Natal em desassossego
Estamos cá a preparar a época do Natal
Sei que os nossos netos estão esfuziantes
Amantes da noite em si, passada por aqui
Na casa dos Avós
Há qualquer coisa em mim, que me desassossega
Que me aborrece
Que me entristece
Como o destino do mundo quase fatal
Com os adolescentes em transtornos delirantes
Resfriados nas sombras das guerras por ali
Nas tendas improvisadas
Onde há revolta, ao perceber que a vida está cega
O que me sabe a briga
O que me trás fadiga
Porque pudemos nós com génese igual
Produzir esta composição do ser militante
Em que a injustiça se regenera a si própria
Numa vingança cruel?
Desprotegendo o sol do amanhecer sem refrega
O que altera o Natal
O que só nos faz mal
São grandes áreas de desigualdade letal
Nesta actualidade cheia de guerras errantes
Em que o “ser criança” não tem mais valor
Nem o mínimo de prazer
Acabar a vivência infantil, por certo, já descarrega
Nas mentes mal amadas
Nas consciências pesadas
*
Tão bom que seria ter só crianças iguais
Em direitos
Ter pilares de sorte em todos os natais
Com igualdade
Ter vidas parecidas, sem “armas” fatais
Na comunidade
Ter as oferendas e as prendas “a mais”
Repartidas com amizade!
Luís Pais Amante
Casa Azul
Em homenagem às Crianças vítimas das guerras, obrigadas a carrega o Mundo.
Que verdade bem triste aquela que o primo Luís aqui trata em poema.
ResponderEliminarParece que o mundo anda louco e as crianças tão desprotegidas que mete dó.
Eduardo Miguel
Mundo hostil este das crianças soldados, em cada guerra, em cada lado das barricadas, mas sempre no papel de vítimas dos jogos de poder e interesses alheios! Muito triste, assim, o Natal!
ResponderEliminarArmando
Estamos no Natal e as Crianças do Mundo a passarem tão mal. Isto será humano?
ResponderEliminarÉ verdade Luís, mais um Natal em que esta "maldita guerra" traz a insegurança e maldade aquelas crianças e demais gente. A desumanidade impera!
ResponderEliminarMais um poema lindo e todo ele sentimento 🤍
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