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29 setembro 2011

Revisitar o passado em Dia Mundial do Turismo


Conforme estava anunciado, o Dia Mundial do Turismo foi assinalado em Penacova com uma visita guiada aos pontos principais da vila, através de uma recriação do início do século XX que esteve a cargo dos grupos folclóricos de Penacova, Chelo e São Pedro de Alva. O serão foi animado e bastante participado.
A iniciar o percurso foi escutado, junto à Igreja, o discurso de Simões de Castro, proferido em 30 de Maio de 1908 quando o Penedo da Cheira passou a designar-se por Penedo do Castro. Seguiu-se uma visita à Igreja Matriz, onde além de se apreciarem os aspectos históricos e arquitectónicos, se ouviram antigos cânticos ao Santíssimo Sacramento.
Junto ao Chafariz que ostenta a data de 1909 (chafariz que desde o momento em que Joaquim Leitão o ofereceu à Câmara e foi implantado no Largo Alberto Leitão, mudou de lugar diversas vezes),  um casal de namorados  e mulheres que ali vão encher os cântaros recriam um ambiente há muitos anos desaparecido. Ali perto não faltou a figura do barbeiro, homem que geralmente era enfermeiro e dentista.
O grupo de figurantes e público seguiu para a Casa da Freira onde foi encenado um serão sobre a ancestral confecção de palitos em Lorvão. À volta do Cruzeiro assiste-se ao "tirar de um cobranto" e mais acima os romeiros detêm-se junto à Capela de N. Sª da Guia (cuja frontaria se encontra hoje integrada no Hotel. Neste local terá existido a antiga Igreja Matriz que tinha a fachada principal voltada a nascente. Uma vez em ruinas, parte da estrutura deu lugar à capela, voltada a poente, aproveitando restos das antigas paredes. Naquele monte existiu também o cemitério antigo, até finais do século XIX, dando depois lugar ao da Eirinha.
A visita prossegue e eis-nos no Mirante Emídio da Silva. Ao lado do presidente da Câmara em exercício em 1908 (Dr. José Albino Ferreira , padre sem paróquia e notário) ouvimos o discurso  de Manuel Emídio da Silva, proferido naquele local em 31 de Maio de 1908. Memórias bem retratadas no Jornal de Penacova que descreve ao pormenor a inauguração do Mirante.
De regresso ao Terreiro é feita uma referência a Raul Lino e à sua obra – a Pérgola -  e à Sociedade de Propaganda de Portugal.
A terminar, a satisfação pelo êxito da iniciativa.  Usaram da palavra a Vereadora da Cultura, Fernanda Veiga e o Presidente da Câmara, Humberto Oliveira.

David Almeida

27 agosto 2011

Penacova anos oitenta...


Penacova nos finais da década de oitenta do século passado
Imagens de Coimbra e Região Terras da Beira
Veja-se a inexistência, por exemplo, do Hotel, do IP3,
das construções junto à escola da Cheira...

22 abril 2011

Penacova avança com construção de estacionamento subterrâneo

Câmara de Penacova vai avançar com a construção do parque de estacionamento subterrâneo, junto ao Largo Alberto Leitão, bem no centro histórico da vila. O concurso público já foi lançado e as estimativas do presidente da autarquia apontam, «com margem», para que  a obra «esteja concluída no Verão de 2012».

Leia mais  em Diário de Coimbra

25 outubro 2010

Impressões e Emoções duma Viagem a Portugal e duma Visita a Penacova

 “ No meio de toda essa beleza de Lisboa, reservamos a quarta-feira 13 de maio, dia em que se comemora a Libertação dos Escravos aqui no Brasil, para conhecer Penacova, de onde vem a origem de meu sangue português, Telhado, terra de meu avô Afonso Rodrigues da Costa. Já a conhecia por fotos e filmes enviados por um amigo querido que localizou nossa família portuguesa em Midões, favor que jamais poderá ser pago materialmente. Mas a emoção que senti ao entrar na vila, ao descer do carro no Largo Alberto Leitão, ir até a Pérgola e ver o Rio Mondego tal qual nas fotos e filmes jamais conseguirei colocar em palavras, é algo, um sentimento que jamais senti, a ponto de ao agradecer a Deus na Igreja, em oração, começar a chorar muito, lágrimas portuguesas, com certeza. Era alegria, emoção de estar pisando o solo que meu avô (que nem cheguei a conhecer) pisou, ver, sentir o perfume, o cheiro dessa Terra e flores, ver sua gente, ouví-la, minha gente.”
                                                                                                            . Heliana Rodrigues da Costa
Ontem, dia 22 de outubro, lendo um artigo assinado por  Correia Borges, sobre Lorvão,  no Blogue Penacovaonline, voltei a pensar em como gostaria de escrever sobre Portugal e até se seria capaz de fazê-lo, expressando tudo o que minha viagem causou e o que mudou em minha vida.
DIÁRIO DUMA VIAGEM...
Fiz essa viagem de 22 dias em Maio graças a uma oportunidade com a participação da COMPANHIA DA CASA AMARELA, empresa de Teatro de meu irmão,  em dois Festivais, no Porto e Arcos de Valdevez.
Não terei,  por mais que busque, palavras para descrever tudo o que vivi nessa Terra amada que hoje considero minha segunda Pátria, e a transformação que ela me causou.
Preciso primeiramente esclarecer que desde criança gostava muito de Portugal e tudo a que ele se referia, música, comida, história, sua gente, seus heróis. Dançava e cantarolava as cantigas folclóricas portuguesas.
Bem conheci algumas cidades, como se diz aqui no Brasil, poucas sei hoje, tenho consciência do quanto não conheci, e que preciso muitos meses nesse país tão pequeno geograficamente comparado ao meu Brasil, mas de tão grande riqueza histórica e cultural.
Chegamos à Lisboa às 6:45 do dia 30/04/2009, tempo nublado com garoa, as luzes da cidade ainda acesas, lindo de se ver. Senti um impulso de beijar o chão do aeroporto, afinal estava em solo português, mas freei-me, seria ridículo! Quem entenderia? Somente meu coração, pela emoção que estava sentindo, parecia que estava de volta à minha Terra.
Fomos imediatamente, ou quase, para o Porto onde seria o primeiro Festival. Ah Porto, que boa gente, que acolhedor, quanta beleza. Praça da Batalha, descer pelo Funicular, passear pela Ribeira; no elétrico pela cidade, o vinho verde, saboreado pela primeira vez em Portugal. Ganhei de uma senhora portuguesa muito simpática, enquanto descia para a Ribeira, uma flor de nome Maia e junto a explicação do porquê os estabelecimentos comerciais a mantinham às portas ou janelas; descer à Ribeira pelas escadas então noutro dia foi algo indescritível, sentindo o coração, a vida portuguesa pulsando em seus degraus, nas paredes das casas, na beleza das flores, lanternas, comer bolinho de bacalhau, em Portugal... Ver o Rio Douro, sua barca de passeio e do outro lago Gaia. Nesta noite, no quarto do hotel chorei baixinho, para ninguém escutar, enquanto agradecia a Deus por estar e sentir que pertenço a essa Terra, essa gente.
Conheci o Bacalhau à Braga olhando as gaivotas voando ao longo do Rio Douro. Mais emoção, mais uma vez, indescritível.
Do Porto seguimos para Braga, cidade lindíssima, passeávamos todos os dias pela Av. Central até a Praça maior, lindos canteiros, arquitetura moderna misturada à medieval. Deus, que loucura, acho que vou explodir de tanta felicidade!!!.
Na igreja da Sé senti como os outros, uma emoção estranha, aliada a um silêncio respeitoso, algo emudecia-nos, tanta magnitude. Conhecemos também o Museu e Jardim dos Biscainhos, neste, três espaços sublimes, de uma vegetação sóbria e acolhedora que convidava a deitar-se na relva, mas não o fiz também.
Conheci muitas capelas, igrejas, Hospital, Ruínas Romanas, meu Deus, de novo, que emoção. Também o Teatro Circo, magnífico.
De Braga, fomos a Arcos de Valdevez, cada vez que passávamos por uma estrada, via Portugal em seu interior, e se via uma casinha no campo, era lá dentro dela que desejava estar, uma casa portuguesa, com certeza, como cantava desde criança com Amália ao aparelho de som.
Em Arcos de Valdevez, cidade que chamei de "MÁGICA", e não existe outra palavra para descrevê-la, já vimos de imediato a Casa de Cultura, a praça na qual a mesma se localiza, é linda, tem árvores centenárias, uma igreja, uma ponte... vimos também o largo do Mercado Municipal, o relógio d'água, uma capelinha medieval sem bancos, uma relíquia, emoção até ao tocar suas paredes.
Lá conheci o Bacalhau ao Minho, o arroz malandro. Muito bom.
Fotografei Arcos da sacada da Biblioteca, onde fiquei muito tempo olhando aquela visão mágica. No teatro ouvimos um Coral Búlgaro, e com esta experiência eu não contava, maravilhosa. Consegui tomar um café `margem do Rio que já não me lembro o nome, ouvindo suas águas, sentindo sua energia.
Partimos para Lisboa para ficarmos por uma semana e voltarmos ao Brasil.
Nesta capital que pretendo conhecer muito melhor noutros dias, conheci o Parque Eduardo VII, a Torre de Belém, o Tejo, ah o Tejo.., o Castelo de São Jorge, a Mouraria, indescritível também, o Mosteiro dos Jerônimos, o Chiado, a Ponte Vasco da Gama, o Parque das Nações com seu Oceanário, Jardim das Águas, Passeio de Ulisses, o lado moderno de toda metrópole.
No meio de toda essa beleza de Lisboa, reservamos a quarta-feira 13 de maio, dia em que se comemora a Libertação dos Escravos aqui no Brasil, para conhecer Penacova, de onde vem a origem de meu sangue português, Telhado, terra de meu avô Afonso Rodrigues da Costa. Já a conhecia por fotos e filmes enviados por um amigo querido que localizou nossa família portuguesa em Midões, favor que jamais poderá ser pago materialmente. Mas a emoção que senti ao entrar na vila, ao descer do carro no Largo Alberto Leitão, ir até a Pérgola e ver o Rio Mondego tal qual nas fotos e filmes jamais conseguirei colocar em palavras, é algo, um sentimento que jamais senti, a ponto de ao agradecer a Deus na Igreja, em oração, começar a chorar muito, lágrimas portuguesas, com certeza. Era alegria, emoção de estar pisando o solo que meu avô (que nem cheguei a conhecer) pisou, ver, sentir o perfume, o cheiro dessa Terra e flores, ver sua gente, ouví-la, minha gente.
Encontramos nosso amigo português à hora do almoço e com ele fomos conhecer Telhado,  Midões e a família, momento que também não existem palavras para relatar.
Conheci o Mosteiro do Lorvão, sua clausura calma e serena,  o Café Turismo, compramos lembranças, ganhamos uma caixa de Nevada, que claro, precisávamos experimentar.
Foi muito rápida a estada em Penacova, um dia, que valeu por uma vida, deixando marcas que ficarão para sempre em meu coração.
Partimos para Lisboa novamente com destino para o dia seguinte à Sintra com toda sua ambiguidade: a imponência do Castelo da Pena, com seus ventos, sua ostentação e por outro lado o Convento dos Capuchos com aquela simplicidade que emociona, envolve, fazendo-nos buscar intimamente o que temos de mais simples. Conhecemos também o Castelo dos Mouros e sua vista panorâmica que faz voar a imaginação e extasiar-se com toda a beleza.
Após dois dias, pegamos o avião de volta ao Brasil, meu espírito em êxtase de tanta beleza, emoção, cultura, afetos.
Quando na tela de informação do avião mostrava a distância de Portugal que já não era mais visto, lágrimas começaram a correr pela minha face e embora tivesse muitas razões e laços à minha espera, meu coração dizia: fique, fique, fique.
Difícil para alguns, talvez mais fácil para outros. Entender sentimentos, eles não precisam ser entendidos, somente sentidos e respeitados.
Sei que amo Portugal, amos sua gente, sua história e hoje ele faz parte de mim tanto quanto o Brasil, através de minhas recordações, lembranças, videos, fotos, mas principalmente pelos laços que criei e os novos que faço virtualmente, e são muitos.
Sinto que cresci, após essa viagem tornei-me mais ainda estudiosa, faço muito mais planos, pretendo voltar o mais breve possível, estou tornando-me uma Internauta aos 52 anos.
De qualquer forma orgulho-me disso e fico muito feliz quando alguém, lusitano, pela Internet pergunta-me:  Heliana  és portuguesa ou brasileira?
Aí , como se diz no Brasil: É A GLÓRIA!!!!.
_________
Nota: Títulos da responsabilidade da Redacção do Penacova Online

17 outubro 2010

Reflectir é preciso…

O Poder Local em Penacova … Cartão Amarelo!

 Carlos Mendes *
Já lá vai um ano em que participei na blogosfera de Penacova com um texto que começava …

É POR SI…QUE GANHAMOS!... terminando… É CONSIGO QUE CONTAMOS!

Tratava-se dum texto alusivo às eleições autárquicas em Penacova. Há um ano, este concelho virou uma página política que se encontrava em branco.

Passado um ano … O que mudou em Penacova?

Ainda é cedo, é um facto, também, é preciso dar tempo aos intervenientes políticos para que se possam adaptar e actuar no processo de desenvolvimento do concelho.

No entanto, passou um ano, e … Qual é a estratégia que este Executivo tem para Penacova?
Quais as são as opções e as prioridades de intervenção no concelho? Já era tempo de ser implementado um plano estratégico de desenvolvimento para Penacova…

Reflectir é preciso…

Segundo o que tem vindo a público no âmbito do ocorrido na última Assembleia Municipal, traduz-se numa imagem triste, lamentável e negativa quer para os seus intervenientes quer para o concelho de Penacova. Trata-se dum espaço e dum “fórum” que pressupõe discutir com elevação e sapiência … PENACOVA!

Não se deveria utilizar um acto com aquela dignidade para arrogâncias e afirmações de baixo nível. A coisa pública deve ser para ser servida e não para se servirem dela, assim de como, também, não mereceria ser para aqueles que intitulam e são apelidados de chicos espertos nem para aqueles que ameaçam irem-se embora.

Em linguagem futebolística … O poder político Local em Penacova acabou de ver um cartão amarelo!

*Arquitecto, autor da Proposta ELEVAR PENACOVA / Agenda 21 Local, referida no nosso artigo recentemente publicado no Penacova Actual,  sobre a A21L. O Penacova Online recebeu agora o  texto que  acabamos de publicar e que abre o debate sobre aquela e outras questões. (Nota da Redacção)