24 março, 2012

Mostra Cultural e Associativa hoje e amanhã no Silveirinho

Uma primeira "reportagem" fotográfica desta tarde

Decorre este fim de semana no Silveirinho (S. Pedro de Alva) a "Exposição Associativa e Cultural" que pretende congregar as actividades culturais e associativas das freguesias de S. Pedro de Alva, Travanca e S. Paio. A abertura oficial teve lugar esta tarde, com a presença da Vereadora da Cultura e Associativismo, D. Fernanda Veiga. Esta noite há teatro e standup comedy e amanhã o destaque vai para o Ballet, Danças e actuação da Filarmónica. Mostras das Actividades das diversas Associações, Artesanato, Agricultura/ Pecuária, Pintura, Livros...um programa recheado promovido pela Associação Local,   presidida por Isabel Ribeiro e constituída por uma equipa dinâmica. 

20 março, 2012

IX Capítulo da Confraria da Lampreia de Penacova


PROGRAMA
31 de março de 2012
9H30 - Acolhimento | Auditório da BMP/CC
10H00 - Espumante de Honra | Mirante Emígdio da Silva
11H00 - Desfile das Confrarias | Mirante Emígdio da Silva - Largo de S. João
12H00 - Sessão Solene de Boas Vindas | Auditório da BMP/CC
12H30 - Cerimónia de Entronização de Novos Confrades | Auditório da BMP/CC

13H00 - Assinatura de Protocolo de Geminação com a Confraria Sainte Terre (França)
14H00 - Almoço | Escola Secundária de Penacova
18H00 - Sarau Cultural com a participação do Grupo de Fados Raízes de Coimbra e do Coro Poliphónico da Casa do Povo de Penacova - Coral Divo Canto | Encerramento da Época da Lampreia
Organização: Confraria da Lampreia de Penacova

14 março, 2012

Requiem II

Também hoje o Diário As Beiras publicou um texto do Dr. Paulo Figueiredo cuja tónica se aproxima do artigo publicado há anos atrás e que recordámos no post anterior:

Ao contrário do que sucedeu noutros casos, a esperada notícia não mereceu honras de primeira página, tão só uma fugaz nota de rodapé : o Lorvão vai fechar, de vez.
Esvaído há 4 anos atrás aquando da deslocalização das unidades de tratamento dos doentes em crise psicopatológica, o Lorvão vegetou, ferido na sua identidade como um dos maiores hospitais psiquiátricos portugueses agora remetido a lugar de secundária ordem, sem presente nem futuro. Mas com um passado que atesta a sua dignidade.
Ao longo de cinco décadas, o Hospital Psiquiátrico do Lorvão prestou assistência às populações pobres de uma vasta área geográfica, gente simples que sabia da sua disponibilidade quando os cansaços afogavam a vontade, quando as mãos calejadas deixavam de cavar a esperança. Muitas vezes foi o refúgio, o momento necessário para respirar fundo, o desabafo terapêutico da calmaria de novos (re)equilíbrios capazes de afrontar as dificuldades. Foram muitos os trabalhadores que passaram pelo Lorvão, que ali cresceram pessoal e profissionalmente, nos bons como nos maus momentos, nas alegrias como nas tristezas. Foi o esforço de todos nós que moldou a instituição única que era o Lorvão. Às vezes com uma lágrima escondida, muitas vezes a preocupação levada para casa, inquietamente participámos da vida daqueles Homens e Mulheres, partilhámos os seus desassossegos chorados, as suas vidas magoadas.
Foi com o esforço de todos que, repito, o Lorvão era único, também na sua relação com a comunidade envolvente. Com defeitos e insuficiências, seguramente. E, absolutamente, com notáveis qualidades que a comparação com outros fez brilhar e continuará a evidenciar. Não merecia o maltrato néscio provindo da ignorância, a violenta agressão à sua dignidade, o desrespeito farisaico ao caminho trilhado.

O Lorvão acaba sem uma devida palavra oficial de homenagem. Mas na memória carinhosa de quem por lá passou, técnicos e doentes, será sempre o lugar especial do cenário da construção de quem somos. E disto muito poucas instituições se podem orgulhar.