Parlamento analisa em Abril petição que pede fim da construção de mini-hídrica no Mondego
Notícia LUSA/Jornal PÚBLICO
21.01.2012 - 21:47
O relator do processo da petição que pede o cancelamento definitivo da construção da mini-hídrica no Mondego em Penacova disse hoje à agência Lusa que em Abril o Parlamento deverá apreciar o relatório que está a elaborar.
O documento, proposto por Roberto Barbosa, líder da JSD de Penacova, deu entrada a 16 de Novembro.
O deputado social-democrata Maurício Marques, relator do processo, adiantou que está a recolher contributos de várias entidades, entre elas a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para efectuar o relatório que será analisado pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República.
“A perspectiva que tenho é extremamente animadora, pois estou convicto de que o relatório vai recolher o apoio unânime dos partidos com assento parlamentar. Assim sendo, vai ser mais fácil travar esta enormidade”, disse.
Maurício Marques, ex-presidente da Câmara de Penacova, disse ainda que solicitou uma reunião ao secretário de Estado do Ambiente, “que vai apreciar o estudo de impacto ambiental e o relatório e vai tomar uma decisão”.
“Estou muito confiante de que este projecto seja chumbado nesta fase”, sublinhou o deputado do PSD.
O deputado social-democrata falava à agência Lusa em Penacova, no Colóquio “Mondego Vivo - discussão do projecto da mini-hídrica no Rio Mondego”, promovido pela autarquia local e pela Plataforma Mondego Vivo, que juntou esta tarde um conjunto de personalidades que discutiram o assunto do ponto de vista ambiental, económico, social, cultural e energético.
No colóquio, a responsável pelo estudo de impacto ambiental, que será em breve entregue à Agência Portuguesa do Ambiente, revelou que a eventual construção de uma mini-hídrica no rio Mondego, em Penacova, irá provocar mais efeitos negativos do que positivos.
“Da avaliação que foi feita, os impactos negativos da construção desta mini-hídrica são superiores aos impactos positivos por ela gerados”, disse à agência Lusa Susana Viseu, presidente do conselho de administração da empresa iSBS Consultancy, responsável pelo estudo.
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