13 novembro, 2010

Feira do Mel e do Campo: visite hoje e amanhã em Penacova


Promover o desenvolvimento através das potencialidades económicas do mundo rural

...  Com múltiplos desafios e necessidades específicas, o mundo rural continua a representar  uma fonte estratégica para o desenvolvimento local das populações residentes...

12 novembro, 2010

Falar de Almas e de Alminhas...em Novembro

Novembro mês das Almas
A tradição cristã consagra o mês de Novembro ao sufrágio pelas “Almas”. Tradição que começa no dia dos «Fiéis Defuntos”  e continua por todo o mês, durante o qual os crentes lembram diante de Deus aqueles que os precederam na fé.
Logo no primeiro dia do mês - solenidade litúrgica de Todos os Santos - os cemitérios enchem-se de pessoas, antecipando assim o dia propriamente dedicado à Comemoração dos Fiéis Defuntos. Em tempos não muito distantes, ao longo do mês, meditava-se na vida para além da morte. A devoção pelas almas do Purgatório era especialmente actualizada nesta quadra e promovida  pelas Confrarias das Almas.
Segundo o historiador, António Matias Coelho, no cristianismo primitivo só existia Céu e Inferno.  A ideia do Purgatório surgiu depois, na Idade Média, quando a Igreja, na sequência do Concílio de Trento de 1563, o impõe como dogma, numa lógica de resposta católica à Reforma levada a cabo pelos protestantes. Passava assim a haver um estado intermédio para as almas das pessoas que faleciam. Em vez do dualismo do Céu, para os bons, e do Inferno, para os impuros, criou-se um estado intermédio, um local onde durante algum tempo as almas ficariam a purificar-se.
É neste contexto de Céu, Inferno e Purgatório que terá nascido a construção das “Alminhas”. Segundo aquele historiador, as alminhas “são uma criação genuinamente portuguesa e não há sinais de haver este tipo de representação das almas do Purgatório, pedindo para os vivos se lembrarem delas para poderem purificar e "subir" até ao Céu, em mais lado nenhum do mundo a não ser em Portugal". Seremos, assim, o único país que, na sequência do Concílio de Trento (1545-1563), criou esses pequenos memoriais. Na sequência do já referido Concílio foram criadas as Confrarias das Almas – ainda existentes nalgumas regiões - como forma de institucionalizar a crença no Purgatório e impor a convicção de que as almas dos mortos sairiam tanto mais cedo do Purgatório quanto mais orações e esmolas por eles fossem aplicadas.

Se é verdade que as Alminhas são uma característica da genuína religiosidade popular portuguesa não deixa de ser preocupante a "morte lenta" que este culto vai apresentando, muitas vezes a começar pelo estado de abandono destes nichos em memória dos nossos mortos. Voltando às palavras do Prof. Matias Coelho, estamos hoje “bastante descristianizados e já não se vêem as alminhas iluminadas, tremelicando de luz, que dantes se viam ao longe acesas à noite, muitas vezes em locais ermos e distantes no meio do nada. Mas era desejável que estes objectos feitos de cantaria trabalhada ou outros materiais não acabassem no meio de silvas, como já acontece bastante.”

Almas...e Alminhas em Penacova
Já alertámos, para esta questão no Nova Esperança (Outubro de 2008 e Outubro de 2010) e  no blogue “Central Penacova” lemos também recentemente um artigo onde se apela para a necessidade de preservar este património. Escreve Óscar Trindade naquele espaço,: “No concelho de Penacova é fácil encontrar estes motivos da religiosidade do nosso povo. Algumas encontram-se em locais de fácil acesso enquanto outras estão construídas em locais ermos, de pouca passagem, sujeitas ao instinto maldoso de pessoas ignorantes que as têm destruído. Outras foram restauradas de forma grosseira sem ter em conta a sua originalidade e idade.”
Há cerca de sessenta anos, o Notícias de Penacova, escrevia o seguinte: “Lemos há dias a consoladora notícia que o município de Condeixa, por sugestão do presidente num gesto que a dignifica, resolvera mandar restaurar quanto possível segundo molde primitivo todas as alminhas levantadas pela fé sã dos seus maiores . Logo nos veio à mente que muito enobreceria a nossa Câmara tomando idêntica atitude”. E continua o articulista: “Merecem o nosso carinho e respeito esses “templozinhos” modestos, escondidos sob a ramada das árvores junto da via pública, alguns já desmaiados pela mão destruidora do tempo, mas todavia, conservando o seu significado: arrancar a atenção do viandante e colocá-lo perante a grande realidade do Além.”
Lembra ainda Óscar Trindade que “estes pequenos monumentos populares de grande beleza, importância histórica e cultural mereciam um olhar mais atento.” E lança a sugestão de ser feito “um levantamento de todas as Alminhas existentes no concelho a fim de serem catalogadas e referenciadas tendo em conta o local onde estão erguidas, mas isso será um a empresa que exige alguma colaboração do povo e das entidades que governam o nosso concelho, nomeadamente as Juntas de Freguesia.“

11 novembro, 2010

Imprensa Local: espaços de Opinião e Crónica Literária predominam no jornal de Outubro

Do conteúdo do jornal Nova Esperança , nº 381 de 31 de Outubro, recentemente chegado aos seus leitores, destacamos,  além dos títulos da 1ª página:
- Assembleia Diocesana de Catequistas Coordenadores, com a presença do Padre Rodolfo Leite, Secretário Diocesano; Torneio de Natação da APPACDM; Escuteiros da Região Centro em actividade JOTA-JOTI; Bombeiros Voluntários em Lorvão; Subsídio do Governo Civil ( Bombeiros); Convívio da União Recreativa Carvoeirense; Paulo Cunha lança Livro no Forum Coimbra; Feira do Mel e do Campo.
No espaço de Literatura: A Lágrima que se Solta, por Paulo Cunha Dinis e Niambé, o Senhor de Tudo..., por Victor Martins e, por último, no espaço Opinião: Mais Vale Prevenir, por António Simões ( sobre a nova EB1 de Penacova); Reflectir é Preciso...o Futuro do Concelho de Penacova / Poder Local, por Carlos Mendes; Reflexões: um ano depois, por Pedro Alpoim, sobre um ano de mandato do PS em Penacova (refira-se que estes dois artigos estão também publicados no blogue Penacova Actual ); Almas e Alminhas, por David Almeida, sobre Novembro-mês das Almas e a Preservação das Alminhas no nosso concelho.