terça-feira, outubro 15, 2024

Ainda o poema "Remoçar na Praia" ... agora em vídeo


No contexto da II Bienal de Música de Lorvão, o "Colectivo declAMAR poesia" apresentou, no dia 12, uma selecção de Poesia Portuguesa. Este grupo que iniciou a sua atividade no Salão Brasil, em Coimbra e, tem vindo a participar em diversas iniciativas poéticas, no Teatro Académico Gil Vicente e no Museu Machado de Castro, é composto por Catarina Matos, Lurdes Telmo, Olga Coval, Rui Amado e Vanda Ecm,  O programa teve momentos musicais de viola de arco, bem como um espaço aberto ao público para apresentação livre de poesias de poetas, preferencialmente locais.

Deste segundo momento, destacamos a intervenção de  Ricardo Coelho ( membro do Coral Divo Canto) que declamou, entre outros, o poema de Luís Pais Amante, "Remoçar na Praia" publicado há dias no Penacova Online. Por sua vez, Óscar Pereira Trindade transpôs tudo isso para vídeo, que podemos visualizar na sua página  YouTube (veja AQUI). 

Excelente texto, excelente interpretação, excelente vídeo! - permitam-me os leitores este sincero e pessoal reconhecimento. 



 Coletivo «declAMAR Poesia», 
composto por Catarina Matos, Lurdes Telmo,
 Olga Coval, Rui Amado e Vanda Ecm,

sábado, outubro 12, 2024

Coral Divo Canto: 18º Encontro de Coros de Penacova


O 18º Encontro de Coros de Penacova vai realizar-se hoje, 12 de outubro, a partir das 21h30, no Mosteiro de Lorvão tendo como convidados Orfeão da Santa Casa da Misericórdia de Gouveia e Coro da Cruz Vermelha de Águeda, no âmbito de protocolos de intercâmbio cultural que o DIVO CANTO vem desenvolvendo com coros de todo o país e do estrangeiro. Amanhã, dia 13 , a partir das 18h00, vai estar de novo no mesmo palco a participar no concerto conjunto das Associações que integram o Conselho Consultivo da Escola de Artes, também integrado na 2ª Bienal de Música do Mosteiro de Lorvão.

O Coral Divo Canto, com sede em Penacova, organiza anualmente dois encontros de coros no concelho (um internacional e um concerto de Natal). Para além destes, desloca-se regularmente pelo país para participar em concertos para o qual é convidado no âmbito desses intercâmbios culturais, participando ainda em diversas iniciativas culturais promovidas por entidades oficiais e outras.

No ano de 2023, em que comemorou o seu 20º aniversário, participou em duas sessões do programa Praça da Alegria, da RTP, nos Duelos da Páscoa, participou ainda num espetáculo do cantor Paco Bandeira e no evento “Sabores de Penacova”, no Casino da Figueira da Foz, onde partilhou o palco com o cantor e humorista Fernando Pereira. Neste ano é de referir igualmente a organização de um ciclo de 6 concertos de música sacra e uma digressão a França.

No corrente ano já se deslocou ao Reino Unido, onde ofereceu um concerto à comunidade portuguesa em Londres dedicado aos 500 anos do nascimento de Luís de Camões e participou nas comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com a presença do Senhor Embaixador de Portugal naquele país. 

No conjunto das suas actividades, para além de participações em diversos concertos no país, organizou o 8º Ciclo de Concertos Divo Canto, em Penacova e Lorvão, recebendo o Coral das Caldas da Rainha e o Chorale Crèche n’Dó, de França, .

quinta-feira, outubro 10, 2024

𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: Remoçar na praia

 

Remoçar na Praia


Uma pedra -se calhar de xisto - a desfazer-se

Rebolou

E amorteceu a sua viagem na acalmia

Do nosso Rio

Junto à “maternidade” no pedrario

Fazendo fugir os peixinhos em “pousio”

Nos círculos da água franca que abriu

Vieram-me rostos amigos que de lá viu

Antigamente em convívio são e Amizade

Um passarinho de bico esguio

Assobiou

E o som propagou-se como se fosse

Um arrepio

Também a rã quis coaxar

E a cigarra iniciou um concerto estridente

De rock da pesada em acasalamento tardio

Mais pra noite o pirilampo iluminará o breu

E as libelinhas adornarão o céu

Projectado na água



Neste vai e vem de tarde tardia

À cacofonia da bicharada (que rasga o silêncio)

Sobrepõe-se a faina poliglota dos veraneantes

Algumas crianças correm na ponte

De madeira tosca, resistente

Outras sorriem alegres

Mas com pés dormentes

Das pedrinhas que se lhes picam

Nos hábitos que não têm

Da Liberdade descalça

A que se contrapõe a do telemóvel na alça

- não saltes bebé que daí é perigoso!

- o limo é viscoso!

Diz uma Avó amorosa, ao meu lado

Por baixo do chapéu de sol de colmo

Africano

A que falta o côco para ser paisano



Está lá a areia, embora importada

Está lá a curva da barriga zangada

O Penedo da Viúva já é uma estrada

O tempo passou muito e depressa

Mas as coisas simples desta Praia do Reconquinho

[E as que deviam ser deste nosso fado mansinho]

Dão-lhe um ar que parece que ainda agora começa

A brisa do ar vindo dos salgueiros anda em circuito

A vista de cima faz-se num quadro a óleo bem culto

E o sol?

… Esse continua forte e ainda é gratuito!


Luís Pais Amante

Casa Azul

Após uma tarde boa, passada na Praia Fluvial do Reconquinho, 
com o Clube da Netaria e rememorando as traquinices 
que eu próprio -e as minhas amigas e amigos 
dos anos 60/70- por ali alimentávamos …

sábado, outubro 05, 2024

No 5 de Outubro evocar António José de Almeida

A 31 de Outubro de 1937 era inaugurado em Lisboa o monumento a António José de Almeida, oito anos após a sua morte. Um projeto do arquiteto Porfírio Pardal Monteiro e do escultor Leopoldo de Almeida. 

A revista "Ilustração" publicou uma reportagem destacada sobre esta prestigiosa homenagem.

Durante o Estado Novo (1933-1974), o monumento acabaria por se transformar num local de "romaria" da oposição ao regime, em datas simbólicas como o 5 de outubro. Nessas ocasiões, a homenagem seguia muitas vezes para junto do jazigo de António José de Almeida no Cemitério do Alto de S. João.

Revista "Ilustração" nº 286, 16 de Novembro de 1937




𝓐𝓷𝓽ó𝓷𝓲𝓸 𝓙𝓸𝓼é 𝓭𝓮 𝓐𝓵𝓶𝓮𝓲𝓭𝓪
António José de Almeida nasceu em Vale da Vinha a 17.07.1866 e faleceu em Lisboa a 31.10.1929.

Formado em Medicina pela Universidade de Coimbra (1895) aderiu logo nessa época ao Partido Republicano e em 23 de Março de 1890 publicou na folha académica Ultimatum o artigo «Bragança, o último», que lhe custou a pena de três meses de prisão.

Exerceu medicina em Angola e depois, em São Tomé e Príncipe até 1903, após o que estagiou em Paris e regressou a Lisboa onde abriu o seu primeiro consultório, na Baixa, primeiro na Rua Áurea, que depois transferiu para Largo do Camões nº 6 – 1º (hoje, Praça Dom João da Câmara), onde ganhou fama de médico dos pobres.

A sua carreira política foi intensa. Começou por ser eleito deputado pelo círculo oriental de Lisboa (1906) e integrou a Maçonaria (1907) ainda antes da proclamação da República. 

Exerceu depois as funções de Ministro do Interior do Governo Provisório (1910-1911). Em 1912 fundou o Partido Republicano Evolucionista. Foi Chefe do Governo da chamada «União Sagrada» e Ministro das Colónias (1916-1917) e ainda Presidente da República (1919-1923).

É de destacar o seu papel na reforma do Ensino Superior, sobretudo no estudo da medicina e na criação das Universidades de Lisboa e do Porto, bem como a sua visita ao Brasil em Setembro de 1922 por ocasião do Centenário da  Independência daquele país, de que Luís Derouet fez reportagem: Duas Pátrias – O que foi a visita do Sr. Dr. António José de Almeida ao Brasil.

António José de Almeida colaborou em vários periódicos e fundou a revista Alma Nacional (1909) e o jornal República (1911). Em 1934, foram coligidos os seus principais artigos e discursos e publicados em 3 volumes sob o título Quarenta anos de vida literária e política

sexta-feira, setembro 27, 2024

A Batalha do Buçaco relatada por um ajudante de campo de Massena


Naquele dia 27 de Setembro deu-se a maior e mais sangrenta batalha travada em Portugal durante a Guerra Peninsular. 

Depois de terem invadido Portugal por duas vezes, em 1807 e 1809, os exércitos napoleónicos, comandados pelo Marechal Massena, voltaram, no Verão de 1810, a atacar as nossas fronteiras.

As tropas francesas entraram em Almeida em Julho de 1810, depois de terem tomado Ciudad Rodrigo. No âmbito do plano de defesa da península, as tropas aliadas comandadas pelo General Wellesley, Duque de Wellington, e compostas por soldados ingleses e portugueses, tinham já iniciado a construção das Linhas de Torres, cujo objetivo era a defesa da cidade de Lisboa. A marcha dos franceses com destino a Coimbra, foi interceptada por Wellington no Buçaco. 

Aceda AQUI ao relato de Marbot, na altura segundo ajudante de campo e mais tarde general. Pode também LER AQUI outros apontamentos que o Penacova Online tem vindo a publicar sobre a Guerra Peninsular.


quinta-feira, setembro 26, 2024

𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: Orçamento de Estado: como discutir a ilusão?


Tenho assistido a um tão grande afã - virulento até - sobre o OE (Orçamento de Estado) que me obrigo a tentar explicar aos meus amigos e fiéis seguidores, afinal, o que é que se discute; e em que é que se diverge?

O que é que consome tanta energia, tanta agressividade, tanto tempo das antenas dos meios de comunicação social, tanto “desgaste” aos políticos que temos e tanta exasperação a nós Povo que os mantemos, quantas vezes a fazer asneiras, a vender ilusões e a mentir.

É importante dizer que:

- o OE é um instrumento de gestão que contém uma previsão descriminada das receitas e das despesas do Estado;
- incluindo as dos fundos autónomos;
- e incluindo, também, o orçamento da segurança social;
- o OE é da iniciativa exclusiva do Governo.

A Proposta de Lei do Orçamento é apresentada à Assembleia da República (aquele local cujos custos são uma enormidade cada vez maior para um País pequeno e pobre como o nosso) onde se inicia um processo legislativo especial, com uma tramitação feita com uma complexidade que procura, pura e simplesmente, “dar trabalho e ocupação aos Deputados”, para ajudar a que estes não diminuam na sua expressão, apesar de esta ser quase impossível de manter e merecer.

No meio disto tudo, ainda acontece um Parecer Técnico, elaborado pela UTAU (Unidade Técnica de Apoio Orçamental), que é um Serviço de apoio à Comissão Parlamentar que, em permanência, tem competência em matéria de orçamento e finanças, parecer esse muitas vezes olvidado totalmente.

Tudo muito complicado; tudo muito pouco expedito; tudo digno de um Estado muito grande que nós, definitivamente não somos, nem seremos; tudo um atraso de vida!

Ora bem, aqui chegados, onde é que se encaixa todo este frenesim a que andamos a assistir, que põe em causa a descrição que a Política deve ter, com o governo a governar e a oposição a preparar -e demonstrar- poder vir a ser alternativa;… mas cada qual no seu poleiro?

Numa óptica de análise simplificada dos números pelos valores relativos à “dimensão” Administração Central (não olhando, portanto, para esta dimensão, acrescida da Segurança Social, mais a Administração Regional e Local), o que o OE 2024 (aprovado por um governo de maioria e hoje em execução por um outro) nos diz, friamente, é que às exageradas despesas aí previstas [93,1 mil milhões de €] se contrapõem as exíguas receitas [86,1 mil milhões de €]!

Os Senhores Deputados fizeram um exercício que nos levaria, provavelmente, tal como eles previam - e queriam - a um saldo negativo de [-7 mil milhões de €] neste ano de 2024.

Que é como quem diz, admitiram tornar possível a subida da nossa Dívida Publica para €273,4 mil milhões, que, sendo factual, seria só uma pequena loucura.

!… E o que torna toda a discussão em curso como uma brincadeira (um faz de conta) que procura, sobretudo, dar continuidade a uma irresponsabilidade notória, que põe a política muito mal na fotografia e parece estar a corroer a influência de alguns, nas suas teorizações, até perante os seus chefes, que resistem(?) a ser embalados pró abismo puro e simples …!

Uma verdadeira manipulação em ilusão, pois!

Então os últimos Governos, ao não actualizarem as taxas de retenção do IRS, não aumentaram, “secretamente”, os impostos?

E não é verdade que não actualizaram salários a franjas enormes de profissionais durante anos e anos a fio, nem promoveram a manutenção mínima de Funções de Estado, vitais, utilizando uma técnica de cativações que ludibriou mesmo os seus parceiros?

E não é lógico, assim, que se façam descer os impostos agora, incrementando a procura e dando alento ao poder de compra da generalidade dos trabalhadores, incluindo os Jovens?

Fora dessa realidade - os recentes elementos que caracterizam a evolução da receita do primeiro semestre, com folga inesperada - é suficiente para se admitir uma governação no modelo dos chamados “duodécimos” - que é tão válida como outra qualquer- nas circunstâncias que descrevi; talvez melhor, até para o País e já percepcionada por quem tem a exclusividade na apresentação do OE, acreditem. E eu acho que é isso que inquieta, verdadeiramente, os autores do OE2024, que tendo dado continuidade à ilusão, na AR, têm medo de nada entrar em vigor e, por isso mesmo, terão mesmo de arranjar modo de aprovar um Orçamento que cumpra minimamente o programa do governo, na hora da verdade, estando a fazer um bluff puro e duro, que lhes pode vir a sair muito caro.

Na opinião de muita gente das famílias políticas, até, já chega de irresponsabilidades.

O aumento da dívida pública nominal (sujeita a tantas, mas tantas vicissitudes, na conjuntura actual, bem identificadas, recentemente, por Mário Draghi) sendo vulgarizada por cá, não ajuda, nunca, os mais desfavorecidos, contrariamente ao que se quer fazer crer!

Estes ficam sempre à fome, logo ao primeiro abalo da economia doméstica.

E não são muitos os que os ajudam, sem interesses … Ai não são, não!

Luís Pais Amante

quinta-feira, setembro 19, 2024

O Roxo em exposição de fotografia


A exposição de fotografia “Olhando à minha volta” de João Pais de Faria foi inaugurada a 27 de Julho na Galeria Almedina do Museu Municipal de Coimbra. No conjunto das imagens figura um pormenor do Roxo captado em 2009.

João Pais de Faria trabalhou praticamente toda a sua vida em Coimbra e a fotografia sempre fez parte dos seus interesses. Esta é a sua primeira exposição, que tem como mote “Uma fotografia não se explica, sente-se!”. A mostra, de entrada livre, pode ser visitada até 22 de setembro,

João Pais de Faria é técnico de Informática aposentado, natural de Coimbra, onde residiu e trabalhou quase toda a sua vida. Autodidata nesta área, fazia fotografia pelo gosto da captura do momento e não se preocupava propriamente com a sua divulgação. Contudo, perante a apreciação positiva das pessoas que o rodeavam, decidiu divulgar as fotos através de alguns sites, avançando agora com a sua primeira exposição com o apoio da Divisão de Museologia da Câmara Municipal de Coimbra.                                                                                              (in coimbra.pt)




Governadores civis (6): Vítor Fernando da Silva Simões Alves


Naturais de Penacova, ou a este concelho ligados por casamento, contam-se seis Governadores Civis. Conforme já registado no Penacova Online, recordemos: José Joaquim dos Reis Vasconcelos (Governador Civil Interino de Lisboa, 1846); Fernando Augusto de Andrade Pimentel de Melo (Governador Civil de Coimbra, 1876 e 1878-1879); Júlio Ernesto de Lima Duque (Governador Civil de Évora, 1904-1905); Artur Ubaldo Correia se Sousa Leitão (Governador Civil de Leiria, 1904-1906); Luís Duarte Sereno (Governador Civil de Coimbra, 1905) e Vítor Fernando da Silva Simões Alves (Governador Civil de Bragança, 2009).

Completamos hoje a série de notas biográficas sobre estas seis personalidades, transcrevendo o que relativamente a Vítor Alves, nascido em Sazes do Lorvão em 1956, se encontra publicado em Os Governadores Civis do Distrito de Bragança ( 1835-2011), edição da Câmara Municipal de Bragança, 2024:



VÍTOR FERNANDO DA SILVA SIMÕES ALVES
"Professor do ensino secundário e superior. Licenciado em História e mestre em História Económica pela Universidade de Coimbra. Membro da Assembleia Municipal de Bragança (1989-1997 e 2005-2009). Vereador da Câmara Municipal de Bragança (1997-1998). Presidente da Assembleia de Freguesia de Sazes de Lorvão (2005-2009 e 2009-2013). Governador civil de Bragança (2009).

Natural da freguesia de Sazes de Lorvão, concelho de Penacova. Filho de Avelino Simões Alves e de Maria Idalina da Silva. Casado com Olga Maria Cabrita Nunes, de quem teve dois filhos, Ricardo Nunes Alves e Carolina Nunes Alves.

Em 1978, iniciou a carreira profissional como docente do ensino secundário, antes ainda de concluir a licenciatura em História, na Universidade de Coimbra, o que veio a acontecer em 1983, com a classificação de 16 valores.

Em 1987, passa a lecionar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTiG) do Instituto Politécnico de Bragança (IPB).

Neste âmbito, foi coordenador do Departamento de Ciências Sociais da Escola Superior de Educação de Bragança (1988-1990), coordenador do Departamento de Direito e Ciências Sociais da ESTiG durante vários anos, presidente do Conselho Pedagógico da ESTiG (1998-1999) e diretor da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Mirandela, do Instituto Politécnico de Bragança. (1999-2006).

Em 1989, obteve o grau de mestre em História Económica, também pela Universidade de Coimbra, com a classificação final de Muito Bom, tendo apresentado uma dissertação subordinada ao tema Sazes de Lorvão de 1660 a 1670. Organização do Espaço, Sociabilidade e Poderes numa Paróquia Rural.

Em 1991, efetuou uma pós-graduação em Economia na Universidade Lausanne (Suíça), e em 2009, requereu a prestação de provas de doutoramento em História Económica na Universidade de Coimbra, com uma tese sobre o Quotidiano e Poderes em Torre de Moncorvo, do Marquês do Pombal ao Liberalismo.

Publicou numerosos trabalhos em revistas nacionais e internacionais e foi coordenador de múltiplos projetos, entre os quais, A Expansão da Vinha no Douro Superior nos Séculos XVIII e XIX; As Políticas de Abastecimento no Douro Superior (1700- 1900); Poder e Sociedade em Torre de Moncorvo (1750-1830); Programa de Promoção de Trás-os-Montes e Alto Douro (2005-2006); Plano Regional de Ordenamento do Território de TMAD (2004-2006); e Avaliação do Programa da Rede Social de Mirandela (2006).

Fora do âmbito académico, foi gestor do Programa de Desenvolvimento Integrado do Vale do Côa (PROCÔA) em 1996 e 1997, e em março de 2010 foi nomeado diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Alto Trás-os- -Montes I – Nordeste.

Militante do Partido Socialista, desempenhou vários cargos de relevo na Câmara Municipal de Bragança, quer como membro da Assembleia Municipal (1989-1997 e 2005-2009), quer como vereador (1997-1998).

Foi também presidente da Assembleia de Freguesia da sua terra natal, Sazes de Lorvão (2005-2009 e 2009-2013).

Em 15 de julho de 2009, na sequência do pedido de exoneração de Jorge Gomes como governador civil de Bragança, foi nomeado para o mesmo cargo, por resolução do Conselho de Ministros de 9 de julho, sob proposta do ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

O convite, nas palavras do próprio, “surpreendeu-me um pouco, pois nos últimos anos não tenho andado na política ativa, embora não me tenha afastado totalmente, pois mantive o sentido de ajuda pública”, mas foi essa “noção de serviço público e o facto de querer servir quando é necessário” que o levaram a responder afirmativamente, embora sob o compromisso de apenas “substituir o antigo governador civil enquanto se verifique essa necessidade, ou seja, até às eleições legislativas”.

Efetivamente, Vítor Alves seria exonerado a 19 de novembro seguinte, na sequência da recomposição do elenco de governadores civis feita pelo segundo Governo presidido por José Sócrates, que havia sido reeleito em setembro.

Apesar de curto, o seu mandato foi alvo de algumas atribulações. Desde logo, no contexto das referidas eleições legislativas, membros do Partidos Social Democrata de Vinhais reclamaram junto da Comissão Nacional de Eleições “em virtude de uma câmara de vigilância apontada diretamente” para um posto de voto, levando o governador civil de Bragança a pronunciar-se sobre o assunto, concluindo Vítor Alves que tais alegações não tinham qualquer fundamento.

Nas eleições autárquicas, realizadas no mês seguinte, houve necessidade de repetir a votação em três freguesias do distrito, depois de se observar um empate entre as candidaturas de PS e PSD, suscitando a intervenção de Vítor Alves na organização do novo processo eleitoral.

Foi ainda confrontado, durante o mês de agosto de 2009, com os graves incêndios florestais que afetaram o distrito de Bragança, com particular intensidade em Calvelhe, onde o fogo destruiu mais de mil hectares de floresta, trabalhando de perto com a Autoridade Nacional de Proteção Civil na articulação dos meios que intervieram no combate às chamas.

Ao presente [2015) reside em Bragança, onde continua a lecionar na ESTiG/IPB.

Fontes e Bibliografia: Informações prestadas por Vítor Alves | Diário da República, Série II, n.º 144/2009, 28.7.2009; n.º 166/2009, Série II, 27.8.2009; e n.º 230/2009, Série II, 26.11.2009; Série II, n.º 71, 13.4.2010 | Comunicado do Conselho de Ministros de 9 de Julho de 2009 http://www.portugal.gov.pt/pt/o-governo/arquivo-historico/governos-constitucionais/gc17/comunicados-cm/cm-2009/20090709.aspx| Jornal Nordeste, 15.7.2009 |Correio da Manhã, 11.10.2009|LUSA, 15.10.2009."

terça-feira, setembro 17, 2024

𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: GRITO pelos Bombeiros de Portugal


Fui Bombeiro Voluntário de Penacova, na minha juventude!

Sou sócio desta Corporação Humanitária há tanto tempo, que já não me lembro bem a data, quase de certeza aproximada a meio século.

Tínhamos um carro (Bedford) e uma ambulância (VW sanduíche). Mas éramos bravos, estóicos, resilientes e, ao mesmo tempo, gratificados por vestir aquela farda!

Orgulhosos!

As pessoas da terra sabiam como nos expúnhamos ao perigo e, sem dúvida, reconheciam-nos.

Um dia, num incêndio fora do nosso concelho (em Vale da Ovelha, do concelho de Mortágua) mas bem nas nossas extremas, que eu já não consigo datar, mas entre 1969 e 1971) o Vasco Viseu, há pouco regressado da tropa (Angola, Pedra Verde) após o toque da sirene, pegou no volante e, acompanhado pelos irmãos (Quim Zé e Luís) e por mim (acho que me chamavam Cadete) arrancou em direção ao fogo. Pelo caminho (à Igreja) apareceu o António Dias ainda a vestir-se, porque tinha estado noutro fogo há pouco tempo.

E lá fomos nós (tanque cheio, moto-serras, picaretas, pás, etc) para fazer o bem, num terreno vizinho, voluntariamente. Até Vale da Ovelha.

Do que interessa contar é a circunstância de termos sido “quase comidos” pela chama, que se preparava para nos passar por cima, sem sabermos donde surgiu.

O saudoso Vasco (que ainda não tinha digerido já não estar no meio dos tiros) e que veio a ser um Comandante de uma enorme dimensão e prestígio da nossa Corporação, abriu a porta do carro e começou aos gritos:

- saiam todos por esta porta (o fogo estava na direita do Bedford): rolar, rolar, rolar.

E assim foi: enrolados serra abaixo, capacetes pelo caminho, machados a dar de frosca, corda queimada e roçada, entrámos numa ribeira com água…

E o fogo passou, o carro chamuscou, mas nenhum de nós se afogou!

O Vasco tinha visto o local para onde nos ia levar. Era o Comandante daquela “brigada?” e, como tal, assumiu a nossa proteção.

Este foi, só, um dos sustos maiores da minha vida; o outro foi na Costa do Marfim…

E perguntará o Leitor:

- qual o interesse disso agora?

É só o facto de, ali perto, terem falecido 3 Bombeiros há poucas horas; ou melhor, duas Bombeiras e um Bombeiro (Sónia Melo, Susana Carvalho e Paulo Santos) da Corporação vizinha de Vila Nova de Oliveirinha, que me fazem vergar perante os seus familiares, que não conheço.

A vida do Bombeiro está sempre em perigo!

A vida do Bombeiro continua a não valer nada!

A Família do Bombeiro está, sempre, com o coração nas mãos!

O reconhecimento aos Bombeiros não existe nesta sociedade da cadeira e do computador, do Ipad e do telemóvel…

Só se sabe que os Bombeiros existem em ocasiões como a que estamos a passar, já com baixas contabilizadas.

Há dinheiro “a jorro” para tudo, menos para dar dignidade ao Estatuto do Bombeiro Voluntário!

Mas estarão 5.500 a trabalhar sem dormir; sem descansar; se calhar sem comer; muitos, a muitos quilómetros de casa.

E, se tiverem um qualquer problema de sinistralidade, muito provavelmente, poucos lhes darão a mão.

É tempo de gritar!

Já não é tempo de mendigar…

Vivam os Bombeiros Voluntários Portugueses!


Luís Pais Amante


domingo, setembro 15, 2024

In memoriam: Joaquim Leitão Couto (15.9.1940 - 25.6.2024)

Completaria hoje, 15 de Setembro, 84 anos de vida o Dr. Joaquim Leitão Couto. Tive a honra e o privilégio de com ele conviver quer no campo político, quer enquanto co-autor de algumas das suas obras publicadas. 

O Penacova Online presta aqui e agora uma simples homenagem a esta figura ilustre do nosso concelho, publicando alguns recortes de imprensa online e impressa, aquando do seu falecimento, que muito dizem da sua pessoa como médico, como político e como grande amigo de Penacova. 


In SPOT- SOCIEDADE PORTUGUESA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA

Faleceu na terça-feira, dia 25 de junho, aos 83 anos, o Dr. Joaquim Leitão Couto, nascido em Viseu, em 1941 [NR:1940]. Foi um notável médico cuja vida e carreira deixaram marcas profundas, criando um legado de serviço e dedicação ao próximo que será lembrado por muitos.

Desde cedo, o Dr. Joaquim Leitão Couto demonstrou uma vocação para o serviço comunitário e uma paixão pela Medicina. Após se formar, radicou-se em Coimbra, onde se destacou como Assistente na Faculdade de Medicina e como chefe do Serviço de Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Sob sua liderança, o serviço de Ortopedia tornou-se uma referência na região, graças à sua dedicação incansável e à sua busca pela excelência no atendimento aos pacientes.

O Dr. Joaquim Leitão Couto não se limitou apenas à sua prática médica. O seu compromisso com o bem-estar das pessoas levou-o a Penacova, terra da sua esposa, falecida em 2009. Lá, tornou-se uma figura central, envolvido em várias instituições locais, incluindo os Bombeiros e a Santa Casa da Misericórdia. A sua dedicação a Penacova era evidente e incansável, contribuindo significativamente para o desenvolvimento da comunidade, tanto no âmbito social quanto cultural.

Além destas atividades, o ortopedista também se envolveu ativamente na vida política e cultural de Penacova. Entre 1979 e 1982, presidiu a Câmara Municipal, onde trabalhou incansavelmente para o progresso do concelho. Mais tarde, assumiu a presidência da Assembleia Municipal, continuando a sua missão de servir a comunidade. A sua paixão pelo património levou-o a ser um dos grandes mentores do Museu do Moinho Vitorino Nemésio, na Portela de Oliveira, uma obra que reflete o seu amor pela história e pela cultura local.

Em reconhecimento à sua contribuição inestimável para a comunidade, o Dr. Joaquim Leitão Couto foi distinguido com a Medalha Municipal de Honra de Penacova, em 2022, durante as comemorações do feriado municipal. Esta distinção, a mais alta do município, é um testemunho do impacto duradouro do seu trabalho e da sua dedicação à terra que amava.

O desaparecimento do Dr. Joaquim Leitão Couto marca o fim de um ciclo de uma vida dedicada ao serviço dos outros. Deixa uma herança de bondade, conhecimento e serviço que continuará a inspirar todos aqueles que tiveram o privilégio de o conhecer.

Obrigado, Dr. Joaquim Leitão Couto, pela sua dedicação e ensinamentos que deixa.

Até sempre


In CORREIO DA BEIRA SERRA


O médico e antigo presidente da Câmara Municipal de Penacova Joaquim Leitão Couto faleceu esta madrugada. Natural de Viseu, vivia em Coimbra e tornou-se, ao longo dos anos, uma referência incontornável de Penacova, concelho de onde era natural a esposa, falecida em 2009.

Assistente da Faculdade de Medicina, foi chefe de Serviço do Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra e manteve sempre uma forte intervenção na sociedade civil, o que o levou a conquistar a presidência da Câmara Municipal de Penacova entre 1979 e 1982. Além disso, também presidiu à Assembleia Municipal.

Em Penacova, Joaquim Leitão Couto deu muito de si, associando-se aos Bombeiros, à Santa Casa da Misericórdia e a outras instituições. Publicou também várias obras de várias obras sobre o património concelhio. Foi um dos mentores do Museu do Moinho Vitorino Nemésio, na Portela de Oliveira, do qual foi um dos grandes mentores. Uma obra que o Município de Penacova reconheceu, distinguindo Joaquim Leitão Couto, em 2022, nas comemorações do feriado municipal, com a atribuição da Medalha Municipal de Honra, a mais alta distinção do município.


In CM-PENACOVA


Joaquim Leitão Couto foi presidente da câmara de Penacova entre 1979 e 1982.

Natural de Viseu, viveu em Coimbra, mas com um carinho especial pelo concelho de Penacova, de onde era natural a esposa, falecida em 2009.

Na carreira médica foi chefe do serviço de ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra e assistente da Faculdade de Medicina.

Na gestão autárquica deixou a sua marca em vários domínios. Foi autor e co-autor de várias publicações relacionadas com o património local: "A rota dos moinhos e espaços de lazer nos rios", "Patrimónios de Penacova", "De Coimbra a Lorvão pela estrada verde", entre outros.

Foi responsável pela recolha e restauro de dezenas de peças que hoje fazem parte do espólio do Museu do Moinho Vitorino Nemésio.

Em 1980 organizou na Portela de Oliveira uma grande homenagem ao escritor açoriano que juntou vultos da literatura como Natália Correia e David Mourão Ferreira.

Em 2022, foi distinguido com a Medalha de Honra, a mais alta condecoração municipal.


In DIÁRIO DE COIMBRA

Terça, 25 de Junho de 2024

Faleceu o médico e antigo autarca Joaquim Leitão Couto

O médico Joaquim Leitão Couto faleceu esta madrugada. Natural de Viseu, vivia em Coimbra e tornou-se, ao longo dos anos, uma referência incontornável para as gentes de Penacova, concelho de onde era natural a esposa, falecida em 2009.

Assistente da Faculdade de Medicina, foi chefe de Serviço do Ortopedia dos Hospitais da Universidade de Coimbra. Uma dedicação ao próximo que ultrapassou as fronteiras da medicina e, além de uma forte intervenção na sociedade civil, o levou a assumir uma intervenção política ativa, assumindo a presidência da Câmara Municipal de Penacova entre 1979 e 1982, município onde também presidiu à Assembleia Municipal.

Penacova, uma terra onde Joaquim Leitão Couto deu muito de si, associando-se aos Bombeiros, à Santa Casa da Misericórdia e a outras instituições. Um concelho onde também revelou a sua enorme paixão pelo património, plasmada na publicação de várias obras e na criação de outras, como o Museu do Moinho Vitorino Nemésio, na Portela de Oliveira, do qual foi um dos grandes mentores.

Uma obra que o Município de Penacova reconheceu, distinguindo Joaquim Leitão Couto, em 2022, nas comemorações do feriado municipal, com a atribuição da Medalha Municipal de Honra, a mais alta distinção do município.




In AS BEIRAS

A Câmara de Penacova vai decretar três dias de luto municipal, a começar hoje e até 27 de junho, pelo falecimento de Joaquim Leitão Couto, antigo presidente da Câmara Municipal de Penacova, que desempenhou funções entre 1979 e 1982.

Em comunicado partilhado nas redes sociais do município, é referido que Joaquim Leitão Couto tinha, nestes anos, contribuído para o desenvolvimento sustentado do concelho, tendo dado a maior notoriedade a Penacova nas mais diversas áreas”.

Desta forma, o município expressa o seu profundo pesar, bem como a mais sentida solidariedade para com os seus familiares e amigos, refere a mesma nota

A bandeira municipal será colocada a meia haste em todos os edifícios públicos municipais em que a mesma seja ou deva ser hasteada, recomendando-se ademais às freguesias do concelho de Penacova, através das respetivas juntas/uniões, que procedam de igual modo.


In COMARCA DE ARGANIL





OBRAS REGISTADAS NA BNP



1 - Patrimónios de Penacova : apontamentos para a sua valorização e divulgação / Joaquim Leitão Couto, David Almeida ; pref. Nelson Correia Borges. - 3ª ed. - Penacova : Câmara Municipal de Penacova, D.L. 2020. - 118 p. : il. ; 22 cm. - ISBN 978-972-99628-2-0

2 - De Coimbra a Lorvão pela estrada verde / Joaquim Leitão Couto, David Gonçalves de Almeida ; colab. António José Silva Calhau... [et al.]. - [S.l. : s.n.], D.L. 2020 : Fig - Indústria Gráfica. - 110 p. : il. ; 24 cm. - ISBN 978-989-54949-0-3

3 - Patrimónios de Penacova : apontamentos para a sua valorização e divulgação / Joaquim Leitão Couto, David Almeida ; pref. Nelson Correia Borges. - 2ª ed. - Penacova : Câmara Municipal de Penacova, D.L. 2017. - 118 p. : il. ; 22 cm. - ISBN 978-972-99628-2-0

4 - Os sãopedralvenses da diáspora / Alfredo Santos Fonseca ; pref. Joaquim Leitão Couto. - [S.l.] : Alfredo Santos Fonseca, 2012. - 207, [2] p. : il. ; 23 cm

5 - Patrimónios de Penacova : apontamentos para a sua valorização e divulgação / Joaquim Leitão Couto, David Almeida ; pref. Nelson Correia Borges. - Penacova : Câmara Municipal, D.L. 2012. - 118 p. a 2 colns : il. ; 22 x 25 cm. - Bibliografia, p. 113-115. - ISBN 978-972-99628-2-0

6 - Vila Nova do Couto de Baixo e a Quinta ao Pinheirinho / Joaquim Leitão Couto. - [Coimbra] : J. L. Couto, D.L. 2010. - 59 p. : il. ; 24 cm. - Bibliografia, p. 55

7 - Moinhos : moinhos de Rodízio e Azenhas / Adérito Medeiros Freitas ; [pref. Francisco Baptista Tavares, Joaquim Leitão Couto]. - Valpaços : Câmara Municipal, 2009. - 2 v. (311 ; 316 p.) : il. ; 24 cm. - Contém bibliografia

8 - Os mosteiros e o vinho / Joaquim Leitão Couto. - Coimbra : J.L. Couto, 2007 ([Figueira da Foz] : Offsetarte). - 72 p. : il. ; 24 cm. - Bibliografia, p. 71-72

9 - A rota dos moinhos e os espaços de lazer nos rios / Joaquim Leitão Couto. - Penacova : Câmara Municipal, 2005. - 31 p. : il. ; 25 cm

10 - Museu do Moinho Vitorino Nemésio : contributo para um glossário de molinologia / Joaquim Leitão Couto, Mafalda Sofia Pereira ; fot. Amável Ferreira... [et al.]. - 2ª ed. - Penacova : Câmara Municipal, 2005. - 80 p. : il. ; 24 cm. - Bibliografia, p. 79-80

11 - Museu do Moinho Vitorino Nemésio : contributo para um glossário de molinologia / Joaquim Leitão Couto, Mafalda Sofia Pereira. - Penacova : Câmara Municipal, 2001. - 80 p. : il. ; 24 cm. - Bibliografia, p. 79-80

12 - A rota dos moinhos e os espaços de lazer nos rios / Joaquim Leitão Couto. - Penacova : Câmara Municipal, 2000. - 31 p. : il. ; 24 cm