12 fevereiro 2012

Partido Social Democrata iniciou em Lorvão visita às freguesias do concelho


COMUNICADO À IMPRENSA
11-02-2012
 
A Comissão Política da Secção de Penacova do PSD iniciou ontem, dia 11 de Fevereiro de 2011, na Freguesia de Lorvão, um conjunto de visitas a todas as freguesias do Concelho.
O objectivo é descentralizar as reuniões, procurando aproveita-las, para tomar contacto com as realidades e necessidades locais. Pretende-se assim conhecer de mais de perto os problemas com que as nossas populações se confrontam, com o intuito de elaborar propostas que contribuam para a sua resolução.

Nesta visita à Freguesia de Lorvão, em que estiveram presentes os vereadores eleitos pelo PSD assim como o deputado Maurício Marques, foi possível verificar as seguintes situações, relativamente às quais foi manifesta a preocupação dos cidadãos contactados:

·         Degradação do pavimento da Estrada Roxo/Aveleira e dos arruamentos da Aveleira, Roxo e S. Mamede afectados pelas obras de saneamento e renovação da rede de águas terminadas em 2006;

·         Degradação do centro histórico de Lorvão;

·         Não concretização da mudança da Extensão de Saúde de Lorvão para as novas instalações entretanto criadas, cujas obras ficaram concluídas em Outubro de 2011;

·         A intenção da construção da mini-hídrica na Foz do Caneiro;

·         Necessidade de construção do Centro Escolar da Aveleira, conforme consta da Carta Educativa do Concelho;

·         Falta de coberta nas redes de telemóvel (Vodafone, Optimus e TMN) nomeadamente na Aveleira e no Roxo;

·         Execução da rede de drenagem de águas residuais em Chelo.

Na visita à Freguesia de Lorvão, foi possível constatar também  a concretização do projecto deixado pelo anterior executivo no que refere à construção do Centro Escolar de Lorvão, cujo projecto ficou concluído no início de 2009. É com regozijo que o PSD Penacova assiste agora à concretização de um  projecto para que tanto se empenhou.

Não pode deixar  também de ser enaltecido o investimento efectuado entre 2005-2009 (executivo PSD) na cobertura de rede de saneamento e melhoria da rede de abastecimento de águas na freguesia. Entre 2005 e 2009 concretizou-se uma cobertura de mais de 75% da população abrangida por rede pública de saneamento básico, tendo sido construídas cinco novas ETAR’s na Freguesia. A Freguesia de Lorvão ficou assim na linha da frente, a nível nacional, na cobertura por rede de drenagem de águas residuais. Apresentando-se Lorvão como um exemplo a seguir neste domínio.

Dos problemas verificados mereceu muito especial atenção a acelerada degradação do Centro Histórico da vila de Lorvão, zona urbana de relevante interesse não só pelo enquadramento com o Mosteiro mas também pela singularidade de algum edificado. O PSD Penacova entende que deve ser desenvolvida uma estratégia com vista à recuperação daquela zona da Vila de Lorvão. Entende que deve ser delineada uma intervenção a médio\longo prazo com vista à consolidação de Lorvão como Centro Histórico com potencial  de atracção turística à escala Nacional e internacional. A este respeito, não pode deixar de ser referido que os últimos dois anos foram completamente perdidos na atenção dispensada pela Câmara Municipal de Penacova ao valor patrimonial e turístico de Lorvão. Mas intervenções urgente que o Município deve desenvolver com vista a evitar o colapso ou degradação irreversível de algum edificado, nomeadamente devem ser articuladas com os particulares obras de emergência, que a Câmara Municipal deve apoiar financeiramente.

Mereceu atenção também o estado deplorável a que o Município deixou chegar a Estrada Aveleira/Roxo e os arruamentos principais de S. Mamede, Aveleira e Roxo, não entendendo a demora na intervenção naquelas infra-estruturas rodoviárias, exigindo-se por isso, secundando a posição já tomada pelos autarcas da Freguesia, uma rápida intervenção do Município.

Da visita, que foi acompanhada pelo Sr. Deputado Maurício Marques, ficou mais uma vez a transmissão do empenho, por parte deste responsável político, no sentido de evitar a construção da Mini-Hcidrica da Foz do Caneiro, deixando a todos mensagens de esperança de que esta obra, lançada pelo Governo do Engº Sócrates e que a tanto mal sujeitaria o Rio Mondego, jamais se concretizará.

O PSD Penacova iniciou assim uma atitude política que se pretende seja uma fazer política, através do contacto com a população e proximidade com os seus problemas. Envolvendo os responsáveis do partido num debate intenso e construtivo sobre os problemas concretos das pessoas, centrando as atenções naquilo que interessa aos cidadãos e que contribui para a melhoria das suas condições de vida.

O PSD Penacova tem como referência de debate, relativamente ao concelho, os factores de competitividade da nossa terra, aquilo que nos possa diferenciar e que possa ser transformado em riqueza. Continuamos a afirmar que não é a imitação do que se passa noutros concelhos, a repetição das mesmas iniciativas desenvolvidas noutros locais que contribui para a nossa riqueza colectiva. É necessária inovação! Estas visitas às Freguesias servem como aprofundamento de conhecimento e geração de debate, imprescindíveis para a construção de alternativas.

Jantar Eno-Gastronómico combina Lampreia à moda de Penacova com Vinho da Bairrada


Leia no Jornal da Bairrada a notícia do Jantar que se realiza no Museu do Vinho. na Anadia no próximo dia 23 de fevereiro.

O Largo do Terreiro: recordando as crónicas de Martins da Costa

Jornal Nova Esperança, 1987

Tribunal de Penacova: depois do novo edifício prometido solenemente para 2010 tudo ficou em águas de bacalhau e agora... nem instalações nem serviço...

CÂMARA APROVA MOÇÃO CONTRA O ENCERRAMENTO

Foi aprovada por unanimidade, na reunião de Câmara de 6a feira, dia 03 de fevereiro, uma moção contra a extinção do Tribunal de Penacova apresentada pelo Presidente Humberto Oliveira, cujo texto já foi largamente diculgado mas que aqui deixamos registado também. Depois de em 17 de Julho de 2008 um membro do Governo de então se ter comprometido, em documento escrito, a dar a Penacova um novo edifício do Tribunal ( e tudo não tenha passado de promessas) eis que agora não é o edifício mas o próprio serviço judicial que está ameaçado.

MOÇÃO
(Contra a proposta de extinção do Tribunal de Penacova)
Colheram-nos de surpresa as notícias trazidas pela imprensa sobre a pretensão do Governo encerrar o Tribunal de Penacova, um tribunal de competência genérica que abrange os municípios de Penacova e de Vila Nova de Poiares e tem um movimento superior a 250 processos.
O Tribunal é um símbolo da soberania e da autoridade do Estado, da justiça e da paz social. Eliminá-lo de um território é um perigoso retrocesso civilizacional e uma arriscada limitação no acesso à Justiça. Abdicar de um tratamento igual aos cidadãos e renunciar à consequente oferta de serviços inalienáveis num Estado de Direito, como a presença da Justiça, é fomentar a desigualdade que o bom senso e o espírito da Constituição quis preservar. A justiça não pode abandonar os portugueses que vivem em concelhos mais pequenos, sobretudo os do interior do País.
Decisões desta natureza não podem estar à mercê da decisão isolada do terreiro do Paço, pois a ética republicana pressupõe um diálogo entre as partes, um compromisso de boa-fé. Coisa que não tem havido neste processo. E que fere sobretudo, com a arma do desprezo, os cidadãos que estoicamente lutam pelo direito a viverem com dignidade nas terras a que pertencem. O povo não pode ser lembrado apenas quando se trata de pagar a crise e ignorado quando está iminente a subtração das suas garantias cívicas.
Mas há ainda a salientar que nos colhe de surpresa esta intenção do atual Governo por estar desde há muito tempo decidida a construção do novo edifício, existindo inclusive dotação orçamental do Instituto de Gestão Financeira e de Infraestruturas da Justiça. Caso se consumasse esta extinção, Penacova perderia a possibilidade de ver investida no concelho uma verba referente aos serviços públicos aqui prestados.
Nunca foram debatidos com o município de Penacova, enquanto representante dos cidadãos e enquanto entidade que presta serviço público de proximidade, os critérios e argumentos subjacentes à medida proposta de encerramento do Tribunal. Como se pode tomar assim uma decisão? Como foram escolhidos os fatores que conduziram este Governo a esta posição? Com quem foram elas debatidas? Será que a administração da Justiça ficará melhor com a extinção do Tribunal de Penacova? Quanto poupa exatamente o Governo com a medida?
Não é tempo de fazer ensaios experimentais nem criar ânimos na voragem de encerramentos cegos!
Iremos solicitar ao Governo, com caráter de urgência, a reapreciação do processo e, em vez do encerramento do Tribunal de Penacova, que se encontre uma solução que possibilite a sua manutenção.
Humberto Oliveira
Presidente da Câmara Municipal de Penacova

 
2008:«temos agora de tratar de Penacova»



Depois de ontem o Diário de Coimbra ter publicado um suplemento especial dedicado a Penacova, este jornal noticia hoje a visita do Secretário de Estado Conde Rodrigues:
" Dentro de nove meses deverá ser lançado o concurso para construção do novo Tribunal de Penacova
O concelho de Penacova recebeu ontem, no Dia do Município, a garantia de que o novo tribunal será construído no espaço de dois anos, dando cumprimento a «uma ambição de décadas», nas palavras de Maurício Marques.
Numa sessão presidida pelo secretário de Estado Adjunto e da Justiça, José Manuel Conde Rodrigues, o presidente da Câmara Municipal de Penacova e o presidente do Instituto de Gestão Financeira e de Infra-Estruturas da Justiça, João Manuel Pisco de Castro, rubricaram um protocolo que visa a edificação de um novo edifício, com a condição escrita de que seja lançado concurso no prazo de nove meses.
 Para Maurício Marques, o dia em que se assinalava o nascimento do mais ilustre dos penacovenses, António José de Almeida, foi «de grande satisfação», pelo cumprimento de «uma ambição de décadas».
«As actuais instalações são indignas dos zelosos funcionários que, diariamente, dão o melhor de si em prol da justiça», afirmou, garantindo que «só o grande profissionalismo e sentido de dever» dos magistrados e colaboradores, «têm permitido o desenvolvimento da sua tão árdua tarefa».
Recordando que chegou a disponibilizar o seu próprio gabinete à magistrada e o salão nobre para sala de audiências, Maurício Marques enfatizou que «sentia uma grande revolta se não visse este sonho realizado».
O actual Tribunal de Penacova funciona no antigo edifício dos Paços do Concelho, exíguo para as necessidades e sem condições básicas como instalações sanitárias, pelo que se trata, na óptica do secretário de Estado de um dos casos urgentes a resolver.
José Manuel Conde Rodrigues explicou que, ao contrário de outras áreas, a Justiça e a Segurança, devido à soberania nacional, não puderam obter financiamentos comunitários, o que atrasou a reforma do parque judicial.
Lembrando casos ainda mais graves, estando «40 a 50 obras a decorrer em simultâneo», o governante garantiu que «temos agora de tratar de Penacova». Trata-se de uma obra de 1,9 milhões de euros, com cerca de dois mil metros quadrados, a implantar num terreno doado pela autarquia, indo receber os serviços do tribunal e das conservatórias. As previsões da conclusão apontam para o ano de 2010.
Conde Rodrigues aproveitou ainda a ocasião para assegurar que não haverá encerramento de nenhum tribunal no âmbito da reorganização judiciária. «A proposta foi anteontem aprovada na especialidade, na Assembleia da República, e garanto que não fecha qualquer tribunal», disse, motivando uma salva de palmas."
VEJA AQUI

http://penacovaonline.blogs.sapo.pt/57636.html

11 fevereiro 2012

XV Festival da Lampreia: 24 a 26 de Fevereiro

"De 24 a 26 de Fevereiro, a Lampreia é rainha nos dez restaurantes aderentes ao seu XV Festival mas, até ao final de Março, viaja pelo país numa operação promocional que levará a Lampreia ao Porto Palácio Hotel, ao Museu do Vinho da Bairrada, ao Tivoli Lisboa Hotel e ao Casino da Figueira da Foz." - noticia o site da Câmara Municipal



LAMPREIA À MODA DE PENACOVA

Altaneira, Penacova apresenta a rainha da sua gastronomia - lampreia à moda de Penacova. Receita inteiramente nacional, não veio importada, desde tempos de antanho aqui é confecionada. Comida no seu mosteiro, nas grandes casas senhoriais e oferecida ao médico e ao padre, por quem as fisgava, pois, a estes, estava vedada a degustação de tão nobre paladar! Está identificada em brasões, lendária, cantada e amada pelos penacovenses, que aguardam a sua época com ansiedade, pois este «fóssil vivo» traz a esta região milhares e milhares de forasteiros, não só no seu festival, mas também de Janeiro a fins de Março, dando vida à restauração, comércio e turismo também.

Texto também publicado no site da Câmara aquando do concurso nacional "7 Maravilhas da Gastronomia"
SOBRE A LAMPREIA À MESA

08 fevereiro 2012

Obrigado Indalécio Simões

"Até que enfim alguém se ocupa de publicar artigos antigos da nossa região. Que grande falta de arquivos temos em Portugal. Sem memória do passado acabamos por perder a nossa alma para não sermos ninguém. Muito obrigado pelo seu trabalho de investigação."
Esta foi uma mensagem que recebemos do senhor Indalécio Simões, penacovense a trabalhar na Universidade de Toulouse  Capitole (França), país onde  vive desde os 10 anos. Regularmente vem a Portugal. Nas suas visitas tem vindo a registar em vídeo alguns momentos da vida cultural e recreativa do nosso concelho. Exemplo disso é este filme sobre os Moinhos da Portela de Oliveira.
Obrigado, e ficamos a aguardar que no youtube publique mais vídeos que nos disse ter para partilhar.

05 fevereiro 2012

Clube Karate Penacova no torneio nacional de apuramento de karate shukokai


Foi no passado dia 21 de Janeiro, no Pavilhão Multiusos de Trancoso, que decorreu o Torneio Nacional de Apuramento (atletas até aos 15 anos) para o Campeonato Nacional de Karate Shukokai, a realizar no próximo mês de Abril.

Como não poderia deixar de ser o Clube Karate Penacova fez-se representar por uma comitiva de dezassete atletas, cinco Pré – Infantis (até aos 9 anos) -  Guilherme Pinheiro; Rafael Alves; Susana Sousa; José Miguel e Rodrigo Silva; três Infantis (10 e 11 anos) - Nicole Duarte; Diogo Florido e Pedro Assunção; três Iniciados (12 e 13 anos) - Raul Oliveira; Carolina Cruz e José Daniel e seis Juvenis (14 e 15 anos) Mariana Cunha; Sónia Febras; Rafael Ferreira; Bruno Oliveira; Tiago Silva e Gabriel Fernandes, devidamente acompanhados pelo Treinador Penacovense, Carlos Marques, o Vice – Presidente do Clube Karate Penacova, Jaime Gomes, e ainda dois dos atletas mais graduados do Clube, Joel Cunha e Cristina Gomes.

Os dezassete Karatecas de Penacova voltaram novamente a dignificar o Desporto Penacovense, conseguindo um total de 16 atletas apurados para o Campeonato Nacional, destacando-se de entre estes, um segundo lugar para o atleta Rafael Alves (Kata Individual Pré Infantil Masculino) e dois terceiros lugares, para o atleta Diogo Florido (Kata Individual Infantil Masculino) e Sónia Febras (Kata Individual Juvenil Feminino e Kumite Individual Juvenil Feminino).

Com o apuramento da maioria dos Karatecas Penacovenses, os atletas do Clube Karate Penacova, regressaram a casa com o sentido de dever cumprido e com vontade de continuar a trabalhar para o Campeonato Nacional a realizar já no próximo mês de Maio.

Texto e foto: Clube Karate Penacova

28 janeiro 2012

Encerramento de Tribunais: Penacova na lista


VER FONTE: SICNOTÍCIAS

Jornais de Penacova: 110 anos de história

É no século XIX que se dá o grande impulso do jornalismo em Portugal. A liberdade de imprensa é consagrada na Constituição de 1822. Antes da queda da Monarquia nascem os grandes clássicos do jornalismo escrito português como o Diário de Notícias (1864), O Primeiro de Janeiro (1869), O Comércio do Porto (1854) e O Século (1881). Também a nível local e regional muitos periódicos começam a ser publicados. Em Penacova, foi em 1901 que o concelho viu surgir o primeiro jornal. Considerando os 110 anos decorridos, são oito os títulos que ficam para a história: o Jornal de Penacova, A Folha de Penacova, Ecos de S. Pedro de Alva, O Progresso Lorvanense, A Voz de S. Pedro de Alva e o Notícias de Penacova, Nova Esperança e Jornal de Penacova (1997).


JORNAL DE PENACOVA

O primeiro periódico a ser publicado em Penacova foi, como já referimos o Jornal de Penacova. Surgiu a 1 de Setembro de 1901. 

À sua fundação estão associados nomes como Joaquim Correia de Almeida Leitão, Júlio Ernesto de Lima Duque e Alberto Carrapatoso. No primeiro editorial escreve-se que Penacova não podia ''permanecer sequestrada dos embates do pensamento'' e afastada do ''progresso social que movimenta o vestíbulo do século XX, inundando de luz intensa a aurora secular que desponta''.

 Ao longo da sua existência (1901-1937) o Jornal de Penacova assumiu diversas tendências políticas. Inicialmente afecto ao Partido Progressista, ganhará a partir de 1908 uma inequívoca feição republicana. Em Dezembro de 1907, Amândio dos Santos Cabral, chegado de S. Paulo,''compra'' o jornal, e define um ''Novo Rumo" declarando "guerra aberta com a monarquia e o ultramontanismo." 

Em Janeiro de 1914, ainda com Amândio Cabral, como director e redactor principal, apresenta-se como ''Semanário Republicano Evolucionista'', numa identificação clara com a orientação política de António José de Almeida. Em 1917, Amândio Cabral regressa ao Brasil e convida Alberto de Castro, do Partido Democrático, a assumir a direcção do mesmo. 

Não se publicou de Setembro de 1919 a Maio de 1920. A 26 de Julho de 1920 Alberto Lopes de Castro Pita deixa o jornal. Assume a direcção Rodolfo Silva, filho de Rodolfo Pedro da Silva. Amândio Cabral cede a propriedade à empresa "Alves e Coimbra & Cª Lda". 

Em 1922 suspende a sua publicação por um período de quatro anos, só voltando a aparecer em 1926. Regressará com João Barreto como director. Este abandonará em 30 de Abril de 1927. Mário Quaresma, jovem professor a exercer em Chelo assumirá a direcção. Em 1928 este cessa as suas funções, dando lugar a Eduardo Silva, também filho de Rodolfo Pedro da Silva. Por sua vez, em Maio de 1929, surge como redactor António Casimiro Guedes Pessoa que ocupará o cargo até 9 de Agosto de 1930 fazendo equipa com o editor José Alves de Oliveira Coimbra e com o administrador Alípio Carvalho. 

De 9 de Agosto de 1930 a 1 de Agosto de 1931 verifica-se nova suspensão. Regressa com Eduardo Silva que será o redactor até 30 de Julho de 1932, data em que passa a editor, assumindo a direcção o seu pai, o médico municipal aposentado, Rodolfo Pedro da Silva. Terá como administrador o advogado Mário de Andrade Assis e Santos. 

Em Janeiro de 1933 Horácio Cunha assume a responsabilidade do jornal. Em 1934, Alípio Correia Leitão deixa a administração que passa para Simões da Cunha e, em 1935, Eduardo Silva aparece de novo como redactor principal, cargo que manterá até ao último número (o 1456) saído em 1 de Janeiro de 1937.


A FOLHA DE PENACOVA

 No dia 19 de Janeiro de 1902 vem a lume A Folha de Penacova. Apresenta como editor César de Morais Queiroz e como proprietário José Maria de Oliveira. 

Tal como refere o primeiro editorial "Penacova que ainda há uns meses estava bem longe de ter imprensa sua, passa agora a ter dois periódicos." 

A Folha de Penacova surge em nítido confronto com o Jornal de Penacova, que "alcunhava" de Canudo. Afirma-se no referido editorial: ''Militamos na política que foi a de nossos pais, naquela mesmíssima política que já foi a de todo este concelho, e à qual se deve tudo que por aí há de melhor. Se certos farroncas tiveram o desplante de a renegar, não podemos nós outros abjurá-la.''

 O jornal afirma-se, assim, como afecto ao Partido Regenerador, "honrando a memória de Fernando de Melo". Durante a sua curta duração (terminará com o 12.º número a 10 de Abril de 1902) iremos assistir a um cerrado ataque a Júlio Ernesto de Lima Duque, militar-médico, genro do Conselheiro Alípio Leitão e membro influente do Partido Progressista. 

A Folha de Penacova vem a terreiro defender o Administrador do Concelho, Alfredo de Pratt, do Partido Regenerador, que estava a ser atacado por Lima Duque no sentido de ser afastado do cargo


ECOS DE S. PEDRO D'ALVA

No dia 1 de Maio de 1915 surge o Ecos de S. Pedro de Alva, periódico que manterá durante três anos uma publicação regular. Este quinzenário apresenta-se como ''Defensor dos Interesses da Casconha'' e assume-se como "consumação duma velha aspiração" de todos os ''republicanos convictos'' que pugnavam por aquela região com um espírito profundamente regionalista. 

Sob a direcção de Manuel Gentil da Natividade, professor, tinha como administrador António Nunes de Oliveira Serra. 

No conjunto das suas edições destaca-se o jornal de 1 de Abril de 1916 onde a toda a largura da primeira página se anuncia a formação do Governo da "União Sagrada" com fotografias de António José de Almeida, Afonso Costa e Bernardino Machado. 

Interessante é também a notícia com título destacado "A Casconha tem Amigos queridos! O Chafariz de S. Pedro de Alva é um facto!" (1 de Fevereiro de 1917) anunciando o arranque dos estudos e prospecções tendo em vista a construção daquela tão ansiada obra, por influência do "querido amigo, o ilustre Senador, Sr. Lima Duque". 

Por inviabilidade financeira, o jornal acaba ao fim de 3 anos. A 1 de Setembro de 1918 sai o último número


PROGRESSO LORVANENSE

 A 23 de Janeiro de 1921 vem a lume o Progresso Lorvanense, semanário ''Independente, defensor dos Interesses da Região''. 

Joaquim Jerónimo Rosa da Silva é o editor e director, enquanto Manuel Ferreira Pedrosa assume a administração. O jornal é propriedade do ''Lorvanense Club''.

 No editorial afirma a sua isenção política dizendo que ''não tem política partidária'' mas sim uma ''política de fomento''. 

De 23 de Outubro de 1921 a 2 de Abril de 1922 suspende a publicação. Em 11 de Junho de 1922 regressa com o n.º 41, sendo agora propriedade da Empresa Industrial de Lorvão. 

O período em que é publicado corresponde a uma fase conturbada da vida local: a exoneração do Padre Carlos Fernandes Seabra, mal aceite pela maioria da população, facto a que o jornal dá acolhimento em defesa do presbítero. O caso foi mesmo apelidado de Cisma de Lorvão, dado que só "as povoações da Serra haviam ficado fiéis à Igreja." 

Ao longo do curto período de existência dominam os conflitos quer com padres do concelho, quer com o Bispo de Coimbra. Terminará a publicação com o n.º 68, em 15 de Outubro de 1922. Lorvão só voltará a ter alguma voz na imprensa local quando, em Dezembro de 1952, José Manuel Rodrigues (Pároco) e Edmar Guimarães de Oliveira, lançarão a Página da Freguesia de Lorvão, de periodicidade quinzenal, integrada no Notícias de Penacova.


A VOZ DE S. PEDRO DE ALVA

Decorridos dez anos sobre a extinção do Ecos de S. Pedro de Alva, o Alto Concelho vê surgir um novo periódico, agora com o título A Voz de S. Pedro de Alva. 

Assumindo-se como ''Quinzenário Republicano Independente e Regionalista'', o primeiro número vem a lume no dia 16 de Abril de 1928, sob a direcção de Francisco Cordeiro dos Santos, tendo como editor e administrador Eduardo Pedro da Silva. 

No primeiro editorial, ''Ao que vimos…'', é claramente expressa a missão a que o periódico se propõe: ''Faremos tudo quanto em nós caiba para trazermos à Casconha os melhoramentos a que tem juz, já que tão esquecida tem sido por aqueles que de nós só se lembram em ocasiões de eleições.'' 

Enquanto foi publicado, além da defesa dos interesses da Casconha, manteve acesa a chama republicana. Este jornal desempenhou um papel importante de defesa dos ideais da I República num período em que o Golpe Militar de 28 de Maio já se tinha verificado. 

É n' A Voz de S. Pedro de Alva que podemos encontrar a notícia desenvolvida sobre a morte, em 1929, de António José de Almeida. 

Publicar-se-á até 12 de Abril de 1934, dia em completará o sexto ano de vida. À data, Eduardo Pedro da Silva, farmacêutico, cunhado de António José de Almeida, acumulava as funções de director, editor e proprietário


NOTÍCIAS DE PENACOVA

O Notícias de Penacova, que teve uma existência de quase 50 anos, nasce a 26 de Março de 1932 assumindo-se como ''Semanário Regionalista''. 

Enquanto primeiro director e proprietário surge o nome de José de Gouveia Leitão (filho do Conselheiro Artur Leitão) e terá como editor João Barreto (que estivera ligado ao Jornal de Penacova).

 O redactor principal é Joaquim Jerónimo da Silva Rosa, natural de Lorvão e escrivão do Julgado Municipal de Penacova de 1931 a 1937. O administrador era o professor e delegado da Junta Escolar, José Joaquim Nunes. 

Apresenta-se como ''integrado na corrente que de norte a sul se desenha''. Passado um ano de publicação, o jornal assume-se como afecto do "nacionalismo triunfante". 

Até 1937 coexistirá com o Jornal de Penacova num clima de alguma tensão. Nas últimas décadas de existência será marcado pelas figuras do Professor e Delegado Escolar Joaquim de Oliveira Marques, do Padre Manuel Marques (Manuel do Freixo) e do Arcipreste, e mais tarde Cónego, Manuel Vieira dos Santos (que era o seu proprietário). 

Com a morte deste em 1966, a gestão passa para a Igreja de Penacova. Após o 25 de Abril de 1974 Joaquim de Oliveira Marques é "saneado" e passarão a ser os sucessivos párocos de Penacova os seus directores. Por motivos financeiros, terminará em 8 de Dezembro de 1978.


NOVA ESPERANÇA 

Refira-se que no ano de 1979, Penacova não terá nenhum jornal, mas em Janeiro de 1980 surgirá o Nova Esperança, sob a égide do Prof. Egídio Fialho Santos e do P.e António Oliveira Veiga e Costa, pertença da Fábrica da Igreja de Oliveira do Mondego. Terminou a sua publicação em 31 de Dezembro de 2011.

JORNAL DE PENACOVA (II) 

 O título Jornal de Penacova é recuperado quando, em 1997, surge no concelho um novo jornal, de periodicidade mensal, fundado e dirigido por Álvaro Coimbra e tendo como redactor Alípio Padilha.

Propriedade da Penapress, publicou-se durante cerca de 10 anos, marcando positivamente o panorama jornalístico concelhio.

Deixamos aqui, muito resumidamente, o percurso da imprensa periódica penacovense. Percorrendo os milhares de páginas dos diversos jornais, muitas delas amarelecidas pelo tempo, podemos encontrar valiosos elementos para o conhecimento da história local e para a compreensão do que Penacova foi no século passado e pretende ser neste século XXI
Texto baseado em
David Almeida, Penacova e a República na Imprensa Local, Edição da Câmara Municipal de Penacova. 2011
Publicado no jornal NOVA ESPERANÇA, edição de Dezembro de 2011

25 janeiro 2012

Diário de Coimbra publica entrevista a Humberto Oliveira e recolhe depoimentos de Sandra Ralha (PS) e Carlos Sousa (PSD)


O Diário de Coimbra de hoje publicou uma entrevista ao Presidente da Câmara Municipal, Dr. Humberto Oliveira, acompanhada de depoimentos dos líderes das bancadas do PS e do PSD na Assembleia Municipal, Drª Sandra Ralha e Dr. Carlos Sousa, respectivamente.

Humberto Oliveira-refere o jornal - "elege o desenvolvimento económico e o turismo como principais áreas de intervenção do seu executivo, considerando que somente dessa forma é possível criar emprego e inverter a tendência negativa que se verifica no concelho".

Para Carlos Sousa a "Câmara tem-se limitado a inaugurar e concluir  obras do executivo anterior"; Sandra Ralha reconhece que existe um "grupo de trabalho inovador e com enorme perspectiva de empreendedorismo".

23 janeiro 2012

Colóquio " Mondego Vivo": apontamentos de um participante


Abriu a sessão o Presidente da Assembleia Municipal, Engº Pedro Coimbra, que referiu a importância do Mondego, ontem e hoje, a nível do ambiente em geral, da economia, da cultura. Apontou algumas "atrocidades", obstáculos criados sem critério, que se fizeram e lamentou que mais uma vez se quieira impor uma atrocidade, mais um dano irreparável ao rio Mondego. Felicitou ainda o Presidente da Câmara pelo seu papel na  liderança do processo de contestação.
De seguida usou da palavra o Prof. Doutor Nelson Correia Borges recordando a carga histórica e cultural deste Mondego cantado por tantos e tantos poetas. Lamentou a "iminência duma agressão que o desfigurará", no caso de o processo não ser travado.
A Drª Cláudia Feteira, em representação da Câmara de Poiares, afirmou que "as posições que vierem a ser tomadas pelas Câmaras de Penacova e Coimbra serão subscritas pelo seu município , na defesa do rio Mondego." O Comendador Jaime Soares justificou a sua ausência.
O Presidente da Câmara de Coimbra, Dr.Barbosa de Melo reafirmou que "é preciso repensar o nosso país", repensar o modelo centralista de Lisboa. Em relação à Mini-hídrica há que parar e pensar. "Tudo o que mexe com o Mondego, mexe com Coimbra"- disse. "Em nome de Coimbra não tomemos decisões precipitadas que ponham em causa o futuro do Mondego e de toda a região", pois "estamos do mesmo lado". A terminar mostrou-se convicto de que " isto não vai para a frente"
Usou da palavra o Dr. Humberto Oliveira, Presidente da Câmara Municipal de Penacova. Agradeceu à Plataforma Mondego Vivo (iniciada por si e pelo Dr. Paulo Silva), bem como às Câmaras de Coimbra e Poiares e referiu os impactos culturais - como acentuou Correia Borges – e os impactos económicos (negativos)  para o turismo local, para as empresas de canoagem e não só. Criticou alguns Velhos do Restelo que dizem que as empresas não deixam nada no concelho, por exemplo a nível de impostos. Admitindo poder isso ter alguma verdade disse ser inegável que as mesmas levam o nome de Penacova mais longe mesmo não vindo as pessoas a Penacova. As empresas de canoagem, a par da empresas das Águas de Penacova são factores de promoção do nosso concelho-reconheceu. Os aspectos ambientais, a questão da lampreia, foram outros aspectos que fez questão de referir.
A iniciar o I painel – O Impacto Ambiental – o Engº Agrónomo Eugénio Sequeira desenvolveu  os conceitos de Ambiente e de Sustentabilidade e interrogou-se: "Para quê a Escada de Peixe ( 3,5 milhões de euros) para agora, com a Mini-hídrica tudo ser posto em causa…?". Disse que os efeitos negativos iriam mesmo chegar ao estuário do Mondego. Além disso, o  desaparecimento de  áreas agrícolas férteis seria incompreensível , quando Portugal  tem uma área muito pequena de bons solos. "Vamos perder muita coisa! Para quê?" –questionou.
De seguida o Dr. João Pardal, dos Serviços da Câmara de Coimbra, falou dos impactos ambientais, referindo que,  inclusivé,  a praia fluvial dos Palheiros – Torres do Mondego seria afectada.
Chegou o momento da Responsável pelo Estudo de Impacto Ambiental, Engª Susana Viseu, fazer a sua intervenção. Dado que a Mota Engil não estava presente para apresentar o projecto, adiantou alguns aspectos da obra: 15 metros de altura de Barragem, 7 km de albufeira, 80 hectares de área alagada… Analisou os aspectos positivos e os negativos concluindo que os aspectos favoráveis são inferiores aos desfavoráveis. Depreendemos assim  que claramente representa um parecer negativo que nos permite ter algumas esperanças na desistência do projecto.
O Prof. Doutor Carlos Fonseca falou da biodiversidadeno Mondego, das suas transformações, existindo contudo uma zona preservada, precisamente aquela que agora está em causa. Lembrou a Estrada Verde - uma relíquia - e terminou dizendo que "há que repensar, minimizar erros, sensibilizar".
O Biólogo, Prof. Doutor Pedro Raposo de Almeida , um dos mentores do  projecto da escada de peixe disse que em 1998 a sua tarefa foi muito solitária, congratulando-se por agora se ter uma sala cheia de pessoas motivadas. Lembrou que a escada só por si não chega, não garante tudo, pois o processo ainda não está concluído e não há ainda a necessária e essencial monitorização. Chamou a atenção para a necessidade urgente de os 4 açudes existentes serem removidos, não só na perspectiva da lampreia mas também do sável.
No II Painel – o Impacto Económico - o Dr. Paulo Silva salientou o empenhamento do Dr. Humberto Oliveira e manifestou a sua estranheza pela ausência da representante da Administração da Região Hidrográfica do Centro. Apresentou um estudo económico sobre o sector da Animação que é feita por 6 empresas e salientou que a descida do Mondego é uma das maiores actividades de animação turística do nosso país. Assegura 35 postos de trabalho directos, contribuindo para o Estado com cerca de 350 000 euros (2008-2010).
Por sua vez a Dr. Patrícia Silva, da Faculdade de Economia, falou da evolução do conceito de Mini-Hídrica, das suas vantagens e desvantagens económicas, das Motivações e  Preocupações, salientando o triângulo do desenvolvimento sustentável (Economia, Ambiente, Social).
Por fim, o Dr. Luís Pais Amante apresentou o tema " Penacova -Quem somos e o que pretendemos". Referiu os indicadores sócio - económicos do concelho, as potencialidades e as debilidades. Referiu entre muitos outros aspectos: a crítica -muitas vezes destrutiva- de que enferma o concelho é uma questão que a par de um déficit de empreendedorismo impede algumas iniciativas. Outras interrogações: hoje quem se fixa cá? Apesar de  Penacova ser " dos poucos pontos do país onde se pode viver com qualidade"; Penacova não tem um restaurante de referência…isto dá que pensar…Turismo: não temos, não há hotel ….Penacova terá por m2 mais campeões de pesca do que qualquer outro país… a pista de pesca está degradada. Estes alguns dos muitos aspectos que referiu. Apontou como Vectores de Desenvolvimento: gastronomia, águas minerais naturais, turismo, pesca e desporto (aventura e lazer),agricultura biológica e uma plataforma logística.Enquanto Âncoras de Desenvolvimento referiu  o  IP3, a Montanha e o Rio.  Ora, estes três pilares não podem NUNCA estar ameaçados!- acentuou.
Segiu-se um período de intervenção do público presente. O Dr. Leitao Couto, além de outras observações lembrou que Penacova já deu muito ao país em termos de energia hidroelectrica; a Drª Sandra Ralha felicitou a Câmara e questionou se alguém perguntou às pessoas se queriam a Mini-hídrica, afirmando que, se necessário, avançar-se-á para a Justiça; o Dr. Eduado Ferreira salientou que a acrescentar às razões que já se sabiam estes argumentos de hoje permitem acreditar que o processo está encerrado; a Profª Fernanda Pimentel, usando da palavra, disse: "Não, não queremos! Queremos o Rio sem obstáculos!" E alertou: "Só falar não chega! Temos que mostrar a nossa força, levar as conclusões à Assembleia da República", pois "se não nos unirmos não sei se não avançarão…Cautela! ". Em nome da Quercus uma participante reconheceu os contributos valiosissimos para esta causa e para o ambiente em geral que este colóquio prporcionou. Achou importante a ligação Coimbra-Penacova tendo como elo o Rio Mondego. Reafirmou ainda a importância de estas conclusões serem publicadas e divulgadas. "Penacova está com o Rio!" – disse. Paulo Silva, ainda usou da palavra para dizer que depois desta luta há que atacar a questão dos açudes existentes - "Queremos fazeras descidas de canoa a partir no Reconquinho!" Por último, a Engª Susana Viseu realçou a objectividade do debate, técnico e construtivo, um  debate civilizado (o que não é comum)- reconheceu.
E a encerrar esta jornada, já perto das 20 horas, o Presidente da Câmara mostrou-se muito satisfeito pela "Tarde muito produtiva, um grande momento de debate." Reconheceu também que o processo não está terminado. " A luta não acabou, vamos continuar até à decisão final."- disse a terminar.
David Almeida

22 janeiro 2012

Petição de Roberto Barbosa vai ser discutida - noticiou jornal PÚBLICO


Parlamento analisa em Abril petição que pede fim da construção de mini-hídrica no Mondego
Notícia LUSA/Jornal PÚBLICO

21.01.2012 - 21:47

O relator do processo da petição que pede o cancelamento definitivo da construção da mini-hídrica no Mondego em Penacova disse hoje à agência Lusa que em Abril o Parlamento deverá apreciar o relatório que está a elaborar.
O documento, proposto por Roberto Barbosa, líder da JSD de Penacova, deu entrada a 16 de Novembro.
O deputado social-democrata Maurício Marques, relator do processo, adiantou que está a recolher contributos de várias entidades, entre elas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para efectuar o relatório que será analisado pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República.
“A perspectiva que tenho é extremamente animadora, pois estou convicto de que o relatório vai recolher o apoio unânime dos partidos com assento parlamentar. Assim sendo, vai ser mais fácil travar esta enormidade”, disse.
Maurício Marques, ex-presidente da Câmara de Penacova, disse ainda que solicitou uma reunião ao secretário de Estado do Ambiente, “que vai apreciar o estudo de impacto ambiental e o relatório e vai tomar uma decisão”.
“Estou muito confiante de que este projecto seja chumbado nesta fase”, sublinhou o deputado do PSD.

O deputado social-democrata falava à agência Lusa em Penacova, no Colóquio “Mondego Vivo - discussão do projecto da mini-hídrica no Rio Mondego”, promovido pela autarquia local e pela Plataforma Mondego Vivo, que juntou esta tarde um conjunto de personalidades que discutiram o assunto do ponto de vista ambiental, económico, social, cultural e energético.
No colóquio, a responsável pelo estudo de impacto ambiental, que será em breve entregue à Agência Portuguesa do Ambiente, revelou que a eventual construção de uma mini-hídrica no rio Mondego, em Penacova, irá provocar mais efeitos negativos do que positivos.
“Da avaliação que foi feita, os impactos negativos da construção desta mini-hídrica são superiores aos impactos positivos por ela gerados”, disse à agência Lusa Susana Viseu, presidente do conselho de administração da empresa iSBS Consultancy, responsável pelo estudo.

21 janeiro 2012

Penacova está por um Rio, a morte da mini-hídrica está por um fio...


Sessão de Abertura
Conforme divulgado a Câmara Municipal de Penacova e a Plataforma Mondego Vivo organizaram um colóquio que se realizou hoje. Os impactos da Mini-Hídrica prevista para o rio Mondego na Foz do Caneiro foi o tema geral.
No conjunto das intervenções  anunciadas foi especialmente notada a ausência  da Dra. Teresa Fidelis (ARHCentro), da Mota Engil e do Presidente da Câmara de Poiares, que justificou a sua "falta" e se fez representar pela Vereadora Drª Cláudia Feteira. O Engº Nelson Geada (Águas do Mondego) e a Drª Helena Freitas (Liga Protecção Natureza) também não estiveram presentes. Usaram da palavra o Presidente da Assembleia Municipal de Penacova, os Presidentes das Câmaras Municipais de Coimbra e Penacova e um conjunto de personalidades que apresentaram perspectivas de âmbito  ambiental, económico, social, cultural e energético.
Intervenção do Dr. Carlos Fonseca
Assim, participaram nos dois painéis: Prof. Doutor Nelson Correia Borges (Universidade de Coimbra), Dr. Eugénio Sequeira (Liga Protecção Natureza), Prof. Doutor Carlos Fonseca (Universidade de Aveiro), Prof. Doutor Pedro Raposo Almeida (Universidade de Évora), Dr. João Pardal (C.M.Coimbra), Dr. Paulo Silva (representante das empresas de animação turística), Profª Patrícia Silva (Faculdade de Economia de Coimbra) e Dr. Luís Pais Amante (Confraria da Lampreia).
Do conjunto de argumentos saiu reforçada a posição de que não faz sentido o avanço do projecto. Apesar de haver alguma esperança de que a obra não se concretize, o presidente da Câmara alertou para a necessidade de continuar até ao veredicto final que encerre o processo.
Intervenção do Dr. Raposo Almeida
Dada a extensão e a riqueza das intervenções não nos é possível, de momento, partilhar com os nossos leitores alguns dos importantes tópicos do seu conteúdo. Fá-lo-emos logo que possível. Deixamos algumas fotos ilustrativas.
Tal como referiu uma participante no espaço de debate,  "Penacova está por um Rio!" Acrescentaríamos nós: "A Mini-Hídrica está por um fio!"
Dr. Luís Amante

Uma interrogação...

Sessão de Encerramento

Ainda a exposição "Destino 1874" e a navegação comercial do Mondego

Referimos há dias esta exposição que também contempla Penacova e a Navegação Comercial do Mondego, actividade  florescente até finais do séc. XIX.
Pode agora aceder ao website deste evento.
CLIQUE NA IMAGEM PARA ACEDER AO SITE
DO PROJECTO

20 janeiro 2012

Colóquio-Debate sobre a Mini-Hídrica


A Plataforma Mondego Vivo e a Câmara Municipal de Penacova vão organizar um colóquio no próximo sábado dia 21 de Janeiro de 2012 da parte da tarde sobre os impactos da Mini-Hídrica prevista para o rio Mondego na Foz do Caneiro.
Vão estar presentes e intervir os Presidentes das Câmaras Municipais de Coimbra, Penacova e Vila Nova de Poiares, da empresa Mota Engil e um conjunto de personalidades que farão intervenções do ponto de vista ambiental, económico, social, cultural e energético: Dr. Nelson Correia Borges (Universidade de Coimbra), Dr. Eugénio Sequeira (Liga Protecção Natureza), Dra. Helena Freitas (Liga Protecção Natureza), Dr. Carlos Fonseca (Universidade de Aveiro), Dr. Pedro Almeida (Universidade de Évora), Dr. João pardal (C.M.Coimbra), Dra. Teresa Fidelis (ARHCentro), Dr. Paulo Silva (representante das empresas de animação turística), Engº Nelson Geada (Águas do Mondego), Dr. Luís Amante (Confraria da Lampreia), Profª Patrícia Silva (Faculdade de Economia de Coimbra), entre outros, seguido de espaço de debate.
 

17 janeiro 2012

Destino 1874 pela terra e pelo rio: uma exposição onde também se fala da barca serrana


imagem: composição de PenacovaOnline
Com o objectivo de dar a conhecer, não só aos habitantes de Coimbra mas ao público em geral, a importância que os transportes desempenharam na evolução da cidade de Coimbra, os formandos do curso de Técnico de Museografia e Gestão do Património 2010/ 2012 do CEARTE associam-se ao evento de comemoração dos Cem Anos da Tracção Eléctrica em Coimbra.
A Exposição "DESTINO 1874: ANTES E DEPOIS DO CARRO AMERICANO EM COIMBRA" resulta de um trabalho académico realizado no âmbito da Actividade Integradora, que inclui um Roteiro do Carro Americano, bem como, a apresentação de alguns dos mais emblemáticos transportes da cidade, assim como, uma base de dados Gare de Informação, com notícias sobre transportes públicos que foram divulgadas em jornais de Coimbra, entre os anos de 1870 e 1946.
 
"O conceito de Rotas e Percursos Culturais corresponde à procura do visitante relativamente a novos destinos, propondo um modelo de atracção capaz de reforçar os laços de conhecimento cultural através da descoberta de um património partilhado."
Barca Serrana
"Desde tempos imemoriais que o Rio Mondego tem vindo a ocupar um importantíssimo lugar na cidade de Coimbra, outrora um ponto de intersecção de diversas rotas comerciais. A Barca Serrana foi presença constante no quotidiano serrano e citadino das suas gentes, conferindo a este registo etnográfico a patente de Património Cultural.A Barca Serrana consegue navegar com menor altura de água, sendo construída em madeira de carvalho ou de pinho, o que seria uma forte defesa face às intempéries.A inexistência de outros meios e vias de comunicação, estradas e caminhos-de-ferro, fez deste meio de transporte o elegido da cidade devido à sua rapidez e ao seu baixo custo. No Século XIX, o Porto da Raiva (Penacova) era considerado o mais importante de todo o curso navegável do Mondego, fazendo as trajectórias comerciais desde Penacova até à Figueira da Foz, vivendo os seus habitantes das actividades ligadas ao rio. Existiam barqueiros que, mediante uma certa remuneração, faziam a travessia de uma margem para a outra.
Na margem do rio existiam percursos por terra, caminhos ou carretos, que permitiam transportar as mercadorias em carros ou no dorso de animais. Nos portos fluviais haviam armazéns em que os produtos vindos de barca ficavam a aguardar a chegada dos almocreves que os levariam até ao interior da região beirã."
in Roteiro da Exposição

10 janeiro 2012

Jornal Nova Esperança suspendeu publicação por tempo indeterminado


"Em reunião da Fábrica da Igreja de Oliveira do Mondego, com a presença do Monsenhor Leal Pedrosa, foi decidido suspender as edições do jornal Nova Esperança por tempo indeterminado" – lê-se no Editorial do nº 395 de 31 de dezembro de 2011 Deste modo nos chega a confirmação dum final de que já se falava estar para breve.
A história do mesmo, bem como o conjunto de considerações que naturalmente este facto suscita, ficará para uma próxima oportunidade. Acresce a circunstância de, neste momento, Penacova não ter um periódico local, 110 anos depois de o Jornal de Penacova - o primeiro jornal penacovense - ter visto a luz do dia e do novo século que despontava.

Veja a seguir (clique para ampliar) os números publicados nos meses de Janeiro desde a data da sua fundação em Janeiro de 1980.

09 janeiro 2012

Instantâneos...




Instantâneo da Albufeira da Barragem da Raiva na zona de Oliveira do Mondego,
que em tempos se chamou Oliveira do Cunhedo.
Ao fundo a povoação do Cunhedo, a ponte de Oliveira-Cunhedo
e também, ao longe,  a ponte de Almaça.

Imagem: Penacova Online, Dez 2011

Projecto de Regeneração Urbana de Penacova já está em marcha

As obras do Projecto de Regeneração Urbana de Penacova, que implica intervenções desde o Largo Alberto Leitão até S. João , no edifício do Tribunal e construção do novo Parque de Estacionamento já estão a avançar.
Saiba mais sobre o Projecto aqui

Penacova, finais de Dezembro 2011

As obras em S. João avançam com força

Projecto da Intervenção desde o Largo Alberto Leitão
até à Capela de S. João

02 janeiro 2012

Mondego: a vida selvagem da nascente até à foz

Um rio aclamado por poetas e compositores, intimamente ligado à história de Portugal. Enquanto as suas águas se fundem com o mar, uma pequena fonte, escondida no alto da Serra da Estrela, continua a assegurar que o Mondego dá vida à sua grande variedade de habitats e de vida selvagem.
Documentário classificado com uma distinção. Filmado em Portugal durante Maio/Junho de 2011. Uma viagem pelo rio Mondego e a sua vida selvagem, das montanhas até ao oceano Atlântico.

Projecto final de mestrado em Wildlife Documentary Production da Universidade de Salford, Reino Unido.


"MONDEGO" Versão Portuguesa from Daniel Pinheiro on Vimeo.