01 dezembro 2012

Cartas Brasileiras V: o "achado" do Brasil


A CARTA DE PERO VAZ DE CAMINHA

Acredito ser interessante, nesse cantinho das “Cartas Brasileiras" , falar sobre a primeira carta enviada do Brasil a Portugal. Datada no dia 1 de maio de 1500, escrita em Seguro (Bahia- Brasil), por Pero Vaz de Caminha, escrivão de Pedro Alvares Cabral, na viagem que resultou no “descobrimento" do Brasil, que comunica ao Rei D.Manuel o “achado”. O documento histórico está guardado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa). Para que chegasse às mãos do Rei, uma das naus da esquadra, a capitaneada por Gaspar de Lemos, teve que retornar a Portugal.
Transcrita por especialistas, para que possamos entendê-la,  ela assim se inicia:


“Snõr: Posto que o Capitão-mor desta vossa frota, e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do achamento desta vossa terra nova, que ora nesta navegação se achou, não deixarei também de dar disso minha conta a Vossa Alteza, assim como eu melhor puder, ainda que para o bem contar e falar o saiba pior que todos fazer...”

A partida de Belém (Portugal), escreve: “como Vossa Alteza sabe, foi segunda-feira, 9 de março. Sábado, 14 do dito mês, entre as oito e nove horas, nos achamos entre as Canárias, mais perto da Grã-Canária, e ali andamos todo aquele dia em calma, à vista delas, obra de três a quatro léguas. E domingo, 22 do dito mês, às dez horas, pouco mais ou menos, houvemos vista das ilhas de Cabo Verde, ou melhor, da ilha de S. Nicolau, segundo o dito de Pero Escolar, piloto.

Na noite seguinte, segunda-feira, ao amanhecer, se perdeu da frota Vasco de Ataíde com sua nau, sem haver tempo forte nem contrário para que tal acontecesse...E assim seguimos nosso caminho, por este mar, de longo, até que, terça-feira das Oitavas de Páscoa, que foram 21 dias de abril, estando da dita Ilha obra de 660 ou 670 léguas, segundo os pilotos diziam, topamos alguns sinais de terra...Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum grande monte, mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos: ao monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terraa Terra da Vera Cruz”.
 
Assim descreveu sobre os homens que aqui encontraram:  “Eram pardos, todos nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Vinham todos rijos... Nicolau Coelho lhes fez sinal que pousassem os arcos. E eles os pousaram...A feição deles é serem pardos, maneira de avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem-feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura. Nem estimam de cobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros, de comprimento duma mão travessa, da grossura dum fuso de algodão, agudos na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita como roque de xadrez, ali encaixado de tal sorte que não os molesta, nem os estorva no falar, no comer ou no beber. Os cabelos seus são corredios, andavam tosquiados, rapados até por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte para detrás, uma espécie de cabeleira de penas de ave amarelas, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas...

Acenderam-se tochas. Entraram. Mas não fizeram sinal de cortesia, nem de falar ao Capitão nem a ninguém. Porém um deles pôs olho no colar do Capitão, e começou de acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizendo que ali havia ouro. Também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal como se lá também houvesse prata...

Trouxeram-lhes vinho numa taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram nada, nem quiseram mais...

...Ao domingo de Pascoela pela manhã, determinou o Capitão de ir ouvir missa e pregação naquele ilhéu... E ali com todos nós outros fez dizer missa, a qual foi dita pelo padre frei Henrique, em voz entoada, e oficiada com aquela mesma voz pelos outros padres e sacerdotes, que todos eram ali. A qual missa, segundo meu parecer, foi ouvida por todos com muito prazer e devoção. Ali era com o Capitão a bandeira de Cristo, com que saiu de Belém, a qual esteve sempre levantada, da parte do Evangelho...Também andavam, entre eles, quatro ou cinco mulheres moças, nuas como eles...suas vergonhas tão nuas e com tanta inocência descobertas, que nisso não havia nenhuma vergonha.

Andamos por aí vendo a ribeira, a qual é de muita água e muito boa. Ao longo dela há muitas palmas, não muito altas, em que há muito bons palmitos. Colhemos e comemos deles muitos.

À segunda-feira, depois de comer, saímos todos em terra a tomar água. Ali vieram então muitos, mas não tantos como as outras vezes. Já muito poucos traziam arcos. Estiveram assim um pouco afastados de nós; e depois pouco a pouco misturaram-se conosco. Abraçavam-nos e folgavam...E trouxeram de lá muitos arcos e barretes de penas de aves, deles verdes e deles amarelos, dos quais, creio, o Capitão há de mandar amostra a Vossa Alteza...

À terça-feira, depois de comer, fomos em terra dar guarda de lenha e lavar roupa.  Estavam na praia, quando chegamos, obra de sessenta ou setenta sem arcos e sem nada...Depois acudiram muitos, que seriam bem duzentos, todos sem arcos; e misturaram-se todos tanto conosco que alguns nos ajudavam a acarretar lenha e a meter nos batéis...

À quarta-feira não fomos em terra, porque o Capitão andou todo o dia no navio dos mantimentos a despejá-lo e fazer levar às naus isso que cada uma podia levar...E assim não houve mais este dia que para escrever seja...

À quinta-feira, derradeiro de abril, comemos logo, quase pela manhã, e fomos em terra por mais lenha e água...Parece-me gente de tal inocência que, se homem os entendesse e eles a nós, seriam logo cristãos, porque eles, segundo parece, não têm, nem entendem em nenhuma crença... E portanto, se os degredados, que aqui hão de ficar aprenderem bem a sua fala e os entenderem, não duvido que eles, segundo a santa intenção de Vossa Alteza, se hão de fazer cristãos... Portanto Vossa Alteza, que tanto deseja acrescentar a santa fé católica, deve cuidar da sua salvação. E prazerá a Deus que com pouco trabalho seja assim.

Eles não lavram, nem criam. Não há aqui boi, nem vaca, nem cabra, nem ovelha, nem galinha, nem qualquer outra animal que costumada seja ao viver dos homens. Nem comem senão desse inhame, que aqui há muito, e dessa semente e frutos, que a terra e as árvores de si lançam...

            ...E nesta maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza do que nesta vossa terra vi. E, se algum pouco me alonguei, Ela me perdoe, que o desejo que tinha, de Vos tudo dizer, mo fez assim pôr pelo miúdo. E pois que, Senhor, é certo que, assim neste cargo que levo, como em outra qualquer coisa que de vosso serviço for, Vossa Alteza há de ser de mim muito bem servida, a Ela peço que, por me fazer singular mercê, mande vir da ilha de São Tomé a Jorge de Osório, meu genro...

            Beijo as mãos de Vossa Alteza.

Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.


Nota: a inclusão das imagens é da responsabilidade do Penacova Online

Câmara promove concurso de decoração de Natal

 

28 novembro 2012

Hospital de Lorvão: artigo de opinião de Paulo Figueiredo no Beiras

Algumas vezes publicámos neste blogue ( ver 1 e 2 ) textos do Dr. Paulo Figueiredo. Ao termos agora conhecimento de mais um texto, actual e pertinente,  sobre o extinto Hospital de Lorvão,  não quisemos deixar de o transcrever:


Paulo Figueiredo

 Os doentes do Lorvão e o café da D. Tila

Já não bastavam os politiqueiros apressadamente convertidos aos modernos paradigmas da Saúde (e doença) Mental que, acerca do Hospital Psiquiátrico do Lorvão (HPL), bramaram que “ não se podia chamar àquilo um hospital” – apesar de nunca se terem informado do que lá se fazia.

Não bastavam os indivíduos denunciantes de uma pretensa “acumulação de doentes sem os tentarem reabilitar” – mas que nunca foram ao Lorvão, apesar de lhe terem apontado as “más condições climáticas”, seja lá isso o que for.

Eis que vem agora o presidente da Fundação ADFP (Miranda do Corvo), – para onde os doentes do sexo masculino (ex)residentes no Lorvão foram conduzidos, num processo de trans-institucionalização (i.e, transitaram de uma instituição para outra) – dizer que os doentes estariam “impedidos de uma vida em contacto com a comunidade” e, que, ao contrário do que sucedia no Lorvão (infere-se), “a ADFP aposta em cuidados dedicados aos doentes mentais graves que apostem na humanização, no respeito e na dignidade da pessoa”, considerando que “a segregação e a “guetização” são práticas condenáveis, que a ADFP pretende contrariar, investindo nas pessoas, com bondade” (sic). Na mesma notícia, o sr. presidente triunfantemente anuncia a efectivação, no passado dia 9 de Novembro, de uma acção terapêutica de grande importância : alguns doentes saíram da instituição (onde chegaram em Julho, 4 meses atrás, pelo que se depreende da demorada preparação desta acção anti-gueto) e … “foram de manhã ao café da aldeia, ao café da D. Tila” !! Zelosamente acompanhados por uma psicóloga e assistente social, imagine-se !! Alegremo-nos : este enorme e “bondoso” benefício irá passar a ser realizado semanalmente.

Cada um é livre de se pôr em “bicos de pés” – o ridículo do teor da notícia irá encarregar-se de o fazer cair. Mas não denegrindo uma Instituição (e os seus trabalhadores) que durante muitos anos cuidou seriamente dos seus doentes :

- É inumerável o rol de actividades sócio-ludo-terapêuticas dirigidas aos seus doentes residentes pelo HPL. Meticulosamente planeadas, com pré-definição dos objectivos e rigorosa avaliação posterior do seu alcance. Documentadas em filmes e fotografias, para ver e comentar no dia seguinte em reunião colectiva dos participantes, altura em que se debatia e votava o local da próxima acção. Numerosíssimas idas à praia, às feiras, aos mercados – e que lições retirámos da efusivamente risonha interacção entre as peixeiras da Figueira da Foz e os doentes !! Sempre procurando diluir o estigma nas ruas, nos restaurantes, nos transportes públicos. Mas espante-se, sr. presidente, com os tortuosos caminhos da dita “guetização” promovida pelo Lorvão : semana de férias anual, na praia, em locais como a Quinta da Fonte Quente (Tocha), na Figueira da Foz e no Algarve (instalações do INATEL); EXPO 98 e, mais tarde, outras visitas ao Oceanário; Jardim Zoológico em Lisboa; Bracalândia (Braga); Badoca Parque e Festa da Flor (Alentejo); cruzeiro no rio Douro; Sea Life, oceanário (Porto); Serra da Estrela; assistir a jogos de futebol (em Coimbra e Lisboa) e a peças de teatro; ida a Santiago de Compostela (Espanha), por vários dias. Impossível citá-las a todas, sendo que muitas foram sucessivamente repetidas por desejo expresso dos doentes – como é o caso das idas anuais ao Santuário de Fátima. Note-se que o esforço e profissionalismo dos funcionários (pessoal auxiliar, médicos, administrativos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, administrativos, motoristas, terapeutas ocupacionais, capelão – toda a gente colaborava !!) possibilitou que, em muitas destas actividades, a mobilização dos doentes residentes fosse total. Não eram 5 doentes (como surge na foto que ilustra a notícia, certamente obtida no café da D. Tila…), eram muitos mais – acções houve que mobilizaram cerca de 200 pessoas !!

- Entre muitas outras actividades (como a alfabetização, música e a ginástica/desporto) há que citar ainda o treino de autonomia pessoal e independência funcional (comunicação interpessoal, fazer compras, utilização de serviços públicos, etc) intensivamente praticado no HPL. Obviamente, admitimos que o rol das actividades de osmose do contexto vivencial institucional com o exterior desenvolvidas no HPL, apesar de impressionante pela variedade, dimensão e rigor científico, nunca poderá ser comparado às “bondosas” (sic) idas semanais dos doentes ao café da D. Tila…

Mas a dita “guetização” verificada no Hospital do Lorvão teve ainda uma outra dimensão, provavelmente ainda mais importante, incentivada pelos técnicos mas potenciada pela notável inserção da Instituição na comunidade circundante. Todos os dias (sublinhado) os doentes circulavam livremente pela vila, frequentando o banco, a cabeleireira, as lojas, as mercearias, os cafés e, por vezes, os restaurantes; eram tratados familiarmente, pelo nome próprio, pelos habitantes do Lorvão, que “adoptaram” alguns deles de tal forma que regularmente os convidavam para almoçar e passar festividades como o Natal. O que justifica as lágrimas da população do Lorvão aquando da definitiva partida dos “seus” doentes e Amigos; e que hoje, quando escrevo estas linhas frontais e indignadas, comoverá muita gente no funeral do Mário Abreu (o “Má”, como era carinhosamente conhecido), um dos doentes mais populares e queridos do Lorvão.

É esta idiossincrasia que torna o Lorvão único, no sentir unânime de quem por lá passou, funcionários e doentes. Pelos 50 anos do seu importantíssimo papel na assistência psiquiátrica ao povo pobre das serras e dos campos, merece ser tratado com dignidade e respeito. Nós – e sabemos que connosco muita gente que indelevelmente considera o HPL como tendo sido a sua “casa” – cá estaremos sempre para denunciar a injustiça e a mentira com que alguns arrogantemente pretendem reescrever a História.

27 novembro 2012

Coral Divo Canto actuou na Galiza

Foto actualizada do Grupo

No  dia 24 do corrente mês de Novembro o Coral Divo Canto de Penacova participou no 6º. Concerto "OUTONO DE CORAIS "na cidade de Vigo organizado pelo Coral Máximo Gorki.O concerto teve lugar no auditório do Instituto Santa Irene em Vigo.Participaram para além do grupo organizador,o  Coral Divo Canto e o Coro del Ilustre Colegio de Abogados de Vigo.Com o auditório completamente cheio, coube ao Coral Divo Canto o encerramento, o qual mereceu os aplausos dos presentes durante a sua actuação. tendo exibido o seguinte programa:
 A south african  trilogy - Popular/arr. Stephan Barnicle; Cantigas de Maio - José Afonso /arr. E. Carrapatoso; Trai-Trai - Manuel Faria; Esconjuro III " Contra as travoadas" - Fernando Lopes Graça;  Canção do Pescador - Mário Sousa Santos; Foi Deus - Alberto Janes/ arr. A. Mesquita e Pinga  com Limão - Wagner Franklin.
O Coral Divo Canto que actualmente é dirigido por Pedro André Rodrigues e que  é formado por cerca quarenta elementos,  tem como próximas actuações no dia 12  e 15 de Dezembro próximo, respectivamente em Coimbra e Bragança, encerrando o ano com o Concerto de Natal no dia 23 de Dezembro, pelas 16,00 horas na Igreja Matriz de Penacova.
José Almeida

Filarmónica Lorvanense apresenta programa para Dezembro


XII Almoço-Convívio do Núcleo Sportinguista de Penacova


26 novembro 2012

CONVÍVIO EM NEWARK A FAVOR DOS BOMBEIROS DE PENACOVA


Comandante António Simões, Presidente da Câmara, Humberto Oliveira e Presidente
da Direcção dos BVP, Paulo Dias, em Newark (Estados Unidos da América)
 
Foi a vigésima vez que o Grupo dos Amigos de Penacova em Neawark organizou uma festa convivio de angariação de fundos para ajudar Instituições ou pessoas carenciadas do Nosso Concelho. O ponto alto desta iniciativa decorreu no passado Sábado, no Clube dos Açores em Newark e, como foi noticiado, contou com a presença do Presidente da Câmara, do Presidente da Direção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova e do Comandante do Corpo de Bombeiros, que foram recebidos pelas mais de 200 pessoas que encheram o salão de alegria, de convívio mas também de solidariedade, de altruísmo e de exemplo de amor e carinho pela sua terra de origem.

Mesmo longe, e com uma vida de trabalho muito intensa, estas pessoas não esquecem as suas aldeias, e as suas gentes e lembram os bombeiros da sua terra também como uma garantia de ajuda aos seus familiares, como muito bem referiu no seu discurso Paula Baptista em representação da organização e de todos os participantes no evento.
CONTINUE A LER
E VEJA MAIS FOTOS  NO BLOGUE DOS BVP

23 novembro 2012

Notas para a história do Casal de Santo Amaro e da produção de cal (III)

NP- recorte de 1952

Notas para a "história" da exploração de cal no concelho de Penacova (II)

Notícias de Penacova, 1946

 
Esta Fábrica, da qual ainda não há muitos anos se podiam ver ruínas no local (quem não se lembra da "chaminé" da Galiana, foi construida por volta de 1913, sob a iniciativa de Amândio Cabral e outros. Há referências escritas de que a cal ali produzida foi utilizada nos paredões que ladeia o Mondego em Coimbra. O percurso desta fábrica foi acidentado e a sua história ainda está por fazer. Este exemplar de arqueologia industrial não foi preservado e hoje nada resta.

Notas para a "história" da exploração de cal no concelho de Penacova (I)

in NOTÍCIAS DE PENACOVA, 1948

Teatro Experimental de Mortágua (TEM) apresenta em Penacova " É Urgente o Amor"

 
 
  
A 52ª Produção Teatral do TEM, estreada a 21 de Julho último, vai ser apresentada amanhã em Penacova. 
"O Amor é urgente para todos. Branca é a que sofre mais, mas todos denunciam essa urgência em amar e ser amado. A vida poderia continuar assim, uma farsa tranquila, não fosse a obrigação de falar verdade para amar mais e melhor. Branca opta pela verdade e, com esta decisão, implica todos à sua volta: Mãe, Madalena, Alberto e Jorge. Ninguém quer sair e perder no amor. No final… um reflexo de nós mesmos, do nosso mundo de interesses e necessidades, cruzado pela imperial urgência do amor."
T.E.M.


20 novembro 2012

Memórias de Pedra e Cal recolhidas em Penacova


foto: mototurismo do centro
A produção de cal no concelho de Penacova e a tradição desta atividade no Casal de Santo Amaro é tema integrante do documentário Memórias de Pedra e Cal, uma co-produção luso brasileira, cujas filmagens se encontram a decorrer.
Um sociólogo, Paulo Peixoto, um arquiteto, Pedro Providência, ambos portugueses, e os brasileiros, Regina Abreu, antropóloga, e Noilton Nunes, realizador, estão, desde outubro, empenhados em realizar um documentário sobre o modo como o Mondego e a sua geologia influenciam as técnicas utilizadas na construção de edifícios e o desenvolvimento das atividades económicas nos 14 concelhos por onde o rio passa.

SAIBA MAIS AQUI

19 novembro 2012

Feira do Mel e do Campo encerrou com casa cheia

Depois de um sábado chuvoso, o Verão de S. Martinho chegou no domingo, ajudando à festa e trazendo à vila centenas de pessoas, onde não faltou o autocarro vindo de Lisboa transportando os penacovenses ali radicados e pertencentes à Casa do Concelho de Penacova na capital. Vieram cumprindo a tradição do magusto e visitando a Feira. Muitos dos Ranchos Folclóricos do nosso concelho animaram a tarde. A divulgação dos produtos locais e também as vendas foram objectivos conseguidos.
As fotografias captadas pelo Penacova Online no final da tarde de domingo dão uma imagem do êxito deste evento.

 
 
Foram cerca de 30 os "expositores" que marcaram presença:
A Padaria do Largo
A.M.C.R. do Carregal
APPACDM
Cantinho do Chá
Cantinho do Mel
Celestina Ralha
Centro de Acolhimento
Cristina Marques
Escuteiros de Penacova
Ginjinha de Óbidos
Grupo Social e R. de Miro
Isabel Alves
João Branco
Manuel Maria
Mel da Ribeira de Arcos
Mel Rui Neves
Natália Henriques
Novo Talho Confiança
Paróquia de Penacova
Produtos da Nossa Aldeia (Miro)
Produtos do Freixieiro-Iva Flórido
Rancho do Zagalho e Vale do Conde
Renata Carvalho
Sabores do Aveledo
Talho da Praça
Talho S. João
Terra de Cores-Dilene Silva
Terra Planta-D. Preciosa
Vitor Cruz
 
 
 
 
 

16 novembro 2012

Comitiva Penacovense nos Estados Unidos


O Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova, Paulo Dias e o Comandante do Corpo de Bombeiros, António Simões, deslocam-se aos Estados Unidos a fim de participarem no convívio dos Nossos conterrâneos radicados naquele País, que se realiza a 18 deste mês de Novembro, em Newark, e no qual participa também o Presidente do Município Humberto Oliveira.

Esta iniciativa que se realiza pela vigésima vez, foi interrompida nos dois últimos anos devido à morte prematura de um dos seus maiores impulsionadores, e contribui, não apenas para minimizar as carências financeiras dos Bombeiros, mas também para aproximar cada vez mais os filhos desta Terra, que um dia se viram obrigados a partir mas que, mesmo longe, não se esquecem das suas raízes, do seu concelho, das suas gentes e sobretudo da Instituição que suporta o Corpo de Bombeiros, considerando-a assim, uma Associação fundamental, para garantir a prestação dos cuidados de emergência e do socorro nas mais variadas vertentes.

Bonita gesto de humildade, de solidariedade mas sobretudo de amor, recordação e carinho pela sua terra, pelas suas raízes e pelo seu concelho.

Num mundo e numa sociedade cada vez mais egoísta, onde o homem é capaz de feitos tão importantes, como a possibilidade de ir à lua, por vezes os vizinhos e os que estão mais perto, não têm, ou não querem ter tempo sequer para se cumprimentar.

Quantas e quantas vezes, os que estão mais próximos dos Bombeiros, os que deles mais precisam, são exactamente os que mais se esquecem de que estes existem. Contudo, estes Amigos e cidadãos deste nosso bonito concelho, mesmo longe e não tendo uma necessidade próxima e objectiva dos serviços da nossa Associação, não a esquecem e, ano após ano, organizam-se, trabalham e não poupam esforços para angariar fundos que generosamente entregam aos seus “Soldados da Paz”.

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova, como Entidade que tem nos seus estatutos a obrigação de suportar um Corpo de Bombeiros organizado e capaz, e a Câmara Municipal como Entidade responsável pela Protecção Civil do concelho, agradecem à Liga dos Amigos de Penacova em Neawark, a organização de mais este encontro e a todos os Portugueses e Penacovenses que nele participam.
Texto: Blogue dos Bombeiros de Penacova
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Newark é a cidade mais populosa do estado de Nova Jérsei, nos Estados Unidos. Localiza-se no Condado de Essex. É uma das principais cidades da Região Metropolitana de Nova Iorque. Foi fundada em 1666 e elevada a cidade em 1836.
 
Newark é um moderno centro comercial, industrial e financeiro. Abriga o segundo principal aeroporto da Região Metropolitana de Nova Iorque, o Aeroporto Internacional de Newark, que movimenta quase 30 milhões de passageiros anualmente.
 

Feira do Mel e do Campo anima Penacova este fim de semana


12 novembro 2012

Extinção de Freguesias:o novo mapa de Penacova

Proposta da Unidade Técnica Nacional
 
Já foi entregue na Assembleia da República, como é sabido, a proposta para a extinção de freguesias. O concelho de Penacova (clique AQUI)  também é afectado e a "régua e esquadro" está bem visível nesta proposta. É ridículo, por exemplo que um dos argumentos invocado seja  o de que as freguesias em causa partilham de um mesmo agrupamento de escolas, quando sabemos que o concelho tem apenas um Agrupamento e portanto todas estão na mesma situação. Que vão ganhar as populações locais e o país no seu todo, com todos estes remendos? Também ridícula é a designação de "União das Freguesias de ..." ( da União Nacional à União Local? ),  ridícula é ainda, a referência "à ligação directa de Travanca a Oliveira" (Vamos ter obras de alargamento e correcção de traçado na Estrada da Serra? - com as verbas que abundam...) Mas o Terreiro do Paço lá sabe.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), Armando Vieira, afirma que aguarda serenamente a decisão do Tribunal Constitucional sobre a extinção de freguesias. O dirigente sublinha a oposição da associação a este processo.  A Unidade Técnica para a Reorganização Administrativa do Território entregou na Assembleia da República uma proposta que prevê a extinção de 1165 freguesias, Armando Vieira critica que o governo persista “nesta atitude que viola os direitos constitucionais das autarquias de determinarem o seu futuro” O presidente da ANAFRE acredita que os problemas vão surgir quando forem postos em prática os novos limites das freguesias.

Filarmónica de S. Pedro de Alva vai celebrar 47 anos de existência

9 de DEZEMBRO DE 2012
 
9h-Arruada pelas a vila
10h-Romagem ao cemitério
11:30h-Missa por alma do Fundador, Regentes e Filarmónicos já falecidos, acompanhada pela filarmónica.
12:30h-Chegada da Orquestra de Sopros da Academia Musical da Banda de Ourém
13h-Almoço-convívio
15:30h-Concerto das bandas
16:30h-Encerramento


inscrições para o almoço 239456219/917587698