segunda-feira, julho 22, 2024

Medalhas de Honra Municipal 2024 (3): Rui de Carvalho Castro Pita, a título póstumo


Nota biográfica que acompanhou o vídeo de apresentação:

Nasceu em Coimbra a 14 de Julho de 1916. Durante os seus primeiros anos viveu em Penacova, uma vez que seu pai exercia as funções de Conservador do Registo Civil e Advocacia em Penacova.

Formou-se em Engenharia Civil na Universidade do Porto.

Durante as décadas de cinquenta, sessenta e setenta do século passado, com inegável espírito de iniciativa e amor à terra, envolveu-se em várias acções e projectos, tendo sempre como objectivo o desenvolvimento e promoção de Penacova. Eis alguns exemplos: alcatroamento da estrada para o Penedo do Castro, obra inteiramente financiada pelo Comendador Abel Rodrigues da Costa, foi fundador juntamente com outros penacovenses, da Sociedade de Propaganda e Progresso de Penacova, entidade que foi responsável pela recuperação da Filarmónica de Penacova, a criação do Rancho Infantil de Penacova, a construção das primeiras infra-estruturas da Praia do Reconquinho, incluindo o Parque de Campismo, em colaboração com a Câmara Municipal, a Federação Portuguesa de Campismo e Caravanismo e o Clube de Campismo de Lisboa, organização de diversos eventos de Beneficência para instituições locais da vila, nomeadamente Cortejo de Oferendas , Saraus Musicais, Teatro e Festas Populares em honra de Nossa Senhora da Guia.

Pelo facto de, à época, finais da década de sessenta, as Barcas Serranas terem desaparecido totalmente do rio Mondego, promoveu, em parceria com Carlos Simões Dias Leitão, a construção de um exemplar da barca serrana. Promoveu, junto do pintor Tóssan, a elaboração do 1º cartaz de promoção turística de Penacova.

Faleceu em Coimbra em 31 de Maio de 1988.


Palavras de Pedro Pita, seu filho, em representação da família:

"De facto o meu pai viveu, para além da família e da sua actividade profissional, exclusivamente para Penacova.

Penacova era para ele o sexto filho. Dedicou todo o seu tempo, todo o seu esforço, a Penacova. Punha-nos a trabalhar para Penacova: queríamos ir para o café a seguir ao jantar e ficávamos ali a escrever boletins, cartas, para este e para aquele, na altura das grandes festas.

Na verdade, o meu pai tinha uma devoção por Penacova. Numa altura em que o Turismo no Centro se circunscrevia a Coimbra, Bussaco, Figueira da Foz, Penacova era assim como que um “patinho feio”.

O meu pai sempre lutou contra isso. E daí começar estes eventos, esta divulgação, começando pelo célebre cartaz da paliteira de Tóssan, nascendo essa conhecidíssima ideia.

Acho que é uma homenagem sincera, uma homenagem muito justa. Como ele, haverá inúmeros penacovenses. Poderia ter tido mordomias, poderia ter sido presidente da Câmara antes do 25 de Abril, poderia ter sido presidente da Câmara depois do 25 de Abril.

Termino, como o meu pai terminava muitas das suas intervenções: Viva Penacova, Viva Penacova, Viva Penacova!

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