A Praia do Reconquinho é reconhecida como uma das mais bonitas do país.
Foi considerada até, pela National Geographic, como uma das nove praias mais bonitas de Portugal, numa lista de cem praias localizadas de norte a sul do nosso país.
Galardoada, pela primeira vez em 2013 com a Bandeira Azul, ostenta também agora a Bandeira de Praia Acessível, dispõe de bar, apoios de praia, fluvioteca e animação ao longo de toda a época balnear, proporcionando todas as condições de lazer e diversão.
O funcionamento desta praia fluvial remonta a 1964. Nesses tempos, os “aristas” iam ali dar o seu passeio, tomar o seu banho e dar uma volta de barco.
Em 1970 nasce, ali ao lado, o Parque de Campismo, por iniciativa da Sociedade de Propaganda e Progresso de Penacova, com o apoio da Câmara Municipal.
Surgiu também uma Escola de Natação e a praia fluvial foi requalificada, acorrendo aí, já nessa altura, “muitos milhares de pessoas de todas as classes”.
É no Reconquinho que se situa o centro de Trail Running Carlos Sá, sendo este local o ponto de partida para todos os percursos de trail existentes no concelho de Penacova.
Também o projecto “Serranas do Mondego” passou a proporcionar, nas águas do Mondego, um passeio de Barca Serrana tendo como pano de fundo o Reconquinho, o Penedo da Carvoeira e a altiva Penacova, encimando o Olival do Mondego.
Existe uma lenda que faz parte das colectâneas de lendas de Portugal e foi magistralmente recontada por Martins da Costa. https://penacovaonline2.blogspot.com/2014/03/as-bruxas-do-reconquinho.html
POEMA de Luís Pais Amante (in Penacova [In]temporal, 2022)
OH RECONQUINHO
Comecei a olhar para ti, cá de cima,
pela manhã Amiguinho
Num dia em que estiveste de sol raiado
Com a luz a bater na tua curva ideal
Igual à minha
E a refletir-se no teu areal
Entranhando-se na áurea dos veraneantes
Que por cá vão ficando ainda radiantes
A tua praia aristocrática está bonita
Arejada, emproada
Parecendo-nos mais suculenta desde que falam nela por aí
Ou o Presidente Marcelo tirou um selfie para ti
Sempre serás um espaço d’encantar
Uma revista enlaçada num cenário de cobiça
A fotografia que te tiro, agora, mais pela tarde
Capta embevecidos os forasteiros d’outrora
Que pairam no teu bom ar
como se fossem fantasmas feitos de doce de amora
Aristas d’antigamente, dizem hoje
Gente que por aí foi sendo diligente
Os miúdos a nadar
Correndo sempre em liberdade
Os biquínis a espraiar
Inquietando sempre, mas sempre, a nossa mocidade
Uns espreguiçavam-se, outras enguiçavam-se
Já é noite, entretanto e agora estou na Pérgola
Não estão cá só as caras d’antigamente
Nem só as pessoas da minha juventude
Está cá Povo inteligente
Que gosta de ouvir poesia
E que vem absorvê-la, criticá-la, senti-la
Povo
que sabe o que é ter Penacova na sua fantasia
Que te ama, Reconquinho,
como se fosses uma grande epifania
Que te vai vendo mudar ao sabor do tempo
Sem já seres só local mítico ao relento
Gente
Que te discute só por te querer bem
E que sonha com uma ponte
Fixa
Fixe
... Que não saia da fotografia no Inverno
... Nem se escape como a enguia quando foge do inferno!
Luís Pais Amante
17Jul19, 18h30
Preparando a Tertúlia da Poesia que hoje vai acontecer na Pérgola Raul Lino, em Penacova
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