10 junho 2024

Da Minha Janela: uma nova rubrica de poemas (e crónicas) de Luís Pais Amante


Damos hoje início a um novo espaço no Penacova Online, assinado pelo penacovense e amigo Dr. Luís Pais Amante. Uma honra e um privilégio não só para o seu administrador, mas também para os leitores deste blogue que por estes dias completa 17 anos de existência.
 

Da minha janela


É da minha janela que vejo este mundo

Plano, agitado ou com tez de rotunda

Que olho pró tempo de crescer

Para as memórias de me ter

E me introspectivo na saudade

Que mora cá, na minha idade

De mais novo do que ela

Também rememoro os tempos idos

As liberdades da alma

O pousio desta calma

Que é olhar pró infinito tão perto

Pra natureza em beleza sem igual

Há quem tenha ciúmes da minha janela

Porque como ela, não existe outra tão bela

Será só por ser um sítio único?

Será só porque ela é a singela?

Será porque é a fina donzela?

Eu penso que é por tudo isso

E pelo seu imaginário translúcido

Que circunda em alegria

E promove a democracia

Um lugar de sorriso e inspiração

Um observatório de ar puro

Que permite olhar para tudo

Até idealizar o que se requer

Quem sabe, capaz, de determinar

E moldar

O meu ser de rigoroso no meu crer

Resiliente em por aqui me manter

A admirá-la…

Vou mesmo tentar dar-lhe fantasia

Desde este Fundo da (minha) Vila

Austero, antigo

Mas sonhador e profundo … e amigo!


Luís Pais Amante

Casa Azul


2 comentários:

  1. Poema lindo. Muitos parabéns, Luís, e muito sucesso para esta nova iniciativa. Tanto os penacovenses como os amigos ficam mais ricos quando soltas esta tua veia!

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  2. Lindo poema!
    "Rememorando os tempos idos" ... "do fundo da (nossa) vila..."
    Saudades Luís!

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