Vai hoje ser assinado o contrato de concessão do Mosteiro do Lorvão para instalação de uma unidade hoteleira. A reabilitação e exploração do Mosteiro foi adjudicada à empresa Soft Time, de Luís Sérgio Aleixo Pita.
quinta-feira, março 18, 2021
Lorvão vai ter unidade hoteleira
Vai hoje ser assinado o contrato de concessão do Mosteiro do Lorvão para instalação de uma unidade hoteleira. A reabilitação e exploração do Mosteiro foi adjudicada à empresa Soft Time, de Luís Sérgio Aleixo Pita.
domingo, março 14, 2021
Lenda de Penacova
Todo jovem, todo ledo
A Coimbra a estudar.
Levou os livros no intento
De passar bem o seu tempo
Se tivesse de parar.
Longa via já andada
Toda a roupa ensopada
No suor do corpo seu
Ali, na falda da serra
Deitou os livros em terra
E à fadiga se rendeu.
Lá do Céu meigo luar
Já cuidava em pratear
As negras cristas dos montes,
E o Mondego já tremia
Do medo que então sentia
Do rumor surdo, das fontes.
Temeroso ajoelhou
E de mãos postas rezou
Ao Senhor de quanto havia,
Que do Céu prestes mandasse
Um Anjo que lhe falasse
E fizesse companhia.
E o Senhor atento ouvia
E depois pena sentia
Do seu amargo penar…
Seu pedido despachou
E um anjo, prestes mandou
Num raio do seu lar.
E nessa noite distante
Jovem Mondego estudante
Dormindo naquela cova
Dos livros fez livraria
Da pena fez alegria
Da Cova fez Penacova
E o anjo da caridade,
Todo amor, todo bondade,
todo puro e sem labéu
Em sua visão infinda
Achou a terra tão linda
Que não mais voltou ao Céu
E quando um beijo de amor
Quis dar ao seu protector
No momento de partir
O anjo tornou-se astro
E sobe ao monte do Castro
E a meio pôs-se a sorrir
Não posso subir ao Monte
Para pôr na tua fronte
O meu beijo apaixonado?!
Ficarei aqui, ao fundo
Enquanto o mundo for mundo
Dizendo muito obrigado!
E a promessa do Mondego
Todo jovem todo ledo
Foi promessa de valor.
Sabe a gente velha e nova
Que o rio de Penacova
Nunca mais se fez Doutor!
P.e Agostinho
In Notícias de Penacova ,1950
Locuções populares (VI): Estar nas suas sete quintas
Significa estar satisfeito, contente, feliz.
Então, nesses tempos, quando se perguntava pelo rei, dizia-se que estava nas suas sete quintas.
No Dicionário de Caldas Aulete, “Estar nas suas sete quintas” significa estar muito contente. Para Cândido de Figueiredo “Estar nas suas sete quintas" seria estar como se quer, perfeitamente à vontade.
Em relação a muitas locuções, há dúvidas, indefinições e discussões sobre as suas origens. Com esta expressão que, como vimos, tem fundamentação histórica profusa, tal não se verifica.
Essas quintas situavam-se na margem sul do Tejo, quase em frente a Lisboa, e a sua história é bem conhecida: Alfeite, Romeira, Piedade, Outeiro, Quintinha, Antelmo e Bomba.
quarta-feira, março 10, 2021
Locuções populares (V): Emprenhar pelos ouvidos
A expressão é muitas vezes usada com o significado de dar importância a rumores, dar ouvido a intrigas, a mexericos.
Na origem desta expressão está, evidentemente, a alusão ao processo de gravidez da virgem Maria.É no Evangelho de S. Lucas que se refere o episódio do anjo quando anunciou a concepção de Maria. Com efeito, aí se afirma que foi pelos ouvidos que as palavras do Arcanjo Gabriel foram ela recebidas.
A importância do ouvido como local de estabelecimento da alma e do espírito humano foi reconhecida desde a Grécia antiga tendo essa ideia subsistido durante séculos no imaginário das populações.
Nesses tempos recuados, acreditava-se que a mulher podia realmente engravidar sem ter relações sexuais, isto é, ‘sine decubito’. Tal poderia acontecer por várias formas, principalmente por sonhos e consumo de determinados alimentos.
Os inumeráveis casos de gravidez ‘sine concubito’ motivaram debates judiciais na Idade Média e os tribunais davam muitas vezes razão às mulheres dos cruzados que combatiam na Terra Santa, acreditando que estas podiam ser fecundadas à distância e em sonhos!
Fonte: Repositório do conhecimento inútil, op.cit.
sábado, fevereiro 27, 2021
Locuções populares (IV): "Mal e porcamente"
Esta expressão significa “de modo muito imperfeito”, “muito mal”, “de forma desleixada”, apressada e mesmo até atabalhoada.
Pensa-se que a origem esteja na corruptela de «mal e parcamente» que teria o sentido de “fez mal e, ainda por cima, pouco”. Sendo assim, a expressão original corresponderia a alguma coisa mal feita e com poucos recursos
Como vimos, a expressão ‘mal e porcamente’ era, originalmente, “mal e parcamente”. “Parco” vem do latim “parcus” com o significado de pouco abundante, poupado, pequeno… Como o termo “parco” não é habitualmente utilizado na linguagem popular, a expressão sofreu uma corruptela, sendo “parcamente” trocado por “porcamente”, palavra bastante conhecida e com sonoridade semelhante.
domingo, fevereiro 21, 2021
Lorvão: páginas cinzentas da sua história
Escreveu Hipólito Raposo (1885-1953):
“As monjas para quem Alexandre
Herculano pediu esmola, já não existem. Infinita crueldade seria que a morte as
não tivesse poupado ao destino de ver as celas da penitência convertidas em
lares onde duas dúzias de famílias foram procurar uma ilusão de abrigo.
Agora, aqueles que no amor ou
curiosidade das coisas mortas, se aventuram a transpor os montes que muralham o
vale até ao céu, sombriamente, impressiona-os de surpresa a majestade do edifício
que o roçar dos séculos tornou venerando.
A cúpula rebrilhante ergue-se no
ar sereno, e quando o sol volta, deixa projectar na encosta, a sombra alongada
por sobre a ramaria verde-negra dos pinheirais. E toda a face do mosteiro tem
no aspecto contrafeito uma opulência decaída, aquela melancólica saudade dos
solares de província, abandonados para sempre à vida simples dos abegões.
No Páteo relvoso em que virgens
em flor apeando das liteiras no braço dos pais, voltavam os olhos chorosos para
dizer adeus ao mundo, vendo apenas ao alto um recorte de céu azul, nesse Páteo dançam
agora as moças aos domingos, danças profanas que ultrajam a santidade do lugar
e escandalizariam as freiras como um pecado vivo.
Lá dentro, guarda o órgão um silêncio
doloroso: das harmonias que derramavam clarões de divindade na alma das
noviças, só as paredes e os altares vibram, como outrora na solenidade fúnebre
das profissões.
Virgens imateriais quase, erguem
na sombra os vultos brancos, entre círios que rodeiam o sacrifício da carne
estéril, a chorar pela Vida para gloria de Deus. Toda a visão se ilumina, revive
o velho Cenóbio a sua grandeza, cheira a incenso, vozes esvoaçara aflitivamente
pelas naves, como suspiros de saudades do céu ...
Em túmulos de prata, dormem há
séculos duas filhas de Sancho I e pasma a gente de ver que lhes tenham
respeitado a paz, ao lado de oleografias e alfaias milagrosamente salvas à
mesma cobiça sacrílega que desnudou a igreja e o convento.
Olhando ao fundo o coro, sumptuoso
lavor, luz fria entristecendo a face das coisas e como uma súplica sem
esperança, alevanta-se o vulto anguloso da estante do ofício, suportando ainda
o velho antifonário coberto de poeira sagrada.
Mal resistindo à deterioração de
toda a hora, o cadeirado glorioso alonga a todo o comprimento a graça das decorações,
todas animadas da celeste espiritualidade que resplandecem cada figura tutelar.
Pelas altas arcarias, emparedadas
aqui e além de fragmentos de capiteis e colunas, vai-se escoando o fumo dos
lares que tendo bafejado torpemente os azulejos dos corredores, anda a denegrir
os ornatos do coro, da mais preciosa talha de este país, porque o Governo para cobrir
o deficit e matar a dívida, arrendou a míseros paliteiros, por uma centena de
mil réis, as celas das freiras de Lorvão.
Se cada convento em Portugal é
uma página de vergonha para a história contemporânea, creio que em nenhum
haverá tão numerosos exemplos de ladroagem e desleixo como neste que tendo sido
poupado pelo vandalismo francês, é destruído e roubado em proveito dos liberais
do presente e em nome do interesse público.
Aqui, no alto da cúpula, a vista
sobe a encosta, pela extensão da verdura até ao céu, torna a descer o declive e
pára no fundo do vale, nas trepadeiras e heras da cerca, enlaçando ruínas
musgosas, entre silvas e alecrim, a romper vigorosamente dos entulhos onde erram
perfumes de cravos do outono e cintilações de azulejos migados ao sol.
Dos três claustros, ainda de pé,
alguns arcos, alternando com fustes brancos de colunas mutiladas e inertes. Debaixo
das arcarias abatidas movem-se crianças famintas, olhos vermelhos do fumo, fugindo
das celas para a agonia dos corredores onde o ar é opaco e a friagem passa rudemente,
ululando rumores de morte, sem a resistência das portas já moídas do temporal.
Mulheres de andrajos cruzam-se na
faina, outras espreitam dos buracos e encontram ainda um sorriso de motejo
pelos que lhes devassam o martírio que nem o sacrifício da Arte lhes abranda a
existência, ao menos.
Nas ruas, mocinhas de rosto
seráfico e olhar tímido, paradas de curiosidade, duvidam que alguém possa ter
interesse em peregrinar àquela ruinaria com que entestam a toda a hora, desde
que nasceram.
E assim, entre o desdém de um
povo que desejaria aniquilar um monumento que lhes humilha a pobreza dos
casebres e o fisco faminto, amolecendo mais a indiferença de um Conselho de
Monumentos Nacionais, é que se extinguirá até aos alicerces, o que ainda resta
do mais histórico mosteiro de Portugal.
Velhas Crónicas falam gravemente
de estes frades da cogula negra, cultivadores de terras bravias nos primeiros
séculos, em doações alargadas mais tarde e mantidas pelos próprios moiros já
dominando em Coimbra, até que em tempo de cristãos eles cederam casa e senhorio
à virtude das netas do primeiro Rei de Portugal.
Toda a tragédia das Rainhas
Teresa e Sancha, com a dedicação de nobres damas que nos votos acompanharam o
infortúnio daquela - eu a revivo entre matagais agrestes lá no fundo da Idade
Média portuguesa, o irmão feroz usurpando-lhes os castelos e a triste Infanta
Beringela, deserdada, na Dinamarca cinzenta, chorando com saudades do sol e da terra
que perdera.
Casa de penitência agora, viveiro
de bastardos, quatro séculos depois, no governo de Filipa d'Eça, quando as
monjas ricas e protegidas, resistiam com tantos abusos pelo prestígio da sua
beleza, ao intuito reformador de D. João III.
Sob estes claustros se exaltou o misticismo de Joana de
Albuquerque, discípula de Santa Teresa, que na alucinação histérica de cada hora,
tinha colóquios de amor com Jesus, de novo ressuscitado para a sua paixão
ardente, com beijos, ciúmes e amuos, como no mais trivial namoro português,
segundo a sua própria narrativa.
O Mosteiro de Lorvão - “antre serras onde o sol não era
visto” - a saudade de Crisfal o rememora a todo o coração enamorado; as
lembranças tristes das freiras que resolviam morrer à fome para não quebrarem a
clausura, a mendigar nos caminhos, hão de sepultar-se nas últimas ruinas que
impressionando-nos com respeito, ainda mais nos indignam pelo testemunho de uma
execranda malvadez."
In Livro de Horas de Hipólito Raposo. Coimbra. França Amado Editor. 1913
[José
Hipólito Vaz Raposo (São Vicente da Beira, 13 de Fevereiro de 1885 — Lisboa, 26 de Agosto de 1953), mais conhecido
por Hipólito Raposo, foi um advogado, escritor, historiador e político
monárquico, que se notabilizou como um dos mais destacados dirigentes do
Integralismo Lusitano.]
sexta-feira, fevereiro 19, 2021
Locuções populares (III): "Custar os olhos da cara"
Esta locução, que tem o significado de custar muito caro, ter um preço muito alto, será o equivalente de “custar couro e cabelo”, “custar um dinheirão” ou mesmo “custar cara a brincadeira”.
Pensa-se que a sua
origem esteja relacionada com o costume
bárbaro de arrancar os olhos aos prisioneiros de guerra.
Furar ou mesmo arrancar os olhos de inimigos era um costume completamente
desumano praticado depois das batalhas
ou também na sequência de golpes de estado. Assim, privados da visão, os
inimigos tornavam-se menos perigosos ou até inofensivos e a guerra seria mais
fácil de vencer e a manutenção no poder teria o caminho mais facilitado.
Pagar com a perda dos olhos era um custo demasiado pesado que ninguém queria pagar. Talvez por isso a expressão "custar os olhos da cara" passou a ser também sinónimo
de custo exagerado, de preço excessivo.
Refira-se que tal prática de arrancar os olhos aos inimigos se manteve, pelo menos, até ao século XIX. A "Gazeta de Lisboa", de 1825, dava conta de uma notícia relacionada com acontecimentos passados no Médio Oriente e publicada em Marselha no "Journal des Debats”:
“O Emir-Bechir tomou huma vingança muito mais cruel dos Principes da sua familia que havião seguido o partido do Cheik-Bechir; pois a estes mandou arrancar os olhos e cortar alingoa na sua mesma presença para prolongar o seu supplicio e humiliação.”
sábado, fevereiro 13, 2021
Locuções populares (II): "São favas contadas"
A locução “são favas contadas” tem o significado de algo dado como certo, de coisa certa, de negócio seguro.
Antigamente era costume fazer contas por meio de favas. Ora, esta expressão tem origem no antigo método de votação em que se usavam favas brancas e pretas. As favas eram no fundo um instrumento de cálculo, uma espécie de calculadora mecânica.
Já na Antiguidade Clássica era habitual fazer votações utilizando favas brancas e pretas.
Este antigo processo de votação, que se mantém metaforicamente até aos dias de hoje, existe em toda a península ibérica e mesmo noutros países europeus.
Favas contadas quer dizer então: não restar dúvida, ser infalível, ser inevitável…
terça-feira, fevereiro 09, 2021
Locuções populares (I): “Do tempo da Maria Cachucha”
Quantas pessoas já não terão sido acusadas de viver “à grande e à francesa" ou de serem “chei(as) de nove horas”?
Ou ter a mania de “embandeirar em arco”, de “emprenhar
pelos ouvidos” e depois, quem sabe, “pagar com língua de palmo”…?
Tudo isso pode ser só “para inglês ver”. Muitas vezes “são
mais as vozes que as nozes” e tudo, afinal, tantas vezes, “traz água no bico”…
É à volta destas expressões que se perdem na memória dos
tempos que iniciamos hoje esta rubrica sobre locuções populares ou frases
feitas.
A expressão “Do tempo da Maria Cachucha” significa “muito antigo, desactualizado, obsoleto,
antiquado.” “Do tempo da outra senhora”, ou ”do tempo da pedra
lascada”…são expressões com significado semelhante.
Esta locução terá
origem na cantiga popular “Maria
Cachucha”, adaptação da cachucha espanhola, que esteve muito em voga no Século
XIX. Era uma dança sapateada de compasso ternário, normalmente
executada por uma uma mulher que acompanhava o ritmo com castanholas, ao som de
guitarras e, por vezes, canto, sendo a designação extensível à música.
Tendo origem em Cuba, rapidamente se popularizou na
Andaluzia, tendo-se daí disseminado por toda a Espanha, por Portugal, pela
França e outros países.
Tipicamente começava com movimentos lentos, que iam
acelerando, até terminar com movimentações muito agitadas.
A cachucha tornou-se muito popular em grande parte da
Europa, principalmente na primeira metade do século XIX e também em Portugal.
A cachucha passou de moda e tornou-se uma dança antiga, razão porque o povo, quando se queria referir a algo antiquado,
desactualizado ou obsoleto, passou a empregar a expressão ‘do tempo da Maria
Cachucha’. Uma clara alusão à melodia espanhola mas, principalmente, à canção
‘Maria Cachucha’ que tão popular foi em Portugal.
Quem te cachuchou?
- Foi um frade Loyo,
Que aqui passou.
Maria Cachucha
Não vás ao Rocio
Toma lá dinheiro,
Sustenta o teu brio.
Maria Cachucha
Não vás ao quintal,
Em sainha branca
Que parece mal
Maria Cachucha
Que vida é a tua?
Comer e beber,
Passear na rua.
Maria Cachucha
Com quem dormes tu?
- Eu durmo sozinha,
Sem medo nenhum …
Maria Cachucha
Com quem dormes tu?
- Durmo com um gato,
Que me arranha o c...
Maria Cachucha
Se fores passear
Vai pelas beirinhas,
Podes-te molhar
FONTE: Repositório
do Conhecimento Inútil de João M. Alveirinho Dias.
domingo, janeiro 10, 2021
Poetas penacovenses (VIII): A tentar descodificar este tempo, em sofrimento: um poema de Luís Amante
Pela manhã, da minha janela, por baixo dela
O meu circuito parecia que encolheu
... ou que, dando guarda à liberdade, se encheu!
Hoje é Domingo, segundo do novo ano
Que se segue a um outro, espartano
As pessoas encolhidas de geada branda
Sem benesses ou compadrio
Vieram respirar ar puro
Vieram a fugir do confinamento
Vieram ganhar coragem para o sofrimento
Que se avizinha ...
Desci pra me juntar à multidão
Pra sentir de perto o bater do coração
Sapatilhas calçadas
Ceroulas apertadas
E calças de fato de treino por cima
Com anorac de neve
De frente no caminho solto
Uma família de máscaras: uma azul clara; outra verde; outra
preta
Atrás com distância de segurança
Outra família sem máscara
Rapaz atleta; rapariga de olhar suave ... os filhos de
bicicleta
A seguir um grupo grande a correr sem gemer
De gente madura transportando frescura
Quatro voltas alargadas no espaço do meu tempo
Outras quatro circunscritas à volta do Estádio Universitário
E, sempre, o mesmo pensamento:
- quem será que está livre do vírus danado?
- como é que, afinal, ele se tem propagado, assim, tão
descontrolado?
Daqui a cinco dias terminam os meus sessenta e seis
Gostava que a passagem fosse no ambiente do “ar puro” da
minha terra
Encostadinho ao cheirinho da nossa serra
A olhar pro Rio, envergonhado com frio
Mas não vai dar
Não posso passar
Os meus conterrâneos estão lá a sofrer
... e no meu novo “circuito”, só dá pra temer!
Luís Pais Amante
Telheiras Residence,10Jan21; 14h00
A tentar descodificar este tempo, em sofrimento.
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Obrigado Dr. Luís. Muita saúde! Abraço