Estou a caminho da minha Aldeia
Não consigo que me saia da ideia
A casa onde nasci, cresci e vivi
Até começar a minha odisseia
De emigrar
Pra noutro lugar me poder remediar
…
Ai,
Como eu me lembro de te ver
No recorte temporal da memória
No decurso imersivo da nossa história
Consistente
Ai,
Como tens seguido o meu “ser”
Mesmo distante do meu crescimento
Em momentos difíceis de toda uma vida
Resiliente
Ai,
Como me emociona olhar pra ti
Agora, neste dia, de tão perto assim
E sentir ao teu lado este afago abençoado
Persistente
Ai,
Casinha da minha recordação
Tu estás no meu coração
Com o “reboliço” de então
Presente
…
Parece que me restituí na alegria de viver
Que me rebolei no ar da nossa fantasia
Como saltimbanco entrusado na magia
E que se me foi embora a saudade
De repente
Ao ver-te e ao tocar-te aqui, fisicamente
Luís Pais Amante
Casa Azul
Dedicado aos Emigrantes [perante os quais eu me vergo e com orgulho neles].
Nunca fui emigrante....mas o meu coração entende perfeitamente....quando muitos regressam á sua casa mãe....exaustos...para poderem usufruir de tudo o que deixaram para trás...Que Deus os acompanhe sempre....e recompense todo o esforço que muitos passam.....
ResponderEliminarExcelente homenagem aos emigrantes e eu sou neto de um, que para não ir para a primeira guerra mundial partiu para EUA , além de conhecer muitos do concelho. Merecem o nosso respeito e reconhecimento . Parabéns Luís!
ResponderEliminarNada melhor que estar de volta a casa, onde há amor suficiente para ti👌
ResponderEliminarBelo poema também já fui emigrante Abraço sr Luís
ResponderEliminarEmigração. Em tempos mais difíceis passou-me pela cabeça. Vi-me lá, onde quer que esse lá fosse. Vi-me só, sem família, sem amigos, sem chão. E não tive coragem para seguir o caminho que tantos outros seguiram. É realmente preciso ter muita coragem para largar tudo o que conhecemos, rumo ao desconhecido, na esperança de criar raízes lá.
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