10 abril, 2021

Locuções populares (VIII): Tudo como dantes no quartel general d' Abrantes


"Tudo como dantes no quartel general de Abrantes" significa que não há nada de novo, que continua tudo na mesma.

A expressão parece ter origem  nos  acontecimentos ocorridos durante a primeira invasão francesa.

Napoleão decretou o ‘Bloqueio Continental’, isto é, o encerramento dos portos da Europa continental ao comércio com a Inglaterra. Como Portugal não cumpriu este bloqueio Napoleão decidiu invadir Portugal.

A 17 de Novembro de 1807 o exército francês entrou em Portugal pelo vale do Tejo, que era o caminho mais curto para chegar a Lisboa. Nevava nas serras espanholas e chovia muito nas Beiras, provocando cheias nos rios, dificultando a travessia dos cursos de água pelas tropas e, principalmente, pelos canhões.

Só a 23 de novembro de 1807 é que a vanguarda do exército francês entrou na vila de Abrantes, de forma dispersa, desordenada, com os militares famintos, rotos, sem poder sequer utilizar as munições, que estavam molhadas. Junot chegou no dia seguinte, e aí instalou o seu quartel-general para que as forças pudessem retemperar forças e para aguardar por grande quantidade de militares que se tinham atrasado

A vila permaneceu sob ocupação francesa durante muito tempo. Quando se perguntava como iam as coisas, que notícias havia da situação no país, a resposta era: Tudo como dantes no quartel d'Abrantes’.

Fonte: Repositório do Conhecimento Inútil

25 março, 2021

Locuções populares (VII): Ficar a ver navios

 


Como sabemos, a expressão significa  não conseguir o que se deseja, ficar decepcionado. Também se diz por vezes “ficar a chuchar no dedo”...

A origem mais provável desta locução terá a ver com a primeira invasão francesa e a chegada de Junot a Lisboa, quando a família real fugia para o Brasil.

Em 20 de Novembro de 1807 as tropas francesas, reforçadas por forças espanholas, comandadas por  Junot, invadiram Portugal, entrando pela Beira Baixa.

O principal objectivo de Junot era chegar a Lisboa e prender a família real. Entretanto, a corte e a nobreza preparou-se à pressa para sair do país. Cinquenta navios transportando 15 000 pessoas juntamente com jóias, móveis, livros, e outras bens, saíram a 27 de Novembro rumo ao Brasil.

Junot chegou a Lisboa no dia 30. Já só conseguiu deter 3 navios porque  os restantes já iam demasiado longe… E assim, “ficou a ver navios”…

Há uma outra versão que relaciona a origem da locução com o desastre de Alcácer Quibir. Havia pessoas que durante muito tempo,  dos lugares mais altos da cidade de Lisboa, olhavam os navios que chegavam ao Tejo, à espera que de um deles surgisse o Rei D. Sebastião.

 

18 março, 2021

Lorvão vai ter unidade hoteleira


Vai hoje ser assinado o contrato de concessão do Mosteiro do Lorvão para instalação de uma unidade hoteleira. A reabilitação e exploração do Mosteiro foi adjudicada à empresa Soft Time, de Luís Sérgio Aleixo Pita.

Saiba + sobre a Soft Time:
e sobre a notícia:

Depois de tanto impasse, oxalá seja desta que que aquele majestoso espaço "REVIVA" efectivamente, para bem do nosso concelho e da nossa região.