava em frente das actuais instalações dos CTT. 

O 1º Comandante da Corporação foi o Sr. António Casimiro Guedes Pessoa assumindo o comando após a sua morte o Sr. Alípio Carvalho, sendo 2.° Comandante o Sr. António Esteves do Amaral Viseu, ainda junto de nós, bem como o Sr. Gualter Pereira Viseu. 

A primeira farda de cotim apareceu por volta de 1933, era usada com charlateiras e distintivos de Bombeiros na gola. Os capacetes tinham no emblema o distintivo B. M. (Bombeiro Músico) ou B. V. (Bombeiro Voluntário) que era aquele que não era executante da Filarmónica. 

Não havia nada para poder fazer sobreviver a Corporação. Os subsídios do Estado ou da Câmara Municipal ainda não existiam, não tinha sócios, e vivia apenas do trabalho dos Filarmónicos - que afinal era o seu Corpo Activo - que das festas que faziam deixavam 60% do que recebiam para que a Corporação pudesse ir para a frente.

Foram fundadores da Corporação os Senhores: 

António Esteves do Amaral Viseu, Gualter Pereira Viseu, Alípio Carvalho, Alípio da Costa Miguel, Álvaro Alberto dos Santos, Álvaro Martins Coimbra, António Casimiro Guedes Pessoa, António da Costa, António Joaquim Pinto, Augusto Luís, Evaristo Joaquim Pinto, Joaquim Correia de Almeida Leitão, Joaquim Luís, José Alberto de Almeida, José Augusto Pimentel, José Esteves do Amaral Viseu. José Gouveia Leitão, Manuel Ferreira Sales Guedes, Mário Lopes Barra, Mário Martins de Carvalho e Padre António Pinto.