02 agosto, 2017

Cartas Brasileiras: Parabéns D. Lucília pelas suas 90 primaveras

Lucília Castanheira Batista, natural de Figueira de Lorvão, celebrando
 o  90º  Aniversário junto dos familiares, no Brasil
Minhas primeiras cartas para o blog falavam sobre a partida de residentes dos arredores de Penacova para o Brasil, lá nos primeiros anos de 30.
Lucilia Castanheira, então com 7 anos, com a mãe e irmão deixaram o sagrado solo materno a bordo de um vapor holandês, com destino a Santos, maior porto da América Latina, a pouco mais de uma hora até São Paulo. O desembarque foi no dia 3 de março de 1934. Em 1945, Lucília casou com Eduardo Batista da Silva,  de quem adquiriu o apelido Batista, oriundo de Gondelim, um lugar de Penacova, de onde saíra ainda menino. 
Nascida em Póvoa da Figueira do Lorvão, aos 2 de julho, acaba de completar 90 anos.
Para comemorar a grande data, a dádiva divina da longevidade, seus filhos, Marisia, Marilda, Marineide e José Eduardo, os genros e nora, os netos, bisnetos, os irmãos da aniversariante (Horácio, também nascido em Portugal, Zulmira, Armando e Izabel, os cunhados, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas e amigos, se reuniram em um almoço festivo.
Músicas portuguesas animaram o evento, as crianças desenvolveram coreografias nas danças portuguesas. Em local privilegiado, no espaço elegantemente decorado para receber os convivas, um oratório com a imagem de Nossa Senhora de Fátima, presente de um dos netos, trazida de Portugal.
A querida Lucília, minha sogra, é a primeira da família a chegar aos 90 anos; há outros na fila e logo mais, com a graça de Deus, ainda relataremos em Cartas Brasileiras.

ptjsantos@bol.com.br
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Nota da redacção: Para a D. Lucília, vão de Portugal, em meu nome e em nome dos penacovenses que muito a estimam, votos de muitos anos de vida com muita saúde, na companhia dessa família maravilhosa. David Almeida 

29 julho, 2017

10 anos do Penacova Online: nota editorial

Os vários cabeçalhos que o blogue apresentou
ao longo destes 10 anos
O blogue Penacova Online está a completar 10 anos de existência. Estávamos em 2007.  Verificámos que em Penacova, quer a nível da blogosfera, quer a nível de “sites” institucionais o panorama era muito limitado, para não dizermos pobre. No plano noticioso nada existia que duma forma consistente congregasse o que, dispersamente, se ia publicando na imprensa local e regional e noutros meios de comunicação social. Perante isso sentimos que Penacova, também neste aspecto, estava a ficar para trás. Assim, sem interesses lucrativos ou políticos e sem grande aparato tecnológico iniciámos a publicação do Penacova Online.

De 2007 a 2010 tentámos cumprir essa função noticiosa. A partir daí, o site do Município de Penacova passou a fazer a cobertura informativa da vida social e cultural do concelho. Surgiu, entretanto,  o “Aqui-Penacova”, a que se seguiu o “Penacova Actual”, projecto que acabou por se afirmar como  "o jornal " do nosso concelho, em formato digital.

Escrevíamos em 26 de Julho de 2010, ao completar três anos de publicação: “Entendemos que o Penacova Online completa assim um ciclo. O ritmo das notícias, das políticas e das politiquices, das tricas e das fofoquices não se enquadra no nosso formato. Arredados da escravatura do momento e da velocidade do instante, iremos falando, de vez em quando, da história e da cultura de Penacova, bem como das suas belezas naturais.”

E esta é, ainda, a nossa posição. Vamos continuar a linha que temos vindo a seguir nos últimos tempos: mais do que noticiar o dia a dia penacovense, dar primazia à publicação de textos relacionados com a história local e o(s)  património(s) do nosso concelho.

David Almeida

10 julho, 2017

Poetas penacovenses (II): Reconquinho...



Entrelaçado na/ envolvência de ti / Rio / Eu fico aqui em cima a /

Olhar parado / Quase paralisado /  Como se tivesse  muito /Frio /

O teu espelho continua / Reflector /

O arvoredo circundante / Nas tuas margens /

Está agora a iniciar / Um longo processo de dor / Diletante / 

A curva da estrada do /Reconquinho / Está mais cavada, mais / Curvada, /

 Embora / Reconfortante /

A Praia fluvial com /Cobertura de geada /

Canta connosco e tira / Suores ao povo /

Que se renova e ali vai /Ficando mais novo /

As formas bizarras das / Canoas /

Trazem colorido sofrido /

E a velha Barca Serrana /Alberga o pescador que /

Ali pesca boga à cana /

Tudo harmoniosamente / Colocado / Tudo estoicamente conservado

/ Tudo belo / Para não dizer / Encantado!


Luís Pais Amante
Casa Paraíso, Penacova, 3 Dez 16, 9h30
Olhando para o RioMondego