Mostrar mensagens com a etiqueta centro interpretativo. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta centro interpretativo. Mostrar todas as mensagens

14 fevereiro 2024

Centro Interpretativo do Palito vai abrir em Lorvão

Museu da Ciência da UC cede peças ao novo Centro Interpretativo do Palito


O Museu da Ciência da Universidade de Coimbra vai ceder cerca de quatro dezenas de peças ao município de Penacova para enriquecer o novo Centro Interpretativo do Palito, em Lorvão.

Os objetos, na grande maioria, relacionados com a temática dos palitos, vão fazer parte do espaço expositivo situado na Casa do Monte, no centro histórico de Lorvão.

O novo Centro Interpretativo, com abertura prevista para este ano, terá várias salas dedicadas à história dos palitos, desde a sua origem no secular mosteiro, à manufatura que se disseminou pela população, até ao aparecimento de várias empresas, sobretudo na freguesia de Lorvão.

Do conjunto de peças cedidas pelo Museu da Ciência fazem parte inúmeros paliteiros, de várias formas e materiais, peças de cestaria e outros utensílios utilizados no processo de manufatura do palito.

O protocolo de cedência das peças foi assinado pelo diretor do Museu da Ciência, Paulo Trincão e pelo presidente da Câmara de Penacova, Álvaro Coimbra. Na ocasião, o autarca sublinhou a importância deste acordo – “quero agradecer ao Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, na pessoa do seu diretor, Paulo Trincão a abertura demonstrada para a cedência deste conjunto de objetos que vai, sem sombra de dúvida, enriquecer a coleção do novo Centro Interpretativo do Palito.”

O novo núcleo museológico vai surgir na Casa do Monte, no centro histórico da vila de Lorvão, edifício do século XVIII que terá servido como casa de hóspedes do mosteiro. No seu interior vão surgir várias salas dedicadas à história do palito, desde o século XVII até, praticamente, aos nossos dias.

O investimento superior a duzentos mil euros foi financiado através de candidatura do município à AD ELO – Associação de Desenvolvimento Local da Bairrada e Mondego.

FONTE:

https://www.gazetarural.com/museu-da-ciencia-da-uc-cede-pecas-ao-novo-centro-interpretativo-do-palito/


22 julho 2019

Centro Interpretativo da Primeira República e Casa Museu em Vale da Vinha

João Paulo Avelãs Nunes, do CEIS20, apresentando as linhas embrionárias do projecto

No contexto da celebração do feriado municipal – 17 de Julho – foi apresentado, ainda em fase muito embrionária, na presença do Presidente da República, o projecto de criação de um Centro de Interpretação da I República e Núcleo Museológico em torno da figura de António José de Almeida.

De acordo com as palavras de  João Paulo Avelãs Nunes, do Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX (CEIS20), a quem coube a apresentação do projecto, o mesmo terá um carácter “transversal a diversas áreas” e pretende-se que seja “não instrumento de conflito mas, pelo contrário,  de consensualização de valores.” Terá uma vertente de formação cívica, “sem um discurso, uma mensagem ou moral pré-definida, mas com carácter aberto, facilitador do debate de ideias.”

O futuro Centro de Interpretação e Núcleo Museológico, a instalar em Vale da Vinha,  constará de um piso térreo, reservado para a instalação de valências técnicas e de um 2º piso, correspondendo ao espaço nobre da antiga casa. No entanto, não  teremos propriamente a reconstituição do espaço familiar, já que ele foi desaparecendo com a degradação do edifício. 
Edifício que vai ser recuperado para instalação do Centro Interpretativo / Casa Museu

Um dos primeiros núcleos de caracterização será a origem de António José de Almeida, a história familiar e local, a ligação à comunidade de origem. Contará  a história  de  António José de Almeida e de Portugal, desde o final do séc. XIX até aos anos trinta do século XX.

Um segundo espaço versará sobre  o início da actividade profissional de António José de Almeida que, neste caso, permitirá  uma ligação ao Império Colonial da época, com uma outra parcela da realidade portuguesa (S. Tomé).

Seguir-se-á  o período em que António José de Almeida foi um dos principais dirigentes do partido republicano, quer na fase de propaganda, quer na conquista do poder politico. A implantação da República, a fase de governação e o papel de António José de Almeida,  a desagregação da Primeira República, a sua substituição por outro tipo de serão outros aspectos a contemplar.

O investigador do CEIS 20 referiu que o Centro de Estudos fora também  convidado para, além deste projeto,  colaborar  noutros mais a criar na região: “uma espécie de rota de museologia em torno das questões políticas em Portugal  desde finais os séc. XIX até ao final do Estado Novo.”

Mais concretamente, núcleos museológicos ligados a personalidades marcantes: “em primeiro lugar, obviamente António José de Almeida, em Penacova;  em segundo lugar,  “não propriamente António de Oliveira Salazar,  mas um Centro de Interpretação  sobre o Estado Novo”, em Santa Comba Dão. Também no concelho de  Carregal do Sal, um Centro de Interpretação sobre o holocausto e Casa Museu Aristides de Sousa Mendes. Numa fase mais atrasada de negociação, Afonso Costa em Seia, irmãos Lacerda, no Caramulo e eventualmente um novo projeto em torno de escritores, incluindo Mortágua e outros locais.  

“Isto permite criar uma rede que pode ter várias entradas. Uma delas e a mais óbvia seria Coimbra não só por ser Património Mundial da UNESCO, mas também através do Portugal dos Pequenitos, um ícone da memória do Estado Novo.” – adiantou João Paulo Avelãs Nunes.

Este conjunto de projectos  envolve não  apenas as câmaras municipais mas também as comunidades intermunicipais. Além disso, “procurar-se-á  criar um Conselho Consultivo que representará  várias entidades, entre elas o Museu da Presidência, e será o garante da qualidade científica, e do rigor intelectual e ético.”

Projectos que implicam recuperação de património, atividade museológica, formação cívica, educação e  turismo: “Teremos não apenas a divulgação cultural e científica, mas também a turística. Em territórios de chamada baixa densidade podem ser uma estrutura muito positiva e significativa.” - afirmou Avelãs Nunes.