02 setembro, 2024
01 setembro, 2024
𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: E a fantasia apareceu…
Ao terceiro dia de Festa
Aconteceu magia
Em dia dedicado às Crianças
Logo no meu Fundo da Vila
… Que, assim, rejuvenesceu!
SaltaRico em ação tarde fora
À volta do Mirante
Local estonteante
Das gerações dos Meninos do Cruzeiro
Não no pobre d’outrora
Mas no remediado d’agora
Como as Crianças merecem
Eram centenas as que desciam
Encavalitadas às costas
Ao colo, a pé, de carrinho de bebé
Ou de Tuc Tuc, eléctrico, pois é
Vinham com os Avós, os Pais ou os Tios
E distribuíam-se pelas “praias” dos Eventos
Aos rodopios
Havia Palhaços às Bandas
O Kid’s Corner
Teatro Infantil cheio de sentido
Escorregas e outras “bodegas” de brincar
Frutas de tocar
Ateliers de pinturas e de maquilhagens
E de Dança
Estivemos todos a dar mais sentido à vida
Fazendo-o em face das Crianças divertidas
Como o girassol a seguir a luz e a sorrir feliz
Ah
Realçar o Laboratório de Livros
E o Ficão Comigo
Que, para além da diversão
Formam gente para a Nação
Estivemos todos a dar mais sentido à Vida
Que é o que se deve fazer
Em face de uma Criança divertida
… Como faz o Girassol a seguir a luz!
Luís Pais Amante
Casa Azul
Num dia de Alegria no Fundo da Vila
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NOTA DA REDAÇÃO: Hoje decorreu o festival infantil Saltarico no Mirante Emídio da Silva, em Penacova. O Saltarico constou de música, teatro, dança, palhaços, mascotes, insufláveis, animais para adoção, exibição da GNR, showcooking, pinturas faciais, ateliê de pinturas, laboratórios de dança e de livros, etc. O espetáculo de encerramento contou com presença da famosa dupla de palhaços “Batatinha & Companhia”, do programa da TVI “Batatoon”.25 agosto, 2024
𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: A igualdade de género, blá, blá, blá
Andam por aí grandes discussões sobre o género -muitas com objectivos bem definidos- mas eu não quero alimentar essa fogueira, até porque não tenho habilitação para tanto.
Mas sei,
Que a igualdade de género “implica que os interesses, as necessidades e as prioridades das mulheres e dos homens são tidos em consideração, reconhecendo assim a diversidade”.
A ampliação da cidadania das mulheres só se torna, ainda hoje, necessária por que, até aqui, foram os homens que dominaram tudo quanto havia para dominar e não querem parar este estatuto de pseudo supremacia.
Enfrentar preconceitos, estereótipos, buscar uma cidadania activa para todos, só se faz, infelizmente, questionando as práticas na política, na gestão e na vida em sociedade.
Para além de ser um direito humano básico, a igualdade entre os sexos tem sido considerada um dos pilares para a construção de uma Sociedade Livre. E é só esse o caminho certo a seguir!
Indubitavelmente é mesmo a igualdade que todos devem querer -e ter- independentemente do sexo com que nascem.
Daí a preocupação de (já em 1948), na Declaração Universal dos Direitos Humanos, se ter integrado a igualdade de género no direito internacional dos direitos humanos.
O Objectivo 5: Igualdade de Género, das Nações Unidas é ”… acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas, em toda a parte …”.
Ora, aqui chegados, colocam-se questões pertinentes relativamente ao facto de, no nosso País -que se apregoa de moderno e civilizado, sendo, todavia “um atraso de vida” absoluto- passados 50 anos de vida democrática, não se ter tido, ainda, a sorte de ter Responsáveis à altura de promoverem essa urgente transformação.
Os Partidos Políticos até inventaram um regime de quotas para ser utilizada nas suas vivências internas e nas suas representações externas, invenção essa que é vergonhosamente violada todos os dias, quiçá com a cumplicidade de muitas mulheres (com m pequeno) que gostam da exclusividade, na proximidade aos chefes e aos cargos, qual “guarda pretoriana”.
Como é sabido, as nossas mulheres e meninas, em 2022, já tinham ultrapassado a metade da população, atingindo os 5.459.000 (que é como quem diz, 52,3%)!
Em 2021, nos empregos, as mulheres representavam quase 50%, já eram mais qualificadas, já ocupavam mais cargos de especialistas (60%) mas ainda tinham contratos mais precários e 17,2% de diferença salarial negativa. O assédio moral quase só se perpetua contra elas.
Há poucos dias dirigiu-se a Paris uma Comitiva de Atletas Olímpicos Portugueses onde a representação maior era do sexo feminino.
Como já afirmou Sara Falcão Casaca, Investigadora do ISEG: “nem as qualificações protegem as mulheres” e eu próprio, na minha actividade profissional verifico isso mesmo, diariamente.
Tenho dito ao longo da minha vida (já longa) que os exemplos devem vir, sempre, de cima!
E entristece-me mesmo muito que, na nossa Assembleia da República, a partir dos resultados das últimas Eleições Legislativas, tenha baixado (drasticamente) o número de Deputadas, pela surdina; … retrocederam-se, assim, quase 10 anos, na matéria.
E mais ainda quando percebi que os homens todos unidos naquele “quase circo”, só se tinham indigitado a eles próprios (numa coligação machista e estranhíssima que vai constar dos anais do Parlamento) para essa coisa que nada faz, nem nada vale, chamada de Conselho de Estado, concebido na época medieval à medida dos arautos do género masculino e do exibicionismo.
!… É mesmo necessário que as Mulheres deste País (com M grande) se unam e se defendam …!
Tal como dizia (já em 1998, in Feminismo and Citizenship) Rian Voet: “…as mulheres devem defender os seus interesses … e devem desejar falar com voz de autoridade e perceber-se a si próprias como estando “dentro” e não “fora”…!
Ao mesmo tempo que uma grande amiga minha, Anália Torres, Directora do CIEG - Centro Interdisciplinar de Estudos de Género, acabada de se jubilar (a nossa expert nesta matéria, que tem dedicado a vida toda a estas questões e que alertou para estes recuos “backlash”) nos diz que: “…a consciência da desigualdade leva algum tempo a conquistar…”!
E eu penso que, agora, está mesmo na hora!



