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11 junho, 2017
10 junho, 2017
Cem anos de turismo em Penacova...
Turismo... um tema recorrente em Penacova. Páginas e páginas que ao longo do século vinte (e nestes inícios do segundo milénio) vêm sendo escritas na imprensa local. Muitas ideias, muitas opiniões, e o eterno lamento e atirar de culpas perante as escassas concretizações no sentido de aproveitar o grande potencial natural e cultural da vila e do concelho. Ao longo dos tempos fomos vivendo momentos de esperança num futuro mais "progressivo". No entanto, logo a seguir, veio o desalento porque afinal tudo continuava na mesma.
Este conflito não é exclusivo de Penacova nem do tema do Turismo. É verdade. Mas seria curioso analisar tudo o que nos últimos cem anos, incluindo a semana que termina, se foi dizendo e escrevendo sobre o malfadado desenvolvimento turístico de Penacova.
Apenas a título de exemplo, deixamos um texto do grande arista e amigo de Penacova, Manuel de Oliveira Cabral, publicado no Notícias de Penacova há 70 anos:
28 abril, 2017
Cartas brasileiras: Cupim subterrâneo ou o quê?
A coisa aqui para o nosso lado anda feia. As notícias ruins já devem ter batido por aí. Há um clima de vergonha nacional, de revolta mesmo, todo mundo virou suspeito, uma deslavada roubalheira envolvendo grandes empresas e nomes graúdos da política brasileira.
Recorro a um texto meu para ilustrar a situação.
Um amigo levou um susto quando viu túneis compridos na parede da dispensa do apartamento, pareciam feitos de terra. Curioso e com receio - sabe lá Deus o quê seria aquilo - derrubou um pedaço do túnel aparando com uma folha de jornal. Ao firmar bem a vista pôde ver uns bichinhos brancos, que se não fossem as perninhas, diria que seriam vermes. Sentindo-se atacado, tratou de chamar um especialista, uma caça-pragas.
O entendido explicou que os bichinhos eram cupins subterrâneos, insetos que atacam componentes de madeira e outros materiais; os túneis servem como proteção contra a luz e predadores. Os loucos por madeira, ou seja, pela celulose, montam suas colônias debaixo do solo, em base árvores, sob construções, daí a dificuldade para localizá-las. Das colônias os “operários” se dispersam pela edificação e vão de um apartamento para outro, através dos espaços vazios entre tubulações e juntas dilatação. Assim, não adianta pulverizar apenas uma área atacada, isso vai apenas espantá-los, fazendo com que se fujam para outro local. É preciso encarar o problema com um mal coletivo, exige trabalho demorado e requer constante atenção.
Por que a Presidente Dilma não combate os cupins de órgãos governamentais como se combate cupim subterrâneo? São espécies parecidas, basta que se lembre: tratamento no todo, faxina geral, não adianta tentar combater os que estão no Transporte porque eles correm para a Saúde. É preciso atenção, vigilância constante; esses insetos são ávidos pelos recursos públicos, especialistas em atacá-los sem que sejam notados, comem tudo, não deixam nada. Expertos, usam todos os meios para acessar os pontos de interesse, se valem de canais de proteção, são loucos pela celulose existente no papel moeda. Mesmo com a localização de uma colônia não se pode cantar vitória, trata-se de praga resistente e disseminada. Não fossem as gravatas diria que são vermes.
P.T.Juvenal Santos – ptjsantos@bol.com.br
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