01 dezembro, 2025

Crónicas do Avô Luís (6) - Natal: uma “receita” familiar!

 


Natal: uma “receita” familiar!

Estamos a chegar ao Natal.

Essa época extraordinária que vai passando de geração em geração ao longo dos anos (muitos), transformando a vida das Crianças e, igualmente, dos Adultos.

É a dinâmica familiar que nós (todos) vamos construindo em “formas consuetudinárias” de festejo.

A minha idade já passou por vários momentos de Natal; o próximo será o 71 (septuagésimo primeiro)!

E, nestes anos todos [desde os tempos das carências generalizadas das Famílias] fomos adaptando a Época à realidade evolutiva dos hábitos de consumo.

Não me canso de recordar os tempos do Natal à lareira, com um “frio de rachar” e tudo à volta cheio de geada.

As expectativas das prendas que se resumiam a roupa ou calçado, agigantando-se quando surgia um chocolate ou um rebuçado.

O reboliço do dia seguinte a exibir “os despojos”!

A crença -até muito tarde- de que era o Pai Natal que tratava uns muito bem e outros muito mal.

Até que (com o nascimento dos membros do Clube da Netaria) a reunião familiar passou a ser literalmente “engolida” pelos embrulhos das prendas.

E, paulatinamente, cada um dava uma prenda a cada qual e todos davam as suas próprias prendas às Crianças.

Era um “regabofe” completamente em contra-ciclo com o recolhido que o Natal exige, pelo menos para quem foi educado na Fé Cristã.

… quase não sobrava tempo para se conversar, contar as experiências, ler contos, ouvir música natalícia, brindar e degustar o momento.

Até surgir o “cheiro bom da consoada” …

Percepcionado o desfazamento do consumo puro e duro, com o objecto do festejo (que, na minha Opinião modesta, deve ser singelo, desprendido, centrado no convívio são) evoluiu-se para uma solução drástica de “excluir prendas para adultos”…

E essa simples decisão poupou metros quadrados aos papeis de embrulho e deu mais espaço à Sala, que num certo momento era ocupada por bonecos, bonequinhos, pilhas, trotinetas, bicicletas;… eu sei lá?

As nossas Crianças - tal como as outras - adoravam as prendinhas e os papéis de embrulho enquanto foram mais pequenas (digamos até aos 3/4 anos).

Agora (5/6/7) já escolhem as prendas que querem e, por vezes, os adultos repetem as prendas ou as Crianças (pura e simplesmente) não gostam delas e fazem “birras”!

As coisas renovavam-se em caracterizações descaracterizadas.

Havia que mudar a situação.

E evoluiu-se de novo para outra solução hipotética, mais radical.

Qual, perguntarão os Leitores?

Cada Criança vai ter um envelope com o seu nome, que começará a circular em breve pelos membros da Família; cada Adulto lá colocará o que entender; os Pais adquirirão o que melhor satisfizer as necessidades do momento.

Achámos todos [Família Democrática] que, deste modo:

1. se combateria o desperdício;
2. ⁠se punha freio ao consumismo;
3. ⁠se pouparia o ambiente, tornando-o mais amigo;
4. ⁠se arranjaria mais espaço para a Festa de Natal, com convívio mais apropriado aos tempos que por aí andam;
5. ⁠tempos esses que (queiramos ou não) são tempos de carência e preocupação…

Na prática - esperamos nós - criar-se-à uma recriação mais apropriada à simplicidade do nascimento do Menino Jesus, que anda esquecido nas Celebrações.

O que me levou a escrever esta “Crónica do Avô Luís”, que até com o Natal condiz e se limita a partilhar uma experiência que pode ser aproveitada por outras Famílias (abertas às inovações, até no amor às Crianças)!

Dentro daquela lógica de que não vale a pena perder tempo com o que já está inventado ou em execução.

… Vamos esperar para ver!


Luís Pais Amante

Casa Azul, 
com desejos de Boas Festas aos seguidores do Blogue e aos Amigos!



28 novembro, 2025

Vida autárquica: Novo Executivo e Atribuição de Pelouros para o quadriénio 2025-2029



No decorrer da primeira reunião do novo Executivo, realizada pelas 17:30 do dia 2 de Novembro, foram definidos e atribuídos os pelouros para o mandato autárquico 2025-2029. A constituição do novo executivo é a seguinte:

Presidente: Álvaro Gil Ferreira Martins Coimbra, eleito pelo PPD/PSD; Vice-Presidente: Magda Alexandra Maia Rodrigues, eleita pelo PPD/PSD; Vereador: Carlos Manuel Santos Sousa, eleito pelo PPD/PSD; Vereador: Vitor Manuel Cunha Cordeiro, eleito pelo PPD/PSD; Vereador: Paulo Manuel Almeida Dias Duarte, eleito pelo PS; Vereadora: Joana Margarida Duarte Henriques, eleita pelo PS e Vereador: Vitor Rafael Silva Lopes, eleito pelo PS

Foi designada para vice-presidente a vereadora Magda Rodrigues e fixados em regime de permanência os vereadores Carlos Sousa (meio tempo) e Vítor Cordeiro (tempo inteiro).

No Município de Penacova, recorde-se, a lei atribui 7 mandatos. Aos vereadores eleitos pelo PS não foram atribuídos pelouros. 


Pelouros Atribuídos


Presidente: Álvaro Gil Ferreira Martins Coimbra

Administração Geral

Relações Externas e Comunicação

Participação em Organizações / Empresas

Cooperação internacional, internacionalização e Geminações

Cultura, Património e Associativismo Cultural

Turismo

Emergência e Proteção Civil

Sustentabilidade, Energia e Clima

 

Vice-Presidente: Magda Alexandra Maia Rodrigues

Recursos Humanos e Bem-Estar Organizacional

Apoio Jurídico e Contraordenações

Fiscalização

Transparência e Auditoria Interna

Atendimento ao Munícipe

Defesa do Consumidor / Provedoria

Juventude, Associativismo Juvenil e Voluntariado

Desporto e Associativismo Desportivo

Praias Fluviais

Coesão Social, Cidadania e Igualdade

Saúde e Segurança

Toponímia e Numeração de Polícia


Vereador: Carlos Manuel Santos Sousa (Meio Tempo)

Ação Social e Habitação Social

Clube Sénior

Educação e Formação

Projetos e Fundos Europeus

Apoio ao Investidor / Empreendedorismo

Parques Empresariais

Economia, Contabilidade e Finanças

Vereador: Vitor Manuel Cunha Cordeiro (Tempo Inteiro)

Informática, Comunicações, Digitalização, Inovação e Tecnologia

Relação com Fregueses e Eleitos Locais

Gestão do Espaço Público e Cemitérios

Mobilidade, Transportes e Vias Municipais

Gestão Urbanística

Planeamento Territorial

Reabilitação Urbana e Habitação

Cadastro e Informação Geográfica

Ambiente e Biodiversidade

Água e Saneamento Básico

Agricultura e Florestas

Bem-Estar Animal (Serviço Veterinário)


Vereador: Paulo Manuel Almeida Dias Duarte

Sem Pelouros Atribuídos


Vereadora: Joana Margarida Duarte Henriques

Sem Pelouros Atribuídos


Vereador: Vitor Rafael Silva Lopes

Sem Pelouros Atribuídos



20 novembro, 2025

Escritores penacovenses contemporâneos | Ficção e Poesia (2): António Luís


Naturais de Penacova (ou ao concelho ligados por estreitos laços familiares) contam-se já alguns autores contemporâneos (ficção e poesia) que merecem ser mais conhecidos e devidamente valorizados. Iremos fazer referência a cada um deles (se porventura houver mais algum que possamos desconhecer, agradecemos que nos seja comunicado). 

Para já, as referências que faremos limitar-se-ão às sinopses e aos dados biográficos que podemos ler nas plataformas que os estão a comercializar. Fica em aberto a  possibilidade de posteriormente desenvolvermos o tema com entrevistas aos autores.

ANTÓNIO LUÍS

"António Manuel Marques Luís, nasceu a 15 de janeiro de 1969, em Coimbra. *

Escreve por prazer e paixão, pelo menos desde os 15 anos.Aos 25 começou a escrever crónicas para o Jornal de Penacova, terra a que está umbilicalmente ligado, a par da cidade de Coimbra e dois ou três anos depois, colaborou com as suas crónicas na Gazeta das Caldas - de Caldas da Rainha, cidade onde se licenciou em Professores de Educação Visual e Tecnológica e onde viveu 10 anos.

A paixão que também nutre pela aviação, levou-o a publicar diversos artigos sobre essa temática em revistas nacionais e estrangeiras aliando, por isso, a paixão da escrita à paixão pelos "pássaros de ferro".
Foi e é autor e coautor de diversos blogues onde escreveu e escreve com a regularidade que consegue.
Lê compulsivamente, escreve, desenha (não tanto como queria) e nos intervalos aventura-se na fotografia.

É casado, tem três filhos e vive desde 2009 na ilha da Madeira.

Memória de Pedra é o seu primeiro livro."

Fonte: https://www.wook.pt/autor/antonio-luis/3552118/122


MEMÓRIA DE PEDRA 

" (...) a respiração num silêncio nocturno, num peso de toneladas, o dedo grande do pé irrequieto a experimentar a resistência do chinelo e daí a pouco um buraco na meia e fora de ti, ao redor da tua figura, as coisas se desarrumam sem aviso por cima dos móveis escassos e quase velhos, o teu retrato acinzentado em cima da mesa de cabeceira, sorrindo tímido a aves invisíveis que cruzam um céu aberto, aves que nem sequer voam ou talvez voem apenas na tua cabeça entalada pelas mãos que encimam os braços cujos cotovelos nas pernas, sem dor, o corpo a balouçar em vaivéns sem ritmo certo enquanto na cabeça se amontoam palavras cheias de letras que significam nada, palavras que significam outras palavras que se desconhecem umas às outras, permanecendo mudas e inexpressivas, com olhares parados junto aos respectivos muros que as defendem de si e das outras (…)"

                                                       Fonte: https://www.wook.pt/autor/antonio-luis/3552118/122

Data de Lançamento: Dezembro de 2015 | Editor: Chiado Books | Dimensões: 138 x 218 x 31 mm |Páginas: 454 | Coleção: Passos Perdidos | ISBN: 9789895156177

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* Filho dos professores Joaquim Marques Luís e Maria da Piedade Madeira Marques, de Telhado.