quinta-feira, dezembro 27, 2012

Encontro de Cantares do Ciclo Natalício pela 15ª vez em Lorvão

O Grupo Etnográfico de Lorvão vai realizar o XV Encontro de Cantares do Ciclo Natalício que   no dia 6 de Janeiro de 2013, na Igreja do Mosteiro de Santa Maria de Lorvão, pelas 15h 30m.

segunda-feira, dezembro 24, 2012

Eventos natalícios em Penacova



Recortes / adaptações de Cartazes editados pela Câmara Municipal


29 Dezembro  21 h Igreja Matriz
Cânticos de Natal do Rancho Folclórico de Penacova


5 de janeiro  21.30 Centro Cultural
Concerto de Ano Novo pelo Coro Polifónico Municipal de Tábua

domingo, dezembro 23, 2012

Freguesias de Travanca, Oliveira e Paradela manifestaram-se em Lisboa


Edição online do DN. Curiosamente, na imagem pode ver-se
 a bandeira da Associação de Travanca do Mondego
Mais uma vez uma comitiva do concelho de Penacova se manifestou em Lisboa contra o processo de extinção / agregação de freguesias.
Na manifestação de ontem estiveram presentes as freguesias de Travanca, Oliveira e Paradela. Participaram na manifestação, além dos respectivos presidentes da Junta, João Azadinho, Gilberto Duarte e Paulo Dias, o Vereador Ricardo Simões, os membros da Assembleia Municipal, Sandra Ralha, Fernando Rosas, António Fonseca e David Almeida e ainda Eduardo Ferreira, candidato em 2009 à Câmara Municipal de Penacova.

Conforme noticia a edição online do Diário de Notíciaso presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), pediu ao Presidente da República que promova  a suspensão da aplicação da lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias: "Desejo que o Presidente da República possa, no mínimo, com a sua magistratura de influência, promover a suspensão da aplicação desta lei, aproveitando para aperfeiçoar o modelo, e aproveitando o debate já decorrido para corrigir os erros já encontrados".

Aspecto da manifestação junto ao Palácio de Belém
A concentração, convocada pela Associação Nacional de Freguesias começou por volta das 14:00 com o objetivo de protestar contra o atual projeto de lei da Reorganização Administrativa do Território das Freguesias, que agrega 1.160 daqueles órgãos.Representando apenas 0,1% do Orçamento de Estado, as freguesias apelam a Cavaco Silva para vetar o projeto de lei  "de modo a permitir um debate e reflexão livres sobre a temática e não uma reforma imposta".
Travanca do Mondego
Oliveira do Mondego
Paradela da Cortiça
 
Fotos: Penacova Online
 

quarta-feira, dezembro 12, 2012

Embalagens da "Água das Caldas de Penacova" dão forma a monumental árvore de Natal

SAIBA MAIS ACEDENDO AO SITE DA CÂMARA

Karatecas penacovenses em massa no estágio internacional de karate shukokai


 
Nos passados dias 7, 8 e 9 de Dezembro, o Clube Karate Penacova, levou 34 Atletas (Luís Travassos; David Gomes; Joel Cunha; Diogo Pereira; Tiago Silva; Jaime Gomes; Mariana Cunha; Paulo Dinis; Nicole Duarte; Rodrigo Silva; Rafael Alves; Raul Oliveira; Inês Pinheiro; Carolina Cruz; Diogo Florido; José Miguel; Susana Sousa; Sónia Febras; Salomé Costa; Guilherme Pinheiro; Camila Lopes; Rogério Febras; Albano Brás; João Monteiro; Vítor Martins; Inês Ferreira; Luana Oliveira; Frederico; Simão Simões; Diana Brás; Guilherme Carvalho; Guilherme Clemente; Luís Martins; Carlos Almeida) e o Treinador (Carlos Marques), ao Estágio Internacional de Karate Shukokai, orientado pelo Shian Marcelo Azevedo (7º Dan) e Shihan Lionel Marinus (8º Dan), responsável técnico da KSI – Kimura Shukokai International.
Atletas e treinador tiveram a oportunidade de durante mais um fim-de-semana continuar a usufruir dos ensinamentos técnico-pedagógicos do Shian Marcelo Azevedo e Lionel Marinus, desta vez, especialmente direccionados para as técnicas de geris (pontapés). A biomecânica e dinâmica funcional do sistema musculoesquelético dos membros inferiores foram a base metodológica de todo o treino que se revelou verdadeiramente profícuo e potencializador de aprendizagem da técnica base do estilo Shukokai.

        De entre os Karatecas Penacovenses especial destaque para a Graduação do Treinador/Sensei, Carlos Marques, que após proposta direta do Shian Marcelo Azevedo, Instrutor Chefe Nacional da Associação Portuguesa de Karate Shukokai, realizou com sucesso e grande brio a graduação para 2º Dan  (2º Cinto Negro). Os atletas mais graduados de Penacova, também eles, cumpriram com sucesso as suas graduações, a saber, Luís Travassos para 1º Kyu (1º Cinto Castanho), David Gomes e Joel Cunha, ambos para 2º Kyu (2º Cinto Castanho), e por último, Diogo Pereira, para 3º Kyu (3º Cinto Castanho).

            Dos Karatecas menos graduados realizaram ainda graduação os atletas Carlos Almeida; Luís Martins; Luana Oliveira; Vítor Martins; João Monteiro; Rogério Febras; Salomé Costa; Sónia Febras; José Miguel; Diogo Florido; Carolina Cruz; Raul Oliveira; Paulo Dinis e Mariana Cunha.

            Após a participação no presente Estágio Técnico, o Clube Karate Penacova, entrará novamente em ação já no próximo Sábado, dia 15 de Dezembro, com a participação dos atletas Diogo Pereira, no Campeonato Nacional de Sub 21, e a atleta Mariana Cunha, no Campeonato Nacional de Cadetes/Juniores, da Federação Nacional de Karate – Portugal.

Texto e fotos: Clube Karate Penacova

terça-feira, dezembro 11, 2012

Notícias do Núcleo Sportinguista de Penacova


ALMOÇO DE NATAL

Vai realizar-se o almoço de natal dos sócios , familiares e amigos do Núcleo Sportinguista do Concelho de Penacova, conforme cartaz anexo, para o qual ficam desde já convidados. Para os que possam e queiram estar presentes agradecemos confirmação até ao dia 20/12/2012, para sporting.penacova@gmail.com ou tlm. 915933727 ou 932814493.Caso não seja possível comparecer agradecemos divulgação.Aproveito para, em nome da Direcção do Núcleo Sportinguista do Concelho de Penacova, e em em meu próprio nome, agradecer toda a colaboração prestada durante o corrente ano e desejar a todos os amigos, dentro do possível, um Natal Feliz e um Novo Ano Próspero.

 
ALMOÇO - CONVÍVIO REALIZADO NO SILVEIRINHO

No dia 08 de Dezembro de 2012 cerca de cento e oitenta sportinguistas e amigos do Núcleo Sportinguista do Concelho de Penacova, compareceram na Associação M.R. do Silveirinho, a fim de participarem no almoço/convívio, organizado pelo 12º. ano consecutivo.
O referido encontro serviu para realizar e dar continuidade ao habitual convívio anual dos Sportinguistas na parte norte do Concelho de Penacova, onde os sócios e amigos do Núcleo aproveitam para confraternizar e ao mesmo tempo contribuir monetariamente para as diversas actividades do Núcleo durante cada ano, nomeadamente pagando as suas quotas.Numa tarde de franco convívio, onde não faltou a animação musical e onde os presentes manifestaram a sua vontade em continuar a trazer mais gente para apoiar uma das Associações do Concelho de Penacova , que se designa por Núcleo Sportinguista do Concelho de Penacova.
No referido convívio para além dos sócios e diversos amigos, honram-nos com a sua presença o Sr Presidente da Câmara Municipal de Penacova, Dr. Humberto Oliveira, a Srª, Vereadora da Cultura e do Associativismo, Dª. Fernanda Veiga, o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de S. Paio do Mondego, António Catela e o Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Tavanca do Mondego, João Azadinho.
A Direcção do Núcleo aproveita para desejar a todos os seus associados , amigos e firmas que têm prestado o seu apoio, um Feliz Natal e os votos de um Ano Novo cheio de felicidades.

20 º ANIVERSÁRIO

No próximo dia 03 de Fevereiro de 2013, o Núcleo Sportinguista do Concelho de Penacova vai comemorar o seu 20º. Aniversário, para o qual está a ser preparado um programa modesto, mas digno de todos os sportinguistas e do concelho de Penacova.

José Almeida

segunda-feira, dezembro 10, 2012

PENACOVA NA LITERATURA PORTUGUESA: "A PRIMAVERA" (1601) de FRANCISCO RODRIGUES LOBO

O EPISÓDIO  DE PENACOVA
Francisco Rodrigues Lobo nasceu em Leiria, em 1580. Frequentou a Universidade de Coimbra, onde se diplomou em Leis. Foi aí que começou a interessar-se pela literatura e a escrever as suas primeiras composições poéticas. Concluídos os estudos voltou à sua terra natal, onde tinha algumas propriedades. Deslocava-se com frequência a Lisboa, mas regressava com prazer à tranquilidade do campo. Terá mantido ao longo da sua vida relações bastante amistosas com algumas famílias da alta nobreza, principalmente o Marquês de Vila Real e o Duque de Bragança, pai do futuro D. João IV. Faleceu em 1622, vítima de um naufrágio no rio Tejo, numa viagem de Santarém para Lisboa.

Como era frequente na época, escreveu em português e castelhano. Numa primeira fase, Rodrigues Lobo foi influenciado pela literatura espanhola, mas depois virou-se mais para Camões e Sá de Miranda. Considerado o precursor do barroco português, entre as suas obras contam-se três novelas: O Pastor Peregrino, A Primavera e O Desengano. O texto bucólico A Primavera (1601) tem, desde há muito tempo, assumido um papel importante na Literatura Portuguesa.

Por meio de A Primavera, primeira novela pastoril  portuguesa (ficção narrativa em prosa do final do século XVI até o século XVIII)  na qual se utiliza apenas a língua portuguesa, notava-se na escrita do autor uma certa influência da lírica de Camões nomeadamente nos temas do bucolismo e do desencanto. A obra é composta por trechos em que as prosas são alternadas com as formas poéticas, o que permite considerar por alguns autores   A Primavera mais como cancioneiro do que como novela.

A Primavera divide-se em três partes: Vales e montes entre Lis e o Lena, Campos de Mondego e Praias do Tejo. Cada parte corresponde à caracterização e representação de três espaços marcados pelo protagonista, nas passagens a três momentos que o destino lhe vai ordenando, correspondentes à peregrinação de Lereno. O Vale e montes entre Lis e Lena corresponde ao espaço da terra natal, o que compara a Lereno a sua identidade, por ser pastor nato e criado por essas terras, onde cuidou do seu rebanho enquanto as canções lho permitiram. Já Campos do Mondego, o segundo espaço, é caracterizado como um espaço de banir, pois Lereno obrigado pelo destino é condenado a deixar sua terra e viver em outra terra desconhecida e tomar “o caminho dos campos do Mondego.” Aqui, o tempo vivido é o de saudade da terra distante que foi deixada para trás e também do amor perdido. Podemos dizer que também é caracterizado como um tempo de provação do seu fiel amor.
Por onde entre penedos e aspereza passa o Mondego
 ....rompendo os montes seus...
Corre por entre as serras furioso, perto donde o rio Alva se derrama...
Se alevanta uma pena graciosa...uma profunda cova se descobre

Em A Primavera existem espaços em que o texto enraíza uma realidade geográfica, porém também há espaços situados fora da realidade, num universo fascinante e sobrenatural, como por exemplo, lugar da morada de alguns sábios e o bosque desconhecido – local “ilocalizável” que dá acesso á uma passagem subterrânea que desaparece conforme a vontade da pastora amada de Lereno – espaço este que acede Lereno acidentalmente, depois conscientemente e posteriormente por mandado da pastora misteriosa. Em relação a ponto de vista temporal, a novela se localiza em um plano “an-histórico”, pois não há referências que permitam a acção do enredo num tempo real histórico.
 "No episódio de Penacova o espaço aparece descrito com realismo e o elemento temporal é distante da realidade histórica devido a transformação das personagens reais e seres mitológicos. A ruptura de laços que ligariam a história narrativa ao tempo histórico é mais uma característica da construção da narrativa da novela pastoril."(1)

(1) Cf. estudo de Sirlene de Lima Corrêa Cristófano, mestre em Literatura, Culturais e Interartes, pela Faculdade de Letras Universidade do Porto – FLUP (2009).

 

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Festa Laranja marca o dia de amanhã em Penacova

 
Os militantes e simpatizantes do PSD / JSD de Penacova participam  amanhã  num conjunto de actividades, a menos de um ano das Autárquicas 2013, onde se inclui o já tradicional Jantar de Natal.

Nota de Imprensa: Humberto Oliveira toma posição contra a agregação das freguesias no concelho de Penacova


O sentimento de pertença e a ligação das populações à sua matriz local e cultural é um bem intangível, que nos identifica, que solidifica laços, amplia solidariedades, exprime o melhor de nós enquanto povo, une-nos na coletividade, junta-nos na diversidade.

A reorganização administrativa levada a cabo pelo atual governo, a lei n 22/2012 de 30 de maio - ou melhor, a agregação/extinção de freguesias - não tem em linha de conta os reais interesses das populações das freguesias agregadas. Tanto mais que esta lei imposta aos portugueses contra a vontade da generalidade dos autarcas, coloca em causa serviços de qualidade e de proximidade que são prestados às populações, serviços estes que acrescentam um grande valor social às pessoas, mas sem grandes impactos em termos de custos no orçamento geral do Estado para 2013 - o valor de transferências para as freguesias é uma percentagem parcamente exígua do PIB - na questão da poupanças e na resolução do défice do Estado, praticamente insignificante. No momento em que os portugueses vivem o constrangimento de uma política cega e cada vez mais insensível, a lei da extinção das freguesias agride o bem-estar das populações das freguesias afetadas.
Infogravura: Penacova Online

Mais, em tempos de crise e emergência social, as juntas e os seus presidentes terão um papel preponderante na sinalização e na ajuda de resolução dos casos mais contundentes. Mais uma vez, serão as populações a parte mais sacrificada, devido à empenhada teimosia e ação de amputação social perpetrada por este governo, suportado pelas bancadas da maioria PSD/CDS, na Assembleia da Republica.

Como diz o povo, e tem razão, "a pressa é inimiga da perfeição", e este ditado assenta como uma luva na proposta apresentada pela Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território, para o concelho de Penacova, revelando que esta reorganização foi feita à pressa, em cima do joelho, com urgência desmedida e despropositada, e apresentando falhas, como é bem patente no caso da agregação da freguesia de Paradela da Cortiça a Friúmes. Na proposta, é referido que "esta freguesia partilha uma matriz rural comum e uma estrutura urbana dispersa com a única freguesia que lhe é contígua , Friúmes, com 645 habitantes..." ora, isso é falso e não podia estar mais adulterado, uma vez que a freguesia de Paradela da Cortiça também faz fronteira com a freguesia de São Pedro de Alva e com a qual até terá, porventura, maior afinidade. O mesmo acontece com Travanca de Mondego, que terá mais afinidade com São Pedro de Alva do com a freguesia à qual foi agregada, Oliveira do Mondego.

O processo não foi agregador, criou instabilidade, clima de guerra e de desunião no País real. Foi politicamente mal conduzido. Não traz mais valias. Ao que parece, tudo foi feito sem razoabilidade e, como sempre, os prejudicados são sempre os mesmos - as populações!

Humberto Oliveira

Mês do Cabrito em Penacova apadrinhado por Pedro Machado

Recorte do suplemento de hoje do Diário de Coimbra


Município de Penacova: programação de Natal


Debater o presente e o futuro da Fileira do Pinho

Centro PINUS reúne especialistas para debater
o presente e o futuro da Fileira do Pinho

O Centro PINUS promove, no próximo dia 14 de Dezembro, em Cantanhede, na sede do Biocant (Parque Tecnológico de Cantanhede, Núcleo 04, Lote 2), a partir das 10h00, um seminário intitulado “Mais e Melhor Pinhal”.  

Numa altura em que a Fileira do Pinho enfrenta grandes desafios é cada vez mais importante perspectivar a riqueza que representa e as oportunidades que podem ser potenciadas e criadas neste sector. De entre os temas em destaque estarão o incentivo ao investimento e à gestão, abordando a procura e o mercado, a melhoria da rentabilidade da cultura e os incentivos financeiros.

Indústria da Fileira do PINHO: dados socioeconómicos
Exportações em 2011 – 1443 milhões de euros (34% da exportações da fileira florestal e 3,4% das exportações nacionais)
VAB em 2010 (Valor Acrescentado Bruto) – 1030 milhões de euros (50% do VAB das industrias da fileira)
Empresas em 2010- 11245 (90% das empresas industriais da fileira florestal)
Empregos em 2010- 62447 (80% dos empregos industriais da fileira florestal)
As inscrições são gratuitas e devem ser efectuadas em www.centropinus.org ou para o telefone 258738067. Sujeitas à limitação da sala.

O Centro PINUS foi constituído em 1998 pelos maiores consumidores de madeira de pinho tendo como objectivo contribuir para o aumento da produção e qualidade da floresta de pinho. Actualmente os associados do Centro PINUS representam mais de 90% do consumo da fileira tradicional do pinho e são: AIMMP, Celtejo, Europac Kraft Viana, Fibromade, Forestis, ICNF, I.P., Investwood, Luso Finsa, Sonae Indústria e Unimadeiras.
Ass. Comunicação:
Dina Coelho – 918788654

dina.coelho@qiportodeideias.com

Mariana Cunha conquista 3º lugar em Campeonato Regional de Karate



A atleta Mariana Cunha e o Treinador Carlos Marques
Foi no passado domingo, dia 2 de Dezembro, que o Clube Karate Penacova representado pela atleta, Mariana Cunha, marcou presença no Campeonato Regional Centro/Norte da Federação Nacional Karate Portugal – FNKP, realizado em Montemor-o-Velho.
A  Karateca Penacovense viria assim a alcançar um honroso 3º lugar na prova de Kumite Individual Júnior Feminino + 59 Kg, que lhe permitiu o apuramento para o Campeonato Nacional da FNKP, a realizar no próximo dia 15 de Dezembro na Charneca da Caparica.
Pese o facto da atleta não ter conseguido o apuramento na prova de Kata, é de salientar a boa performance exibida e que lhe possibilitou vencer a primeira eliminatória por 3 x 2,  mas que na eliminatória seguinte viria a perder por 4 x 1, contra a atleta Conimbricense, que não chegando à final não lhe permitiu ir à repescagem para a disputa do 3º Lugar do pódio.
O Treinador Penacovense, Carlos Marques, que acompanhou a atleta à competição considerou o desempenho e performance da sua atleta positivo não só a nível do resultado alcançado, mas sim, e especialmente no que diz respeito ao controlo dos níveis de ansiedade e factores motivacionais, que com certeza a curto médio prazo se manifestarão benefícios e fundamentais para aumentar o rendimento desportivo da atleta nas restantes competições da época 2012/2013.
                                                                Texto e foto: Clube Karate de Penacova

sábado, dezembro 01, 2012

Cartas Brasileiras V: o "achado" do Brasil


A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

Acredito ser interessante, nesse cantinho das “Cartas Brasileiras" , falar sobre a primeira carta enviada do Brasil a Portugal. Datada no dia 1 de maio de 1500, escrita em Seguro (Bahia- Brasil), por Pero Vaz de Caminha, escrivão de Pedro Alvares Cabral, na viagem que resultou no “descobrimento" do Brasil, que comunica ao Rei D.Manuel o “achado”. O documento histórico está guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa). Para que chegasse às mãos do Rei, uma das naus da esquadra, a capitaneada por Gaspar de Lemos, teve que retornar a Portugal.
Transcrita por especialistas, para que possamos entendê-la,  ela assim se inicia:


“Snõr: Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que para o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer...”

A partida de Belém (Portugal), escreve: “como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã-Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.

Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse...E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra...Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terraa Terra da Vera Cruz”.
 
Assim descreveu sobre os homens que aqui encontraram:  “Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos... Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram...A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber. Os cabelos seus são corredios, andavam tosquiados, rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas...

Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata...

Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada, nem quiseram mais...

...Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu... E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção. Ali era com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre levantada, da parte do Evangelho...Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças, nuas como eles...suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência descobertas, que nisso não havia nenhuma vergonha.

Andamos por aí vendo a ribeira, a qual é de muita água e muito boa. Ao longo dela há muitas palmas, não muito altas, em que há muito bons palmitos. Colhemos e comemos deles muitos.

À segunda-feira, depois de comer, saímos todos em terra a tomar água. Ali vieram então muitos, mas não tantos como as outras vezes. Já muito poucos traziam arcos. Estiveram assim um pouco afastados de nós; e depois pouco a pouco misturaram-se conosco. Abraçavam-nos e folgavam...E trouxeram de lá muitos arcos e barretes de penas de aves, deles verdes e deles amarelos, dos quais, creio, o Capitão há de mandar amostra a Vossa Alteza...

À terça-feira, depois de comer, fomos em terra dar guarda de lenha e lavar roupa.  Estavam na praia, quando chegamos, obra de sessenta ou setenta sem arcos e sem nada...Depois acudiram muitos, que seriam bem duzentos, todos sem arcos; e misturaram-se todos tanto conosco que alguns nos ajudavam a acarretar lenha e a meter nos batéis...

À quarta-feira não fomos em terra, porque o Capitão andou todo o dia no navio dos mantimentos a despejá-lo e fazer levar às naus isso que cada uma podia levar...E assim não houve mais este dia que para escrever seja...

À quinta-feira, derradeiro de abril, comemos logo, quase pela manhã, e fomos em terra por mais lenha e água...Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem em nenhuma crença... E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos... Portanto Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da sua salvação. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim.

Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra animal que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam...

            ...E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha, de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo. E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro...

            Beijo as mãos de Vossa Alteza.

Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.


Nota: a inclusão das imagens é da responsabilidade do Penacova Online

Câmara promove concurso de decoração de Natal

 

quarta-feira, novembro 28, 2012

Hospital de Lorvão: artigo de opinião de Paulo Figueiredo no Beiras

Algumas vezes publicámos neste blogue ( ver 1 e 2 ) textos do Dr. Paulo Figueiredo. Ao termos agora conhecimento de mais um texto, actual e pertinente,  sobre o extinto Hospital de Lorvão,  não quisemos deixar de o transcrever:


Paulo Figueiredo

 Os doentes do Lorvão e o café da D. Tila

Já não bastavam os politiqueiros apressadamente convertidos aos modernos paradigmas da Saúde (e doença) Mental que, acerca do Hospital Psiquiátrico do Lorvão (HPL), bramaram que “ não se podia chamar àquilo um hospital” – apesar de nunca se terem informado do que lá se fazia.

Não bastavam os indivíduos denunciantes de uma pretensa “acumulação de doentes sem os tentarem reabilitar” – mas que nunca foram ao Lorvão, apesar de lhe terem apontado as “más condições climáticas”, seja lá isso o que for.

Eis que vem agora o presidente da Fundação ADFP (Miranda do Corvo), – para onde os doentes do sexo masculino (ex)residentes no Lorvão foram conduzidos, num processo de trans-institucionalização (i.e, transitaram de uma instituição para outra) – dizer que os doentes estariam “impedidos de uma vida em contacto com a comunidade” e, que, ao contrário do que sucedia no Lorvão (infere-se), “a ADFP aposta em cuidados dedicados aos doentes mentais graves que apostem na humanização, no respeito e na dignidade da pessoa”, considerando que “a segregação e a “guetização” são práticas condenáveis, que a ADFP pretende contrariar, investindo nas pessoas, com bondade” (sic). Na mesma notícia, o sr. presidente triunfantemente anuncia a efectivação, no passado dia 9 de Novembro, de uma acção terapêutica de grande importância : alguns doentes saíram da instituição (onde chegaram em Julho, 4 meses atrás, pelo que se depreende da demorada preparação desta acção anti-gueto) e … “foram de manhã ao café da aldeia, ao café da D. Tila” !! Zelosamente acompanhados por uma psicóloga e assistente social, imagine-se !! Alegremo-nos : este enorme e “bondoso” benefício irá passar a ser realizado semanalmente.

Cada um é livre de se pôr em “bicos de pés” – o ridículo do teor da notícia irá encarregar-se de o fazer cair. Mas não denegrindo uma Instituição (e os seus trabalhadores) que durante muitos anos cuidou seriamente dos seus doentes :

- É inumerável o rol de actividades sócio-ludo-terapêuticas dirigidas aos seus doentes residentes pelo HPL. Meticulosamente planeadas, com pré-definição dos objectivos e rigorosa avaliação posterior do seu alcance. Documentadas em filmes e fotografias, para ver e comentar no dia seguinte em reunião colectiva dos participantes, altura em que se debatia e votava o local da próxima acção. Numerosíssimas idas à praia, às feiras, aos mercados – e que lições retirámos da efusivamente risonha interacção entre as peixeiras da Figueira da Foz e os doentes !! Sempre procurando diluir o estigma nas ruas, nos restaurantes, nos transportes públicos. Mas espante-se, sr. presidente, com os tortuosos caminhos da dita “guetização” promovida pelo Lorvão : semana de férias anual, na praia, em locais como a Quinta da Fonte Quente (Tocha), na Figueira da Foz e no Algarve (instalações do INATEL); EXPO 98 e, mais tarde, outras visitas ao Oceanário; Jardim Zoológico em Lisboa; Bracalândia (Braga); Badoca Parque e Festa da Flor (Alentejo); cruzeiro no rio Douro; Sea Life, oceanário (Porto); Serra da Estrela; assistir a jogos de futebol (em Coimbra e Lisboa) e a peças de teatro; ida a Santiago de Compostela (Espanha), por vários dias. Impossível citá-las a todas, sendo que muitas foram sucessivamente repetidas por desejo expresso dos doentes – como é o caso das idas anuais ao Santuário de Fátima. Note-se que o esforço e profissionalismo dos funcionários (pessoal auxiliar, médicos, administrativos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, administrativos, motoristas, terapeutas ocupacionais, capelão – toda a gente colaborava !!) possibilitou que, em muitas destas actividades, a mobilização dos doentes residentes fosse total. Não eram 5 doentes (como surge na foto que ilustra a notícia, certamente obtida no café da D. Tila…), eram muitos mais – acções houve que mobilizaram cerca de 200 pessoas !!

- Entre muitas outras actividades (como a alfabetização, música e a ginástica/desporto) há que citar ainda o treino de autonomia pessoal e independência funcional (comunicação interpessoal, fazer compras, utilização de serviços públicos, etc) intensivamente praticado no HPL. Obviamente, admitimos que o rol das actividades de osmose do contexto vivencial institucional com o exterior desenvolvidas no HPL, apesar de impressionante pela variedade, dimensão e rigor científico, nunca poderá ser comparado às “bondosas” (sic) idas semanais dos doentes ao café da D. Tila…

Mas a dita “guetização” verificada no Hospital do Lorvão teve ainda uma outra dimensão, provavelmente ainda mais importante, incentivada pelos técnicos mas potenciada pela notável inserção da Instituição na comunidade circundante. Todos os dias (sublinhado) os doentes circulavam livremente pela vila, frequentando o banco, a cabeleireira, as lojas, as mercearias, os cafés e, por vezes, os restaurantes; eram tratados familiarmente, pelo nome próprio, pelos habitantes do Lorvão, que “adoptaram” alguns deles de tal forma que regularmente os convidavam para almoçar e passar festividades como o Natal. O que justifica as lágrimas da população do Lorvão aquando da definitiva partida dos “seus” doentes e Amigos; e que hoje, quando escrevo estas linhas frontais e indignadas, comoverá muita gente no funeral do Mário Abreu (o “Má”, como era carinhosamente conhecido), um dos doentes mais populares e queridos do Lorvão.

É esta idiossincrasia que torna o Lorvão único, no sentir unânime de quem por lá passou, funcionários e doentes. Pelos 50 anos do seu importantíssimo papel na assistência psiquiátrica ao povo pobre das serras e dos campos, merece ser tratado com dignidade e respeito. Nós – e sabemos que connosco muita gente que indelevelmente considera o HPL como tendo sido a sua “casa” – cá estaremos sempre para denunciar a injustiça e a mentira com que alguns arrogantemente pretendem reescrever a História.

terça-feira, novembro 27, 2012

Coral Divo Canto actuou na Galiza

Foto actualizada do Grupo

No  dia 24 do corrente mês de Novembro o Coral Divo Canto de Penacova participou no 6º. Concerto "OUTONO DE CORAIS "na cidade de Vigo organizado pelo Coral Máximo Gorki.O concerto teve lugar no auditório do Instituto Santa Irene em Vigo.Participaram para além do grupo organizador,o  Coral Divo Canto e o Coro del Ilustre Colegio de Abogados de Vigo.Com o auditório completamente cheio, coube ao Coral Divo Canto o encerramento, o qual mereceu os aplausos dos presentes durante a sua actuação. tendo exibido o seguinte programa:
 A south african  trilogy - Popular/arr. Stephan Barnicle; Cantigas de Maio - José Afonso /arr. E. Carrapatoso; Trai-Trai - Manuel Faria; Esconjuro III " Contra as travoadas" - Fernando Lopes Graça;  Canção do Pescador - Mário Sousa Santos; Foi Deus - Alberto Janes/ arr. A. Mesquita e Pinga  com Limão - Wagner Franklin.
O Coral Divo Canto que actualmente é dirigido por Pedro André Rodrigues e que  é formado por cerca quarenta elementos,  tem como próximas actuações no dia 12  e 15 de Dezembro próximo, respectivamente em Coimbra e Bragança, encerrando o ano com o Concerto de Natal no dia 23 de Dezembro, pelas 16,00 horas na Igreja Matriz de Penacova.
José Almeida