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quarta-feira, novembro 20, 2024

𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒: o deslumbramento dos Telhados



O deslumbramento dos Telhados


Os Barcos Rabelos d’agora
E outros que giram borda fora
Passam a ponte junta à Alfândega
Subindo o Rio Douro
Já bem perto da Foz
A corrente fica forte
Quando passa na Ribeira
Outrora sem eira nem beira
Estará embriagada, talvez
Com o “éter” das marcas seculares

Que se viram pr’ali em sucessivos patamares

As gaivotas gritam bem alto
E querem passar o socalco
Dos Telhados desnivelados
Que se põem caprichados
Na beleza que nos apresentam
São milhões de milhões de telhas
Umas novas, outras já feitas velhas
Pela humidade a bailar
Trazida de perto do mar

Lá da Foz, agarrada a São Pedro da Afurada

É bonito o rodopio do Rio
Belo o ar tranquilo do casario
Encantadora a arquitectura com brio
Notável o entrosamento das Cidades
Apetecível o cheiro dos petiscos
Agradável o palato após provas
Inconfundível o casamento das casas
Tanto novas como velhas
Mas deslumbrante, mesmo são as telhas

Na sua função de dar cobertura à ação, em fusão

Dos negócios da modernidade
Envoltos na novidade calibrada
Que desponta a cada esquina
Muitos provocando o Norte da vaidade
São telhas de todos os tipos
Cobrem os telhados dos pobres e dos ricos
Telhas cerâmicas, telhas de betão, telhas de ardósia
Lisas, de capa e canal, romanas, de marselha e de encaixe
E a boa telha lusa-predominante-que ao olhar traz relaxe

Sobretudo quando, ao pôr do Sol, se reflectem no espelho d’água no Rio

Luís Pais Amante
A minha “vista” a partir do “The Yaetman Oporto Hotel”