Sem abrigo
Eu sei quão dolorosa vai a actual situação
Os momentos que passas sem nada comer
O frio que te aperta a coluna em ondulação
As pessoas que passam sem nada te dizer
Eu reconheço que este tempo está fingido
Que quem não tem eira nem beira está mal
As Autoridades não enxergam bem o perigo
Nas ruas da nossa cidade já só há frio termal
Estar sem abrigo e só é estar a bater no fundo
A vida não existe para se suportar em angústia
Para andar de saco na mão percorrendo mundo
Caminhando à noite és mesmo um errabundo
O tua fome persistente já só te dá parageustia
A Sociedade oferece-te estatuto de vagabundo
Luís Pais Amante
Casa Azul
A cogitar sobre o modo como cresceu, ultimamente, este fenómeno triste.
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