24 junho, 2024

𝕯𝖆 𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖏𝖆𝖓𝖊𝖑𝖆: a Educação



A Educação


Tenho escrito - e pensado muito - sobre a temática da Educação, lactu senso considerada; acima de tudo porque é neste nosso sistema educativo que tive os meus filhos e que, agora, tenho os meus netos, em vários níveis, já.

As minhas conclusões levaram-me a expressar um enorme desencanto pelo “estado desta nobre arte de ensinar e de aprender”, pelo modo quase arregimentado como se tem passado, ano após ano, sem se resolverem os problemas, sendo alguns de lana caprina, mas outros com impactos brutais na criação de uma Juventude saudável, culta, empenhada, ocupada, capaz de saber produzir as alterações - muitas - que o nosso País precisa e que tardam demasiado a chegar.

Acho que os problemas [a partir de certa altura] passaram a ser mais políticos do que outra coisa qualquer, sinceramente. Tipo birra, daquelas que nos saem caras.

Caso contrário não teríamos uma plêiade de gente diferente a não saber querer resolver um problema a que chamo já “chaga nacional”!

Outros, até, que mudaram de opinião de um dia para o outro…

Mudaram-se Governos vários e o diacho da Educação lá continuava na mesma: sem arte na negociação, canalizando-a só para a discórdia; com alegações de sem dinheiro para pôr no problema; sem respeito nenhum por um Direito que até é Constitucional…

Sim, a nossa Constituição prevê no seu art. 74: “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”.

E, se assim é, devemos - mais próximo do que longe - chegar ao momento de pedir contas a todos aqueles a quem pagámos para tratar dos problemas básicos do nosso País, que se tenham mostrado relapsos, como se faz nos países adultos.

Não é mais possível permanecer a sucessão dinástica das ideias, o controle nefasto do pensamento crítico, a permanência de um estado de “tudo à bulha”, com os Alunos a roçar as calças e as saias nas escadas dos Estabelecimentos de Ensino, os Professores em autocarros pró trabalho ou pra Lisboa, os Funcionários aborrecidos por falta de motivação e os Pais sem saber bem o que fazer, p’além de pagar impostos. Se a Educação está tão em perigo nesse mundo em guerra, porquê imitarmo-lo cá, em paz. Seremos masoquistas?

A paz que é preciso (urgente) trazer à Comunidade Educativa (toda); dar fio condutor lógico ao ensino e empenho ao enriquecimento curricular…e cívico; e dar estabilidade às Famílias.

E concordar que este desiderato não pode ser visto, nunca, como um custo, mas sim como um investimento existencial.

!… e, já agora, transferir orçamento para as novas responsabilidades dos Municípios, sobre a matéria, o que estes não podem deixar de exigir, para poderem garantir qualidade …!

A instabilidade na Educação é mesmo crítica para o nosso País e para o nosso futuro próximo.

Luís Pais Amante

14 junho, 2024

Coral Divo Canto nas Comemorações do Dia de Portugal em Londres

 


Comemorações do Dia de Portugal, em Londres!


O Coral Divo Canto, deslocou-se a Londres de 7 a 10 de junho, onde participou nas celebrações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, a convite da Associação Diáspora por Portugal Sem Fogo - UK e da The Anglo-Portuguese Society, que em articulação com a Embaixada de Portugal organizaram as comemorações.

O programa incluiu um espetáculo no sábado, dia 8, dedicado a Luís de Camões, comemorativo dos 500 anos do seu nascimento, e a participação nas comemorações oficiais, no domingo, dia 9 de junho.

No concerto de sábado, designado “Entre a Poesia e a Harmonia da Língua Portuguesa” decorreu na The Actor’s Church - St. Paul’s Church Covent Garden – a igreja dos atores, em Londres, o Coral Divo Canto juntou a poesia de Camões, pela voz de Ricardo Coelho, com a música coral de Fernando Lopes-Graça, José Afonso, Eurico Carrapatoso, Fernando Lapa, José Firmino, Celestino Ortet, Augusto Mesquita, entre outros, onde o nosso Fado também teve um lugar de destaque, interpretada pelo Coral Divo Canto, sob a Direção do Maestro Pedro André Rodrigues, com acompanhamento ao piano pelo pianista João Guerra.

Este concerto, contou com a presença das associações Diáspora por Portugal Sem Fogo - UK, APS- Anglo-Portuguese Society, do Adido Social e do Primeiro Secretário da Embaixada, que teceram os maiores elogios ao Coral Divo Canto e ao programa apresentado e se confessaram surpreendidos pela qualidade do espetáculo.

No domingo, dia 9 de junho, decorreram as comemorações oficiais do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, bem como do 300° Aniversário da Embaixada Portuguesa, na Church of Our Lady of The Assumption and ST Gregory, Warwick St, – o local onde foi instalada a Embaixada em 1724 e onde funcionou até 1947.

Nestas comemorações, o Coral Divo Canto atuou nas cerimónias religiosas, em conjunto com o grupo coral da Igreja, alternando a direção entre os Maestros dos dois grupos corais, assim como dos pianistas, tendo terminado com os hinos nacionais de Portugal e da Inglaterra.

A cerimónia contou com a presença do Senhor Embaixador de Portugal, Nuno Brito, que também teceu grandes elogios ao Coral Divo Canto, que se encontrava acompanhado pelo Senhor Presidente da Câmara Municipal de Penacova, que se deslocou a Londres a convite do Coral Divo Canto e das associações organizadoras das comemorações.
Eduardo Ferreira

  







10 junho, 2024

𝕯𝖆 𝖒𝖎𝖓𝖍𝖆 𝖏𝖆𝖓𝖊𝖑𝖆: uma nova rubrica de poemas (e crónicas) de Luís Pais Amante


Damos hoje início a um novo espaço no Penacova Online, assinado pelo penacovense e amigo Dr. Luís Pais Amante. Uma honra e um privilégio não só para o seu administrador, mas também para os leitores deste blogue que por estes dias completa 17 anos de existência.
 

Da minha janela


É da minha janela que vejo este mundo

Plano, agitado ou com tez de rotunda

Que olho pró tempo de crescer

Para as memórias de me ter

E me introspectivo na saudade

Que mora cá, na minha idade

De mais novo do que ela

Também rememoro os tempos idos

As liberdades da alma

O pousio desta calma

Que é olhar pró infinito tão perto

Pra natureza em beleza sem igual

Há quem tenha ciúmes da minha janela

Porque como ela, não existe outra tão bela

Será só por ser um sítio único?

Será só porque ela é a singela?

Será porque é a fina donzela?

Eu penso que é por tudo isso

E pelo seu imaginário translúcido

Que circunda em alegria

E promove a democracia

Um lugar de sorriso e inspiração

Um observatório de ar puro

Que permite olhar para tudo

Até idealizar o que se requer

Quem sabe, capaz, de determinar

E moldar

O meu ser de rigoroso no meu crer

Resiliente em por aqui me manter

A admirá-la…

Vou mesmo tentar dar-lhe fantasia

Desde este Fundo da (minha) Vila

Austero, antigo

Mas sonhador e profundo … e amigo!


Luís Pais Amante

Casa Azul