08 fevereiro, 2024

Penacova um olhar 1921: características, anseios, necessidades (I)


Com o título “Monografia” e assinado por Bernardino Pereira, o Jornal de Penacova publicou em 1921 um artigo / crónica que nos transpõe para tempos que já levam a marca de um século e nos dão uma imagem, nalguns aspectos curiosa, do nosso concelho no primeiro quartel do século XX.

À época, Penacova enquadrava-se no conjunto dos concelhos de 2ª ordem e das comarcas de 2ª classe, agregando, em termos judiciais, o “novo” concelho de Vila Nova de Poiares. O concelho de Penacova, estendendo-se por uma área de 193 Km2 era formado por 11 freguesias: “Nossa Senhora da Assunção” (sede), Lorvão, Sazes de Lorvão, Carvalho, Travanca, S. Pedro de Alva, Oliveira do Mondego, “S. Paio de S. Pedro de Alva”, Paradela e Friúmes. Confrontava, tal como hoje, com Santa Comba Dão, Tábua, Arganil, Vila Nova de Poiares, Coimbra, Mealhada e Mortágua, concelhos com quem estabelecia “relações sociais e comerciais, transmitindo e recebendo influência psíquica regional, reciprocidade de novos sentimentos e costumes.”

A sede do concelho, com mais de 900 fogos, teria, em termos “redondos”, 4 000 habitantes. A Vila possuía “edifícios alegres, bem caiados e devidamente alinhados.” 

As artérias principais eram a Avenida 5 de Outubro, a Rua Conselheiro Fernando de Melo e a rua Dr. Joaquim Correia”. É referido também o Largo Alberto Leitão. Relativamente aos edifícios públicos merece destaque “o novo edifício Escola Maria Máxima, do legado do benemérito António Maria dos Santos”. Acrescenta o cronista que “dizem que vai possuir também um hospital”. Por sua vez os Paços do Concelho são considerados “sofríveis”.

Vejamos a apreciação feita sobre as estruturas turísticas: “tem dois hotéis, insuficientes para conter com as devidas comodidades, os seus hóspedes no Verão; nesta época os forasteiros são aos milhares, que aqui vêm veranear e repousar. Vêm de Coimbra, Figueira da Foz, Lisboa e outras terras de Portugal e do Estrangeiro.”

Sobre as actividades económicas é referido o seguinte quanto à agricultura: “O terreno não pode ser considerado como o mais fértil – refere Bernardino Pereira – mas está longe de ser estéril”: tem muitos terrenos regados pelos rios, veigas entre pinhais, em estreitos vales, nas encostas e nos planaltos dos seus montes, “alimentando cerca de 6 000 famílias, isto é, perto de 20 000 dos seus habitantes. Em “géneros alimentícios não é muito abundante” pelo que “tem de importar milho, trigo, vinho, batata, feijão“ e outros produtos.

Pelo contrário, em termos de comércio, exportava “palitos em grande quantidade, cal parda, madeiras, lenha e telha.”

Num registo, de algum modo “romântico”, o cronista salienta que o concelho de Penacova “exporta para o Brasil e para outras partes, braços de camponeses robustos e morigerados”; exporta também “música, flores e seus perfumes”, pelos seus “admiradores e forasteiros envia a saúde do corpo e principalmente do espírito”, bem como “o retemperamento das forças perdidas, com ares salubérrimos das proximidades do Bussaco e com uma relativa economia.”

Enaltecendo as personalidades ilustres do concelho, sublinha B. Pereira que “desta terra abençoada têm saído lentes e sábios notabilíssimos e oradores dos mais distintos.”

“Quem não conhece o grande orador Alves Mendes, quem se não verga respeitoso e submisso perante esse vulto eminente da República, nobre e sublime, muito grande para um país tão pequeno; quem não rende as devidas homenagens ao maior vulto que tudo sacrifica ao bem da Pátria – o nosso venerando Chefe de Estado?”


(Continua)

28 janeiro, 2024

Encontro com a escritora Elisabete Pinho na Biblioteca Municipal



A escritora Elisabete Pinho esteve ontem na Biblioteca Municipal de Penacova. Além da especial referência ao seu mais recente romance, inspirado no antigo Hotel Palacete do Mondego, outrora Preventório, a autora falou também da sua experiência literária e do processo criativo.

O apontamento cultural contou com a presença da vice-presidente da Câmara Municipal de Penacova, Magda Rodrigues, que saudou a escritora e a felicitou pela sua já significativa obra.

Lamentando não ser possível no próprio hotel, Elisabete Pinho agradeceu a receptividade para ser apresentado na Biblioteca e confessou que alimentara o sonho, “o desejo secreto de poder apresentar o livro no local onde ele nasceu”.

Falando da sua trajectória literária, referiu que decidira “começar a escrever textos sem qualquer pretensão”, passando apenas para a escrita “aquilo que lhe ia na alma”. Entretanto um colega, poeta e escritor, lançou-lhe o desafiou para escrever algo mais estruturado. Depois de ler e “sem ela saber” enviou o original para algumas editoras, tendo, passado algum tempo, surgido o interesse em publicarem. “Assim em 2017 surge o primeiro livro, depois o segundo e o terceiro. Foi este 3º livro que realmente “fez pensar mesmo: é isto que quero começar a fazer!” O concurso para autores, que venceu, num universo de cerca de 250 trabalhos, foi, sem dúvida, um estímulo importante.

Sobre o mais recente trabalho O Pêndulo e a sua relação com o nosso concelho, Elisabete Pinho explicou como este romance nascera precisamente aqui em Penacova: “Encantei-me por este concelho quando vim aqui fazer uma visita há alguns anos. Estava na moda tirar fotos a locais abandonados e que tivessem a fama de assombrados”. Contou que ao pesquisar na Internet lhe tinha aparecido o Hotel Palacete do Mondego no Monte da Senhora da Guia, que antes tinha sido um Preventório. Além das fotos e das espreitadelas que deu àquele espaço abandonado, ficou encantada com “a vista fantástica sobre o Mondego” e por ela se “apaixonou”.

O impacto de tudo isto foi decisivo: “A partir daquele momento não me saía da cabeça a pergunta: como é que alguém abandona um local como este? Quem no seu juízo perfeito abandona assim um hotel destes, tão bonito, num sítio tão bonito? “

“E tudo começou a fazer sentido” – sublinhou - “ Não estava à procura de escrever nenhum livro mas o que é certo é que comecei logo a imaginar que aquele palco, aqueles corredores do refeitório, podiam ter sido palco de uma história de amor e de um drama familiar...”

Quem é Elisabete Pinho?



Podemos ler na badana de O Pêndulo: “Nasceu a 28 de abril de 1975, em Ovar. É licenciada em Direito. Estreou-se na literatura com Se houver uma próxima vez, em 2018, ao qual se seguiu A ampulheta, em 2019. Participou em diversas coletâneas e Antologias de Poesia. Em 2020, alcança o 2° lugar no XXI Concurso Literário Dr. João Isabel, com o poema “Escrito a Dois”. No mesmo ano, vence o 1° Concurso de Ficção Nacional Cordel d' Prata, com o romance Depois do Fim, galardoado também com o troféu Melhor Romance 2021, na 3ª Gala de Autores Cordel d' Prata. O Pêndulo é o seu quarto livro.“


Sinopse


Vejamos o texto da contracapa: “Quando Joaquina cai inanimada nas Festas de São Caetano, na aldeia de Telhado, as três pessoas que lhe são mais próximas não imaginam o que as espera. Joaquina deixou cinco envelopes para serem abertos após a leitura do seu testamento. Que segredos contarão? Porque não os revelou em vida? Artur, o seu afilhado, é um dos destinatários e a pessoa escolhida para entregar os restantes. Alice, a sua única filha, irá ter outras surpresas além de não ser a única herdeira. Violeta, a protegida de Joaquina, parece ser quem mais sabe e quem mais segredos guarda. Os outros dois destinatários envoltos em mistério. À medida que a verdade é revelada, Artur terá de escolher entre manter-se leal à sua madrinha ou poupar as pessoas que mais ama. Alice sentir-se-á um peão num jogo perverso. Violeta será consumida pela culpa. Todos irão descobrir que nenhum segredo deve impedir-nos de viver.”

***

E a tal pergunta teima em ressoar, também na nossa mente: “Quem no seu juízo perfeito abandona assim um hotel destes, tão bonito, num sítio tão bonito?”




Captura de écran em 28.1.2024

27 janeiro, 2024

[Muito] mais do que a apresentação de um livro...

 

"Um dia espectacular a celebrar a Liberdade. Foi realmente muito lindo. Parabéns Dr. Luis Amante pelo seu aniversário e pelo seu novo trabalho." 

TESTEMUNHO DE UM PARTICIPANTE publicado numa rede social 

                                                           

O lançamento do livro de Luís Pais Amante A Liberdade Actual,  no Centro Cultural de Penacova,  foi muito mais do que o clássico formato de apresentação de uma obra literária. A tarde do dia 20 de Janeiro afirmou-se como momento intenso de convívio, celebração, cultura, amizade. O auditório encheu, os aplausos e as vozes dos grupos corais inundaram igualmente o espaço. "E foi bonita a festa".

O evento contou com a presença do Presidente da Câmara,  Álvaro Coimbra. No uso da palavra e na abertura do programa (que havia principiado com um vídeo de apresentação e a interpretação do poema "A Quelha" na voz de Pedro André Rodrigues) enalteceu a importância dos livros e da leitura nos tempos actuais e dirigiu a Luís Amante palavras de apreço pela sua relevante obra escrita e pela sua dedicação a Penacova. Também David Almeida, autor do prefácio, dirigiu breves palavras de agradecimento ao Autor, felicitando-o, não só pela sua obra literária, mas igualmente pela celebração do seu 70º aniversário natalício. Uma tarde "sob o signo da 12ª letra do alfabeto: L de Luís, L de Literatura / Livros, L de Liberdade!”- observou.

Tratando-se de uma homenagem mais abrangente, extensiva a outros títulos assinados pelo Autor, houve lugar à evocação de alguns dos seus mais “emblemáticos” poemas. Humberto Matias, musicólogo e pintor, declamou “O Meu Sonho Azul” e “ O Sem Abrigo Cem”. Por sua vez os grupos corais Vox et Communio e Divo Canto interpretaram “Liberdade” (in A Liberdade Actual) e “Confissões” (in Conexões). Ricardo Coelho e Joana Soares declamaram os poemas “Eu também sou fã do Divo Canto” e “Vox Adrenalina” publicados noutros livros de Luís Amante.

Os Maestros Rodrigo Carvalho e Pedro André Rodrigues dirigiram também breves palavras ao Autor. Rodrigo Carvalho  agradeceu todo o “afecto” com que em qualquer circunstância, Luís Amante, “exemplo para todos os penacovenses”, recebe, acolhe e apoia o grupo que musicalmente dirige. Pedro Rodrigues destacou a “relação de mais de uma década” em que “os laços têm sido cada vez mais fortes”. Grato pelo “apoio constante”, afirmou ser uma honra tê-lo como amigo e sócio honorário do grupo.

O Livro e o Autor foram magistralmente apresentados por Ana Marques Lito. Na sua intervenção (ver AQUI), sublinhou que “a mensagem da obra reflete um grito, um alerta à Liberdade individual e coletiva, à dignidade, à importância da atitude vigilante face ao modo como vivemos quase sem escolha”, traduzindo, no fundo, a “alma sensível e cuidadosa que define o autor.” Autor que revela um “espírito intrinsecamente genuíno, sem disfarces, frontal”, reflectido nas diferentes áreas do seu percurso de vida, um “estilo relacional épico e apaixonado pelas pessoas e pelas causas profundas e verdadeiras como a liberdade, a igualdade e a justiça.”

Evocando autores como Freud e Sartre, Ana Marques Lito salientou igualmente que “o autor - não sendo psicanalista - recolhe do seu espaço psíquico íntimo, recordações que o presente pode evocar, que ajuda o leitor a libertar as tensões da mente.” Ou ainda: ”Encerrado em si, em diálogo com o mundo interno povoado de recordações e de vivências que o acompanham intimamente, ausente de qualquer interação, engendra a existência humana condenada à liberdade, porque não pode renunciar quem é.”

O autor “assume-se e, é um homem livre, apaixonado pelas coisas simples da vida, pelos costumes das suas origens”, mas também aberto “ao novo e ao original” [...] “comprometido com a cultura beirã da sua terra natal, penacovense de gema, como sujeito desejante, leader por natureza, preocupa-se com o bem-estar das pessoas e interiorizou a responsabilidade social da importância da função pedagógica da arte poética, cujo dom nasceu com ele.“ - afirmou igualmente.

As “tonalidades e formas caleidoscópicas da sua escrita transformam-se em poesia, opinião e prosa, que espelham o seu ser intuitivo, buscando-se noutros horizontes... e até na transcendência.” Noutro passo referiu a apresentadora: “a partir dos títulos dos livros já publicados apreende-se o lugar de observador/testemunha e protagonista da co-construção de realidades alternativas do mundo paradoxalmente mais livre, estreito e fechado que nos submete a escravaturas.”

Ana Marques Lito, já na parte final da sua intervenção, reconheceu que toda esta “interpretação e transformação em poesia, opiniões e devaneios […] levando ao rubro a sua ironia sincera”, reflecte “coerência na condição humana, realizando conexões entre a luz, as sombras e as trevas, entre a clareza e a incerteza, a amálgama e a complexidade das circunstâncias da vida dos nossos tempos.”

Na breve alocução que fez, Luís Pais Amante começou por agradecer a presença do Presidente da Câmara, que também detém o Pelouro da Cultura, e estendeu o seu reconhecimento aos Vereadores da Cultura nos executivos anteriores. Realçou igualmente a grande qualidade dos dois grupos corais que são motivo de orgulho para Penacova. Na pessoa da sua professora de Filosofia no Liceu, Isabel Jardim, saudou e agradeceu a presença de todos os amigos, desde os mais recentes aos “amigos de uma vida inteira”. Lembrou o trabalho social de muitos jovens penacovenses da sua geração, que incentivados por aquela sua mestra, e no contexto do “Grupo Joaninha”, se dedicavam a orientar o estudo das crianças da escola e a dar-lhes um lanche no salão paroquial quando regressavam da Escola. “É nesta Penacova Solidária que me revejo!” - frisou Luís Amante.

Um pouco antes de (re)citar o poema, com que terminou, “Como gostar da nossa terra?”, escrito na Casa Azul a 5 de Junho de 2022, Luís Amante vincou que “as pessoas não têm amigos por ter, as pessoas não são importantes por ser; é preciso trabalhar muito para que a Amizade aconteça; muito mais para que permaneça. E não é preciso trabalhar nada para se ser importante porque a importância é dada pela percepção que os outros têm de nós…”.



Como “gostar” da nossa terra?

(in A Liberdade Actual, pág.34)

Antes de mais é
Trabalhando em prol dela
Penacova
(Toda ela)
Sem retirar disso “sequela”
Acarinhando-a
Divulgando-a
Cantando-a
Pintando-a
Poetando-a
!… Não deixando que se vão as suas tradições …!
Devotando-lhe sempre os melhores dos corações
Como se fossem “associações de bem fazer”
Que não só “quintas” para auto-promover
Depois
Investindo no desenvolvimento dela
Donzela, bela
Das suas boas gentes
Da sua geração mais nova, genuína
Olhando crítico para ela, qual rainha
Construtivamente
Articulando-se com os interesses dela
Sabiamente
Elevando-a
Representando-a
Agendando-a como aluna bem distinta
Nos eventos que nos surgem à janela
Por vezes só com com os cheiros da panela
E finalmente
Não “não rapar, nem comer, nem sugar” o que está à volta dela
Nem “à conta” do que tudo ela tem
Porque, mais tarde ou mais cedo
Será ela, qual beleza ancestral
Em movimento sincopado natural
Que dará um murro na mesa
E fará com que os “artistas”
… tropecem e caiam do pedestal!



O convívio, a festa- foi disso que se tratou afinal – terminou com a presença dos dois coros em palco  interpretando em uníssono Canções Heróicas de Lopes Graça e cantando os Parabéns ao autor (que no dia 15 havia completado 70 anos de vida), ali rodeado de todos os netos - André, Madalena,Martim, Maria Teresa, Margarida e Maria do Carmo - a quem é dedicado o livro.  

A findar esta tarde em que, nas palavras de Ana Paula Campos, coordenadora do evento, “se celebrou a vida de alguém de bem”, foi servida uma fatia de bolo de aniversário e uma taça de champanhe a todos os presentes.




Testemunhos de participantes
 recolhidos nas redes sociais:

Uma viagem que se tornou num lindo passeio pois possibilitou conhecer uma terra maravilhosa e ter a possibilidade de participar num lindo evento, o lançamento do livro de um um velho Amigo, amigo de um coração sem tamanho, igual a sua obra. Bem haja Dr. Amante!

Os meus parabéns por continuar a colocar no papel histórias e memórias suas e das gentes da sua terra contadas através dos seus belos poemas que ficaram na memória de quem os lê para sempre…E essa sim, é uma bela forma de deixar um legado rico de cultura aos seus.

Um dia muito bom a celebrar a Liberdade.

Um dia espectacular a celebrar a Liberdade. Foi realmente muito lindo. Parabéns Dr. Luís Amante pelo seu aniversário e pelo seu novo trabalho.

Um dia magnifico. Mais uma grande jóia do nosso poeta amigo Luís Pais Amante.

Foi um evento memorável, amei.

Simplesmente maravilhoso.

Aquele grupo de amigos enorme, aquela família bonita e a paixão por Penacova, falou mais alto. Gostei, foi muito bom estar ao pé de gente boa. Vim de coração cheio e acredito com mais força que ainda há muita gente boa neste mundo.

Foram momentos únicos vividos com uma emoção (que a todos tocou) numa festa de CULTURA, de FAMÍLIA, de AMIZADE … E AMOR!

Permitam-me, felicitar, todos aqueles que organizaram, contribuíram e participaram neste evento que contribuiu para Elevar a Cultura de Penacova e valorizar a Identidade Penacovense.

Admiração pelo seu caráter e determinação, cuja liberdade de pensamento lhe permite exprimir o que sente sem qualquer receio.

Na vida não somos nada sem o apoio incondicional da família e dos amigos leais, verdadeiros que estão sempre connosco ao longo da vida. Na vida podemos “ter tudo” mas não “somos nada” sem laços seguros. Não existe cultura sem afectos.

Foi dia de honrar o amigo Luís Pais Amante, ilustre advogado, humanista, escritor e poeta… “amante” da vida e da sua Penacova onde a Casa Azul é ninho de amor a uma família linda e onde a inspiração lhe brota como a água do Mondego que a seus pés corre…

A matinée de apresentação do seu mais recente livro A Liberdade Actual foi uma carinhosa manifestação de puros afetos por parte de conterrâneos, amigos e da sua querida Ana, que ao estilo de apresentação do autor fez mais do que uma declaração de amor.

Foi uma tarde excelente que me ficou no coração. Voltei atrás muitos anos e fiquei feliz por ter voltado.

A [justa] homenagem que tantos quiseram prestar-te, não só como escritor, como Homem, mas também pelos teus 70 anos e pelo teu percurso como advogado.

O valor de alguém não se mede com aplausos, mas sim pela obra e dedicação à família, o amor à terra e ao mundo; é nesta construção de raízes que este Homem se tem debruçado para deixar o seu legado em actos assertivos e de beneficência.


Mais algumas imagens do evento 
(créditos fotográficos: Óscar Trindade, Ana Ferreira, David Almeida)