No dia 18 de Setembro teve lugar, no Mosteiro de Lorvão, a
apresentação do livro Memória de um Mosteiro: Lorvão, séculos IX-XII.
História de uma comunidade masculina, de Maria Alegria Fernandes Marques,
professora catedrática jubilada da Faculdade de Letras da Universidade de
Coimbra. A obra, editada pela Câmara Municipal de Penacova, foi
apresentada por Maria José Azevedo Santos, também ela professora catedrática da
referida Universidade.
De acordo com a autora, este livro tenta preencher algum
vazio ainda existente sobre a acção organizativa e até orientadora do Mosteiro,
na fase em que foi ocupado pelos monges.
Por outras palavras, perceber melhor “o papel que o mosteiro teve na
organização e desenvolvimento de boa área da bacia do Mondego, pelos seus
responsáveis, enquanto foi uma comunidade de monges de fronteira.”
O livro começa por fazer em traços largos a evolução
histórica desta região, desde a ocupação muçulmana em 715 até à consolidação da
fronteira do Mondego em 1147. Passa depois à história do mosteiro, desde a
comunidade primitiva até ao “momento funesto do seu fim” nos inícios do século
XIII.
Este estudo insere-se no conjunto de outros que a autora tem
vindo ao longo de alguns anos a publicar: Inocêncio III e a passagem do
Mosteiro de Lorvão para a Ordem de Cister; Vida e morte de um mosteiro
beneditino: o caso de Lorvão, e O
Mosteiro de Lorvão: ainda a saída dos monges e a entrada das freiras.
Um livro - segundo a autora - que apesar do rigor histórico
e científico pretende ser de leitura acessível ao “cidadão comum interessado na
sua terra, no seu passado, nas suas raízes e nos seus símbolos” isto é, a todos
os penacovenses que se revejam, “com orgulho, numa instituição que levou longe
o nome da sua terra. “
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