"Tudo como dantes no quartel general de Abrantes" significa que não há nada de novo, que continua tudo na mesma.
A expressão
parece ter origem nos acontecimentos ocorridos durante a primeira
invasão francesa.
Napoleão
decretou o ‘Bloqueio Continental’, isto é, o encerramento dos portos da Europa
continental ao comércio com a Inglaterra. Como Portugal não cumpriu este
bloqueio Napoleão decidiu invadir Portugal.
A 17 de
Novembro de 1807 o exército francês entrou em Portugal pelo vale do Tejo, que
era o caminho mais curto para chegar a Lisboa. Nevava nas serras espanholas e
chovia muito nas Beiras, provocando cheias nos rios, dificultando a
travessia dos cursos de água pelas tropas e, principalmente, pelos canhões.
Só a 23 de
novembro de 1807 é que a vanguarda do exército francês entrou na vila de
Abrantes, de forma dispersa, desordenada, com os militares famintos, rotos, sem
poder sequer utilizar as munições, que estavam molhadas. Junot chegou no dia
seguinte, e aí instalou o seu quartel-general para que as forças pudessem
retemperar forças e para aguardar por grande quantidade de militares que se
tinham atrasado
A vila
permaneceu sob ocupação francesa durante muito tempo. Quando se perguntava como
iam as coisas, que notícias havia da situação no país, a resposta era: Tudo
como dantes no quartel d'Abrantes’.
Fonte:
Repositório do Conhecimento Inútil
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