24 abril, 2024

"Um menino chamado Zeca": Coro Vox et Communio assinala o 25 de Abril

Hoje, dia 24, e no dia 26 (sexta), o Coro Vox et Communio irá apresentar o seu
espectáculo “Um menino chamado Zeca” baseado no livro infantil de José Jorge Letria - informa-nos Maria da Graça Antunes, Presidente da direção deste Coro.

Os concertos, marcados para as 21:30h, terão lugar na Casa do Povo de São Pedro de Alva e no Auditório Municipal de Penacova, respectivamente.



A partir da narração dos textos do livro, os concertos pretendem celebrar os 50 anos do 25 de Abril revivendo, através dos textos e da música, a vida e obra de Zeca Afonso. 

O espectáculo unirá em palco as vozes do Vox et Communio e dos coros infantis e juvenis da Escola de Artes de Penacova (EAP), o ensemble de guitarras, ensemble juvenil e grupo de dança da EAP. 

Contará, ainda, com a participação de vários artistas naturais do concelho de Penacova: Sandra Henriques (narração), Maria da Graça Antunes (canto), Carolina Duarte (canto), Eduardo Henriques (violino), João Martinho (viola de fado) e João Alves (guitarra portuguesa), que se juntam num momento performativo evocativo das sonoridades de Abril. 

Os concertos são de entrada livre.

Ciclo de Concertos Divo Canto

No dia 20 de Abril, pelas 21h30, no Centro Cultural de Penacova viveu-se mais uma noite cultural com o Coral Divo Canto que se exibiu juntamente com os grupos convidados, Coral das Caldas da Rainha e o Chorale Crèche n’Do de França.

No dia seguinte, pelas 18h, no Mosteiro de Lorvão teve lugar o Concerto de Aniversário. O Coral Divo Canto e o Chorale Crèche n’Do voltaram a unir-se para uma actuação de alto nível artístico e cultural.







O Coral Divo Canto é um coro misto amador, constituído por cerca de 40
elementos. A actividade do grupo iniciou-se a 2 de Abril de 2003. Então designado Coro Poliphonico da Casa do Povo de Penacova, apresentou-se pela primeira vez em público no dia 24 de Abril de 2004. Desde 2009 que é dirigido pelo Maestro Pedro André Rodrigues.

O grupo conta com um repertório de que fazem parte composições clássicas,
contemporâneas, tradicionais portuguesas, sacras e profanas.

Já percorreu Portugal de Norte a Sul e primeira experiência internacional ocorreu em 2012 com a deslocação a Ponteareas, Espanha. Desde então participa regularmente em concertos no país vizinho. 

Em outubro de 2013 gravou um DVD ao vivo e no ano seguinte apresentou a ópera “Orfeo ed Euridice” de C.W. Gluck.

Em 2017 organizou o I Encontro Solidário de Penacova no qual participaram a grande maioria dos grupos corais paroquiais do concelho e o I Festival da Canção Divo Canto de Penacova.

Tem desenvolvido um importante trabalho de sensibilização para a música coral, realizando frequentemente concertos em diferentes freguesias deste concelho. Organiza anualmente o Concerto de Aniversário, o Encontro de Coros de Penacova e um Concerto de Natal com grupos nacionais e estrangeiros.

A Associação Cultural DIVO CANTO - que alberga o Coral Divo Canto - surge a Janeiro de 2015 tendo como finalidade o ensino e promoção de todo o tipo de artes, principalmente a música na vertente coral,  bem como o enriquecimento cultural do Concelho de Penacova em geral . 

É a Associação  que "tem feito um trabalho importante na música coral no nosso concelho, levando o nome de Penacova por todo o país e além fronteiras". Pretende, numa palavra, "construir um caminho sólido na promoção e enriquecimento da nossa cultura"- refere o site da mesma.

Destacam-se os Encontros Corais de Penacova, sobretudo os Internacionais e também o Encontro de Coros Solidário que uniu os grupos corais litúrgicos e a comunidade penacovense em geral. 


20 abril, 2024

Poetas penacovenses [14]: Cheirava a Abril


C h e i r a v a   a   A b r i l

Luís Pais Amante

 

Podia ter sido em Março, em Maio, quiçá em Junho

O momento para rebentar a pólvora junta no barril

Mas foi em Abril…

Abril era o mês sem tempo, sem ar cinzento, primaveril

No ano andámos no pressentimento preso na mudança

Em Março não deu p’ra ser

Se calhar deu-se com a língua no dente

Talvez o entusiasmo se tenha congelado

O Soldado ficado atrapalhado

Ou o Major, descoordenado

Certo é que não deu pra “construir” Revolução

Então, nessas horas de esperança


Começara 1974

Na Faculdade demos corda ao sapato

Uns chevrolet’s foram postos a arder

Uns vidros foram partidos a derreter

Uns tropeções ocorreram sem saber

Umas corridas valentes aos “gorilas”

E uma crença grande num amanhecer

Diferente


Podia ter sido muito antes de ter sido

A junção de uma quase toda Nação

Para nos dar carácter e legitimação

Mas foi em Abril…

Abril 25 em dia, antecipou Maio em 1

O Militar pôs-se ao lado do Trabalhador

Os rios passaram a correr em Liberdade

Dos céus vieram sons de Fraternidade

E nós, na Universidade, Estudantes

Começámos a sonhar

E, com ingenuidade, a equacionar

Vai haver oportunidades em Igualdade?


Apesar de espalhado o cheiro em Cravo

Sadio e bom, fresco em frisson, desde lá

Ainda não se conseguiu dar Igualdade cá

Sequer democrática, pá

E isso não pode deixar de nos fazer pensar

Porque, em boa verdade

Sem Igualdade básica, Democracia não há

Minha Gente!


Luís Pais Amante | Casa Azul

Memórias: Recordando o Dia 25, as cumplicidades e os sonhos…