sábado, março 01, 2025

Notas para a história dos Bombeiros de Penacova (II)


[Muito há a fazer e que é ainda quase tudo]

Como noticiámos no nosso último número, foi no passado dia 21 posta à prova, mais uma vez, a coragem e denodo dos rapazes desta vila, que constituem a recente Corporação dos Bombeiros Voluntários. 

Por informações que colhemos após a noticia que saiu sabemos de que a eles se deve a casa incendiada não ser hoje um montão de ruínas.

Urge aproveitar a coragem e denodo já por eles exibidos em vários lances e que são duas grandes qualidades! 

Alguma coisa se fez já de importante em Penacova no assunto Bombeiros Voluntários. Foi fundar a corporação e dotá-la com um pequeno material absolutamente indispensável, corno sejam escadas, baldes e cântaros. 

Muito há, porém, a fazer e que é ainda quase tudo. 

É indispensável que se olhe a sério pela sua educação e se ajudem a arranjar meios de dotá-la com material indispensável à consecução dos fins a que a corporação se destina.  

Para isto nada mais é preciso que boa vontade. 

Torna-se urgente que os dirigentes da Corporação tratem, em primeiro lugar, de contratar alguém competente para lhes ministrar a indispensável cultura como bombeiros, visto que sem isso nada há feito. 

A seguir é indispensável que se angariem meios para adquirir uma bomba que não é preciso ser de grande potência visto que as necessidades presentes seriam preenchidas com uma bomba manual, mais barata e portanto mais própria para quem não dispõe de grandes meios. 

Sabemos que tudo isto custa dinheiro, de que a sociedade não dispõe, mas estamos convencidos de que não seria muito difícil arranjar, por subscrição, o indispensável, pelo menos para os dois fins que deixamos apontados. 

Abalançamo-nos mesmo a lembrar que seria este o momento oportuno de aproveitar os ânimos para conseguir este fim. 

À digna direcção oferecemos para tal fim as colunas do nosso pequeno semanário, que não tem outra razão de existência que não seja o pugnar pela felicidade e bem estar dos seus patrícios e assinantes, e onde cabe muito bem o assunto de que falamos. 

Artigo de Agosto de 1933
Jornal de Penacova

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