22 setembro, 2025

Notas para a história do Monumento da Serra de Gavinhos



A história do MONUMENTO AO CORAÇÃO IMACULADO DE MARIA, na Serra de Gavinhos, remonta aos anos sessenta do séc. XX.

Foi do pároco de Figueira de Lorvão, Padre Hermano de Almeida, que partiu a ideia de construir o monumento. 

Logo se rodeou de alguns paroquianos para perceber se haveria "alma" para levar avante o projecto da construção do monumento ao Coração Imaculado de Maria, no alto da Serra de Gavinhos, para poder ser avistado, praticamente, de todos os lugares da paróquia. 

O jornal "Notícias de Penacova" (N.P.), cuja direcção estava entregue ao Prof. Joaquim de Oliveira Marques, noticiou pela primeira vez este "sonho" em 27 de Julho de 1968. Em Setembro desse mesmo ano começaram a formar-se quer a comissão central, quer as sub-comissões, abrangendo todos os lugares da freguesia. 

A Comissão Central era composta por Manuel Simões Flórido, Joaquim Oliveira Marques, António Soares Coimbra e Alípio Marques de Oliveira.  Era necessário angariar fundos para erguer a obra. 

Foi na tarde de 10 de Novembro de 1968 que foi benzida a primeira pedra. Era então Bispo de Coimbra D. Francisco Rendeiro e veio nessa data em visita Pastoral à Paróquia. Pela circunstância de ter de seguir para Poiares, delegou na pessoa do Cónego Abílio Costa, Vigário Geral da Diocese, para presidir a essa bênção. 

Depois de benzida a primeira pedra o local escolhido foi alterado. Contou ao Jornal de Penacova em 1996, Alípio Marques de Oliveira, que “toda a freguesia de Figueira de Lorvão queria ver o monumento". A princípio era virado para o lado de Penacova, depois decidiu-se pela actual localização, ponto da serra que é visto por quase toda a freguesia. 

No decorrer do ano de 1968 e seguintes procedeu-se à angariação de fundos e, curiosamente o N.P. noticiou dádivas adquiridas na "campanha do ovo", que decorreu em Gavinhos. Os conterrâneos emigrados também foram chamados a contribuir. 

O N.P. de 14 de Julho de 1969 publicou a maquete do monumento. Em Julho de 1970, este periódico anunciou que a obra já se estava a erguer e em 7 de Novembro de 1970 informou que a base estava pronta para se instalar a estátua. 

A edição seguinte do mesmo jornal informou igualmente que o custo da imagem era de mais de meia centena de contos. Foi a Família Pereira da Costa, residente no Porto, mas natural de Gavinhos que ofereceu esse valor. Por sua vez, o custo do pedestal ultrapassou os cem contos e foi custeado por ofertas de todos os lugares da Paróquia. 

Em 28 de Novembro de 1970 o N.P. anunciou que a imagem (com 5 metros de altura, não incluindo o pedestal) já “brilhava” no alto da Serra de Gavinhos. A imagem do Coração Imaculado de Maria é constituída por cinco peças, com um peso total de dois mil e cem quilos e tem cinco metros de altura.

 Foi adquirida a uma empresa de Coimbra por quarenta e cinco contos. O monumento foi pago na totalidade com os donativos e custou à freguesia a quantia exacta de 98.869$00. Por fim, no dia 8 de Dezembro de 1970, teve lugar a Benção Solene do Monumento com a presença do Bispo de Coimbra D. Francisco Rendeiro. 

Fontes: Desdobrável publicado pela Unidade Pastoral no Centenário das Aparições (1917-2017); Jornal de Penacova, 26/9/1996





Fotos: David Almeida | 2025


Maquete inicial


19 setembro, 2025

𝕆ℙ𝕀ℕ𝕀Ã𝕆 | Oh Juventude: para onde irá o Jornalismo?


Ao longo da minha vida, sempre defendi a Liberdade dos Jornalistas, a liberdade de expressão, desde que cumprida (na sua base de informação) a Liberdade de Imprensa, tout court, como se encontra plasmada legal e constitucionalmente.

Também alertei para a precariedade dos Jornalistas (principalmente dos mais Jovens) dado o facto de entidades que têm surgido sem escrúpulos, da área, os aproveitarem “até ao tutano” para produzirem um tipo de “jornalismo alarmista” e, algumas vezes, “vergonhoso”!

São os célebres “recibos verdes” como base contratual toscamente ilegal;

São as condições gerais de trabalho sem horários, sem direitos, até sem Seguro;

São os “arautos da riqueza a qualquer preço” sem história na comunicação a apoderarem-se dos meios da comunicação social, para dela servirem os seus “instintos”;

É a comunicação social a servir interesses duvidosos, até do ponto de vista político…através dos seus comentadores, na tentativa de manterem nos círculos do poder determinadas personalidades …

Tudo isto junto, provoca a estupefação quase geral, mas silenciosa, num cenário de crescimento absurdo da “noticia agressiva”, da “notícia repetitiva” até da “notícia paga”, por interesses objectivamente obscuros.

Em tal traçado contexto, temos todos de, naturalmente, trazer à luz do dia os casos em que este jornalismo anormal se vê e, principalmente, ajudar a cuidar do percurso são da tal “Liberdade de Imprensa”!

As televisões, muito particularmente, usam e abusam destas “técnicas mais perniciosas” de marketing de comunicação, afinal correspondente a “propaganda”, pura e simplesmente, como é o caso dos anúncios de jogos de azar dos casinos.

Há casos recentes que evidenciam os tópicos que acabámos de referir:

- Os fogos, com horas e horas de programação, na procura da desgraça, acerca do que se pode questionar se isso não incentiva os incendiários, nãos lhes dá “combustível”?

- O Acidente do Elevador da Glória, que alimenta todos os horários das televisões, acerca do que se pode questionar se trás algum benefício objetivo para o nosso país;

- A questão da “Imigração” onde se vergam e alimentam  poderes muito questionáveis, que promovem o apagão pretendido pelas castas das opções políticas que nos trouxeram até aqui;

- Os julgamentos mediáticos que se transformaram em fonte de propaganda da “criminologia encartada” e da advocacia de televisão, que confronta o EOA;

- As fugas das prisões que norteiam aprendizagens criminógenas absolutamente inadmissíveis;

E há casos mais antigos em que se verificou um tipo de jornalismo (com “j”pequeno) que alarmou, muito para além da normalidade, o nosso tecido social, sobre a questão da “Praxe Académica”, genericamente empolada aquando da Tragédia do Meco!

Ora bem,

Neste concreto caso, está provado [vd Proc.  365/18.8T8CSC] que tivemos acções perniciosas, abusivas e irregulares de uma televisão em concreto: A TVI!

Através de uma jornalista (com “j” pequeno), de seu nome, Ana Leal.

Com a cumplicidade de outro jornalista, José Alberto Carvalho.

Acabaram de ser todos condenados em primeira instância por uso abusivo da imagem de um cidadão português, com uma criança ao colo, que disso proibiu aquele órgão de comunicação, a sua administração e direcção, num contexto da criação de uma confabulação e da manutenção (para majorar os lucros) de uma “historieta falsa”, nos meios que explora!

Dando mão a uma factualidade voluntária, abusiva, ilícita e culposa.

O que determinou a condenação dos três, no pagamento de indemnizações solidárias por danos patrimoniais e por danos não patrimoniais, com obrigação de tornarem impossível a identificação futura da Pessoa em causa, sob pena do pagamento de uma sanção pecuniária compulsória diária, no caso de desobediência aos termos da condenação!

O que me leva a divulgar esta concreta situação, não é vangloriar-me pelo facto de ter sido o meu escritório e a minha Equipa, com dedicação e paciência e saber, a obterem esta decisão corajosa, histórica e meritória de uma Juíza digna de registo da primeira instância do Tribunal de Cascais.

Ela (decisão) pode vir a ser alterada, ainda…

Meios não faltam a esta organização!

É, sim, o facto de estes tais jornalistas terem atingido uma projecção tal no nosso país, que se julgam vedetas quase imaculadas e são, hoje, professores dos Jornalistas do futuro!

E é a esses “Jornalistas do Futuro” (que vemos hoje de microfones na mão à espera da sua oportunidade de vida) que a Sociedade aconselha muita atenção; principalmente que não colidam com as normas da Liberdade e que não coloquem as pessoas anónimas em situações desconfortáveis, que criam situações traumáticas por vezes muito nefastas.

O resto será avocado pelos Organismos de tutela da Liberdade de Imprensa, sã!

Luís Pais Amante