sexta-feira, setembro 13, 2024

𝕯𝖆 𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖏𝖆𝖓𝖊𝖑𝖆: Matar Crianças? Porquê?


Matar Crianças? Porquê?

É bem certo que a Ordem Internacional já quase não tem valor e que a ONU tem resvalado imenso nas suas obrigações de a cuidar.

O caos está instalado e o emaranhado dos interesses em que se tem envolvido esta Organização, faz com que se mantenha uma marionete de luxo -com benefícios quase perpétuos para os seus mandarins- absolutamente nas mãos dos Países Fortes, que se confundem com os que detêm direito a veto, no Conselho de Segurança.

Independentemente disso, a verdade é que subsistem princípios que eu [e muita gente de bem] pensávamos que eram absolutamente invioláveis, como o que diz respeito aos Direitos das Crianças. Mas o que se passa é absolutamente execrável!

Os Direitos das Crianças estão integrados numa Declaração Universal que decorreu da fundação da Organização Save The Children, cuja finalidade foi auxiliar os orfãos da Primeira Guerra Mundial.

Às vezes é conhecida como Declaração de Genebra; foi elaborada por Eglantyne Jabber e foi adoptada pela Liga das Nações em 1924 e aprovada de forma estendida pelas Nações Unidas, seguidamente.

A condição de Criança, como sujeito de direitos, está ligada à preocupação com a fase inicial da formação e desenvolvimento humano.

De acordo com o art. 24.: As crianças têm direito à proteção da sociedade e do estado, com vista ao seu desenvolvimento integral, especialmente contra todas as formas de abandono, de discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo da autoridade na família e nas demais instituições.

Prioridade no acesso a direitos como: saúde, alimentação, educação, dignidade, segurança, bem-estar e convívio familiar e social, constituem direitos inalienáveis das crianças.

Ou seja,
Salvo erro ou omissão, a questão superior -e filosófica- da manutenção das espécies, leva a que o ser pensante normal, tudo faça para que as suas crianças possam evoluir saudavelmente, no seu meio natural, para se irem preparando para melhorar o sentido último da espécie humana: viver em paz e em harmonia e em bem-estar.

E, se assim for –como eu penso que é- como explicar “as matanças”, com requintes de malvadez, a que estão a ser submetidos, hoje, milhões de crianças por esse mundo fora?

!… nada, mesmo nada, justifica ou justificará algum dia, que estes facínoras, façam das nossas Crianças “alvos” da sua sede de sangue …!

Recordemos:

- morrem crianças por doença e falta de cuidados;
- morrem crianças por falta de alimentos;
- morrem crianças em resultado de êxodos de origem diversa;
- morrem crianças por abandono;
- morrem crianças em resultado de abusos;
- e morrem crianças porque são mortas aos milhões, por ação humana, sem ninguém as defender.

Se nalgumas destas situações dramáticas se pode admitir não haver “culpa” em sentido formal, noutras, é inadmissível (pura e simplesmente) que a Sociedade não seja capaz de se unir para punir dura e exemplarmente os culpados, que não passam de assassinos sem perdão!

Pior, ainda, é que se tente propagar a ideia de que a morte dos milhões de crianças que têm ocorrido recentemente, mais não é do que o resultado dos inevitáveis danos colaterais, nomeadamente das guerras em curso, ou das “fugas em massa”.

E que interessante é sabermos que os carrascos maiores, digamos assim, das nossas Crianças, actualmente, ou são tiranos/déspotas encartados, ou candidatos a tal!

Quererão perpetuar-se tanto, tanto, no Poder, que necessitam de promover a impossibilidade da existência futura de substitutos?

… Ou estará em curso uma nova filosofia (de sobrevivência) política?

Assim ou assado, a Comunidade Internacional não pode deixar que este filme sinistro continue em exibição!

Luís Pais Amante

7 comentários:

  1. Sinceramente nunca entendi...e tenho a certeza absoluta que nunca virei a entender.....São bases essenciais....são os tais princípios invioláveis....são todas as prioridades....e todos os direitos humanos....que num ser humano com carácter....só pode sentir isso....O mundo está corrupto....e rodeado de podridão....em que por mais que lutamos contra tudo isso...infelizmente a maldade por muito que me doa...virá sempre ao de cimo!!!!

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  2. Estas matanças loucas vão pôr em crise o desenvolvimento humano. Será mesmo isso que querem? Que tristeza

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  3. Subscrevo o seu texto, Luís. É inaceitável e incompreensível o que se passa hoje nas guerras em curso, mas em muitos países de África também, em matéria de violação grosseira dos direitos das crianças, como na violação dos direitos humanos. Os mais elementares. O direito internacional existe mas é ineficaz ou inoperante. O poder quando é exercido por pessoas tiranas, déspotas e sem respeito pela democracia e pelos direitos humanos, resulta no que está à vista de todos e que o chamado ocidente não tem sido capaz de contrariar. A história da humanidade está repleta de conflitos entre povos, o que me leva a concluir que o “Honem “ não aprendeu com a História, com os erros e as atrocidades que já foram cometidas ao longo dos séculos, continuando não só a repeti los como a agrava los. Ainda assim, julgo que cada um tem que fazer e assumir a sua parte. Condenar os responsáveis e lutar para que haja condições de vida mínimas e dignas para todos. Eu sei que é uma utopia , mas assim como há quem faça o mal, que haja quem tenha a coragem de fazer o bem.

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  4. A sua dramática reflexão tem a minha inteira concordância. A questão erguida é demasiado séria e preocupante para não nos incomodar. A humanidade está a esquecer as suas origens e a caminhar insanamente para a sua destruição. Abraço, caro Luís.

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  5. Partilho completamente o que acabaste de publicar. Situações execráveis por todo o mundo e parece que andam todos a olhar para o lado. Abraço Luís!

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  6. Que mundo tão egoísta no qual francamente não acredito que vai mudar. Crianças inocentes e indefesas que são completamente ignoradas. Uma opinião que nos leva a uma reflexão profunda e pensar pensar como é possível. Estou completamente de acordo com tudo que dizes. Beijinhos

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  7. Infelizmente o egoísmo o interesse pessoal foi continua a prevalecer.
    Um beijo Luís.
    É muito bom haver alertas como estes

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