
Vídeo gravado pelo autor da crónica .
( Rio Douro, junto às cidades do Porto Porto e
de Vila Nova de Gaia,1993)
Não se cansam de contar: o bichinho mordeu a isca, fisgada, arrebentou a linha; e assim vão. Dizem, a belezura passava dos três quilos, bichinho era sabido, aparecia do nada, desfilava tranquila fazendo pose. Assim que a chumbada batia na água, ou até antes, ouvindo o zumbido da linha no arremesso, desaparecia. Isso tudo pode ser confirmado por vários pescadores amadores: pelo Pedrinho, Gryllo, Negão, Paulão, Mané Piapara, Professor Paulo Teixeira, Dr. Gil, Canecão, André do Lanches, o Paulinho do Bar, Eduardinho, Dr. Zaparolli, Dr. Jair, José Luiz e pela Dona Geni, todos pescadores de Barretos, minha cidade natal.
Certo
dia, Beatriz apareceu, um deles meteu a mão no rio e tirou o peixe. Foi quando
constataram: "nem se fosse índio pegaria uma piapara com as mãos, somente
com o peixe abobado", "o rio está morrendo”. Deitou o peixe na água
para que ficasse em seu leito de morte. Essa, contudo, uma história verdadeira.
Desastres
ambientais causam a mortandade de várias espécies de peixe, pouco a pouco matam
os nossos rios. Em São Paulo, onde moro, há dois rios importantes, o Tietê e
Pinheiros, clubes foram construídos à suas margens, com praias e práticas de canoagem;
hoje completamente poluídos, mortos.
Foi
de dar arrepios poder ter visto o Douro e o Mondego, tão cheios de vida.
P.T.Juvenal
Santos
ptjsantos@bol.com.br
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