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23 março 2023

Lugares, monumentos e sítios de Penacova (13): Capela de S. João

Capela de S. João, 2023

A capela de S. João, na vila de Penacova, datada de finais do século XVI, integra-se no tipo de arquitectura Maneirista / Barroca.

Com uma planta longitudinal simples, apresenta telhado de duas águas, nave, capela-mor e alpendre.

O alpendre tem 3 arcos, tendo o do lado da estrada sido aberto aquando da abertura do arruamento contíguo ;

O espaço interior tem cobertura de madeira, sendo iluminado por quatro frestas, duas nas paredes laterais e duas na frontaria. Umas apresentam molduras barrocas da segunda metade do séc. XVIII e outras são de remate contracurvado.

A fachada principal, que está voltada a Sul, pode ser descrita como “de pano único entre cunhais apilastrados e empena triangular, rasgada ao centro por um arco de volta inteira.”

A porta de entrada é rectangular. A verga tem a inscrição “S. SEBASTIANVS / 1581”, depreendendo-se que originariamente era dedicada àquele Santo, cuja imagem, em pedra, marca presença no retábulo maneirista, também daquela rocha.

O retábulo que tem dois nichos entre três pilastras e as imagens de São Sebastião, como referimos, e também em pedra, a de São João Baptista, em tamanho maior que a do outro Santo.
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Fontes: 
Inventário Artístico de Portugal
Direção-Geral do Património Cultural









23 janeiro 2023

Lugares, monumentos e sítios de Penacova (12): Capela de Santo António


A capela de Santo António situa-se a Sul da vila, implantada em terreno de acentuada inclinação, envolvido por amplo adro, parcialmente cercado por baixo muro, com um coreto octogonal em alvenaria de onde se podem apreciar excelentes panorâmicas sobre o Mondego.

Trata-se de uma construção do séc. XVII (com planta longitudinal, simples, com coberturas diferenciadas) enquadrável no tipo de arquitectura maneirista vernácula, apesar de ter sofrido algumas modificações. Fachada principal com alpendre com seis colunas toscanas (quatro na frente e uma a meio de cada lado) em cantaria e pavimento com seixos. 

 No chão da capela-mor existe uma campa, com evidentes sinais de desgaste, tendo uma faixa envolvente decorada e brasão sumido. Apresenta os seguintes dizeres:

 ESTA SEPVLTURA HE DE / MANOEL.DE PAIVA.NATV / RAL.DE COINBRA.../ FES QVATRO.FILHOS BO(NS) / LETERADOS E (HV(M) DELES. (F)OI / IOÃO.DE PAIVA PRIOR DESTA / IGREIA.LHE.MANDOV.FAZER /ESTA SEPVLTVRA.FALECEO / A 21.DE DEZEMBRO.DE.1621. 

 O retábulo secundário é dos sécs. XVII/XVIII, com esculturas de Santo António e S. Francisco, do mesmo período. O púlpito é cilíndrico e, numa mísula, vê-se um Anjo da Anunciação, de pedra, do séc. XVI, manuelino; numa outra, uma Virgem de madeira, dos XVII/XVIII. 

A capela é detentora de um cálice de prata sem ornatos, onde, no listel de base, se lê: “ESTE CALIX HE DA IRMANDADE DE SANTO ANTONIO FOI FEITO ERA D. 1664 a.” 

 Fontes: "Inventário Artístico de Portugal", vol IV, 1953 e Plano Director Municipal



07 setembro 2022

Lugares, monumentos e sítios de Penacova (8): Mont'Alto



No dia 8 de Setembro, data da grande Romaria, o “Dia das Sete Senhoras” ou de Nossa Senhora da Natividade, muitas famílias rumavam (e rumam ainda hoje) ao Mont’Alto, movidos pela Fé, mas também pelo Convívio. Tudo convida a estender a toalha e partilhar os deliciosos comes e bebes que neste dia não faltam. 

No livro “Coimbra e Região” (1987) Nelson Correia Borges faz referência a esta “capelinha” que “é um encanto na sua singeleza de ermidinha bem portuguesa”.  A Romaria da Senhora do Mont’Alto era uma das mais concorridas da região. As "Informações Paroquiais" de 1721 referem que os moradores da Vila do Botão e de S. João de Figueira (de Lorvão), vinham todos os anos em procissão (…) em cumprimento de “um voto antiquíssimo” trazendo as ofertas em tabuleiros. 

Aquele documento do séc. XVIII fala também da existência na encosta do monte de umas “pedras redondas” que tinham propriedade milagrosas.

O local está também associado à Batalha do Bussaco, dado que o general inglês Arthur Wellesley, Duque de Wellington, terá mandado colocar algumas peças de artilharia junto à capela, ponto estratégico militar.

Do alto do monte, quando os eucaliptos ainda não dominavam as encostas, gozava-se dum soberbo panorama sobre o vale do Mondego.  

Em 1994 foi projectada a construção, no recinto da capela, de um miradouro de 10 metros de altura, encimado por um cruzeiro, obra que certamente permitiria admirar a vastidão da paisagem circundante. Ainda chegou a ser lançada uma campanha de angariação de fundos, mas a iniciativa não foi avante. Quem sabe...não fosse, afinal, má ideia construir uns passadiços ao longo da encosta, retomando a ideia dos antigos carreiros,  culminando com um miradouro acima da copa das árvores circundantes...






20 abril 2012

Noite Cultural em Lorvão



No âmbito da comemoração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, a Câmara Municipal de Penacova e o Grupo Etnográfico de Lorvão, com o poio da Associação Pró Defesa do Mosteiro de Lorvão, a Filarmónica Boa Vontade Lorvanense e a Junta de Freguesia de Lorvão, organizam, no dia 21 de Abril, pelas 21.00h, Uma Noite em Busca do Património de Lorvão, visita guiada e encenada ao património da vila de Lorvão.