Pintura de Sofia Alves (2019) |
Olho-te daqui debaixo
Das praias do Mondego que realço
Das ínsuas descarnadas por percalço
Da Barca Serrana arrastada rio abaixo
E vejo a tua beleza, Penacova
Qual presépio de aconchego que se renova
Qual raio de luz abstracta na doçura da paisagem
Com porte imponente de belo na retina da imagem
Revejo a história
Tropeço nas memórias do meu Povo
E sinto-me bem agarrado a ele de novo
Num segundo olhar fiel
Arrancado ao meu cérebro derretido como o mel
Retenho um ponto mais saliente na estrutura do papel
E fico sem ar ao dar comigo recordando o meu pião a dar
voltas no cordel
Não é a cor do céu bonito que me entende
Não é o bloco do casario altivo, radioso, que me compreende
É a trajectória do tempo que me remoça a vida colocada num
alpendre
Projectada pelo renascer da cor da Casa Azul que já lá está
fixada e me surpreende
Luís Pais Amante
22Jan20; 12h30
Emocionado ao ver a nossa Casa Azul restaurada, já com a sua cor primitiva.
____22Jan20; 12h30
Emocionado ao ver a nossa Casa Azul restaurada, já com a sua cor primitiva.
NR: Obrigado Dr. Luís. É uma honra publicar em primeira mão este poema dedicado a Penacova.
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