23 agosto, 2018

História da Casa do Povo de S. Pedro de Alva é o tema de novo livro de Alfredo Fonseca

No dia 15 de Julho teve lugar a apresentação de mais um livro de Alfredo Santos Fonseca. É o oitavo título que publica, desta vez sobre a Casa do Povo de S. Pedro de Alva. Recordemos os sete volumes anteriores: Memórias do Sofrimento na Guerra de Moçambique (2001); Pegadas dos meus Pés (2006) ; A História do Batalhão de Artilharia 1885 (2010) ; Farinha Podre- S. Pedro de Alva (2011) ; Os Sãopedralvenses da Diáspora (2012); Divagação sobre a Génese das Nossas Gentes (2015) e Memórias Imperfeitas de um Ex-autarca (2016). 
A partir das Actas existentes desde 1939, ano em que nasceu a Casa do Povo, e de outras fontes escritas e orais o autor procurou, segundo as suas palavras "agregar areias (entenda-se palavras), algumas bem pequeninas e de pouca importância", na convicção de que "algum dia estas agregações poderão ser úteis a quem desejar edificar com mestria" a história da Casa do Povo de S. Pedro de Alva. O livro é também ilustrado - e assim, enriquecido - com um número bastante significativo de fotografias que retratam pessoas e factos que ao longo dos anos marcaram a vida desta Instituição.
A Comarca de Arganil, jornal sempre atento às dinâmicas das nossas terras, noticiou, pela mão do dedicado jornalista José Carlos Vasconcelos, o lançamento deste livro.



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17 janeiro, 2018

Cartas brasileiras: a milagrosa imagem de Nossa Senhora da Moita (Gondelim)



Sabia eu do que contam, história ou lenda, mas, até então, não havia encontrado registro. Por sorte, ou o que mais possa ser, encontrei relatos em um livro publicado em 1712. 

Os princípios e origem desta Santa Imagem são mais por tradições do que por escrituras, são dos “ tempos imemoriais”, não se sabe o tempo do aparecimento. 

Contam, em um vale distante de Gondelim, a um “tiro de mosquete”, perto de uma ribeira que desagua no Mondego, havia uma mata de carvalhos muito fechada, com tojos, urzes, silvas, e outros matos semelhantes. Metida no tronco de um carvalho, encontrou-se a Imagem da Senhora, um sino, e uma campainha. Não se sabe quem foi o venturoso ou os venturosos que encontraram o tesouro, consta apenas que trouxeram a notícia, ou a ouviram de moradores de Gondelim para que fosse buscá-la.

Imagem que se venera em
 Gondelim-Penacova
Por não ter onde guardá-la, a colocaram na casa de algum venturoso Obede-Edom. Porém, dizem, a Senhora deveria gostar mesmo muito do lugar onde estava anteriormente, pois fugiu repetidas vezes para a mesma árvore, ou mata de carvalhos, para aquela tosca concha em que se manifestou. 

Os devotos de Gondelim não querendo mais contrariá-la, resolveram a edificar uma ermida junto ao lugar do seu aparecimento, e a colocaram no altar mor, no meio de um retábulo de madeira dourada, com “asseio assistida, conforme os cabedais, e possibilidades daqueles moradores, com ornamentos, e ornatos necessários para assim se dizer missa”. 

Tem mordomos anuais, que se elegem, e estes são os que festejam a Senhora, o que fazem na primeira Quarta-Feira depois da Páscoa, dia da sua manifestação. Neste dia é muito grande o concurso das romagens e nele concorrem várias procissões, é o dia dos perdões, assim chamam. 

A sagrada Imagem é uma escultura formada em pedra, a altura é pouco mais de dois palmos, tem sobre o braço esquerdo o Menino Deus, com as roupas formadas na mesma pedra; ambas as Imagens pela sua rara perfeição, dizem, só pode ser obra dos Anjos, por não haver entre os homens artífices capazes. 

A Imagem encontra-se sobre uma peanha de madeira dourada, e com umas roupas de seda, e desde que se manifestou nunca foi pintada, está em uma encarnação tão bela, e tão rica, que parece encarnada de poucos dias. 

Tem os enfermos grande fé e devoção na Santíssima Imagem, são inumeráveis os milagres, existindo na ermida muitas memórias oferecidas para perpetuar a lembrança das mercês, sem que os moradores tenham tido o cuidado de fazer os registros. 

Estes, os moradores e devotos, somente se contentam por tê-la por sua singular protetora, sendo a Senhora da Moita, e ela em si, com sua beleza e formosura é um contínuo milagre. 

Santuário Mariano e História das Imagens Milagrosas de Nossa Senhora... (Lisboa,1712)
Tomo IV Livro II Título XCII pg. 645 a 647



30 dezembro, 2017

Votos de Bom Ano 2018


Apesar de, nos últimos tempos, o Penacova Online ter registado menor actividade, contamos, a partir de Janeiro, recuperar o ritmo habitual, naquele que será o Ano Europeu do Património Cultural.

Para todos os leitores deste blogue os nossos melhores votos de um Bom 2018!
David Almeida