03 julho, 2025

𝐋𝐞𝐢𝐭𝐮𝐫𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐟é𝐫𝐢𝐚𝐬: 𝐎𝐬 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐚 𝐂𝐚𝐬𝐚 𝐀𝐳𝐮𝐥 - 𝐎 𝐂𝐥𝐮𝐛𝐞 𝐝𝐚 𝐍𝐞𝐭𝐚𝐫𝐢𝐚



“A Casa Azul em Penacova, na Costa do Sol e com uma vista deslumbrante sobre a Praia do Reconquinho, no Rio Mondego, estende-se até á Casa Branca, que dá para a Travessa do Paraíso. 

É um lar, um espaço e um lugar maravilhoso. Um sitio de acolhimento e de projeção de futuro(s). 

Um lugar da insofismável segurança e fantasia em que a infância e o amparo contextualizam o status nascendi dos sentimentos de afeto e liberdade.” 

(in Contracapa)

Foi neste “reino maravilhoso” que germinou a ideia de publicar um livro de feição infantil dedicado aos netos dos autores e a todos os meninos do “Fundo da Vila”, alguns deles agora pais e mesmo avós, veiculando mensagens ricas de valores como a Harmonia com a Natureza, a Ecologia, a Diversidade natural e cultural, a Humanidade, a Justiça, a Liberdade, a Amizade, a Família…

“O Clube das Crianças da Casa Azul nasceu no grande sonho mágico e divertido dos avós Anita e Liró”, que um dia   “pensaram tornar o espaço da quintã da Casa Azul, um lugar especial de encontro, de escuta e de cultura, como de aprendizagem com experiências familiares, destinadas não só às suas famílias, como aos amigos e meninos do Fundo da Vila de Penacova.” – assim podemos ler no texto introdutório.

A história, as histórias que se seguem, apesar de não apresentarem de modo explícito o habitual esquema de princípio, meio e fim, não deixam de se iniciar pela fórmula mágica “Era uma vez, os avós Anita e Liró... “ 

As muitas aventuras e experiências passam-se no jardim (onde há uma figueira,estrelícias e hortenses) e na horta “com os legumes para as saladas e sopas como também as outras árvores de fruto - laranjeira, pessegueiro, tangerineira, macieira, nogueira, figueira, limoeiro, ameixieira e maracujazeiro, que fazem sobremesas saudáveis.”

Na “Quintã”, não falta a capoeira “com uma vista maravilhosa para o Mondego” onde há uma “grande família: o galo brincalhão, as galinhas e os pintainhos.”

Numa palavra, um “espaço aberto para brincadeiras, jogos com imaginação na areia e em teatros, muita canção e poesia também”.


Um dia, todos os animais do jardim foram convidados para uma actividade especial: “fazer um pão-de-ló com sabor de limão, sumo de laranja e até doce de maracujá para barrar as panquecas”.  Convidaram-se, igualmente, todos os meninos incluindo os amiguinhos do Fundo da Vila que desejassem divertir-se.” E aquele “foi um dia inesquecível!”

Com estas e outras experiências, “os avós e o Clube da Netaria decidiram cumprir o sonho azul, transformaram a quintã numa sala-atelier de experiências culturais acolhedoras e diferentes. Os meninos da vila trouxeram ideias novas que os meninos da cidade não conheciam bem, como não ter medo dos gafanhotos nem das galinhas…”..

Por outra vez “a preparação do teatro no palco da quintã durou o fim de semana e, o que resultou no final, foi a bicharada ficar ainda mais feliz e brincalhona num Planeta Azul amigo com a humanidade mais contente e saudável.”

E com isto uma lição ficou aprendida: 

“Como cada um se empenhou com entusiasmo a brincar-jogar e trabalhar como uma equipa, todos puderam contribuir para um dia especial na quintã; nunca mais se irão esquecer do que foi construído e vivido juntos e é assim que fazemos amigos e crescemos com memórias fantásticas.”

“Viva a festa da pequenada e dos graúdos…acreditamos que muito será verdade e realidade, se sonharmos e viajarmos à desgarrada… em sonhos combinados e partilhados ! – foram cantarolando durante “o lanche guloso”. 

Uma palavra sobre os autores (extraída do livro):

“Ana Amante é psicóloga clínica e psicanalista, enquanto Luís Amante advogado e poeta, juntos, vivem e trabalham em Lisboa.  Recentemente, concluíram a reconstrução da Casa Azul, situada no coração de Penacova, numa área Iivre do núcleo urbano mais antigo da Vila. Neste espaço, estão a criar um ambiente familiar e acolhedor, que se Integra harmoniosamente com o meio e as tradições locais. Mara Silva é uma artista, autora e ilustradora infantil premiada. Quando não está a ilustrar, a Mara está no seu pequeno monte a fazer ioga, a tratar dos galinhas e da horta, ou a dar longos passeios pelo campo.” 

Depois de ter sido apresentado à família e aos amigos no almoço de aniversário da autora foi divulgado junto dos penacovenses em geral no dia 31 de Maio durante a 2ª edição do Festival Artes de Rua & Wine Fest. O livro foi oferecido a todas as crianças presentes e o produto da venda dos restantes, reverteu para o Agrupamento 1079 dos Escuteiros de Penacova, o que já se tinha igualmente verificado no referido almoço.

 
















29 junho, 2025

Município vai ceder Núcleo Museológico dos Fornos da Cal ao Grupo Recreativo do Casal

É competência da Câmara Municipal - de acordo coma a Lei n.° 75/2013, de 12 de Setembro- “incluindo a possibilidade de constituição de parcerias”, assegurar “o levantamento, classificação, administração, manutenção, recuperação e divulgação do património natural, cultural, paisagístico e urbanístico do município." 

Na reunião do Executivo de 23 de Junho foi aprovada a minuta do protocolo de cedência do Núcleo Museológico dos Fornos da Cal do Casal de Santo Amaro a celebrar com o Grupo Recreativo do Casal. 

No preâmbulo da minuta, é sublinhado que: 

- “A cedência destas instalações e espólio irá permitir salvaguardar a manutenção da história da produção de cal no Concelho de Penacova, a qual remonta aos séculos XVII e XVIII, dando-lhe, assim, a relevância de outrora”. 

- “O desenvolvimento e divulgação desta atividade tão própria desta comunidade, proporcionará uma maior dinamização do Concelho, para além de assegurar a passagem de conhecimento técnico, educar e sensibilizar para as questões de sustentabilidade ambiental, económica e social.” 

- Se pretende “dar visibilidade e afirmar a importância da produção tradicional de cal, que contribuiu para o desenvolvimento social e económico do concelho.” 

- No Núcleo Museológico se encontram  expostas “diversas ferramentas e objetos tradicionais relacionados quer com a atividade dos Cabouqueiros, quer com a dos Carpinteiros”

- “É da maior relevância manter esse espólio conservado, sendo esse um dos objetivos do protocolo.” 

- “É de e realçar que o turismo vive um período de profunda transformação, mais do que sítios diferentes ou oportunidades de descanso, as pessoas viajam cada vez mais à procura de novas experiências, novas vivências, onde a conservação dos recursos naturais, o conhecimento da cultura local e o desenvolvimento sustentável dos destinos ocupam um lugar relevante. A recuperação e perpetuação de tradições e memórias constitui assim, uma experiência diferenciadora. 

O protocolo de cedência do Núcleo Museológico dos Fomos da Cal do Casal de Santo Amaro, entre o Município de Penacova e o Grupo Recreativo do Casal tem por objeto,  “a cedência, da utilização das instalações, equipamentos, espólio e zona envolvente do Núcleo”, com o  objetivo de “proporcionar, dinamizar e divulgar a história da produção de cal no Concelho de Penacova, bem como educar e sensibilizar para as questões de sustentabilidade ambiental, económica e social”, pelo  prazo de “cinco anos, com inicio na data da sua assinatura, sendo automaticamente renovado por iguais períodos desde que nenhuma das partes o denuncie por escrito com a antecedência mínima de 30 dias.”

É dever da Câmara Municipal,  “ceder a utilização das instalações, equipamentos espólio e zona envolvente a titulo gratuito ao segundo outorgante; colaborar na dinamização e divulgação do espaço e atividades exercidas, nomeadamente proporcionando visitas ao espaço e realizar as obras necessárias à conservação e manutenção”, sendo igualmente dever do Grupo Recreativo do Casal, “usufruir de todas as instalações, equipamentos, espólio e zona envolvente para o estabelecido na cláusula primeira do presente protocolo; zelar pela integridade das instalações, equipamentos e espólio; não ceder a terceiros a utilização das instalações, equipamentos e espólio; promover e/ou colaborar nas visitas de âmbito turístico e escolar que possam vir a realizar-se; efetuar a limpeza do espaço; proceder às obras que sejam necessárias para o exercício da atividade pretendida, mediante comunicação e autorização prévia do primeiro outorgante.”

Fonte:

http://www.cm-penacova.pt/pt/pages/minutascmp2017


27 junho, 2025

Moinhos portugueses na emissão filatélica de 1971

 


Emissão “Moinhos Portugueses” (1971)

Foram emitidos 10 milhões de selos de $20 castanho-cinzento, castanho e preto, 10 milhões de selos de $50 azul castanho e preto, 10 milhões de selos de 1$00 cinzento castanho e preto, 3 milhões de selos de 2$00 rosa-lilás castanho e preto, 1 milhão de selos de 3$30  castanho-amarelo castanho e preto, e 1milhão de selos de 5$00 verde castanho e preto. Desenhos do pintor Candido Costa Pinto, representando os típicos moinhos - Serrano, do Litoral Beirão,Saloio da Estremadura, de São Miguel (Açores), de Porto Santo (Madeira), do Pico (Açores). Postos em circulação a 24 de Fevereiro de 1971.


MOINHOS 

Engenhos estudados para por em movimento duas pedras (mós), de forma a que entre elas se consiga esmagar (moer) os cereais transformando-os em farinha. Os primeiros foram pequenos moinhos a braços depois ampliados para aproveitamento da força do homem (principalmente escravos e condenados), e mais tarde da força de animais. 

Quando Constantino aboliu a escravidão, apareceram os moinhos-de-água (azenhas), primeiro grande passo para o aproveitamento das forças naturais. São igualmente muito antigos os moinhos-de-vento, que deram entrada na Península Ibérica com as Cruzadas, no Século XI. 

Em 1157 uma doação régia entrega a D. Gualdim Pais “Mestre Absoluto da Ordem do Templo” oito moinhos na ribeira de Alviela, declarando-se que metade do seu rendimento seria propriedade da coroa. No Século XVI existiam em Lisboa 264 atafonas (pequenos moinhos movidos pela força humana ou animal, e azenhas) e nos termos da cidade 300 moinhos. 

O moinho de vento tem a particularidade de captar a energia do vento por meio de velas (de lona na Península e de madeira nos Açores e Norte da Europa) que transmitem o movimento a um eixo ligado à engrenagem que põe em andamento as mós. Com a principal finalidade de proteger e estudar os moinhos, existe em Portugal a “Associação Portuguesa de Amigos dos Moinhos”.

FONTE: Carlos Kullberg  | Selos de Portugal - Álbum IV (1971 / 1978) | Edições Húmus Ldª |  2ª edição (Jan. 2006 


Concelho de Penacova


O Concelho de Penacova possui actualmente um dos maiores núcleos molinológicos do país, encontrando-se espalhados pelos Lugares da Atalhada, Aveleira e Roxo, Gavinhos, Paradela de Lorvão e Portela da Oliveira, 19 moinhos de vento em atividade ou em condições de funcionar, bem como 18 azenhas instaladas nos cursos do Mondego e do Alva e nas muitas ribeiras que correm no concelho.
Fonte: http://www.cm-penacova.pt/pt/pages/moinhoseazenhas