Em 1925,
o médico Dr. Mariano Dias (nome de peso no espiritismo brasileiro), meu bisavô
e avô maternos, tios-avôs e outros parentes, fundaram em Barretos (SP- BR), a
“União Evangélica Fé e Esperança”, com a finalidade de congregar pessoas para o
estudo e prática do espiritismo, constituir uma biblioteca, manter um
posto-médico-homeopático, uma farmácia, que fornecia medicamentos gratuitos aos
necessitados, e um asilo destinando à assistência e tratamento de alienados.
Na foto é possível identificar e nominar os
meus parentes, mas deixemos isso de lado.
Quando
crianças, com meus irmãos e primos, atravessávamos uma pinguela de madeira,
estreita e comprida, sob a proteção de uma legião de anjos, para buscar
cheirosas mexericas no Asilo dos Loucos. Íamos também para lá com nossos pais.
Enquanto os adultos cuidavam das coisas ou participam de grupos de orações, nós
perambulávamos pelo asilo.
Havia
louco de todo tipo, os mais agressivos eram isolados, uns tinham que ser
submetidos à camisa-de-força. Outros arrancavam a roupa toda, preferiam deitar
no chão, tendo cama na cela. Havia uns calmos, ficavam soltos perambulando
pelos corredores e quintal, buscavam contato com as visitas, se aproximavam,
chegavam rindo.
Havia uma
louca que gostava de comer caixa de papelão de pasta de dente. As de casa eu
guardava e levava para ela.
É, cada
um com sua mania.
Cuidava
do asilo a Sra. Anna Joaquina Gomes Ribeiro, minha tia-avó, o marido (Tio
Antônio) e seus filhos. Ela ficou conhecida na nossa cidade como Dona Ana,
virou Donana, e para nós Vonana.
Ela tinha
uma mania, fazer o bem.
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