( EXCERTOS . VER TEXTO COMPLETO NA COLUNA LATERAL)
PENACOVA MINHA TERRA
Se fores à minha terra,
Verás como manso e ledo corre, da mais alta serra,
O lindo rio Mondego.
Contempla atento, admira,
Vê-o da Pérgola, a jusante!
Alguém, panorama vira,
Mais belo, mais deslumbrante?!
Não te detenhas! Agora
Caminha até ao Mirante.
Oh! Quem não se demora,
Olhando absorto, a montante?!
Bem perto o Preventório.
Visita-o, que extasiado
Ficas neste observatório.
Que belo, que lindo eirado!
Não será isto que exclamas?!
Mas dirás ainda mais:
Que admiráveis panoramas!
Só na Suíça há iguais!
Em Penacova, planalto,
Ou um quase promontório,
Vês sobranceiro – Monte Alto –
Com ermida, um oratório.
Sobe lá. Mais deslumbrado
Hás-de ficar, com certeza,
-embora chegues cansado-
Ao veres tanta beleza.
Sobe inda ao Penedo de Castro.
Não vês outros, muitos mais?
Se todos fossem de alabastro,
Ou rochedos de cristais!
Basta, desçamos ao rio.
Ponhamos termo à visita.
Porque por gosto e por brio,
Se a estrada marginal
For teu primeiro caminho,
Toma um outro original,
Que te conduza de mansinho.
Te leva, como o primeiro,
e com muito menos perigo,
Embora menos ligeiro,
Para o mesmo ponto, amigo.
Há soberbas paisagens
Para telas ou pintura.
E sob as verdes ramagens
Que delícia de frescura!
E assunto para poesia?!
Das aves o doce canto
- a suave melodia-
Te basta para encanto.
Aveiro-Novembro 1932
J.E. VIZEU (VIRIATO)
Penacovense , professor oficial, na época, residente em Aveiro
J.E. VIZEU (VIRIATO)
Penacovense , professor oficial, na época, residente em Aveiro
Fontes: Jornal de Penacova ( texto); o presente texto leva a grafia actual
PenacovaOnline (imagens-2010)
Que linda poesia, traduz de forma lírica e emocionada a figura explendorosa dessa Princesa do Mondego. Não sei do Sr. Joaquim, mas com certeza uma pessoa sensível e como boa alma, um professor, profissão sublime, que permite sem dúvida conhecer a sensibilidade humana e também admirar a beleza.
ResponderEliminarNão sei porque saiu meu comentário com outro nome, mas algo saiu errado. Heliana
ResponderEliminarPoesia muito bem inspirada, não fosse o motivo a nossa terra. Nada mais há a acrescentar ao que o poeta tão bem descreveu, a nossa terra é realmente bela, só é pena que, do Monte Alto não se possa deslumbrar a paisagem para a vila e para o rio que daqui parece ser de prata. Os eucaliptos impedem a visão descrita na poesia, só mesmo depois do corte se poderá ver a grande extensão de verde, casario, o mondego e o vale por ele formado. É soberbo!
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