Da minha janela
É da minha janela que vejo este mundo
Plano, agitado ou com tez de rotunda
Que olho pró tempo de crescer
Para as memórias de me ter
E me introspectivo na saudade
Que mora cá, na minha idade
De mais novo do que ela
Também rememoro os tempos idos
As liberdades da alma
O pousio desta calma
Que é olhar pró infinito tão perto
Pra natureza em beleza sem igual
Há quem tenha ciúmes da minha janela
Porque como ela, não existe outra tão bela
Será só por ser um sítio único?
Será só porque ela é a singela?
Será porque é a fina donzela?
Eu penso que é por tudo isso
E pelo seu imaginário translúcido
Que circunda em alegria
E promove a democracia
Um lugar de sorriso e inspiração
Um observatório de ar puro
Que permite olhar para tudo
Até idealizar o que se requer
Quem sabe, capaz, de determinar
E moldar
O meu ser de rigoroso no meu crer
Resiliente em por aqui me manter
A admirá-la…
Vou mesmo tentar dar-lhe fantasia
Desde este Fundo da (minha) Vila
Austero, antigo
Mas sonhador e profundo … e amigo!
Luís Pais Amante
Casa Azul
Poema lindo. Muitos parabéns, Luís, e muito sucesso para esta nova iniciativa. Tanto os penacovenses como os amigos ficam mais ricos quando soltas esta tua veia!
ResponderEliminarLindo poema!
ResponderEliminar"Rememorando os tempos idos" ... "do fundo da (nossa) vila..."
Saudades Luís!