31 janeiro, 2013

Pesadelo da Mini-Hídrica terá chegado ao fim

"Fantasma está completamente posto de parte" - afirmou Maurício Marques
De acordo com  notícia do Diário de Coimbra, está, definitivamente posta de lado a hipótese de construção de uma mini-hídrica no rio Mondego. A informação foi avançada pelo deputado do PSD, Maurício Marques, a quem foi dada a garantia durante uma reunião na Agência Portuguesa do Ambiente.
Por sua vez, o rio Mondego tem um projecto de recuperação de habitats, cuja candidatura deve ser apresentada já este mês de Fevereiro.
«Após várias batalhas, dei hoje (ontem) por ganha a luta contra a mini-hídrica do Mondego, pois, no desempenho das minhas funções parlamentares, fiquei não só a saber que este , como existe um “Projecto de Recuperação de Habitats no Rio Mondego” desde Formoselha, no concelho de Montemor, até à Raiva, concelho de Penacova», disse Mauricio Marques.
O Projecto de Recuperação de Habitats no Rio Mondego pressupõe uma intervenção nos obstáculos existentes e identificados ao longo do rio, entre Formoselha e a Raiva, e que impedem, por exemplo, que espécies como a lampreia, o sável, a savelha ou a enguia, possam subir o rio para desovar e renovar a espécie. Os obsctáculo – açudes – podem, de acordo com o projecto, ser submetidos a um simples rearranjo dos materiais que impedem a passagem dos peixes, adaptação, remoção parcial ou mesmo total dos obstáculos.

Grupo de Teatro de Tábua apresenta em Penacova "O Julgamento do Chocolate"


25 janeiro, 2013

Mais vale prevenir

Por António Simões
Presidente da Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra
 
A região centro, e em particular o distrito de Coimbra, foi fortemente afectado pelas condições atmosféricas adversas que se fizeram sentir nos últimos dias
Perante um cenário de múltiplas ocorrências, e confrontados com tantas adversidades, os Bombeiros souberam estar à altura das suas responsabilidades e mobilizaram-se de uma forma tão voluntária, abnegada e responsável, só possível num sistema organizacional com esta dimensão humanista.
Como não podia deixar de ser, os Bombeiros do distrito foram iguais a si próprios, sensíveis face aos momentos de aflição vividos pelas pessoas mais desprotegidas e vulneráveis, estiveram em todos os teatros de operações com todos os meios de que puderam dispor e a lutar, como sempre, pela salvaguarda das Vidas, dos bens e dos haveres dos cidadãos.
Esta resposta pronta dos meios de socorro, e também da população, face à dimensão dos acontecimentos, não pode, no entanto, fazer-nos esquecer as medidas preventivas a que todos somos, moral ou legalmente, obrigados.
Cada um de nós, enquanto cidadãos, pode sempre dedicar mais atenção àquilo que nos rodeia e adoptar pequenos gestos e atitudes capazes de minimizar os impactos negativos das intempéries. Por outro lado, as entidades responsáveis, as empresas de distribuição de electricidade ou de telecomunicações, os gestores de escolas, de hospitais, de lares, de restaurantes, podem sempre tomar medidas a montante, que evitem em parte algumas das situações vividas.
Das coisas mais simples, como a aquisição de geradores ou a colocação de depósitos de água alternativos, às mais complexas como o corte de árvores de grande porte, ou a limpeza de faixas de protecção das linhas da electricidade, muito pode ser feito no âmbito da prevenção.
Portugal é mesmo um jardim à beira-mar plantado, e os Portugueses estão muito pouco habituados às adversidades da natureza. Face às alterações climáticas, aos Invernos e aos estios cada vez mais severos, somos todos convidados a reflectir sobre se o nosso comportamento individual e colectivo é o adequado às novas realidades.
Uma nota final, uma vez mais, para a capacidade de mobilização dos Bombeiros e de todas as equipas de socorro, que ainda a recuperar do fim-de-semana, já estavam a ser chamados para o acidente ferroviário de Alfarelos.



originalmente publicado no Diário as Beiras