segunda-feira, abril 14, 2025

Penacova na pintura de um dos maiores paisagistas portugueses

"Tendo falecido em fevereiro de 1913, com apenas 42 anos de idade, vítima de doença mental, Eugénio Moreira foi artista da segunda geração de naturalistas, embora praticamente ignorado em vida.

Eugénio Moreira foi homenageado postumamente numa exposição organizada pelo seu sobrinho, Fernando Ferrão Moreira, no Ateneu Comercial do Porto (1956).

O Museu Nacional de Soares dos Reis tem três telas da sua autoria: um autorretrato inacabado, onde o pintor se representa a meio-corpo, com paleta e pincéis e rosto entristecido; e as suas duas obras mais elogiadas: a paisagem Vale de Penacova (na imagem), obra patente na Grande Exposição do Norte de Portugal de 1933 e na 1.ª Exposição de Arte Retrospectiva (1880-1933) da SNBA em 1937; e o retrato Ferreirinha exposto em Lisboa, em 1937.

Eugénio Moreira nasceu no Porto em 1871. Frequentou a Escola Médico Cirúrgica do Porto (1892-1895), transferindo-se, depois, para a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Nesta cidade conviveu com o grupo da Boémia Nova, mantendo relações de amizade com os escritores portuenses António Nobre (1867-1900), Alberto de Oliveira (1873-1940) e, em especial, com Agostinho de Campos (1870-1944). Regressou ao Porto sem ter concluído o curso, matriculando-se na Academia Portuense de Belas Artes, onde não chegou a diplomar-se.

Viveu alguns anos em Paris, onde frequentou a Academia Julien e a Academia Décluse. Foi discípulo de Jean Paul Laurens (1838-1921) e de Benjamin Constant (1845-1902) e recebeu influências de pintores dos movimentos impressionista, fauvista e Nabis. Visitou museus e templos italianos, registando as suas impressões em guias de viagem.

De regresso a Portugal, estudou paisagem e figuras portuguesas. Percorreu o Minho, em especial a zona de Vila Praia de Âncora, e Vale de Penacova na Beira, detendo-se nas terras do Mondego. Em 1907 expôs no ateliê do escultor Fernandes de Sá, seu companheiro e amigo.

Em 1955, Abel Salazar referia-se deste modo ao pintor: “Eugénio Moreira, o malogrado autor de “Vale” é, com Henrique Pousão, o maior dos paisagistas portugueses. Entre os dois existem diferenças na qualidade, não em valorização: são duas visões, porém igualmente elevadas."

VER este texto na origem: https://museusoaresdosreis.gov.pt/eugenio-moreira-um-dos-maiores-paisagistas-portugueses/

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NOTA: Eugénio Moreira chegou a viver algum tempo em Penacova, onde pintou algumas das suas obras mais famosas, muito provavelmente apoiado pelo casal, sensível às Artes, Joaquim Augusto de Carvalho e Raimunda, da Quinta de Santo António. Consta também que ter deixado um filho, um Guilherme, evocado numa das crónicas do Pintor Martins da Costa.



sábado, abril 05, 2025

𝔻𝕒 𝕞𝕚𝕟𝕙𝕒 𝕛𝕒𝕟𝕖𝕝𝕒 / Digam-nos: Quanto custa uma CPI?


Digam-nos: Quanto custa uma CPI?

CPI significa “Comissão Parlamentar de Inquérito”; decorre no Parlamento Português e têm-no  transformado numa “feira” das mais tristes que se possa imaginar; advêm -nos termos do Regime Jurídico (redação actual da Lei 5/93, de 1 de Março)- de uma interpretação evolutiva do art. 178, Constituição da República (embora não seja tão tão abrangente como se tem espalhado por aí) e “gozam dos poderes de investigação próprios das autoridades judiciais”.

Hoje em dia podem ser propostas e votadas (direito subjectivo de pendor democrático) ou impostas por iniciativa de um qualquer deputado ou Partido (direito potestativo), mesmo servindo de arma de arremesso político e pretendendo entrar pela parte mais íntima e de caráter dos políticos que têm vida profissional, até familiar, o que se manifestará num erro crasso de consequências absolutamente imprevisíveis, para quem enviesa assim a Democracia e tem tanta pressa em profissionalizar, exclusivamente, a Política.

Digamos que este mecanismo anémico de “inquirição”, como se tem verificado, é levado a efeito, vezes de mais, por pessoas sem a mínima preparação, que não constituem exemplo nenhum de nada e que usam este meio para exercer “poder” sobre outrem e para se mostrarem na televisão e, sobretudo, para “achincalhar” os inquiridos, independentemente da sua condição.

Convém relembrar que a tarefa dos políticos é fazer política em seu benefício e abono, primeiro e em abono do seu Partido, logo a seguir. Infelizmente o País pouco interessa…

Motivo pelo qual as CPI’s funcionam ad hominem, preferencialmente! Contra todos e tudo que não dê benesses aos deputados e aos partidos ou lhes traga obstáculos ao imediatismo.

- Primeira conclusão: os deputados (que são imensos, bem pagos e cheios de prerrogativas anormais, como a “impunidade”) arranjaram um mecanismo que “fabrica trabalho”, na justa medida em que um País tão pequeno não necessita de todos eles…e isso não se quer discutir.

A outro passo, como é do conhecimento público, existem na AR, como deputados, muitas -mesmo muitas- pessoas que têm ou tiveram problemas, elas próprias, com a Justiça; se se incluírem familiares na equação, então o quadro aumenta exponencialmente.

Desejam, pois, por esta via inquisitória, transformar-se em “judicialistas” dos outros.

A primeira intenção desta gente é, pois, ocupar os tempos das televisões e dos media em geral,  em palcos eleitorais, que têm a vantagem de “ocultar” os seus problemas próprios, quantas vezes interferindo nas situações mais delicadas das investigações judiciais, que é o que acontece quando quebram o sigilo exigido, a que estão obrigados.

- Segunda conclusão: quando se pergunta qual será, objectivamente, a real intenção das CPI’s(?), só podemos reter que elas são um método pernicioso do exercício democrático, porquanto se encontram quase sempre “minadas” à nascença, como se tem comprovado e batem de frente com as áreas de actuação do Poder Judicial.

!… Os deputados ganham muito dinheiro (para as habilitações e experiências que lhes são conhecidas) na generalidade; sendo cada vez mais jovens e inexperientes… !

Se somarmos as “retribuições globais” de cada um(a), as multiplicarmos por catorze e as dividirmos por doze, e somarmos ao produto as regalias em espécie muito questionáveis, facilmente percebemos que o custo de cada deputado à Nação constitui uma exorbitância.

E se dividirmos esse valor individual pelo número de horas potenciais trabalhadas (52 semanas x número de horas diárias), chegaremos (com as regras da legislação laboral) ao valor/hora de cada personalidade…

Temos assim, pois, possibilidade de apurar o custo real de cada CPI!

E quantos funcionários ocupa? E quanto valem (em custo diário) as instalações utilizadas? E os seus custos de funcionamento?

-Terceira conclusão: cada Comissão de Inquérito Parlamentar custa muito -mesmo muito- dinheiro, o que não estando disponibilizado aos cidadãos torna opaco o seu exercício.

Por isso mesmo, desafio os deputados e os partidos políticos a fazerem as contas e a informarem o Povo (que tudo suporta) por exemplo dos custos totais da “CPI das Gémeas”, cuja conclusão “pífia” foi a prova provada de tudo o que eu disse acima.

E que o façam já na campanha eleitoral, que o mesmo Povo vai voltar a pagar!

A Democracia é o regime político das transparências e esta questão exige explicações…

Independentemente disso direi, já, que o Orçamento de Estado em execução (2025) tem uma dotação global de 192,08 milhões de euros, para a AR, com 44,6 milhões destinados a subvenções para campanhas eleitorais, que mais não são do que “receitas facilitadas” e apetecíveis para os Partidos puderem brincar às eleições, como têm vindo a fazer, com consequências de delapidação sucessiva do Estado e ajuda imprópria às finanças partidárias.

…Terão os candidatos a deputados coragem para tanto?

Luís Pais Amante

DALIA: projecto para recuperar a população de lampreia marinha no Rio Mondego


A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, em colaboração com os municípios da região, candidatou-se ao programa europeu DALIA, que apoia a reabilitação de ecossistemas aquáticos, com o objetivo de recuperar a população de lampreia marinha no Rio Mondego. O projeto, com financiamento de 100 mil euros, será executado ao longo de dois anos, iniciou em março de 2025 e termina em março de 2027.

A principal medida do projeto é a translocação anual de 500 a 1000 lampreias adultas para locais selecionados a montante da ponte-açude, em Coimbra, e a criação de santuários para a proteção das larvas, que se encontram cada vez mais ameaçadas pela degradação do ecossistema ribeirinho. O projeto também visa a identificação de pontos críticos larvares e a implementação de medidas de conservação, incluindo a sensibilização das partes interessadas para a importância desta espécie e a elaboração de orientações para a gestão sustentável, adaptáveis a outras bacias hidrográficas nacionais e internacionais.

Este esforço surge num contexto em que a escassez de lampreia se tornou uma realidade alarmante. Em 2024, o Festival da Lampreia de Penacova foi cancelado devido à diminuição drástica da população, sendo substituído por um novo evento em 2025, que envolverá todas as espécies do rio, e não apenas a lampreia, uma decisão também motivada pelo aumento dos custos associados à escassez do pescado.

O professor e investigador Pedro Raposo de Almeida, do Departamento de Biologia da Universidade de Évora, aponta os incêndios de 2017 como um dos principais fatores para a deterioração do habitat da lampreia. Segundo o especialista, a poluição das águas causada pelas cinzas e a redução dos caudais dos rios, consequência dos incêndios e das secas subsequentes, afetaram diretamente o desenvolvimento das larvas, tornando-as mais debilitadas e com menores chances de alcançar o oceano. Além disso, a poluição doméstica e industrial e o desassoreamento excessivo do rio são também fatores que agravam a situação. A pesca excessiva é outro problema que prejudica ainda mais a população de lampreia.

A lampreia marinha desempenha um papel ecológico fundamental no Rio Mondego, sendo uma espécie indicadora da saúde do ecossistema aquático. A sua diminuição tem um impacto negativo em toda a biodiversidade do rio, com potencial para criar um efeito em cadeia que afeta outras espécies e a sustentabilidade do ecossistema. Para além dos efeitos ambientais, a escassez de lampreia também afeta diretamente a tradição e a economia local, uma vez que a pesca e o consumo de lampreia são uma parte importante da cultura e da economia da região.

O projeto europeu que será implementado visa, portanto, não apenas a recuperação da população de lampreia, mas também a preservação da biodiversidade do Mondego, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema e assegurando a continuidade de uma tradição que é parte integrante da identidade local.


in 

ttp://www.jornaldamealhada.com/noticia/13957

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terça-feira, março 25, 2025

XI Gala do Desporto reconheceu entidades e agentes desportivos do biénio 2023 / 2024


Realizou-se no dia 22 de Março, no Pavilhão Aniceto Simões, a décima primeira edição da Gala do Desporto de Penacova, com apresentação de Tiago Almeida

De acordo com o Júri, esta Gala do Desporto tem como pressupostos "o reconhecimento público das entidades e agentes desportivos do concelho de Penacova procura, acima de tudo, ser um instrumento social de promoção da atividade física e do desporto, em geral." Por sua vez " a valorização do Desporto, como produto de real valor social, atende à necessidade de enaltecer as raízes do pensamento e das ações das suas gentes - à forma como fundamentam o legado dos seus e das suas terras e se fazem transportados pelos sonhos que constroem. Perceber os percursos realizados, é entender modos de vida. É chegar a cada um. É ser seu próximo." 

Júri que foi presidido pela Vereadora do Desporto, Magda Rodrigues,  e que teve a seguinte constituição: representante do grupo de Educação Física do Agrupamento de Escolas de Penacova, Ana Emília Mendes; coordenador do Serviço de Desporto, Sérgio Godinho; técnicos do Município responsável pela área de Desporto, Claúdio Marques e Rita Fernandes; representante da sociedade civil, José Henriques e personalidade local, Margarida Alvarinhas.


Além da entrega de prémios, a Gala contou também com diversas actuações:

Escola de Artes de Penacova: Hino da Gala de Desporto na voz de Andreia Gaudêncio
Centro de Bem Estar Social de Figueira de Lorvão: Dança
Clube Sénior: Dança
Mocidade Futebol Clube: Ginástica Acrobática
Escola de Artes Penacova: Ensemble Juvenil 
Clube Karaté Penacova
Mocidade Futebol Clube: Dança
Escola de Artes Penacova: Ballet -
Escola de Karaté de S. Pedro de Alva / Karaté AMDK-P
Centro de Bem Estar Social de Figueira de Lorvão: Dança
Escola de Artes de Penacova: Hino da Gala de Desporto
Agrupamento de Escolas de Penacova: Dança
 

Apresentamos, de seguida as nomeações e os respectivos vencedores (assinalados com cercadura verde): 











AGORA A NOTÍCIA DO DIÁRIO DE COIMBRA DE HOJE:


A Câmara Municipal de Penacova organizou a 11ª Gala do Desporto, na qual homenageou atletas. equipas. clubes, eventos e personalidades que se distinguiram no biénio 2023/2024. O Pavilhão Aniceto Simões encheu para consagrar os melhores entre os melhores do desporto penacovense.

Magda Rodrigues, vice-presidente da câmara e responsável pelo pelouro do Desporto. afirmou que o propósito desta cerimónia não mudou: celebrar o desporto, assinalar o que de bom se faz em Penacova, promover o encontro, reforçar o espírito de pertença e de comunidade, através do desporto”. A autarca sublinhou também que esta cerimónia permite ainda testemunhar a força e vitalidade» da comunidade penacovense.

Destacou o grande  investimento  no apoio ao desporto que a Câmara  Municipal de Penacova tem concretizado, quer seja enquanto parceiro de clubes e associações desportivas, quer seja no investimento em apoios diretos cifrando-se atualmente em mais de 500 mil euros, valor ao qual ainda se somam as valores investidos em diversas intervenções pontuais, pode ler-se na nota de imprensa enviada apela autarquia.

De acordo com  Álvaro Coimbra. Presidente da Câmara Municipal de Penacova. “este é um importante evento onde publicamente se  reconhecem todas e todos os cidadãos que elevam o desporto e engrandecem Penacova”

É com um enorme orgulho  que enaltecemos e valorizamos publicamente os agentes desportivos que contribuem para o inegável  sucesso desportivo  concelho de Penacova” afirmou, realçando que Penacova é «um município eclético, com grande diversidade de modalidades desportivas e que atualmente conta com mais de 700 atletas a praticar desporto” distribuídos por 22 associações desportivas em vários escalões.”

quarta-feira, março 19, 2025

Da minha janela: 𝚂𝙰𝚄𝙳𝙰𝙳𝙴 𝙴𝙼 𝚃𝙴𝙼𝙿𝙾 / 𝗅𝖾𝗍𝗋𝖺 𝗉𝖺𝗋𝖺 𝗎𝗆 𝖥𝖺𝖽𝗈 𝖽𝖾 𝖢𝗈𝗂𝗆𝖻𝗋𝖺



Ao meu amigo Humberto Matias, o meu Decano do Fado de Coimbra


Se o meu amor me dissesse 

Que tinha muita Saudade

Levá-la-ia ao Penedo

No meu colo em Liberdade


E se ela de lá gostasse

Ficaria todo o tempo

A dar-lhe mimo e carinho

De quem ama sentimento 


Se ela, bela, ficasse

Rendida à luz da Cidade

Pedir-lhe-ia que fosse

Comigo à Universidade


Dar-lhe-ia o meu coração 

Na Biblioteca Joanina

E oferecia-lhe a minha mão 

Na descida da Escadaria 

Luís Pais Amante

Casa Azul, Penacova

sábado, março 15, 2025

Hotel Vila Galé em Penacova começa a ganhar forma




A apresentação do novo hotel Vila Galé Penacova foi um dos destaques da programação do espaço da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra na Feira de Turismo que está a decorrer em Lisboa.

O presidente do conselho de administração do grupo, Jorge Rebelo de Almeida, o CEO, Gonçalo Rebelo de Almeida, o diretor de operações, Carlos Alves e o humorista e radialista, Fernando Alvim, fizeram a apresentação da futura unidade que vai contar com mais de oitenta quartos e se prevê abrir no Verão de 2026.


Leia a notícia publicada pela TURISVER:

O futuro hotel Vila Galé Collection Penacova vai nascer da recuperação do antigo Hotel Penacova que estava encerrado desde 2010, encontrando-se em avançado estado de degradação. As obras já se iniciaram e o Grupo Vila Galé espera abrir a nova unidade em 2026.

Situado em Penacova, vila de grande riqueza natural e cultural, o Vila Galé Collection Penacova vai oferecer uma experiência que conjuga história, conforto e paisagem. A temática deste hotel será a história do Humor, a desenvolver em parceria com o Fernando Alvim, autor da ideia e o Nuno Artur Silva e prestará homenagem aos criativos desta arte que faz as alegrias do mundo ao longo dos tempos.

O hotel vai contar com 84 quartos, dois restaurantes, bar, piscinas interior e exterior, biblioteca dedicada ao humor e salas de reuniões.

Durante a apresentação do projeto na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), Jorge Rebelo de Almeida, presidente do Conselho de Administração do Grupo Vila Galé, destacou a importância de investir fora dos grandes centros urbanos. “Eu gosto muito do interior, mas mais do que gostar, nós devemos apostar no interior, não só por solidariedade e responsabilidade social, mas porque o interior gera riqueza e pode ser um negócio atractivo”.

Acreditando no potencial da região, Jorge Rebelo de Almeida sublinhou ainda que o projeto será uma mais-valia para a economia e identidade do local. “Queremos que este hotel seja um polo dinamizador para Penacova. Além de atrair visitantes, vai criar empregos e valorizar um dos locais mais bonitos do país, com uma vista magnífica de 360º sobre o rio Mondego”.

As obras já começaram com a demolição de estruturas sem valor arquitetónico e a limpeza do espaço. A construção deverá avançar até ao final do primeiro semestre deste ano, prevendo-se a abertura para o próximo ano, conforme foi anunciado.

https://turisver.pt/com-abertura-prevista-para-2026-vila-gale-collection-penacova-tera-o-humor-como-tema/


sexta-feira, março 14, 2025

Novo vídeo promocional de Penacova foi lançado hoje na feira de turismo de Lisboa


CLIQUE NA IMAGEM PARA ACEDER AO VÍDEO

Este novo vídeo promocional do Município de Penacova leva-nos numa viagem pelo concelho, com a atriz Sofia Alves como cicerone deste passeio repleto de história, cultura, tradição e paisagens deslumbrantes.

Dos monumentos históricos ao património natural, dos usos e costumes às tradições, "esta é uma experiência que revela a verdadeira alma de Penacova. Deixe-se envolver pela beleza e identidade" - escreve-se nas páginas do município. 

LINK PARA O VÍDEO: https://x.gd/Tw28Q

terça-feira, março 11, 2025

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (V)

INAUGURAÇÃO DO NOVO QUARTEL EM 1997

Notícia do jornal NE de 30 junho 1997:

"Dezasseis anos depois de iniciada a sua construção foi inaugurado o novo quartel dos Bombeiros Voluntários de Penacova.

Em Março de 1982 noticiava o nosso jornal o arranque da 2.° fase das obras; seis anos depois é ainda o N.E. que regista "QUARTEL DOS BOMBEIROS NÃO FOI APROVADO PELO S.N.B.". A "bomba" rebentou e só havia uma solução: procurar um novo terreno e aproveitar as instalações para serviços da Câmara

No entanto, as coisas tiveram outro rumo. A "página teimosa", no dizer do Comandante foi, por fim, virada. O dia 21 de Junho vestiu-se de festa para os Bombeiros, para a Vila, para o Concelho.

Apesar de não serem as instalações sonhadas e exigidas pelo crescente aumento de responsabilidades, a mudança de casa vem, sem dúvida, melhorar a qualidade dos serviços prestados pelos "soldados da paz", por esses "apóstolos de coração magnânimo", como os designou o Rev. P.e Joaquim Ribeiro Jorge ao proceder à benção do edifício.

A inauguração contou com a presença do Secretário de Estado, Dr. Armando Vara e do Governador Civil do Distrito, Dr. Victor Baptista.

Presentes também outras individualidades ligadas aos Bombeiros Portugueses e aos órgãos do poder local a nível concelhio. Muitos foram também os penacovenses que se associaram ao programa oficial da inauguração. A sessão solene, presidida pelo Secretário de Estado, decorreu no salão do novo edifício depois da recepção aos convidados, atribuição de condecorações e benção duma ambulância e do edifício.

Começou por usar da palavra o Comandante dos Bombeiros, Prof. António Simões, dirigindo palavras de agradecimento à actual e às anteriores Direcções, ao executivo Camarário e a todos aqueles que se empenharam na concretização desta obra, não esquecendo o Eng. Leitão, já falecido, que doou o terreno. Em sua memória e à de todos os bombeiros que já não se contam no número dos vivos, propôs que se respeitasse um minuto de silêncio. Não deixou de elencar algumas carências corno sejam a renovação de viaturas e equipamentos, a aquisição de um auto-tanque de maior capacidade e de uma viatura de desencarceramento.

António de Miranda. Presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários de Penacova, ao discursar de seguida, dirigiu também palavras de gratidão e de reconhecimento pelo esforço financeiro da Câmara Municipal. No entanto, "as aspirações nunca se dão por concluídas. O novo quartel "de raiz", é, pois, uma "aspiração da Direcção a que preside" - acentuou. Coube ao Presidente da Assembleia Geral, Arsénio Costa, tornar pública uma missiva do Dr. Jorge Pimentel, Comandante do Quadro Honorário, justificando a sua ausência na cerimónia e endereçando um "louvor ao executivo camarário" em especial "na pessoa do Eng. Estácio".

Jaime Soares, Presidente da Federação Distrital de Coimbra, sublinhou o facto de os Bombeiros constituírem "a emanação directa do carácter bom do povo português, dos seus valores: solidariedade, humanismo, bem-fazer". Frisou ainda que estes não são património de ninguém, muito menos de qualquer ideologia. Acentuando o facto de ter sido exclusivamente financiada pela Câmara a presente obra, não deixou contudo de "se curvar respeitosamente perante o Dr. Armando Vara, reconhecendo que este membro do Governo tem de facto, dado o seu melhor ao serviço da causa dos Bombeiros Portugueses."

"Um autêntico milagre" — caracterizou o Vice-Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses ao usar da palavra - a circunstância de ter sido possível durante tantos anos trabalhar no antigo quartel. As condições materiais são importantes, mas não menos fulcral é a qualidade do factor humano sendo pois necessária uma aposta na formação. tónica aliás presente na maior parte das intervenções.

O Governador Civil de Coimbra, depois de enaltecer o empenhamento da Câmara Municipal, não deixou, contudo, de fazer alusão à comparticipação quer da administração central quer do próprio Governo Civil para equipamentos diversos que ascende a cerca de 17 mil contos, considerando ser a "comparticipação possível" para quem "não cometeu pecado". Recorde-se que a dado passo da sua intervenção havia citado o evangelista S. Lucas, dizendo que "só o pecado redime". 
E "o pecado não será do actual governo" — acrescentou. Em resposta a uma interpelação de Jaime Soares, reafirmou a disponibilização de dez mil contos para formação no âmbito do plano apresentado pela Federação Distrital de Coimbra.

Seguiu-se no uso da palavra o Presidente da Câmara, confessando que as antigas instalações eram motivo de vergonha para o concelho e mesmo pessoalmente e enquanto responsável autárquico. O investimento de cerca de 80 mil contos foi de facto considerável para uma Câmara que recebe do Fundo de Equilíbrio Financeiro, isto é, da administração central, verbas reduzidas —referiu a dado momento da sua alocução. Depois de sublinhar as boas relações mantidas entre a autarquia e as direcções dos bombeiros — tornando possível todo o trabalho desenvolvido — apelou às entidades presentes, designadamente ao Secretário de Estado, que procurasse desbloquear o projecto do novo quartel que vai já um ano se encontra na Comissão de Coordenação da Região Centro.
 
Em resposta a este pedido, o Dr. Fernando Vara referiu, ao usar da palavra, que tudo dependia da conclusão do processo legislativo em curso relativo às Finanças Locais. Projecto de Lei que, a ser aprovado, atribui às autarquias a responsabilidade pela construção de edifícios para os bombeiros. Depois de fazer alusão a outras medidas de carácter legislativo e de política de prevenção e combate a incêndios, reconheceu a imprescindibilidade do voluntariado na sociedade portuguesa. "Portugal precisa deste voluntariado"— afirmou. Há valores que importa manter. Numa sociedade em que a ideologia do sucesso incute a competição, é necessário fazer compreender que "vale a pena ser solidário"

O programa das "festas" prosseguiu com lanche, noite popular com actuação de Jorge Rocha e baile "abrilhantado" pela Banda FM. Há noite teve ainda lugar um concerto "rock" pelos "Santos e Pecadores".

Notícia do jornal NE de 30 junho 1997:

quarta-feira, março 05, 2025

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (IV)

"OFERTA DE UMA CASA PARA A SUA SEDE E QUARTEL" (1967)


O jornal Notícias de Penacova, na sua edição de 2 de Dezembro de 1967, noticiava o seguinte:

Parece que o problema da Sede e Quartel da Corporação dos Bombeiros Voluntários de Penacova está em vias de resolução.

Em hora afortunada foi escolhida a nova Direcção dos Bombeiros Voluntários de Penacova e seu presidente o sr. João António Gomes. Desde que assumiu as funções do seu cargo, o sr. Gomes, mesmo com prejuízo da sua saúde, não tem poupado esforços para desempenhar do mesmo modo a missão que lhe foi confiada, o fim de bem servir a causa dos Bombeiros. e o engrandecimento da linda vila de Penacova. 

Tem como seus colaboradores os srs. Júlio de Carvalho, António Martins Coimbra, Manuel Lopes Ferreira (comandante da Corporacão) e Joaquim da Costa, que igualmente se têm esforçado para bem servirem a mesma causa. 

Desde que a referida Direcção tomou posse dos seus cargos, iniciou uma actividade a favor do prestígio daquela benemérita Corporação, digna de elogio. 

Tornava-se urgente fazer obras de reparação na Sede e Quartel, adquirir móveis, utensílios e material. Mas não havia dinheiro para tal empreendimento. 

Começou a Direcção por dirigir uma carta circular às famílias do concelho, incluindo as emigradas, a solicitar-lhes uma contribuição para auxiliar os Bombeiros. O apelo teve, e continua a ter, o melhor acolhimento. Sobe já a alguns milhares de escudos o dinheiro recebido, como este semanário tem publicado.Os Bombeiros são uma necessidade premente dentro do concelho, como todos compreendem. 

Com o produto da subscrição está a ser reparado o edifício da Sede dos Bombeiros, o mobiliário e o material. Bem necessária era tal reparação. Também a Direcção dos Bombeiros está empenhada em comprar um jipão para que a acção dos abnegados soldados da paz seja mais eficiente, e possa atingir todos os povos do concelho, mesmo aqueles que ainda, infelizmente, não têm estradas por onde possa seguir o automóvel. 

Um jipão custa muito dinheiro. Os Bombeiros confiam, porém, na generosidade dos povos que virão a beneficiar da sua acção. Se outras terras de menor categoria do que Penacova puderam adquirir para os seus bombeiros um jipão. porque o não há-de ter Penacova? 

Neste trabalho porfiado pelos Bombeiros, tem a Direcção despendido trabalhos exaustivos que consomem energias e algumas vezes, trazem contratempos e acarretam desgostos e aborrecimentos. 

Também surgem, sem o esperar, compensações. No assunto que ora nos ocupa uma grande alegria e uma grande noticia tem a Direcção dos Bombeiros para dar. Ei-la: ao sr. Fernando Miguel Rodrigues, grande industrial da fábrica de malhas «Mondex» do Rio Tinto, foi dirigida uma circular, acompanhada de uma carta particular do seu parente sr. João António Gomes. 

O sr. Miguel Rodrigues é filho de Penacova. Daqui saiu, ainda pequeno, e chegou ao Porto, levando na sua bagagem uma grande vontade de vencer, de ser alguém na vida. Conseguiu o intento. Hoje é grande industrial. Na sua fábrica que começou com vinte operários, trabalham mil e duzentos. Apesar da situação, que mercê da sua inteligência e qualidades morais, alcançou, o sr. Miguel Rodrigues jamais olvidou a sua terra. Aqui vem com frequência. Nesta vila conservou a casa que herdou de seus pais e onde nasceu. E um prédio de três pisos e cave, sito na Rua Comendador Abel Rodrigues da Costa. No rés do chão está instalada uma tipografia. 

Pois, esse prédio que ocupa uma situação magnífica para o serviço dos Bombeiros, deseja o sr. Fernando Miguei Rodrigues, com o aplauso de sua Ex.ma esposa, Sr.a D. Júlia Miguel Rodrigues, oferecê-lo, doá-lo à Corporação dos Bombeiros de Penacova para a sua Sede. 

Grande notícia para Penacova, grande notícia para os Bombeiros. Para que a escritura de doação se possa fazer, deseja o sr. Fernando Miguel Rodrigues que os inquilinos que habitam o prédio procurem outro domicilio, para poder fazer a escritura de doação isenta de dificuldades para os Bombeiros.

Estamos certos - quem poderá duvidar? - que os inquilinos do prédio em referência vão colaborar com o ilustre e grande benfeitor dos Bombeiros de Penacova, de modo que o assunto se resolva rapidamente. 

O nosso jornal que sempre tem lutado pelo progresso do concelho de Penacova que desejaria ver próspero e na vanguarda do progresso, felicita os Bombeiros de Penacova por poderem dispor, dentro em breve, de Sede que seja sua propriedade, e saúda o benfeitor que dá com o seu gesto de acendrado altruísmo um nobre exemplo de amor à sua terra e aos seus semelhantes. 

Penacova, se os seus filhos se derem irmãmente as mãos, pode muito bem vir a ser uma vila próspera e feliz. 

Notas para a História dos Bombeiros de Penacova (III)

"CÂMARA HOMENAGEIA 95 ANOS DOS BVP COM MONUMENTO JUNTO AO QUARTEL

O Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Ribeiro  presidiu às cerimónias do 95° Aniversário da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Penacova (AHBVP).

A Câmara Municipal de Penacova associou-se à efeméride com um presente muito especial. Um monumento de autoria do escultor Pedro Figueiredo foi inaugurado na rotunda em frente ao quartel.

"É uma homenagem da mais elementar justiça. Todos sabemos os sacrifícios pessoais que os bombeiros fazem para socorrer o próximo colocando em risco, tantas vezes, a própria vida. Em linguagem simples, diria que não há monumento que pague o que estas mulheres e homens fazem pela nossa comunidade, mas é um gesto de reconhecimento que a Câmara de Penacova não podia protelar mais!", justificou o presidente da autarquia, Álvaro Coimbra.

Para além do Secretário de Estado, Paulo Ribeiro, marcaram presença Albertino Ventura, Diretor Nacional de Bombeiros, António Nunes, presidente da Liga de Bombeiros Portugueses, Carlos Luís Tavares, Comandante Sub-Regional, Fernando Carvalho, presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra, o escultor Pedro Figueiredo, o deputado do PSD, Maurício Marques, que foram acompanhados durante as cerimónias pelo presidente da AHBVP, Ricardo Simões e pelo comandante Vasco Viseu.

O dia ficou ainda assinalado por várias condecorações  e promoções aos soldados da paz, um desfile de meios e uma sessão solene."

Fonte: Página do Município no Facebook 

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O escultor Pedro Figueiredo, autor da escultura hoje inaugurada  em Penacova, no âmbito das comemorações da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Penacova, tem no seu currículo obras como a Princesa Cindazunda ou o busto de António Arnaut, sendo uma referência no mundo da arte contemporânea. 


segunda-feira, março 03, 2025

Da minha janela: A Estátua da Liberdade chorou

A Estátua da Liberdade chorou

Na passada Sexta-feira, na Sala Oval da Casa Branca, aconteceu o inimaginável em contexto do que se convencionou chamar de relacionamento internacional (diplomático por natureza).

Um homem grande, gordo e velho, precisou de ser ajudado por um ex-adversário político (que o apelidou de tudo e mais alguma coisa, há pouco tempo) para fazer calar e tentar enxovalhar outro Homem, pequeno e novo, através de um esquema vergonhoso de agiotagem, tanto quanto se percebe, concertado até com a comunicação social presente.

Bulling político puro e simples!

O homem velho tem um passado triste de vigarices sucessivas; atos criminosos que vão de insolvências dolosas a violações e que incitou há 4 anos e pouco um bando de rufias armados para atacarem (partindo, destruindo, matando, esventrando) outro símbolo da Democracia Americana, ali ao lado, o Capitólio, onde está alojado o Congresso. É um déspota, com ambição oligárquica.

É o símbolo da política dos gangster’s que vai engrossando nestes tempos de incerteza relativamente a tudo.

No guião, imaginamos, estava escrito: vamos “sacar” as Terras Raras ou Negras aos Ucranianos…

Um novo, cansado, carregando o sofrimento do seu Povo [após a invasão do seu território por outro déspota, amigo daquele velho] mas estóico, não deixou que o ludibriassem e disse o que lhe ia na alma.

Tem no seu pensamento -e no seu cérebro- a representação dos seus mortos em guerra e do horror dos crimes contra civis indefesos a que tem assistido.

Não assinou nenhum documento sob pressão e quis discutir garantias de segurança, previamente, ensinando aqueles ignorantes sobre o real contexto do seu País, o que os meliantes não quiseram fazer.

À hora que escrevo, conhecem-se poucos comentários contra o que Volodymyr Zelensky, fez. Mas muitos, muitos apoios. Os Homens dignos sabem o que significou a reação de um Presidente legítimo de um País Democrático e firme (A Ucrânia) que ainda não está derrotado, nem abandonou o seu posto.

E os poucos que se ouviram, são de ditadores/oligarcas, ou aspirantes a esse indigno estatuto.

Faltam as palavras para se elogiar a valentia, a força mental, a dignidade deste Presidente (com P grande) na defesa do seu Povo e do seu agredido País.

Mas sabe-se que (após tão triste exemplo de tentativa de prepotência e de roubo) a Estátua da Liberdade, inquietou-se, e chorou.

… Porque acredita que representar a Liberdade é nunca permitir a extorsão ou a exibição da força e do poder, para atingir objectivos obscenos!

Luís Pais AmanteI

NR: arranjo gráfico do blogue Penacova Online

sábado, março 01, 2025

Notas para a história dos Bombeiros de Penacova (II)


[Muito há a fazer e que é ainda quase tudo]

Como noticiámos no nosso último número, foi no passado dia 21 posta à prova, mais uma vez, a coragem e denodo dos rapazes desta vila, que constituem a recente Corporação dos Bombeiros Voluntários. 

Por informações que colhemos após a noticia que saiu sabemos de que a eles se deve a casa incendiada não ser hoje um montão de ruínas.

Urge aproveitar a coragem e denodo já por eles exibidos em vários lances e que são duas grandes qualidades! 

Alguma coisa se fez já de importante em Penacova no assunto Bombeiros Voluntários. Foi fundar a corporação e dotá-la com um pequeno material absolutamente indispensável, corno sejam escadas, baldes e cântaros. 

Muito há, porém, a fazer e que é ainda quase tudo. 

É indispensável que se olhe a sério pela sua educação e se ajudem a arranjar meios de dotá-la com material indispensável à consecução dos fins a que a corporação se destina.  

Para isto nada mais é preciso que boa vontade. 

Torna-se urgente que os dirigentes da Corporação tratem, em primeiro lugar, de contratar alguém competente para lhes ministrar a indispensável cultura como bombeiros, visto que sem isso nada há feito. 

A seguir é indispensável que se angariem meios para adquirir uma bomba que não é preciso ser de grande potência visto que as necessidades presentes seriam preenchidas com uma bomba manual, mais barata e portanto mais própria para quem não dispõe de grandes meios. 

Sabemos que tudo isto custa dinheiro, de que a sociedade não dispõe, mas estamos convencidos de que não seria muito difícil arranjar, por subscrição, o indispensável, pelo menos para os dois fins que deixamos apontados. 

Abalançamo-nos mesmo a lembrar que seria este o momento oportuno de aproveitar os ânimos para conseguir este fim. 

À digna direcção oferecemos para tal fim as colunas do nosso pequeno semanário, que não tem outra razão de existência que não seja o pugnar pela felicidade e bem estar dos seus patrícios e assinantes, e onde cabe muito bem o assunto de que falamos. 

Artigo de Agosto de 1933
Jornal de Penacova

Notas para a história dos Bombeiros de Penacova (I)

por José Alberto Rodrigues Costa 

Artigo publicado no jornal “Nova Esperança” aquando do  cinquentenário da Corporação (1980)


Depois de haver diversos incêndios na vila de Penacova e na altura em que ardeu a casa onde morava o Sr. Padre António Pinto é que um grupo de componentes da Filarmónica aliados a outros indivíduos e às forças vivas da Vila, levaram por diante a formação da Corporação de Bombeiros Voluntários de Penacova. 

Foi grande entusiasta desta iniciativa o mestre da filarmónica, à data Sr. António Casimiro Guedes Pessoa, e os músicos que se alistaram logo como Bombeiros. Na data da fundação da Corporação, 1930, já a filarmónica tinha cerca de 80 anos e foi ela a alma da Corporacão. 

Sem material, sem fardamentos, sem dinheiro e sem recursos, mas com uma forte vontade de levar para a frente uma iniciativa que serve o bem comum, os Bombeiros fundadores trabalhavam com as suas roupas usando apenas um cinturão e o capacete. Apenas havia uma bomba manual, que ainda hoje existe, que era tocada a braços por quatro bombeiros sendo o seu abastecimento feito com a água que as mulheres e o povo carregavam das fontes e poços, em cântaros ou baldes de cobre também pertença da Corporação. O alarme era dado por uma sineta que existia no improvisado Quartel, no andar da casa onde mora actualmente o Sr. Figueiredo (Guarda Fios) e ainda pelo repique dos sinos da Igreja.

Posteriormente o Quartel foi transferido para a casa do alpendre e capela de S. Francisco que ficava em frente das actuais instalações dos CTT. 

O 1º Comandante da Corporação foi o Sr. António Casimiro Guedes Pessoa assumindo o comando após a sua morte o Sr. Alípio Carvalho, sendo 2.° Comandante o Sr. António Esteves do Amaral Viseu, ainda junto de nós, bem como o Sr. Gualter Pereira Viseu. 

A primeira farda de cotim apareceu por volta de 1933, era usada com charlateiras e distintivos de Bombeiros na gola. Os capacetes tinham no emblema o distintivo B. M. (Bombeiro Músico) ou B. V. (Bombeiro Voluntário) que era aquele que não era executante da Filarmónica. 

Não havia nada para poder fazer sobreviver a Corporação. Os subsídios do Estado ou da Câmara Municipal ainda não existiam, não tinha sócios, e vivia apenas do trabalho dos Filarmónicos - que afinal era o seu Corpo Activo - que das festas que faziam deixavam 60% do que recebiam para que a Corporação pudesse ir para a frente.

Foram fundadores da Corporação os Senhores: 

António Esteves do Amaral Viseu, Gualter Pereira Viseu, Alípio Carvalho, Alípio da Costa Miguel, Álvaro Alberto dos Santos, Álvaro Martins Coimbra, António Casimiro Guedes Pessoa, António da Costa, António Joaquim Pinto, Augusto Luís, Evaristo Joaquim Pinto, Joaquim Correia de Almeida Leitão, Joaquim Luís, José Alberto de Almeida, José Augusto Pimentel, José Esteves do Amaral Viseu. José Gouveia Leitão, Manuel Ferreira Sales Guedes, Mário Lopes Barra, Mário Martins de Carvalho e Padre António Pinto. 


sexta-feira, fevereiro 28, 2025

Festival Literário em Penacova?

 


Festival Literário em Penacova?

Nas primeiras impressões, quando ouvi falar neste projeto fiquei apreensiva e ao mesmo tempo curiosa para descobrir e entender o que era um Festival Literário em Penacova. No  meu pensamento, a palavra Festival traria a este evento muito mais do  que leitura, ouvir os escritores, ou observar os livros. E foi através das redes sociais que a divulgação sobre o tal festival se expandiu com rapidez por todo país e mesmo além fronteiras.

No entanto, fui invadida por uma questão: um evento de tão alto nível cultural ser realizado durante a semana? No meu íntimo, pensei nos meus filhos e tantos outros filhos que iriam estar a trabalhar; “ graças a Deus” é legítimo e digno o trabalho, ganhar o pão nosso de cada dia! Mas,  desta forma não poderiam estar presentes, como normalmente, o fazem noutros eventos, durante o final de semana! No entanto, felizmente, no meu imaginário surgiu a profunda convicção de que se o programa estava assim definido, é porque teria a origem criativa dos pensadores do evento a enriquecer  Penacova em vertentes mais abrangentes e com outra projeção.

E o programado foi o acontecido, diariamente, o auditório sentiu o calor humano dos alunos, professores das nossas escolas, bem como pais, avós e outras pessoas vindas de outros pontos do País.  Palestras, que serviam todas as idades, que mas na minha opinião a nova geração habituada só às novas tecnologias, naquele auditório, experenciaram emoções diferentes, bem como novas aprendizagens, do que fosse numa sala de aulas; o que ouviram e da forma como foi esclarecido, os livros vão ter outro valor e outro sabor na sua vida. Sonhos, aventuras, viagens , criatividade foram palavras descritas com sabedoria por aqueles que as escrevem, leem, cantam, declamam. Ler  um livro é tão importante para o desenvolvimento intelectual como o alimento que ingerem, e como  alguém  dizia: ler livros enriquece o ser humano culturalmente e não matam ninguém, ao contrário  das redes sociais que na maioria das vezes são armas do ódio e da raiva onde a ofensa não tem qualquer critério. Os dedos que as escrevem e publicam pertencem a mentes irracionais e vazias até de amor próprio.

O escritor João Gobern dizia-nos “que a leitura dos livros são exercícios de liberdade e de cidadania e Portugal precisa que todos se dediquem mais aos outros do que ao seu umbigo” , e eu acrescento a cultura da solidariedade deve estar presente em cada homem ou mulher, para poder aceitar e valorizar o trabalho dos outros. Temos o dever de nos instruirmos dia após dia e os livros são canais específicos para esses ensinamentos. Todos temos talentos escondidos que podemos utilizar para fazer crescer uma comunidade e não para a destruir.

Dizia-nos o escritor José Luís Peixoto "cada um de nós tem o dever de transformar um pouco do mundo, tirar um curso superior não resolve, é preciso saber estar e saber aprender”

Tenho também de fazer um aparte, sobre as críticas e os mal dizeres sobre os cartazes publicitários deste Festival, só "preenchidos com escritores Homens", e a falta da presença feminina neles. Numa altura em que se apregoa e apela, por todo o mundo, para que haja paz, ainda há tanta língua afiada e tanto dedo a teclar criando polémicas inúteis e fúteis.

Pois e então? Grandes SENHORAS escritoras, médicas, jornalistas, professoras, coralistas,e tantas outras se fizeram presentes com ou sem cartaz e foram motivo de muito orgulho neste evento, demonstraram e vincaram bem a sua dignidade de mulheres.

Em Penacova, a relevância e a emancipação das mulheres já é um processo muito antigo, e  a D. Maria da Luz com oito décadas de vida, representou todas as mulheres neste festival, porque bem cedo teve de ser autónoma.  Na dureza da vida, a comer as côdeas da broa, aprendeu que só a dedicação ao trabalho lhe permitia ter uma vida digna, assim como a sua família. Uma mulher que não teve oportunidade de ir à escola para ler e escrever , mas aproveitou o seu tempo e o seu mundo para “cultivar”, a sua dignidade, fidelidade e respeito à família que constam numa outra escola que é a das virtudes.

Esta MULHER, FILHA, MÃE, SOGRA, AVÓ, VIZINHA, DONA de CASA, VENDEDORA de TREMOÇOS, ah e cantadeira enquanto trabalha ou nas horas vagas, ah e intitulada como tão velha para ir cantar, mas cantou e desassossegou um auditório cheio de gente que procurou um serão diferente. O título da raiz do povo enquadrou-se como se fosse um puzzle, e o tal festival onde toda a literatura se conjugou na diversidade e em equilíbrio.

A D. Maria da Luz além de tudo o que está escrito, ainda posso acrescentar que ela é o rosto turístico de Penacova, quase um posto de informação para os visitantes e para todos os que se aproximam.

E ainda mais! Segue em apontamento que as mulheres colaboradoras deste evento representaram muito bem a classe feminina, sempre em ação e prontidão tanto nas mudanças de equipamentos para as novas tertúlias como na subida dos escadotes para comporem os sistemas de luzes.

Um Festival tão acarinhado e tão agradecido pelos participantes, a contribuírem e a darem sugestões para que haja continuação dum 2° Festival Literário, um dos caminhos reais para o respeito entre partes e sem divisões, onde prospere cada vez mais a cultura do povo de Penacova, bem como a PAZ.

Saudade Lopes

terça-feira, fevereiro 25, 2025

Da minha janela: 𝙸𝚖𝚒𝚐𝚛𝚊çã𝚘

Imigração 

O termo “Imigração” - que aqui tratamos - significa o processo de chegada de pessoas a países que não sejam os seus. Como é o nosso caso, mais recentemente.

Está na chamada “ordem do dia” quase em todo o mundo, sendo diversificadas as suas origens.

Nalguns casos mais parecem “movimentos de êxodo” com toda a carga que daí advém.

Não podemos esquecer, nunca - nós portugueses - que, paralelamente se verifica um movimento substancial de “Emigração” de compatriotas nossos para esse mundo fora, principalmente Jovens que, tristemente, ainda não aprendemos a “reter no nosso País”!

O termo “Emigração” significa o ato de sair de um país para viver noutro.

Ora bem,

Tentemos explicar, resumidamente o que se passa, começando pelos pressupostos a reter em qualquer tipo de análise imparcial sobre o tema:

    1. A Imigração, na maior parte dos casos, é provocada:
       
    a) Pelo estado de guerra em que os locais de origem se encontram, um pouco (muito) pelo mundo inteiro;

    b) Pelo estado ruinoso a que as economias chegaram, sobretudo consequência do aparecimento cada vez mais significativo de Estados falhados, governos corruptos, clivagens tribais e fome generalizada;

    c) Pela invasão com extorsão pura e simples das riquezas públicas de Estados soberanos, que acarretam pobreza fuga e desemprego assustador.

    d) Pela subsistência cada vez mais aguerrida dos “inimigos/destruidores da Vida”, que parecem ganhar cada vez mais adeptos, recriando memórias que a Humanidade não merece ter no nosso século.
       
    2. A Imigração - como tudo o que se passa num país - deve, sempre, ser controlada, regulada, nunca descontrolada.

    3. Aos imigrantes devem ser “exigidos” os mesmos deveres que são exigidos aos portugueses em geral (máxime o estabelecido no art. 15, da CRP); também lhes devem ser disponibilizados os mesmos direitos, quando legal for a sua permanência...

    4. Em princípio, a Imigração deve suprir as nossas carências de mão de obra, a qual nem sempre é perceptível ao comum dos mortais, num país de desemprego elevado.

    5. A Imigração não deve, nem pode, constituir arma de arremesso político, como tem vindo a acontecer, vergonhosamente. 

    6. É ao Estado, como um todo, que compete traçar as linhas gerais do enquadramento jurídico e social deste fenómeno, combatendo os modos e meios que se enquadrem em “permanência ilegal” ou usufruto indevido de benefícios públicos.

    7. Também é ao Estado que compete zelar pela Segurança dos Imigrantes e bem assim dos Portugueses em todo o Território, sem esquecer o Interior, quase abandonado.

    8. Interior esse onde os exemplos de exemplar integração são factuais, o que valoriza o trabalho dos Municípios e torna explícito que “a guerra política” vive em Lisboa.

    9. Aquelas “fatias” de imigração humanitária (que se impõe num Estado de Direito de cariz social, como queremos parecer) deve ser assumida com clareza absolutamente inatacável, preferencialmente acompanhada por Organismos Públicos com vocação.

Aqui chegados, evidencia-se que as discussões em curso - por vezes demais com histeria barulhenta e “profissionalização” dedicada à sobrevivência das narrativas - nos espaços mediáticos, está enviesada e parte do princípio de que a Imigração tem donos na nossa organização política. Tem protectores exclusivos. Tem Associações privilegiadas, que vivem dos apoios estatais e que, pelos vistos, se querem manter ad eternum, para empregar “militâncias”.

Pior é todos sabermos que, num conjunto tão expressivo de Pessoas - utilizando os conhecimentos de Gauss  - podemos afirmar que, em probabilidade e estatística, a distribuição normal  é uma das mais utilizadas e descreve a dispersão simétrica em torno da média.

O que obriga à conclusão de que nem todos os chegados ao nosso País são Pessoas de bem, incólumes à prática da criminalidade de todos os tipos, como já estamos a assistir no contra-ciclo das proclamações e quase “gozando” com elas (crime organizado, clandestinidade, roubo, violação, violência doméstica, homicídio, em menor ou maior percentagem, mas violentos).

E o que não é tolerado, sei eu, por muitas Pessoas que se manifestaram recentemente, em defesa destas linhas que tracei - que têm a ver com a honra de toda a pessoa humana e com a dignidade intrínseca ao estatuto humanitário - mas não com necessidades de encobrimento de ações de “capitalismo selvagem” ou de hipotéticos ganhos em corridas eleitorais.

O contrário é retórica pura, manipulação indevida, que nos leva a objectivar a retoma de um caminho controlado por quem o deve fazer (neste caso o Governo de Portugal) tendo presentes os aspectos (todos) da fragilidade com que se nos apresentam estas populações e sem esquecer o facto de devermos agir para com os outros, como gostamos que se aja para com os nossos filhos, nos Países que os acolhem.

… Haja bom senso; Acabe-se com o aproveitamento!

Luís Pais Amante

𝟭º 𝗙𝗲𝘀𝘁𝗶𝘃𝗮𝗹 𝗟𝗶𝘁𝗲𝗿á𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗲 𝗣𝗲𝗻𝗮𝗰𝗼𝘃𝗮: uma síntese


A 1ª edição do Festival Literário de Penacova realizou-se de 17 e 22 de Fevereiro. O evento incluiu uma feira do livro, palestras, apresentações de livros, espectáculos de poesia, teatro, música e dança, além da realização de ateliês de artes visuais. 

O festival foi organizado pelo Município de Penacova em colaboração com o Agrupamento de Escolas de Penacova, a Rede Concelhia de Bibliotecas Escolares e a Rede Nacional de Bibliotecas Escolares (programas “A Ler Mais e Melhor” e “Pró Literacias”). 

O site e-cultura destacou palavras do presidente da Câmara Municipal de Penacova, Álvaro Coimbra, considerando o Festival Literário de Penacova muito mais do que um evento cultural: "Este evento não só promove Penacova como um polo cultural de excelência, mas também incentiva o envolvimento de toda a comunidade, desde as escolas até às associações locais. Queremos que este festival seja uma referência anual, capaz de atrair visitantes e de enraizar ainda mais o gosto pela leitura e pelas artes na nossa população."

Ainda, na opinião de Álvaro Coimbra, "esta 1ª edição é uma oportunidade única para reforçarmos o papel da literatura e das artes como pilares da educação e do crescimento da nossa comunidade. Reunir nomes de dimensão nacional e internacional numa iniciativa de um município do interior é um motivo de grande orgulho e um sinal claro do nosso compromisso com a cultura”.

O presidente do município sublinhou ainda a relevância de proporcionar o acesso gratuito às atividades, na medida em que  "a cultura deve ser acessível a todos, e é com essa premissa que estruturámos este festival. Estou certo de que esta será uma experiência enriquecedora para todos os participantes e que, juntos, daremos um importante passo para consolidar Penacova como um ponto de encontro entre a literatura, as artes e a educação." - podemos ler igualmente em e-cultura.

No primeiro dia, além da inauguração oficial, foi também aberta a Feira do Livro e inaugurada a Exposição do Festival Internacional de Imagem de Natureza.

Seguiram-se as Palestras de Carlos Fiolhais (físico e divulgador de ciência) e de João Gobern (jornalista e escritor) sobre o poder do conhecimento e da literatura e o impacto da leitura no conhecimento e na sociedade, complementada com uma conversa com os mesmos, moderada pelo radialista e escritor Fernando Alvim. 

Ainda no primeiro dia do festival, Pedro Chagas Freitas apresentou  “O Rei Tigão”, o seu mais recente livro, e Fernando Alvim, a obra “Ninguém Disse Que Iria Ser Fácil”.

No segundo dia do evento decorreu a apresentação do livro "Fomos Mais do Que um Erro", com Raul Minh’alma e a abertura da Exposição “Camões, Engenho e Arte”, com trabalhos dos alunos do ensino secundário de Penacova. 

No terceiro dia, no início da manhã, foi apresentado o espetáculo teatral da companhia ADN de Palco - "A Noite dos Vilões"- sobre o impacto das novas tecnologias na leitura e na imaginação. Seguiu-se a exibição do filme "O Crime do Padre Amaro", uma adaptação cinematográfica da obra de Eça de Queiroz. A apresentação do livro "Em Nome do Pai – Abusos Sexuais na Igreja em Portugal", da jornalista Sónia Simões, encerrou o programa da manhã. Ao início da tarde teve lugar uma “Conversa” com o Pe. João Paulo Vaz sobre "Tabus da Fé: Perguntas que ninguém ousa fazer a um padre", moderada por Miguel Gonçalves e Sónia Simões. 

O dia 20, quarto dia do festival, iniciou-se com uma palestra de Daniel Joana sobre o Padre António Vieira, a que se seguiu um momento cultural com um poema de Camões musicado pelos alunos da EBA- Escola Profissional Penacova e uma apresentação de dança tradicional de São Tomé e Príncipe. A “poesia dita e sentida” marcou presença com  Pedro Lamares que trouxe até Penacova "Entre nós e as palavras”. 

Na sexta-feira, dia 21, esteve presente no evento José Luís Peixoto com uma palestra / conversa sobre a “Arte de habitar vidas paralelas através da leitura e da escrita”,  moderada por Pedro Miguel Gonçalves. 

A literacia dos media foi o tema central de um outro debate sobre a importância do pensamento crítico no ensino. De referir também o espetáculo da Escola de Artes de Penacova "Diálogos de liberdade". 

À noite realizou-se o espetáculo musical "Raízes de um povo", com Maria da Luz Lopes, vendedora de tremoços, que cantou temas penacovenses, acompanhada de Ana Gomes, (aluna da Escola de Jazz de Coimbra) e  do Coral Divo Canto. 

Rodolfo Castro encerrou o programa da noite com uma sessão de contos.

Durante o dia de Sábado e a encerrar a Semana Literária, realizou-se uma oficina de Leitura em Voz Alta conduzida por Rodolfo Castro, a que se seguiu a iniciativa "À Volta dos Livros: Veterinário" e a peça de teatro infantil "O Príncipe Nabo".

À noite, esteve em palco a performance poética "Metafisicamente d’Outro Mundo", apresentada por  Pedro Freitas, poeta, artista e “dizedor” de poesia, que iniciou o seu percurso aos 16 anos  (concurso “Dá Voz à Letra”, da Fundação Calouste Gulbenkian). Os seus vídeos de leitura de poesia portuguesa chegam, nas mais diversas redes sociais, procuram influenciar os mais jovens a descobrir o mundo da poesia portuguesa e chegam a milhares de pessoas em todo o mundo. 

A imprensa regional e nacional noticiou largamente o evento, apesar de nalguns órgãos de projecção nacional se ter gerado um circunscrito coro de críticas (negativas) a este tipo de eventos e a alguns aspectos concretos do seu programa inicial.

Para o Município, este festival marcou um momento histórico para o concelho.  "Trouxemos nomes incontornáveis da literatura e do pensamento para discutir temas fundamentais e promover o gosto pela leitura. A forte adesão do público prova que há espaço para iniciativas como esta e que a cultura pode e deve chegar a todos" – referiu a organização.


                                                        

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