01 outubro, 2010

Que é feito do Parque Patrimonial do Mondego - projecto de Turismo Sustentável ?

 " A narrativa histórico-cultural das antigas rotas comerciais fluviais entre o Porto da Raiva, Penacova, e a Figueira da Foz está a ser reconstruída, através do Parque Patrimonial do Mondego. O projecto, coordenado pelo arquitecto Nuno Martins e com apresentação pública marcada para 1 de Abril na Quinta das Lágrimas, visa a revalorização e revitalização da paisagem cultural do Mondego." - assim noticiava a imprensa regional.
"Quisemos desenvolver uma narrativa, a partir da análise histórica do Rio Mondego", que durante séculos foi atravessado, no sentido de nascente e para a foz, com barcas serranas, explicou Nuno Martins.
A partir desse troço do rio Mondego se estabeleciam as ligações comerciais desde a Figueira da Foz até ao Porto da Raiva, interligando-se depois com as rotas terrestres da Beira Alta e da Beira Baixa. Era através dessas rotas, também utilizadas no transporte de pessoas, que os produtos do mar ou entrados a partir do Porto da Figueira da Foz, e os produtos agrícolas das zonas interiores da região, circulavam. No século XIX o Porto da Raiva era o mais importante porto do rio Mondego a montante de Coimbra, mantendo-se activo até às primeiras décadas do século XX.
Em Dezembro de 2007 o PPM integrou uma selecção mundial de dez projectos concorrentes ao prémio da Tourism Summit, em Chamonix-Mont-Blanc. Em 2008, no I Concurso Nacional de Ideias em Turismo o PPM obteve o 3º lugar e foi-lhe atribuída uma Menção Honrosa (entre 48 concorrentes portugueses e estrangeiros). O PPM tem acordos de cooperação com diversas escolas (ESEC :Forum Local; ISEC: candidatura a uma parceria internacional. Com a ESEC e com a Univ. do Porto participaram-se em candidaturas a projectos de investigação da FCT.  Em Agosto de 2008, a convite da Turismo Coimbra e com o apoio da ESEC, do Museu da Água de Coimbra e de oito autarquias, o PPM esteve em exposição no Pavilhão de Portugal, na EXPO Saragoça'08.

Gerou-se, assim alguma expectativa, na nossa Região, no nosso Concelho. Passado este tempo desconhecemos como evoluiu o processo. Esperemos que não se fique pelo papel...

Sobre esta assunto,  ver:
http://ww1.rtp.pt/noticias/?article=163515&visual=3&layout=10

30 setembro, 2010

Penacova Actual recordou hoje o Cortejo de Oferendas para o Hospital realizado no início dos anos Cinquenta

Mais alguns contributos:
NOTÍCIAS DE PENACOVA DE 19 DE JANEIRO DE 1952,
noticiando o Cortejo de 30 de Setembro de 1951, domingo.(1)

O Penacova Actual  trouxe, hoje,  à memória dos penacovenses algumas imagens do Cortejo de Oferendas para angariação de fundos para o Hospital da Misericórdia, já lá vão cerca de sessenta anos.  Cortejo que envolveu todas as freguesias do nosso concelho duma forma entusiástica .
O Penacova Online, numa linha de complemento e de partilha desinteressada, não quer deixar de contribuir com mais alguns elementos, extraídos do jornal que se publicava na época: o Notícias de Penacova, que tinha como director Joaquim de Oliveira Marques.
Assim, o nº 923 de 19 de Janeiro de 1952, dedica uma página a este acontecimento, apresentando inclusivamente o relatório de contas da Comissão Central do Cortejo ,  que tinha como presidente o Dr. Augusto Leitão. Verificou-se um saldo líquido de 153 875$00. É enaltecido o esforço de todos e  dum modo especial  do benemérito Abel Rodrigues da Costa que no Brasil, por meio de uma subscrição,  conseguiu obter cerca de metade da receita total.
Pelo Notícias de Penacova, ficamos a saber que na tarde do dia trinta, no Largo D. Amélia, afluíram filarmónicas, orquestras, ranchos, dezenas de carros de bois, camionetas, ornamentadas com pormenores típicos e alegóricos. Depois de  organizado, o cortejo parte em direcção à vila, onde é visível o contentamento de todos. Este terá sido o segundo cortejo organizado para este fim.
(1) Em 1952 o dia 30 de Setembro foi a uma terça - feira.
Foto do NP

Em 2010, o estado de degradação em que se encontra o edifício... junto ao Hotel ... num local privilegiado de Penacova...



29 setembro, 2010

Mosteiro DO Lorvão ou Mosteiro DE Lorvão? : a propósito da notícia do Dia Mundial da Música nesta vila

No próximo dia 1 de Outubro vai comemorar-se o Dia Mundial da Música. Para celebrar a data a
Direção Regional de Cultura do Centro vai levar a cabo um colóquio em Lorvão, subordinado ao tema genérico MOSTEIRO DE LORVÃO, PATRIMÓNIO CRIATIVO. Do programa consta um leque de palestras e apontamentos musicais, plenos de interesse. O subtítulo “Ecos de Órgão”: Repertórios, iconografia, contemporaneidade é bem elucidativo da atual conjugação de esforços em torno da recuperação do órgão monumental do Mosteiro. (...)
Excerto do texto de Nelson Correia Borges, in Penacova Actual
A propósito deste evento, circularam informações em diversos suportes ( Diário de Coimbra e outros )onde se referia Mosteiro do Lorvão.
Ora, o Prof. Nelson Correia Borges, vem esclarecer:

"Não é correcto dizer ou escrever o Lorvão, ou Mosteiro do Lorvão. Durante muitos séculos sempre se disse e escreveu Lorvão, sem artigo. Nas centenas de milhar de documentos que o cartório e as monjas de Lorvão produziram não aparece uma única vez a designação Mosteiro do Lorvão. O uso do artigo começou a ser moda depois que em Lorvão se instalou o Hospital Psiquiátrico e, infelizmente, vê-se por aí em muito lado, desde as informações das estradas às entidades oficiais. Quanto às entidades oficiais, como o Ministério da Cultura, é lamentável que se repita este erro. Os nomes das terras, em geral, nunca levam artigo, a não ser que sejam simultaneamente substantivos comuns, e mesmo assim nem todos. É o caso do Porto, da Guarda ou da Figueira da Foz. Mas já ninguém diz o Faro ou o Castelo Branco. Embora quando se fale de Lorvão se utilize o género masculino, ou de Coimbra o feminino, a verdade é que não é correcto usar o artigo o.
Nelson Correia Borges