12 outubro 2013

O Ciclo do Linho em exposição na Biblioteca Municipal


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Linho - Uma Arte Ancestral
Em tempos passados, o cultivo do linho era uma das principais actividades das gentes desta região. Era com esta planta que os nossos antepassados faziam lindas e valiosas peças de roupa, que ainda hoje existem guardadas. Para tal, o linho passava por várias etapas de transformação, desde a sementeira até ao produto final, ou seja, o tecido, nas quais eram utilizados vários utensílios. ( in  http://rancho-zagalho.blogspot.pt)
Veja estas e outras fotografias no blogue do Rancho Folclórico
e Etnográfico de Zagalho e Vale do Conde.
 Clique na imagem para aceder
 

11 outubro 2013

A crónica, ainda que efémera, vive...

CARTAS BRASILEIRAS

A libélula e a crônica

Das aulas de biologia nos tempos de colégio, e isso já beira meio século, martelam ainda em minha cabeça denominações da botânica, angiospermas, gimnospermas, briófitas e piteridóficas. Dos estudos da genética, lembro-me das drosófilas, uma espécie de mosca.
 
E nesses voos solitários, quase sempre noturnos, recordo-me de um artrópode interessante, as libélulas, que com a leveza de um balé, tocam as águas dos córregos, lagos e rios.
 
Como os românticos e sonhadores, o macho da libélula é tido com um inseto efêmero, de vida curta, morre logo após o acasalamento, pertence à ordem dos Efeméridos; palavra de origem grega que significa curto, que dura apenas um dia
 
Nos dias de hoje, diante da velocidade dos acontecimentos e da dinâmica da informação, com notícias transmitidas “online”, no momento em que acontecem, parece claro que os jornais impressos estão com os dias contadas; outras midias que se cuidem!
 
O jornal chega pela manhã trazendo as notícias, passa o dia sobre a mesa, algumas vezes pelo chão. Quando chega a noite, ou no máximo na manhã seguinte vai para a pilha de jornais velhos; fica velho de um dia para o outro.
 
E a crônica! Coitada, mal vive um dia, lida torna-se página virada, ultrapassada e velha, ninguém mais quer saber dela.
 
Ainda assim o cronista não desiste, como o romântico sonhador, quem sabe o vaivem dos dedos pelo teclado, no momento da composição do texto, o faça lembrar do balé da libélula e do macho.  Então, segue escrevendo, porque a crônica ainda que efêmera, vive.
P.T.Juvenal Santosptjsantos@bol.com.br
 
NOTA: o título do post é do Penacova Online

05 outubro 2013

5 de Outubro: recordar António José de Almeida


[António José de Almeida: um Beirão de projecção nacional] 
 
No Verão de 1929 realizou-se em Castelo Branco o IV Congresso das Beiras. António José de Almeida fora convidado para estar presente. A doença, que há longos anos o atormentava e que no Outono seguinte lhe causará a morte, impedirá essa deslocação. No entanto, não deixará de endereçar uma mensagem onde enaltece o “passado heroico” desta região. “Beira Una”, que é a “expressão suprema” de uma “Nação gloriosa, eterna geradora de heróis, de poetas e de mártires”. 
Este sentimento Beirão, expresso no final da sua vida, nascera muitos anos antes. Foi num lugar perdido da Beira - Vale da Vinha - que nasceu a 17 de Julho de 1866. Às terras do Alto Concelho de Penacova se manteve ligado ao longo da vida, quer por laços familiares, quer por relações políticas. Frequentou o ensino primário na sede da sua freguesia – Farinha Podre (actual S. Pedro de Alva.) Teve como professor João Gama Correia da Cunha, natural de Mouronho, mestre atento, desde muito cedo, ao carácter daquele seu aluno. 
Quando em 1890 António José de Almeida, já estudante universitário, se encontrava preso por crime de abuso de liberdade de imprensa, na sequência do artigo “Bragança, o Último”, publicado na folha académica Ultimatum, João Gama escreve para o jornal conimbricense A Oficina, uma carta em apoio do seu antigo pupilo. Nesse texto, afirma que muito há a esperar da “ilustração e boa vontade” daquele “rapaz” pois ''homens como ele não aparecem todos os dias”. A sua intuição levou-o também a dizer que o tempo se encarregaria de mostrar que estas suas palavras não eram “lisonja, nem ilusão dum insensato.'' 
Foi na cidade de Coimbra que António José de Almeida manifestou a sua vocação política. No entanto, as primeiras influências republicanas dever-se-ão ao professor das primeiras letras, republicano convicto, bem como a outras personalidades daquela freguesia que conviviam com a respeitada família “Almeida” e que acompanharam pessoalmente o jovem conterrâneo, aquando do julgamento e durante os meses de cárcere. 
Registe-se que o seu pai, José António de Almeida, só adere ao Partido Republicano no dia em que o filho entra na cadeia, quando já era presidente da Câmara de Penacova. Em plena sessão camarária, faz uma declaração que apanha desprevenida a vereação. Declaração que ficou registada em acta e onde, a dado passo podemos ler: “Nunca tinha pensado que na idade de setenta anos e que tendo empregado na maior parte deles as minhas forças na sustentação e defesa da monarquia e liberdades pátrias, me havia de fazer Republicano! Realizou-se, porém, este pacto desde que, no dia vinte e cinco de Junho último, vi que uma sentença injustificadamente rigorosa condenava em três meses de prisão o meu filho António José d’Almeida, arrancando-mo dos braços e aferrolhando-o na cadeia pública”.



Programa das comemorações em Penacova
A par de uma aguerrida militância republicana em Coimbra, António José de Almeida concluiu o curso de Medicina em 1895. Parte para S. Tomé no ano seguinte, onde virá a exercer clínica. Regressa em 1903 e ainda nesse ano inicia uma viagem de estudo que se estenderá até Março de 1904, passando por França, Itália, Suíça e Holanda. Em 1906 integra o Directório do Partido Republicano Português. Neste ano, são eleitos os primeiros deputados republicanos: António José de Almeida, Afonso Costa, Alexandre Braga e João de Menezes. 
A luta intensifica-se através da imprensa e da realização de inúmeros comícios, onde a presença de António José de Almeida é uma constante. 
Em 28 de Janeiro de 1908, na sequência de uma tentativa de golpe de Estado, é preso, juntamente com outros republicanos. Em Abril desse ano é novamente eleito. Agora, o Partido Republicano consegue eleger sete membros para a Câmara dos Deputados. Em Abril de 1909, no Congresso daquele partido e por indicação da Carbonária (recorde-se que em 1907 entrara para a Maçonaria) assume a direcção civil do Comité Revolucionário.
 António José de Almeida continua a marcar presença em muitos dos comícios que se foram realizando por todo o país. Refira-se Viseu no dia 8 de Março de 1908, Tábua um ano depois e S. Pedro de Alva em 1 de Agosto de 1909. A este último local, terão acorrido milhares de pessoas: 3000, segundo o Jornal de Penacova, 4000 de acordo com notícia de O Poiarense. A data ficará marcada na história local como sendo a primeira e única vez que António José de Almeida se dirigiu em público às pessoas que o viram nascer e frequentar os bancos da escola primária. 
No discurso que proferiu, fez questão de esclarecer que “veio falar à sua terra porque cá o chamaram.” Acentuou que não vinha “pedir nem votos, nem influências, nem importância” pois “nada precisava da República, como nada aceitava da Monarquia.” Vinha sim “junto dos homens da sua terra, para os ajudar a redimir e salvar”, apresentando-se como “um combatente que vem oferecer o seu braço, o seu cérebro e o seu esforço.” No mesmo dia do Comício foi inaugurado em S. Pedro de Alva um Centro Republicano. António José de Almeida, a dois meses do 5 de Outubro, reafirma que é preciso acabar com a ideia de que o Partido Republicano ''não tem força'' sendo, portanto, inevitável conquistar os direitos ''não só pelas palavras mas também pelas armas.'' 
Com a proclamação da República, António José de Almeida integra o Governo Provisório, assumindo a Pasta de Ministro do Interior, cargo que desempenhará até ao dia 3 de Setembro de 1911. Ainda neste ano, verifica-se a cisão do Partido Republicano. Democráticos (liderados por Afonso Costa), Evolucionistas (liderados por António José de Almeida) e Unionistas (liderados por Brito Camacho), irão até 1919 ocupar o espectro partidário republicano. 
Com a criação do Partido Evolucionista (o I Congresso realizar-se-á em Lisboa a 8 de Agosto de 1913) a região das Beiras, que já não era indiferente a António José de Almeida, reforça os contactos e cimenta as simpatias, principalmente nos concelhos pertencentes ao Círculo Eleitoral de Arganil (Arganil, Góis, Miranda do Corvo, Lousã, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Poiares e Tábua). As movimentações de António José de Almeida passam por Tábua (Março de 1913), acompanhado de António Granjo e de outros republicanos. 
No comício que aí se realizou, mais uma vez se revelou como “o homem eloquente de sempre”, dirá o Jornal de Arganil, órgão do Centro Republicano Evolucionista, fundado em Março de 1913 por Alberto Veiga Simões. O primeiro número daquele jornal dirá que o concelho, na sua quase totalidade, abraçara a política evolucionista. Veiga Simões virá a ser convidado por António José de Almeida para “redactor político” do jornal República. Em Arganil, Ventura da Câmara, da Quinta do Mosteiro (Folques) é outro nome a reter no conjunto dos militantes evolucionistas da região.
 Em Penacova vamos encontrar Amândio dos Santos Cabral à frente do Jornal de Penacova, periódico fundado em 1901 mas que agora se assume como órgão concelhio do Partido Evolucionista. Neste concelho as movimentações de apoio são intensas, o ideário do novo partido e as inúmeras adesões são noticiadas na imprensa local[1]. Em Oliveira do Hospital, segundo crónica do Jornal de Arganil, apesar de existir uma “simpatia latente” por António José de Almeida, o concelho ainda não decidira “abraçar este ou aquele partido”. Caso estranho, pois Oliveira do Hospital revelara-se como sendo um dos concelhos “mais bulidos pela política” após a Implantação da República. As críticas recaem em Augusto de Mattos-Cid, advogado, que no dia 7 de Outubro assumira a presidência da Comissão Administrativa Republicana e manifestava, agora, simpatias por Afonso Costa. 
A carreira política de António José de Almeida registará um novo capítulo em 1916. No contexto da I Guerra Mundial, assumirá as funções de Presidente do Ministério (Primeiro Ministro) (15 de Março de 1916) e de Ministro das Colónias no Governo da “União Sagrada”, formado por Evolucionistas e por Democráticos. A ruptura desta “coligação” dar-se-á no dia 25 de Abril de1917. 
Regressará em 1919, agora como Presidente da República. Apesar de ter enfrentado um dos períodos “mais trágicos da República”, foi o único a cumprir, entre 1910 e 1926, integralmente os quatro anos de mandato presidencial. No período que vai de 5 de Outubro de 1919 a 5 de Outubro de 1923, António José de Almeida, além de muitos outros contratempos, terá que “lidar” com dezassete Governos e terá que enfrentar os trágicos acontecimentos da “noite sangrenta” de Outubro de 1921. No entanto, o sucesso da travessia aérea Lisboa-Rio de Janeiro e, pouco depois, o momento “glorioso” e “triunfal” da sua Visita Presidencial ao Brasil, nos finais do Verão de 1922, serão acontecimentos positivos que marcarão o seu mandato.
 É todo este seu percurso que leva João Alves das Neves, eminente jornalista arganilense, a considerar António José de Almeida como “o maior estadista da Beira-Serra”. 
Vitimado pela doença (gota) que o acompanhou ao longo da vida, morre em Lisboa no dia 31 de Outubro de 1929, com 63 anos.
O quinzenário A Voz de S. Pedro de Alva preenche integralmente a capa da edição de 16 de Novembro com o título: ''A Pátria e a República em Crepes: morreu o Dr. António José de Almeida''. Periódico que poucos meses antes, recebera uma carta onde aquele seu ilustre conterrâneo prometia escrever “umas linhas” para o mesmo, logo que “estivesse melhor dos seus padecimentos”. Também a Comarca de Arganil publicará uma notícia com foto sua e uma gravura da casa de Vale da Vinha, escrevendo que “com o desaparecimento do Dr. António José de Almeida” perdia “a Pátria um dos seus maiores soldados e a República um dos seus maiores generais.” 
Durante vários anos a imprensa local e regional não deixou cair no esquecimento a data de 31 de Outubro, mas só com o 25 de Abril a figura de António José de Almeida foi em certa medida reabilitada, depois ter sido silenciada durante muitos anos. ''Finalmente possível…'' é o título do artigo publicado pelo Notícias de Penacova respeitante à homenagem que se iria realizar no dia 5 de Outubro de 1974 naquela vila. ''António José de Almeida sob silêncio do cemitério'' será outro título da mesma edição, com a assinatura de Urbano Duarte, padre e jornalista, ligado ao jornal diocesano Correio de Coimbra. 
Em 5 de Outubro de 1976 foi inaugurado na vila de Penacova um busto de António José de Almeida, obra escultórica do Mestre Cabral Antunes. Na cerimónia, usou da palavra, além de outras individualidades, o Governador Civil de Coimbra, Fernando Vale que, curiosamente, havia iniciado funções na véspera. Outro acto de homenagem foi a instituição do dia 17 de Julho como Feriado Municipal de Penacova, por deliberação da Assembleia Municipal (28 de Maio de 1976). Em 1997, no dia 5 de Outubro, foi inaugurada uma estátua em S. Pedro de Alva, sede da freguesia da sua naturalidade. 
Para completar este reconhecimento concelhio, aguarda-se que o Município de Penacova faça a compra e a recuperação da casa onde nasceu aquele estadista. O antigo “solar” de Vale da Vinha começa a ameaçar ruína. A instalação de uma Casa-Museu ou de um Centro de Estudos, seria uma hipótese que muito dignificaria aquele espaço carregado de memórias que urge preservar. 
Para um conhecimento da vida e da obra de António José de Almeida é incontornável a consulta da “biografia ilustrada” António José de Almeida e a República, de Luís Reis Torgal e Alexandre Ramires, publicada em 2004. De referir ainda, quer o livro de Ana Paula Pires, editado em 2012, António José de Almeida: o Tribuno da República, quer a colectânea Quarenta Anos de Vida Literária e Política, em quatro volumes, reunindo discursos e outros textos, publicada em 1933. 
Recorde-se que António José de Almeida, além de grande orador (nos Comícios, na Câmara dos Deputados, no Governo e na Presidência da República) utilizou também a escrita, em especial a jornalística, para expressar as suas ideias. Assinou inúmeros artigos em jornais e publicações republicanas e fundou a revista Alma Nacional (1909) e o jornal República (1911). 
Escrevia Júlio dos Santos, em 1932, n’ A Voz de S. Pedro de Alva: “Se ao advento da República Miguel Bombarda deu Cérebro, Pensamento, Equilíbrio; se Cândido dos Reis lhe deu Corpo, Forma; António José de Almeida deu-lhe o Verbo. Verbo que é Sopro de Deus!”

David Almeida
Artigo publicado na Revista Ipsis Verbis (ver referência AQUI)



[1]  Sobre a República e o republicanismo em Penacova, cfr. David Almeida, Penacova e a República na Imprensa Local. Edição da Câmara Municipal de Penacova, 2011.
 
Pormenores da Revista IPSIS VERBIS
[clique para ampliar]


03 setembro 2013

Cartas Brasileiras: um espaço que vai continuar no Penacova Online

Durante estas semanas de paragem, recebemos, via postal, uma simpática carta do Brasil, onde não faltou o pormenor de escolher selos significativos para aquele país, nestes últimos tempos. Ainda antes de definir o novo esquema de conteúdos que anunciámos em Julho, aqui fica a mensagem do já amigo de Penacova Paulo Santos, de S. Paulo.
 




 

01 setembro 2013

Nova etapa do blogue: novo cabeçalho



Tal como anunciámos, a partir de Setembro o conteúdo do blogue irá centrar-se mais na história e cultura do concelho de Penacova. Também o cabeçalho irá ter novo visual oportunamente. Aqui fica  a imagem do que vigorou até agora.

23 julho 2013

Penacova Online: seis anos de publicação

Completam-se agora seis anos de publicação ininterrupta do Penacova Online.  A todos os seguidores deste espaço o nosso agradecimento. Possivelmente com um carácter menos informativo e mais temático esperamos voltar em Setembro.
Obrigado.
David Almeida

Bibliografia sobre Lorvão enriquecida com mais uma obra de Nelson Correia Borges lançada no Dia do Município


 
Doçaria Conventual de Lorvão: um trabalho de investigação
do historiador penacovense Nelson Correia Borges, que divulga
muitos aspectos desconhecidos desta temática.

08 julho 2013

"Cultura Viva" é mote para as Comemorações do Feriado Municipal


17 de Julho

10 h – Hastear da Bandeira ao som do Hino Nacional

Homenagem a António José de Almeida ( no 147º aniversário do seu nascimento)

10.30 – Inauguração do Parque de Estacionamento Municipal

11 h - Cerimónia Evocativa do Feriado Municipal no Centro Cultural

16h - Apresentação do livro  DOÇARIA CONVENTUAL DE LORVÃO” da autoria de Nelson Correia Borges , nos Claustros do Mosteiro de Lorvão

21 h - Ballet “A Floresta Encantada” na Centro Cultural

Nos dias 18 e 19 de Julho

CONVERSAS COM…

15 h  -  Varela Pècurto  ( Fotografias  sobre Penacova)

17.30 - Maria Alegria Marques ( 500 anos do Foral Manuelino)

No dia 20

11 h -  Exposição de Pintura de Luís Artur Pereira

12.15 - Conferência “O Tempo é como um Rio e nós somos o Mondego” por José Marques

 

22 junho 2013

Cartas Brasileiras: Arroz com Feijão



"Arroz com feijão”

No Brasil, para dizer que algo é corriqueiro, fácil, comum, do dia a dia, existe a expressão “é arroz com feijão”, porque a dupla de alimentos é uma constante na nossa mesa.
Deixando de lado a comida mais sofisticada e regionalismos,o feijão desde há muito tem estado presente na culinária doméstica. O arroz veio para cá em 1808, junto com a Coroa Portuguesa.
O prato é tão apreciado e comum, que muitos sentem sua falta depois de alguns dias fora de casa, ainda que desfrutando as delicias das cozinhas regionais do nosso Brasil, ainda que na Europa ou América.
O sentimento de falta se dá mesmo estando no Brasil, creio que muito mais pelo tipo de feijão. Para nós paulistas, uma semana maravilhosa no Rio de Janeiro é suficiente para que sintamos saudade do feijão vermelho, porque o feijão preto dos cariocas nos basta nas tradicionais feijoadas das quartas ou sábados (feijoada acompanhada pelo arroz).
A famosa dupla  (Arroz com Feijão) não tem nome próprio, a não ser no aconchegante e alegre nordeste Lá existe o "Baião de dois", arroz e o feijão preparados juntos, mais arroz do que feijão, regados com manteiga de garrafa. Contudo, passados alguns dias, mesmo com o forró (dança, ritmo e música local) queimando o pé, já chega.
Estando na Europa a situação ficar pior, com a barriga roncando de fome pela comida de casa. Em uma das viagens, depois de atravessarmos a fronteira Espanha-Portugal, em um restaurante do lugar chamado Vila Verde de Ficalho, o gentil casal de proprietários nos serviu arroz, feijão com toucinho e torresmo, fritas e bife acebolado!
Nos Estados Unidos, mais precisamente na Flórida, destino preferido de muitos brasileiros, ninguém mata cachorro a grito. Pode-se encontrar com facilidade arroz com feijão, como o "Gallo Pinto", feito com feijão vermelho, comida típica da Nicarágua e Costa Rica. O prato vem  acompanhado com  carne assada ou "desmenuzada" (desfiada), "maduros" fritos (banana frita), tajada (banana fatiada desidratada e frita) e queijo assado.
Na cozinha cubana, feito com feijão roxo e arroz, há os "Moros y Cristianos" (mouros, os povos bárbaros de pele morena, como o feijão e os cristãos de pele branca). Também de Cuba, o Congrí, feito com feijão preto. Os porto-riquenhos oferecem o "Arroz con habichuelas", El Salvador o "Casamiento" (arroz a noiva e o feijão preto o noivo).
A variedade dos nomes desse combinado pode vir da denominação que o feijão recebe em cada região: frijoles na Costa Rica, Cuba, El Salvador, Guatemala, Honduras, México e Nicarágua, habichuela em Porto Rico e Colômbia, chaucha na Argentina, Paraguai, Uruguai, poroto no Chile e caraota na Venezuela.
Puxando a sardinha para a minha brasa, diria que arroz com feijão imbatível era o da casa da minha meninice; um mexidinho preparado na frigideira com alguma sobra do almoço, abobrinha, batata, mandioca cozida, se sobrasse, quando não, apenas os "astros" com um pouco de farinha e um ovo quebrado por cima e mexido. Santo Deus!
 
ptjsantos@bol.com.br

 




Praia Fluvial do Reconquinho hasteou Bandeiras Azul e de Praia Acessível para Todos


A Praia Fluvial do Reconquinho hasteou, na sexta feira, dia 14 de Junho a Bandeira Azul e a Bandeira de Praia Acessível para Todos, galardões conquistados pela primeira vez, este ano de 2013.

Sob o lema «Este verão é em Penacova», o Município de Penacova, levou este ano a cabo a campanha para a conquista deste galardão, uma mais valia na estratégia de promoção dos recursos turísticos do concelho.
VEJA SITE DA CÂMARA MUNICIPAL

Marchas Populares animaram Penacova


Fui uma multidão animada a que encheu o Largo Alberto Leitão, para acolher as Marchas Populares de Penacova 2013.

A primeira marcha a entrar em cena foi a marcha da APPACDM Centro de Figueira de Lorvão, seguida do Centro Social e Paroquial de Lorvão, marcha de Travanca do Mondego, marcha de Santo António de Lorvão e marcha da Cheira pelo Mocidade Futebol Clube.

As marchas populares voltaram este ano ao Largo Alberto Leitão voltando a dar cor, animação e muita alegria ao centro da vila, numa manifestação de cariz popular inspirada nas tradições locais.  

Nomes de Combatentes mortos na Guerra do Ultramar gravados em Memorial


 
Penacova homenageou antigos combatentes no Ultramar
 no Dia de Portugal

Foram muitas as pessoas que hoje se reuniram em Penacova para, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, homenagearem ao habitantes do concelho que combateram na Guerra do Ultramar e, muito em particular, os vinte combatentes do concelho que no teatro de guerra pereceram, dando a sua vida pela Pátria.

A cerimónia que se iniciou com uma Missa na Igreja Matriz de Penacova, teve o seu ponto alto com a inauguração nos Jardins do Largo Alberto Leitão, junto à Pérgola Raúl Lino, de um Memorial em homenagem aos combatentes do Concelho de Penacova.

Na cerimónia estiveram presentes muitos familiares, amigos e ex-combatentes, para além de representantes do Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, da Liga dos Combatentes e outras individualidades. A presidir a cerimónia, a Associação dos Combatentes do Concelho de Penacova, fundada em 2011, contou com o apoio do Município e das Juntas de Freguesia do concelho para a implementação do monumento.

O Presidente do Município de Penacova, Humberto Oliveira, bem como o Presidente da Assembleia Municipal, Pedro Coimbra, dirigiram aos presentes palavras de homenagem e de esperança, salientando ambos a importância de que esta cerimónia tenha sido celebrada numa data em que se celebra Portugal e os portugueses. Na memória dos presentes ficarão certamente as palavras de emoção dirigidas pelo Presidente do Município de Penacova, Humberto Oliveira que, não tendo combatido no Ultramar, partilhou a vivência da sua família na dura experiência da guerra.
Texto e Foto: Câmara Municipal


Pode ler também no Semanário
A Comarca de Arganil de 20 de Junho
 
 

09 junho 2013

Memorial dos Combatentes do Ultramar vai ser inaugurado a 10 de Junho

É já amanhã que vai ser prestada uma homenagem especial aos Combatentes do Ultramar com a inauguração de um Memorial no Largo Alberto Leitão.

A Associação dos Combatentes do Concelho de Penacova convida a população a, no próximo dia 10 de junho, assistir à inauguração do Memorial dos Combatentes do Concelho de Penacova que deram a vida pela Pátria na guerra do Ultramar.

 Programa: 
 10:00 - Missa
 Local: Igreja Matriz de Penacova
11:00 - Descerramento e Benção do Memorial
 Local: Jardim do Largo Alberto  Leitão
 11:15 - Sessão Solene
 Almoço na Quinta da Nora - Miro
 Inscrições para o almoço: 239 456 277 | 936 739 566

 

03 junho 2013

"Travanca para Sempre Freguesia" é o tema da Marcha 2013



Actuação em Souselas (fotos de J. Costa e António Pais)
Travanca do Mondego já marcha… cantando “Travanca para Sempre Freguesia”
A marcha de Travanca deu início às suas atuações no último sábado em Souselas, com o tema Travanca para sempre Freguesia. Vestidos em tons de azul safira, a cor da freguesia e da associação, a marcha faz uma apologia às suas gentes e à sua freguesia, manifestando, também, desta maneira o seu desagrado perante a extinção da freguesia. De realçar, também, o trabalho habilidoso do arco que representa uma réplica da igreja da nossa freguesia.
Todo o conjunto brilhou e mais uma vez os dançarinos e a banda deram o seu melhor para oferecer um momento de muita alegria a todos os presentes.
Aguardamos as próximas atuações, deixando as maiores felicitações e os parabéns a todos os envolvidos pelo excelente trabalho.
Para os que ainda não viram e querem ver, e para os que já viram e querem rever, aqui ficam as datas e lugares das próximas atuações:
Dia 7 de Junho Ribeira de Frades (Coimbra)

Dia 9 de Junho Cheira (Penacova)

Dia 15 de Junho Penacova

Dia 22 Amor de Junho (Leiria)

Dia 29 de Junho Travanca do Mondego

Dia 30 de Junho Rebordosa (Penacova)

Dia 6 de Julho Espite (Ourém)
                                                                                                  Carmen Rojais

25 maio 2013

Revista "Ipsis Verbis" dedicada a Personalidades das Beiras publica artigo sobre António José de Almeida

 
Foi lançado ontem, em Oliveira do Hospital, o nº 6 da revista Ipsis Verbis, que vem sendo publicada há alguns anos pela Escola Secundária de Oliveira do Hospital. Este número, com 293 páginas, tem como tema principal "Personalidades" [das Beiras]. Integra 96 artigos escritos por 87 autores. A equipa redactorial é formada pelos professores Luís Filipe Torgal, Célia Lourenço e Francisco Henriques. Uma publicação que se afirmou na Beira-Serra e mesmo no país, pela sua qualidade editorial.
António José de Almeida é uma das personalidades que os responsáveis da revista entenderam incluir. O concelho de Penacova está, assim, representado, tendo na apresentação, sido destacada a necessidade de não deixar "cair" a casa onde António José de Almeida nasceu, sendo também referida a casa de Aristides Sousa Mendes, como outro exemplo de património histórico que se encontra em ruínas e que urge preservar.
Este número tem como temas: Personalidades, Efemérides, Educação e Formação, Reflexões e Ficções de Abril, Por andam os Alunos Crescidos da Nossa Escola, Incursões pela História Local e Vária. Conta com o apoio da Câmara Municipal, da Fundação Belmiro de Azevedo e Caixa de Crédito Agrícola.

Desfile de Moda animou o Largo Alberto Leitão

Pagina do suplemento Magazine do jornal Díário de Coimbra de 24 de Maio

Casa do Concelho de Penacova em Lisboa vai assinalar 19º Aniversário

Adicionar legenda
A Casa do Concelho de Penacova, presidida pelo Sr. José Bernardes, radicado em Lisboa  e tendo como Delegado em Penacova o Sr. José Alberto Costa, vai assinalar o seu 19º Aniversário com um Almoço-Convívio em Lisboa no dia 9 de Junho.
Inscrições: 91 940 9592 (Lisboa) e 91 756 6054