O jornal A COMARCA DE ARGANIL, na edição de hoje, publica a notícia do lançamento do livro 125 NOMES DA HISTÓRIA DE PENACOVA, que aborda os percursos de vida de figuras marcantes do concelho, de A a Z, de Abel Fernandes Ribeiro a Zulmira da Fonseca... (veja aqui ). Além da transcrição do texto de A Comarca, ficam também algumas fotografias do evento.
"Integrada no programa das comemorações do Dia do Município (17 de Julho), que assinala a data
de nascimento do ilustre penacovense António José de Almeida, teve lugar no Auditório Municipal a apresentação do livro 125 Nomes da História de Penacova da autoria de David Almeida.
Na nota de apresentação, assinada por Álvaro Coimbra, lê-se que o livro "125 Nomes da História de Penacova é uma obra de inegável valor histórico, cultural e identitário” para o município, na medida em que ”ao reunir, com rigor e sensibilidade, os percursos de vida de figuras marcantes”, este trabalho é mais do que “um repositório biográfico”, assumindo-se como “um verdadeiro testemunho da memória coletiva de Penacova” e, igualmente, como “um contributo inestimável para a preservação da identidade e para a valorização do conhecimento histórico no plano municipal” ou mesmo como “uma referência fundamental para todos quantos estudam ou se interessam pela história viva” do secular concelho.
Ana Santiago Faria, Licenciada em História, Investigadora e Mestre em História e, igualmente, em Turismo, agraciada com a Medalha de Honra do Município de Penacova em 2009, escreveu no prefácio que o livro agora apresentado, mostra a “preocupação” do autor “em dar a conhecer aos públicos de agora e do futuro, nomeadamente a todos os que têm ligação familiar ou afectiva a Penacova, as figuras
que no passado, marcaram indelevelmente” o concelho. Salienta, de igual modo, que “o trabalho de investigação a que há muito se dedica” lhe permite “apresentar homens e mulheres nascidos em Penacova, ou de algum modo a ela ligados, que pelas suas qualidades humanas, souberam empenhar-se no desenvolvimento da sua terra e do seu País, abraçando causas diversas e pondo os seus carismas ao serviço de todos.” Enquanto historiadora e cidadã empenhada e interveniente, frisa também a “importância da História Local e Regional, no contexto da História Nacional, que ajuda a edificar e a melhor compreender, contribuindo através das vivências comuns, para o desenvolvimento de uma consciência de pertença a uma comunidade. “
Por sua vez, Maria da Luz Pereira Pedroso, Professora, Mestre em Gestão e Administração Escolar e Vereadora do Município de V. N. de Poiares, ao apresentar a obra classificou o autor, David Almeida, como um verdadeiro “curador e guardião de memórias”, um “detective de histórias esquecidas”, um “contador de vidas que merecem ser contadas, algumas dramáticas, outras heróicas e muitas surpreendentes”, algumas delas que podiam muito bem inspirar um romance histórico “daqueles que se lêem de uma assentada.”
“Conseguiu reunir, com paciência de arqueólogo e coração de penacovense, 125 nomes que moldaram, inspiraram e deram forma ao que é hoje Penacova. E não, não é um catálogo telefónico antigo, ou um dicionário é muito mais do que isso” – sublinhou ainda.
Escrevendo “com emoção e responsabilidade ao nível educativo para as gerações vindouras (fazendo com que a memória local, não seja apenas um eco distante, mas sim, uma força viva, que inspira, educa e une), sem qualquer interesse financeiro”, ofereceu este seu trabalho ao concelho, “um documento do qual todos nos devemos orgulhar, que resgata do esquecimento, tudo aquilo que merece ser lembrado.”
Ao usar da palavra, o autor referiu-se à relação entre Memória e História, afirmando que “mais do que um trabalho científico, que implicaria a análise crítica e interpretação dos acontecimentos, este é um livro de memórias”, uma espécie de “Memorial”, na medida em que, “directa ou indirectamente, assume algum carácter de homenagem póstuma a muitas pessoas, não só àquelas que aqui nasceram e viveram, mas igualmente àquelas que, deixando o seu berço, se fixaram noutros pontos do país e do mundo”, quer ainda, a muitas outras “que, por adopção, se tornaram verdadeiros penacovenses, colocando as suas vidas ao serviço desta terra.”
Referiu que o livro não trata só de “individualidades que atingiram elevados patamares sociais e políticos”, mas também de “pessoas que no seu dia-a-dia se dedicaram, porventura com menor visibilidade, mas com o mesmo empenho, na construção do bem comum. Pessoas que, por diversos motivos, se tornaram conhecidas, admiradas e respeitadas, no meio social e cultural em que viveram.”
Na introdução, David Almeida esclarece que além destes 125 “verbetes” de carácter biográfico, seria “de toda a justiça, incluir, em jeito de apêndice e como memorandum para futuros estudos e/ou publicações, uma listagem de muitos outros nomes que merecem ser recordados: combatentes da I Grande Guerra e da Guerra do Ultramar, que tombaram no campo de batalha, liberais penacovenses, alguns deles inocentes, que não escaparam ao pelotão de fuzilamento durante a Guerra Civil (1832 a 1834), comandantes dos Bombeiros que nos quase cem anos de existência se dedicaram à causa humanitária, professores e educadores, médicos, dirigentes associativos, políticos, beneméritos…”.
Assim, no capítulo “Proposta de Guião para um segundo volume” são referidos mais 200 nomes, com maior ou menor desenvolvimento, mas que fornecem alguns dados que podem ser o ponto de partida para posteriores investigações.
Quer no texto introdutório, quer na sessão de apresentação, o autor salientou que mais do qualquer compensação financeira ou interesse comercial – que não tem, bem pelo contrário – é “muito gratificante saber que este trabalho de longas horas pode vir a ser útil para futuras e mais aprofundadas investigações” sobre o município e, pode, igualmente, “ser um contributo para a preservação da memória local e para uma melhor compreensão de alguns aspectos da história de Penacova, fortalecendo, desse modo, a identidade, a coesão e o sentido de pertença” a este território, que é
Penacova.
Agradeceu a presença da vasta assistência e, a terminar, deixou um agradecimento especial à Câmara Municipal de Penacova, na pessoa do seu Presidente, Álvaro Coimbra, tendo em conta “a valorização deste trabalho e subsequente edição com a chancela do Município”, o que muito o “honra”."
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