22 setembro 2011

KARATECAS PENACOVENSES INICIAM ÉPOCA 2011/2012

Foi na Praia Fluvial do Roconquinho em Penacova, que no passado dia 18 de Setembro, os atletas do Clube Karate Penacova, iniciaram a nova época desportiva 2011/2012.



Num dia inteiramente dedicado à prática de Karate Shukokai e a alguns pequenos mergulhos, consequência do desgaste físico acumulado do treino, todos os atletas de acordo com a sua faixa etária e dos recursos espaciais existentes (Campo de Futebol Praia) tiveram a oportunidade de executar técnicas kata, defesa pessoal, técnica base, projecções, e ainda luta corpo a corpo, num domínio mas dedicado à vertente marcial do Karate.
         Os atletas com mais de 16 anos treinaram no período da manhã das 10:00 às 12:00, e à tarde das 16:00 às 17:30, por sua vez, os atletas mais novos com menos de 12 anos, treinaram das 14:00 às 15:00, enquanto que os Karatecas entre os 12 e 16 anos inclusive treinaram das 15:00 às 16:00.

    Entre as 12:00 e as 14:00 decorreu um breve almoço convívio entre atletas, familiares, amigos e treinador, em que a confraternização e momentos de um verdadeiro convívio saudável entre todos foram bastante evidentes.

         A direcção do Clube Karate Penacova informa ainda todos os interessados que os treinos da nova época desportiva 2011/2012 já começaram no Pavilhão Gimnodesportivo de Penacova, obedecendo aos seguintes horários: Quartas e Sextas – Feiras das 20:00 às 21:00 para os menores de 12 anos, e das 21:00 às 22:00, para maiores de 12 anos.
Para mais informações visite o nosso blogue: www.karatepenacova.bloguespot.com, ou contacte-nos, via e-mail para clube_skdp@hotmail.com.

18 setembro 2011

Turistas, aristas e excursionistas

O triângulo Coimbra-Penacova-Bussaco foi, nos primórdios do turismo no nosso país, um dos circuitos mais divulgados pela Sociedade de Propaganda de Portugal. A conclusão da estrada que liga Penacova ao Luso, a "estrada dos Emídios", assim designada porque à história da sua construção ficaram ligados quer Emídio Navarro, quer Emídio da Silva, permitiu que a Penacova afluissem muitos mais visitantes, vindos de "trem" ou de automóvel.


De vários pontos do país, de Lisboa, de Coimbra, chegavam excursionistas que aqui faziam uma paragem e seguiam depois para o Luso-Bussaco. Por vezes as excursões eram recebidas ao som de música e tinham direito a uma recepção oficial. A título de exemplo, recorde-se o passeio do Grupo Musical Recreativo de Coimbra que, ao chegar a Penacova em 1932, transportado em  cinco "camionetas", é surpreendido pela Filarmónica dos Bombeiros e recebido nos Paços do Concelho pelo Secretário da Câmara, António Casimiro Guedes Pessoa. É este ambiente que leva os jornais locais a escrever que "são numerosos os que de passagem para o Luso e Bussaco, vêm apreciar este pequeno retalho da Suiça, que os deixa enamorados por mais demorada visita."
Hemetério Arantes (1854-1932), jornalista, escritor e conferencista de renome, um "arista ocasional" como ele próprio se designa, ao escrever no Notícias de Penacova um artigo intitulado "Turismo e Arismo", distingue o turista do arista. O turista seria aquele que passa "na volta consuetudinária Coimbra-Penacova-Luso" e que desce do veículo, defronte da Pérgola, do Mirante, dos "terraços do Preventório", fica deslumbrado por instantes…mas segue viagem. Pelo contrário, o arista é aquele que "procura, na delícia do ambiente, a estância de repouso, propícia à restauração dos corações cansados e nervos gastos". O primeiro é de sua natureza, efémero, "passa como um meteoro". O segundo, vem para ficar e procura alojamento com "uma cama macia num quarto arejado, alimentação sóbria e saudável".
Sobre a questão do passar e do ficar, Emídio da Silva dirá também, pela mesma altura naquele periódico (inícios da década de trinta) que de nada valem as estradas boas se as "hospedarias" forem más, pois o excursionista passa "como o Ahasverus da lenda, sempre a correr.".
Entretanto, a partir daí, Penacova terá melhorado muita coisa e, de facto, o número de aristas começou a crescer. A imprensa local escreve que Penacova "regurgita de aristas" vindos de Lisboa, Porto e de outros pontos do país, "acossados pelo calor das cidades" para "oxigenarem os seus pulmões e tonificarem os nervos com este magnífico ambiente de verdadeiro sanatório e carinhosa hospitalidade". As três pensões (à época) já são insuficientes e começam a ser alugadas muitas casas particulares.
O termo está na moda e até as notícias de S. Pedro de Alva dão conta de muitos aristas que "vêm aproveitar, no seu repouso, as águas puras e as belezas panorâmicas". Nesta localidade permaneciam também, durante os meses de Verão, quer grupos significativos de jovens da JOC, quer "gaiatos" do Padre Américo.
Não é apenas a imprensa local que procura noticiar todo este fervilhar. Também a Gazeta de Coimbra, em Setembro de 1932, escrevia: "Penacova tem sido este ano muito concorrida por famílias que ali foram passar a época calmosa, sendo também numerosas as excursões que têm vindo à Sintra do Mondego". A completar a informação refere que " a maior parte das famílias que ali têm feito vilegiatura são de Lisboa e, em geral, divertem-se pescando no Mondego, realizando pic-nics, passeando em barcos, reunindo-se na Pérgola e organizando bailes no Club."
O Grupo Musical Recreativo de Coimbra, aquando da memorável visita a Penacova escreveu: Eis ao longe Penacova… / P'ra lá vai o pensamento / É formosa e sempre nova / E terra de encantamento // D'aquele Mirante altivo / E de tamanha grandeza / Fica nosso olhar cativo / De tanta, tanta beleza …
Ecos de tempos distantes em que os "excursionistas" tinham recepções especiais na vila e retribuiam através da poesia. Tempos em os "aristas" escolhiam Penacova para fazer "vilegiatura", outro termo caído em desuso mas que significa muito simplesmente a temporada que se passa fora das grandes cidades, no campo ou na praia. De banhistas não tem Penacova histórias para contar…mas de aristas e excursionistas muitas marcas ficaram nesta " terra de encantamento"
David Almeida
in jornal Frontal
2 Set 2011
 

07 setembro 2011

8 de Setembro: Senhora do Mont' Alto em Penacova

Fotografia recente da Capela

ROMARIA À NOSSA SENHORA DO MONT'ALTO

A 8 de Setembro era tradição ir a pé à Sr.ª do Mont'Alto. Com o cesto do farnel, onde não faltava a broa de milho e a cabaça cheia de bom vinho, lá se iam cantando versos dedicados a Nª Sr.ª: "A Senhora do Mont`Alto / Mandou-me agora chamar / Que tinha o seu manto roto / Que lhe o fosse arremendar".
Actualmente, os penacovenses continuam a ir ao Mont`Alto no dia 8 de Setembro. De manhã, o tempo é de fé, assiste-se à missa e à procissão. À tarde é tempo de farra. No arraial as concertinas e as flautas foram substituídas por instrumentos mais modernos e o baile começa.
in website da Câmara Municipal
Recortes...

1941



03 setembro 2011

O Centenário do Turismo, Penacova e Emídio da Silva

Interessantíssimo cartaz do Congresso,
autoria de Raul Lino
Apesar de não termos como princípio publicar neste espaço artigos que foram escritos para um determinado jornal, neste caso o FRONTAL, deixamos aos leitores do Penacova Online o seguinte texto:
Decorre este ano o Centenário da Institucionalização do Turismo em Portugal. Como ponto alto da eféméride,  realizou-se  em Lisboa o Congresso do Centenário evocando  o IV Congresso Internacional do Turismo que teve lugar no nosso país em 1911.
Em 1906 havia sido criada a Sociedade de Propaganda de Portugal, também designada por Touring Club. Tinha como fins, entre outros, organizar e divulgar o inventário de todos os monumentos, riquezas artísticas, curiosidades e lugares pitorescos do País; publicar itinerários, guias e roteiros de Portugal; organizar ou auxiliar excursões; promover a concorrência de estrangeiros, e uma maior circulação de nacionais dentro do território.
Aquela associação vinha participando nos Congressos Internacionais de Turismo: em San  Sebastian, 1909, e em Toulouse, em 1910. Daí a decisão de ter lugar no nosso país o IV Congresso. A Sociedade procurou obter junto do Ministério do Fomento os apoios necessários para a organização do evento. O Governo já tencionava criar uma estrutura voltada para este sector e desde há muito a Sociedade de Propaganda o vinha reivindicando. Assim, por ocasião daquele Congresso, foi instituída a primeira organização oficial de turismo – a Repartição de Turismo , integrada na Secretaria Geral do Ministério do Fomento.
Ligado, quer ao Touring Club de Portugal, quer à organização do Congresso, vamos encontrar Manuel Emídio da Silva. Figura bem conhecida da nossa região, em especial de Penacova. A recordar ainda hoje o seu nome, encontramos nesta vila o Mirante (inaugurado em 1908)  e todo um conjunto de intervenções nos periódicos penacovenses.  A imprensa local por várias vezes o apelidou de "Cristóvão Colombo de Penacova". Alguém o considerou como autêntico  "descobridor deste mais surpreendente recanto da beleza de Portugal" e o seu melhor "pregoeiro".
Recordemos que no início do século, a Sociedade de Propaganda de Portugal incluiu Penacova no conjunto das 17 localidades portuguesas que mais mereciam ser visitadas. Emídio da Silva, através do Diário de Notícias, da revista Serões e em muitos outros areópagos onde tinha assento e auditório não se cansou de pugnar pelo desenvolvimento turístico do chamado triângulo Coimbra-Penacova-Bussaco.
Em 1916, aquando da vinda de Raul Lino a Penacova, para o arranque do projecto da Pérgola, a Sociedade tinha uma Delegação local, presidida pelo Conselheiro Luís Duarte Sereno. Mais tarde surgirá a Sociedade de Propaganda e Defesa de Penacova. Pretendia-se a promoção turística da vila, num tempo em que à mesma acorria já um número significativo de "aristas". As famílias "Fonseca" e "Silva" terão sido as primeiras a vir passar o Verão a Penacova. Estaríamos nos anos vinte. António Santos Fonseca, tesoureiro da Administração Geral dos Correios e Combatente na Rotunda em 5 de Outubro de 1910,  e o cunhado Constâncio Silva, pintor paisagista de renome, ficaram de tal modo agradados com a vila  que mandaram construir uma moradia em Santo António. Mais tarde, outro "arista", Manuel de Oliveira Cabral (e esposa Estefânia Cabreira), demandaram Penacova nos tempos de lazer,  legando-nos muito das suas qualidades  artísticas, poéticas e musicais. Oliveira Cabral terá sido, a seguir a Emídio da Silva, um dos maiores arautos deste lugar enquanto estância de repouso.
Por hoje, deixamos aos nossos leitores um excerto de uma carta de Manoel Emygdio da Silva, escrita em Lisboa a 10 de Setembro de 1931, poucos anos antes da sua morte, dirigida ao director do Notícias de Penacova:
"Solicita V. a minha colaboração para o primeiro número do seu jornal, honra que me desvanece e tanto mais por me dizer que igual solicitação fez ao meu erudito e bondoso amigo Dr. Augusto Mendes Simões de Castro, considerando-nos ambos entre os melhores amigos de Penacova, camaradagem e título que me envaidecem também.
Há um quarto de século que venho a Penacova e que desde o primeiro dia tenho sido um entusiástico propagandista das belezas pitorescas desta linda vila. A minha propaganda não tem sido porém tão desinteressada como muita gente crê, pois sou pago de cada vez que volto aqui pelo deslumbramento desta sublime paisagem que me inebria de prazer espiritual! …E sou ainda generosamente gratificado pelo acolhimento carinhoso e pelas distinções que ao mesmo tempo recebo dos Penacovenses entre os quais logrei criar amizades certas e duradouras."
De turismo em Penacova nas primeiras décadas do século XX, de potencialidades naturais e de entraves ao progresso, de propostas concretas apontadas na época para o desenvolvimento deste sector, de "aristas" e também de " excursionistas", falaremos nos próximos números.
 David Almeida,
publicado no jornal Frontal de meados de Agosto de 2011.

20 agosto 2011

Uma foto mil palavras: Penacova Linda Terra


Por vezes deparamo-nos na internet com referências actuais a Penacova,
principalmente através da fotografia e do vídeo.
Aqui temos um exemplo
(blogue uma foto mil palavras)

17 agosto 2011

S. Pedro de Alva assinalou o 20º aniversário da elevação a vila

Cumprindo o programa traçado a Junta de Freguesia de S. Pedro de Alva comemorou o vigésimo aniversário da elevação a vila. Depois da cerimónia junto à sede da Junta realizou-se um jantar no pavilhão da Casa do Povo cuja receita reverteu para os Bombeiros de Penacova. Após o jantar teve início a sessão solene em que usaram da palavra, o Presidente da Junta local, o Vice-Presidente da Associação do Bombeiros Voluntários de Penacova, o Presidente da Assembleia Municipal e o Presidente da Câmara. Foram homenageadas 20 personalidades, naturais ou não da freguesia, mas que a esta deram o seu contributo. Alguns dos homenageados não puderam estar presentes (ver fotos). No final, foi apresentado, pelo Engº Maurício Marques, um livro de Alfredo Fonseca sobre dados históricos de S. Pedro de Alva.

 


  

 
  

VEJA ÁLBUM AQUI


Homenageados:

Adélia Pereira Marques
Alfredo Santos Fonseca
Álvaro Manaia Pinheiro
Américo Coimbra
António Correia Alves
António Gabriel Martins de Sousa
António Lopes Correia
Boaventura de Sousa Santos
Carlos Manuel Martins S. Fonseca
Casimiro Proença
Casimiro Sousa
Ema Oliveira Paiva
Ernesto Fonseca Coelho
Francisco Martins Cordeiro
José Alberto Carvalho
Laurindo Sousa Lemos
Manuel Estácio Marques Flórido
Maurício Teixeira Marques
Sofia Herrero
Vitor Manuel Nogueira Ferreira

NOTA: pedimos desculpa pela fraca qualidade das imagens; aguardamos que nos cheguem outras com melhor qualidade fotográfica.

16 agosto 2011

Ecos na imprensa local: Lei 99 / 91 de 16 de Agosto eleva a povoação de S. Pedro de Alva à categoria de Vila

Recortes do Jornal Nova Esperança 1991

S. Pedro de Alva: 20 anos da elevação a Vila


Comemoração dos vinte anos de elevação da povoação
de São Pedro de Alva à categoria de vila.

Homenagem a vinte personalidades que se destacaram nas seguintes áreas:
EDUCAÇÃO, AUTÁRQUICA, DIRIGISMO ASSOCIATIVO, SÉTIMA ARTE, RELIGIOSA, SOCIOLOGIA, INVESTIGAÇÃO, MILITAR, RESTAURAÇÃO, SAÚDE, ACÇÃO SOCIAL, EMPRESARIAL, JORNALÍSTICA, MUSICAL, HUMANITÁRIA, DESPORTIVA.

Apresentação de Livro de Alfredo Fonseca sobre a História da Freguesia.

A RECEITA DO JANTAR REVERTE A FAVOR
DOS BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE PENACOVA

Lorvão...há cem anos (I)


O Mosteiro de Lorvão
e um grupo de paliteiras:
fotografias centenárias