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Bem cedo, a vila foi despertada por uma salva de 21 tiros de morteiro. Pouco depois, a Filarmónica Penacovense percorria as ruas de Penacova. Girândolas de foguetes e casas"embandeiradas" anunciavam um dia diferente. No Largo Alberto Leitão e na Avenida 5 de Outubro, a iluminação fora especialmente cuidada. À noite, percorreu a vila um "grupo de cidadãos, acompanhados pela filarmónica […] tocando a Portuguesa". No meio de "enorme entusiasmo, levantavam vivas à República e à Pátria". Conta-se que, à porta do dr. Rodolfo Silva "este proferiu um comovido discurso que foi muito aplaudido." Terminado o cortejo na Avenida 5 de Outubro "saiu a Tuna de Penacova tocando a Maria da Fonte pelas ruas da vila".
Em S. Pedro de Alva, o Largo José António de Almeida esteve iluminado, em especial a fachada do Centro Republicano com "iluminárias de belo efeito". À noite teve lugar uma sessão solene no Centro Republicano, aberta pelo Presidente José de Almeida Coimbra, que proferiu um breve discurso, convidando em seguida para presidir à reunião, Bernardo Jacinto Henriques, professor de Travanca, que, por sua vez, convidou para secretariar José de Matos Vieira (da Venda Nova) e Manuel Gentil da Natividade, também professor. O secretário do Centro, Eduardo Pedro da Silva também usou da palavra. Foram "levantados acalorados vivas aos velhos e prestigiados republicanos" José de Almeida Coimbra e Joaquim António Madeira. O serão esteve animado e "as meninas Olímpia Gentil da Natividade, Conceição Henriques, Aida de Almeida e Alice de Almeida recitaram algumas poesias". Além disso a "galanta Belita Madeira compareceu a este acto com seus pais, graciosamente vestida de República." A terminar, "houve um animado baile nas casas da Escola que seprolongou até às 3 horas da madrugada."