Estou a caminho da minha Aldeia
Não consigo que me saia da ideia
A casa onde nasci, cresci e vivi
Até começar a minha odisseia
De emigrar
Pra noutro lugar me poder remediar
…
Ai,
Como eu me lembro de te ver
No recorte temporal da memória
No decurso imersivo da nossa história
Consistente
Ai,
Como tens seguido o meu “ser”
Mesmo distante do meu crescimento
Em momentos difíceis de toda uma vida
Resiliente
Ai,
Como me emociona olhar pra ti
Agora, neste dia, de tão perto assim
E sentir ao teu lado este afago abençoado
Persistente
Ai,
Casinha da minha recordação
Tu estás no meu coração
Com o “reboliço” de então
Presente
…
Parece que me restituí na alegria de viver
Que me rebolei no ar da nossa fantasia
Como saltimbanco entrusado na magia
E que se me foi embora a saudade
De repente
Ao ver-te e ao tocar-te aqui, fisicamente
Luís Pais Amante
Casa Azul
Dedicado aos Emigrantes [perante os quais eu me vergo e com orgulho neles].