terça-feira, abril 10, 2012

Chelo recordou e reviveu récita dos anos sessenta

Recordar é viver

A sede do União Popular e Cultural de Chelo foi pequena para acolher as cerca de 260 pessoas que assistiram ao espectáculo “Recordar é viver”.
Há cerca de 40 anos atrás existiam em Chelo dois grupos de teatro amador, um pertencente ao Grémio Recreativo de Chelo e outro ao Chelo Recreativo Clube. Geralmente ensaiavam durante o período da Quaresma e no Sábado antes da Páscoa apresentavam um espetáculo nas suas sedes. Assim à semelhança do que aconteceu, este ano um grupo de pessoas de Chelo organizou um grupo de teatro (GRUTA C). Durante as sete semanas da quaresma ensaiaram algumas récitas e canções executadas pelos seus pais e avós e na noite de 7 de Abril presentearam o público com o espetáculo “Recordar é viver”.
O espectáculo começou com duas marchas, a da entrada e a da saudação com a presença dos 23 elementos do GRUTA C, as canções do “Ardina” com o Sérgio Assunção e “Amor gaiato” com Ana Paula Assunção e Filipe Laranjeira. Continuou a noite com o monólogo “És tu lindo amor”, interpretado pelo Zé Martins. Seguiu-se uma tragédia “O Condenado”, que contou com a participação de Artur Miguel, David Lopes , Daniel Assunção e Paula Silva. De referir que foram atribuídos a estes quatro “atores”, sem conhecimento prévio, os papéis dinamizados por familiares seus há 46 anos, respectivamente avós, pai e sogra.
Seguiu-se a recriação de “Serões de antigamente”, onde pudemos ver a paliteira, a costureira, a moleirinha, interpretados por Marta Assunção, Inês Daniela, João Cruz, Ana Marques e João Rei. Depois do intervalo Ana Fonseca e Hugo Castanheira interpretaram “Vem Cá Ó Manuel” e a Paula Silva, “Adeus Ó Terra”. Seguiu-se a comédia “Seringadela” com o Alexandre Ferreira e a Ana Marques. A terminar a sessão de récitas surgiu “O criado distraído”, dinamizado pela Catarina Costa, Daniel Assunção, Diogo Almeida e Renato Craveiro.
A noite já ia longa quando o grupo presenteou a assistência com a marcha final.
O mesmo espectáculo será apresentado no dia 26 de maio, pelas 21.30h na Biblioteca Municipal de Penacova / Centro Cultural.

NOTA: Estivemos em Chelo neste agradável serão que também a nós nos fez "recordar e viver" os tempos que partipávamos nas récitas da aldeia. Agradecemos à Dra Paula Silva que acedeu ao nosso pedido de nos enviar notícia e fotos do evento. Como nota histórica sobre o associativismo em Chelo deixamos também aqui um recorte de jornal dos anos trinta.

O Criado distraído – Catarina Costa, Daniel Assunção, Diogo Almeida e Renato Craveiro


O condenado – Artur Miguel, Paula Silva e Ricardo Assunção

 
Ana Fonseca, João Ferreira, Lurdes Ralha e Hugo Castanheira


Amor gaiato – Ana Paula Assunção e Filipe Laranjeira
 
Enphermaria Seringadela – Alexandre Ferreira e Ana Marques


És tu lindo amor –José Martins e Ardina – Sérgio Assunção
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Pintura de Sara Pinto na Biblioteca Municipal



Na Biblioteca Municipal vai estar patente  até ao próximo dia 30 de abril uma Exposição de Pintura “Bichos” da autoria de Sara Pinto. Sara Micaela Fernandes Pinto nasceu em Cantanhede em 1981. Está desde 1983 radicada em Coimbra. Licenciada em Pintura pela ARCA-EUAC, leciona desenho e pintura e  desenvolve actividades na área da expressão plástica com pessoas portadoras de deficiência motora e cognitiva.
Sobre esta artista escreveu o pintor Carlos Daniel :
"Sara Pinto, arrebatadoramente enche toda a tela desfrutando os mínimos espaços para as suas explosões criadoras. É como uma magia. Daí essa dádiva de cor, essa maravilhosa transparência de luz, essa organização de elementos construtivos da obra. Sara Pinto parece construir a sua obra pictórica com esplendores, com vibrações, com fábulas e mistérios."

Alguns dos quadros expostos em Penacova até 30 de abril

Abril em Penacova: programação cultural da autarquia

terça-feira, abril 03, 2012

Páscoa em Penacova: recordações de infância e juventude

Maria Eduarda Silva - 1946

A PROCISSÃO DE SEXTA-FEIRA SANTA
"Há muitos, muitos anos, era eu uma criança"  e vivia numa vila que era a minha terra natal.
Ali, a primavera era especialmente bonita, com céu azul, mil andorinhas esvoaçando, flores e verdura por todos os cantos, um rio sereno que deslizava, um ar limpo e temperatura amena.

Profª Eduarda Silva
penacovense radicada
no Sátão-Viseu
A criançada, à tardinha, brincava no largo do Terreiro, corria pela Pérgola às escondidas e em segurança. Havia pessoas adultas que vigiavam e se compraziam com os seus folguedos…
Pela Páscoa, as amêndoas, os folares, o repicar dos sinos em Aleluias pela Ressurreição do Senhor, enchiam as nossas almas de criança de uma alegria indescritível.
Porém, mais do que tudo isso, a procissão do enterro na 6ª feira Santa era para nós um momento de grande ansiedade.
Eu e mais três primas, víamos passar aquele cortejo seguido da banda filarmónica que tocava uma marcha fúnebre, não recordo já de que autor, que nos comovia profundamente.
A Verónica que todos os anos era escolhida para entoar aqueles cânticos mágicos, parava sempre nos mesmos lugares e era escutada em profundo silêncio. Depois…
Ficávamos à varanda da casa da avó Ernestina a ver passar aquela devota gente, até se extinguirem ao longe os últimos acordes musicais da Banda.
Meu Deus, como recordo!
Como tenho saudades!"
Mª Eduarda


domingo, abril 01, 2012

Oliveira, Paradela, Travanca e S. Paio foram a Lisboa em Defesa das Freguesias


A Manifestação Nacional que decorreu ontem em Lisboa contou com a presença de algumas freguesias do concelho: Oliveira, Paradela, Travanca e S. Paio. De acordo com as intenções do Poder Central, S. Paio, Paradela e Travanca estarão condenadas à extinção. Oliveira esteve presente em gesto de solidariedade e ninguém nos diz que amanhã as outras que "ficaram em casa" também não terão o mesmo destino...Foram cerca de 200 mil pessoas de todo o país que, na capital,  se manifestaram em defesa das freguesias.



sexta-feira, março 30, 2012

Os Homens não se medem aos Palmos...as Freguesias também Não!

Paradela, S. Paio e Travanca, estão no alvo da Reforma Administrativa
de que o processo TROIKA / PS / PSD foi o rastilho.
Amanhã estas freguesias vão estar presentes na manifestação nacional em Lisboa.
A essência das freguesias, em especial as rurais,  não se define por critérios numéricos
mas por elementos sociais e humanos.